–Idiota Idiota Idiota- ficava repetindo isso sem parar.

–Quem é o Idiota? Eu ou você? Maxon me perguntou, ele estava sentado em minha cama com o pé em cima de um travesseiro. Dramático! Isso tudo por causa de um dedinho, mas o que mais me chateava era ele ter me visto num momento 1510, esse tipo de momento é íntimo demais para ser vista por garotos principalmente se for o garoto causador.

–Eu, você, ah. Nós dois! Porque você veio?- perguntei séria com as duas mãos na cintura, Maxon passou as mãos pelos cabelos que estavam já grande e penso que tenho que manda-lo cortar.

–Olha Meri, precisava falar contigo, é importante que tenhamos essa conversa antes de nos envolvermos com terceiros, antes de nos machucarmos mais.

–Do que você está falando Maxon?- perguntei, ele ficou dando passos para frente e eu para trás.

–Meri, por favor, me escuta eu estou... Ah! América a Marlee me contou o que significa 1510 e eu queria lhe dizer que- Traidora! Ela sabe que esse tipo de coisa não se conta para garotas, senti a parede fria em minhas costas e percebi que lágrimas estavam escorrendo por meu rosto, escorreguei pela parede até cair sentada no chão frio do quarto do hotel estava destruída tudo que eu mais temia estava acontecendo Por Favor, Meri não chore não sei o que fazer quando vejo mulheres chorando, por favor, não chores.

–Maxon me deixa sozinha, por favor- falei com a voz embargada olhando pra baixo.

Sinto suas mãos em meu rosto, forçando-me a olhar para cima em seus olhos que me invadem minha alma não posso acreditar que estou ali á deriva, sem nenhuma proteção maior, ele cola sua testa na minha, e eu suspiro. E sua boca desce rapidamente. E ele esta me beijando, delicadamente como se eu pudesse quebrar ao seu toque.

O desejo explode como um Quatro de Julho em todo o meu corpo, e eu estou o beijando de volta, com todo fervor, enterrando minhas mãos em seus cabelos agora longos puxando-os com força. Eu preciso dele, preciso do seu calor, preciso dos seus beijos e só percebo isso agora. Eu derramo todo o medo, toda a angustia que antes estava em mim neste beijo, vinculando-o a mim.

E neste momento a paixão cega me antige, ele esta fazendo o mesmo, ele sente o mesmo, ele interrompe o beijo estamos ambos ofegantes. Seus olhos estão iluminados como desejo, acendendo meu sangue já aquecido que está batendo no meu corpo. Minha boca está perto e eu tento sugar o precioso ar em meus pulmões.

–Maxon, eu... tento falar, mas não consigo formular uma frase corretamente, estou muda.

–Pelo amor de Deus América, entenda eu também estou apaixonado por você ele rosna, enfatizando cada palavra, ele se empurra para longe de mim e se curva como se tivesse corrido uma maratona. Eu me inclino contra a parede, ainda ofegante, tentando controlar