Novo personagem! Pedro aí com vocês galera.

PO.V Megan.

– Poxa, Cê, sério? - Fiz a melhor voz de pena que consegui. - É uma pena que você e o Peter não venham mais...

– Claro que não, arroto de fanta... Ops, Megan. O Peter ainda vai sim, eu confio nele pra ir só, não sou dona dele. - Ela disse, seca. Não ria da estúpida, Megan, não ria.

– Ah, que legal! Melhoras pra você e esse seu pé, lindinha. - Eu desejei. - Boa sorte.

Ela agradeceu e desligou.

– Precisa de sorte mesmo, amorzinho... - Ri, com o telefone já desligado.

Saí saltitando até o sofá do meu quarto, onde uma garota com um vestido preto de caveirinhas, acima do joelho, e com os cabelos louros amarrados. Beth lia uma revista, compenetrada, enquanto mascava seu chiclete e batia os pés ritmadamente no chão. Eu não gostava muito dela, mas Beth era necessária no momento. Na verdade, Peter era o único de quem eu gostava.

– Você pode parar com essa sua sinfonia, por favor? - Pedi, irritada. Aquela garota me dava nos nervos as vezes.

– O que foi, Coloral? [N/A: pra quem não sabe, coloral é um pozinho pra comida que é laranja]

– Foi exatamente como eu imaginei. - Sorri, triunfante. - Depois daquela pisada que eu pedi pro Pedro, aquele jogador de basquete, dar no pé dela, parece que dois dos dedos incharam. Não quebrou como eu queria, mas enfim, já é algo e ela não vai mais pra festa.

– Você é maligna. - Elizabeth deu um sorrisinho. - Mas é esperta. Porquê você não chama aquela italiana pra vir te ajudar? Eu preciso ainda comprar meu vestido.

– Ah, a Lori. - Revirei os olhos. - Ela está tocada demais com meu plano e se recusa a ajudar. Ainda bem que sei uns segredos dela e consegui fazê-la ficar de boca calada.

– Hum, agora preciso ir. - Super interessada essa menina, como sempre. - Tchau.

Logo Elizabeth saiu do quarto, me deixando sozinha. Fiquei bolando algo para a festa de hoje, tipo penteado e essas coisas, algo que me fizesse ficar (mais) irresistível. Mas, infelizmente, bateram na porta de novo.

– Ai, o que foi Elizab.. - interrompi a frase ao abrir a porta e ver quem era.

Pedro me pegou pela cintura e me deu um beijo antes mesmo de que eu pudesse falar alguma coisa. O empurrei bruscamente.

– O que é isso, menino? Será que a empregada deixa qualquer um entrar agora?! - Exclamei, irritada.

– Isso, meu amor, é paixão. - Sorriu ele, maroto. - Nós tinhamos um trato, era só eu machucar o pé daquela garota e eu poderia ficar com você.

– Tá, Pedro, mais tarde por favor. - Eu disse. Ele me encarou, sério. - Beleza, trato é trato, mas depois. Juro.

Dei um beijo nele, e foi o suficiente para que ele fosse embora. Rolei os olhos ao fechar a porta.

P.O.V Peter.

Me vesti, contragosto. Eu, na verdade, queria participar da noite de cinema que meus pais e os pais de Celina faziam toda sexta de noite, e cuidar de minha namorada. Não fora um machucado sério, mas estava doendo, tudo culpa de Pedro. Um acidente, disse ele. Duvido, esse garoto era burro como uma porta mas não o suficiente pra conseguir acertar o pezinho do tamanho de um feijão de Cê só por acidente.

Mas de qualquer maneira, ela queria que eu me divertisse. Tá, que bicho mordeu ela, mesmo? Mas tudo bem. Então me vesti logo com qualquer roupa, dei um beijo em Celina e nos meus pais, me despedi de todos e fui pro carro.

Ao chegar na casa de Megan, já vi que era o tipo de festa que eu não gostava. Tinha um pessoal fazendo a maior arruaça na porta da casa, conversando mais alto que a música bate-estaca e bebendo. Passei por eles até achar John no meio do povo enlouquecido.

– Oi. - Eu disse perto dele. John se virou e sorriu.

– Fala, mano. Julia tá gripada, acredita? - Me disse, com a expressão triste. - E o pé da Celina?

– Tá melhor, mas ela não quis vir hoje porque ainda dói.

– Putz, então somos nós dois que... - John interrompeu a frase, arregalando os olhos para algo atrás de mim.

Quando me virei, vi que Megan descia as escadas. Ela estava muito bonita, de verdade, mas nada que me fizesse babar. Eu, particularmente, preferia mil vezes a Celina. A encarei, com todos encarando também, e qual não foi minha surpresa ao vê-la vindo em minha direção.

– Pet, oi! - Senti que ela punha todo seu peso naquele abraço e pude sentir o perfume cítrico forte. Parece que ela tinha enchido a piscina de perfume e mergulhado. Perfume de laranja tipo o cabelo dela.

– Oi Meg. - Sorri.

– Quer me ajudar procurando a Beth? - Pediu ela, com um beicinho.

– Claro, vamos John. - Comecei a andar, mas Meg me parou.

– Só você, preciso conversar Pet. Desculpa, John. - Ela deu um sorriso terno.

Assenti, confuso. Nós começamos a andar, e eu percebi que todos ficavam olhando.

– Bem, é o seguinte... Ah, espera, vamos pegar algo pra beber. - Meg pegou o copo de cerveja de cima do balcão da sala. Nem me lembrei de Lori. - Enfim, eu estou muito confusa sobre Yalle. Sabe, eu acho que estou gostando dele e...

Ela ficou falando milhões de coisas enquanto eu devo ter bebido milhões de copos. Me lembro só de quando fomos para o jardim, na beira da piscina, e eu me sentei em uma espreguiçadeira.

– Obrigada mesmo por me escutar, meu lindo. - Ela sorriu e eu sorri grogue também. - O que seria de mim sem você.

Nos encaramos por um segundo. Perdi a memória no momento em que Meg me beijou.