Irmãs Beckett escrita por Ana Beckett


Capítulo 33
O começo de algo novo


Notas iniciais do capítulo

Hey, meninas!

Sim, infelizmente, esse é o ultimo capítulo da primeira fic que tive coragem de postar. O que começou com uma pequena história de apenas 3 parte, se tornou uma de 33. É, sem o apoio e o carinho de vocês, eu nunca teria chegado até aqui. Só tenho a agradecer por tudo. Obrigada!

Boa leitura.



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A vida é cheia de altos e baixos, obstáculos que devemos superar. É isso que faz com que viver seja tão emocionante, nunca saber como será o dia de amanhã. Durante esses três anos foram assim, aprendendo e ensinando coisas novas, superando dificuldades para chegar ao que se sonhou.

Sarah tinha se formado há um ano, depois de fazer a prova para a NYPD duas vezes, conseguiu passar, a menina não podia estar mais feliz, afinal isso era o que ela queria desde muito pequena. Matt conseguiu se estabilizar em sua empresa, onde tinha promessas de crescer, e ganhava razoavelmente bem. Eles conseguiram comprar um apartamento maior e vender o antigo, assim seus filhos poderiam ter quartos separados e mais espaço.

No início tudo foi bem complicado, Sarah não tinha experiência e teve que ficar muitas noites em claro para cuidar dos bebes. Matt ajudava no que podia, porém passava a maior parte do dia trabalhando. Com o tempo todos pegaram o jeito e tudo foi se acertando conforme as crianças cresciam.

Johanna e Bruce eram muito parecidos no temperamento, gostavam das mesmas coisas, eram calmos e risonhos. Já na aparência, Johanna tinha o cabelo castanho quase loiro e Bruce castanho quase preto. Os olhos da menina eram como os da mãe, verdes escuros e os do menino eram de um verde tão claro que às vezes pareciam azuis. Os dois adoravam seus tios, primos e avós.

Kate foi promovida a tenente e Castle continuava a fazer sucesso com seus livros, mas Nikki Heat teve um grande fim e agora seu personagem de sucesso era Billy Gun, um garoto de vinte anos que era como uma versão mais nova de Sherlock Holmes das investigações sobrenaturais. O novo best seller não foi diferente dos outros, um fenômeno no mundial.

James, agora com cinco anos, era muito apegado a suas irmãs, sempre dizendo que ele quem as defendia junto a seu pai. Lilian Beckett Castle era a mais nova deles, a pequena tinha um pouco mais de dois anos e é tão esperta e inteligente quanto o irmão. Rick sempre dizia que com Lily teria mais trabalho do que com Alexis, pois a menina era uma miniatura de Beckett, porém com sua personalidade brincalhona e “quebradora” de regras.

Alexis estava noiva de Lucas David, o “homem misterioso” de alguns anos atrás, tinha lhe pedido em casamento há algumas semanas. A mais velha dos Castles estava radiante e muito empolgada com a organização do casamento. Rick gostava do rapaz e o achava simpático e respeitador, o problema foi James. O menino, sempre ciumento, no começo implicava com Lucas, mas isso logo foi esquecido e hoje James adora brincar com o cunhado.

Hoje a família se reuniria para o aniversário de três aninhos dos gêmeos na casa de Sarah. Kate tinha saído do trabalho mais cedo e foi direto para a casa da irmã, Rick iria buscar Jamie no colégio e depois iria com os filhos para a festa. Jim também logo estaria lá. Apenas Alexis, que tinha se encontrados com o afilhado, Bruce, no dia anterior, não poderia ir por causa de seu plantão no hospital onde fazia residência.

– Parabéns! – Kate falou ao abrirem a porta.

– Dinda!

– Tia Kate! – Os gêmeos falaram juntos e correram para abraçar suas pernas. – Cadê o tio Rick, o Dudu e a Lily? – Bruce chamava James assim, ninguém sabia o porquê, mas o apelido pegou e até Johanna usava.

– Eles vêm daqui a pouco com o seu tio. Como estão se sentindo tendo três anos? – Kate perguntou se sentando.

– Grande. – Johanna falou e fez a madrinha rir.

– Hey Kate. – Sarah cumprimentou ao entrar na sala. – Onde está o Rick e os meninos?

– Eles veem depois que James sair do colégio. E ai, como estão os preparativos para a festa?

– Está tudo pronto. Quer alguma coisa? Tem salgadinho, cachorro quente e todas aquelas coisas deliciosas que engordam. – Disse Sarah brincando.

– Mamãe, eu quero coxinha. – Bruce pediu.

– Eu também quero mamãe. – Johanna disse. Sarah falou que iria buscar e foi em direção a cozinha.

– Aqui meninos, seus presentes. Espero que gostem. – Kate tirou dois embrulhos de uma sacola.

– Eba! Bigado tia. – Bruce disse já sentando no chão e rasgando o papel.

– Bigada, dinda. – Johanna beijou o rosto de Beckett e também começou a abrir seu presente.

O menino ficou muito contente ao ver que ganhou uma réplica em miniatura do Homem de Ferro que também era um cofre. Joh deu um gritinho de alegria com o navio da Polly que tinha ganhado. Os dois abraçaram a tia e logo foram mostrar os presentes para a mãe.

Alguns minutos depois se escuta um barulho de chave na porta e as crianças vão correndo já sabendo que é seu pai chegando do trabalho.

– Papai! – Os dois se jogam no colo de Matt que os abraça e levanta os dois, um em cada braço.

– Hey pestinhas. Parabéns, meu amores. – Beijou a bochecha dos filhos.

Ao coloca-los no chão, Matt puxou duas caixas enormes. Uma era da menina, uma bicicleta pequena cor de cereja, com cestinha, e cheia de flores. A outra era do menino, uma bicicleta preta com verde. Os meninos abraçaram e beijaram o pai.

Sarah chegou com a comida e suco, fez Johanna e Bruce sentarem-se no chão e comer na mesinha de centro. A campainha toca e Matt abre, ele só consegue ver duas crianças entrando correndo. James e Lily correm e abraçam primeiramente sua mãe, depois seus primos e por último seu tios.

– Olha James, eu ganhei o Homem de Ferro. – Bruce mostra ao primo o brinquedo.

– Um dia eu vou trazer o meu Capitão América pra gente brincar.

– Lily vem brincar comigo. Olha o que eu ganhei. – Johanna mostrava a prima seu presente e logo começaram a brincar de vestir roupinhas nas bonecas.

– Hey Joh, Bruce. Venham cá para eu dar um abraço em vocês. Gostaram dos presentes? – Rick falou abraçando os gêmeos e dando um beijo no topo da cabeça dos dois.

– A gente amou dindinho. – Johanna respondeu.

Os quatro estavam tão entretidos com as brincadeiras que nem perceberam quando Jim chegou com sua namorada, Mona. Ela também é viúva, mas nunca teve filhos, se conheceram em uma viagem de negócios de Jim e desde então estão juntos.

– Olha só! Esses meus netos não amam mais o vovô. – Ele falou brincando. Ao ouvirem a voz deles, os quatro correram e lhe deram um abraço em grupo.

Jim entregou os presentes dos aniversariantes, que adoraram. As crianças voltaram a brincar e os adultos conversavam. Até que Lily puxou a mão da mãe. – Mamãe, mim dá bigadero?

– Brigadeiro só mais tarde, amorzinho. – Kate falou pegando a filha no colo.

– Queia agola. – Ela cruzou os braços de fez bico.

– Lily, a tia promete que vai te dar doce daqui a pouco, ok? – Sarah falou.

– Tá. – A menina respondeu um pouco contrariada pedindo para ir para o chão.

– Filha, como está indo no trabalho? Está gostando? – Jim perguntou para Sarah.

– Ah, é o que eu sempre quis fazer. Amo animais e principalmente cães e cavalos, cuidar deles é tão bom.

– Eu realmente sinto muito que algum deles já tenha sido montado por Rick nu. – Kate brincou e fez todos rirem.

– Há há. – Castle fingiu rir. – Tenho certeza que ele ficou lisonjeado.

– Como vão os livros, Rick? Gun está indo tão bem quanto Heat? – Pergunta Matt.

– Tão bem quanto. É claro que sinto muita falta de escrever sobre a detetive, mas uma hora tinha que ter um fim e ficou muito satisfeito em como terminou.

– Eu continuo fã e estou amando Billy Gun. – Mona falou.

– Eu também, Billy me ganhou no primeiro livro. – Sarah falou.

Continuaram o bate papo, comeram e beberam. Lily foi até a mãe pedindo colo, já sonolenta, então Sarah decidiu cantar parabéns. Ao chegarem à mesa do bolo viu vários docinhos faltando.

– Lily?

– Oi. – Respondeu coçando os olhinhos.

– Você comeu os brigadeiros, não comeu? – Sarah perguntou divertida.

– Tava tão gostoso. – A menina disse sorrindo.

– Lilian! – Kate repreendeu. – Tinha que sua filha mesmo. – Brincou com Castle e a garotinha gargalhou.

Todos foram cantar parabéns para Johanna e Bruce, ao apagar a velas as crianças fizeram um pedido. – Que nossa família seja pra sempre assim. Legal e divertida. A gente ama vocês. – Eles falaram juntos e todos aplaudiram e assoviaram.

Joh, Bruce e Jamie voltaram a brincar e Lily adormeceu no colo de Kate. Os outros continuaram o dialogo, estavam todos engajados no assunto até que perceberam que as crianças tinham dormido, os três no chão.

– São tão lindos. Nem parece que são levados. – Sarah disse.

– Tão fofinhos. – Rick completou.

– Eles podem fazer o que fizer, mas não os troco por nada. – Matt falou abraçando Sarah pela cintura.

– Vocês duas, junto com vocês dois, conseguiram me fazer o homem mais feliz do mundo. Mesmo depois de toda aquela angustia... – Jim falava. – Foi graças a vocês que eu voltei à vida. Deram-me muito trabalho, é claro... – Ele riu. – Mas valeu muito a pena. Vocês são maravilhosas e só me dão alegria com esses netos. E agora com você aqui... – Ele olhou para Mona. – Está tudo perfeito. Muito obrigado mesmo. – Jim terminou de falar com os olhos cheios de água. Kate e Sarah limpavam as lágrimas que caiam e o abraçaram.

Depois de muitas lágrimas derramadas, muito sorrisos, muitos dias tristes e dias de alegria, estavam todos aqui. Do jeito que um dia sonharam, estavam felizes e unidos. Claro que o buraco deixado pela perda de sua mãe sempre ficaria no coração de Kate e Sarah, mas elas tiveram que seguir em frente. Foi isso que fizeram, todos os acontecimentos ruins e bons os trouxeram aqui.

Eles não sabiam, mas de um lugar distante, Johanna Beckett os observava e uma lágrima escorria por cima de um enorme sorriso. Todas as vezes que suas meninas choravam pela falta dela, tinham dúvidas que só uma mãe poderia responder... Agora ela podia seguir em paz com suas filhas crescidas e seu marido feliz com uma boa pessoa.

Kate nunca sentiu mais orgulhos de Sarah, que agora formada e trabalhando onde sempre quis, tinha sua família formada e estava casada com o homem que ama. Beckett não poderia imaginar nada melhor para sua vida com seus filhos maravilhosos e um marido, que ela tem certeza que é seu “príncipe encantado”.

“Tudo aquilo que sou, ou pretendo ser, devo a um anjo: minha mãe.”

Abraham Lincoln


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Notas finais do capítulo

Já que esse é último, acho que é mais do que merecido comentários, certo? :3

Essa história foi inspirada na minha relação com a minha irmã mais velha. Se vocês leram, leram um pouco de mim e da minha vida. Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu gostei de escrever para vocês.

Beijo beijo, AB.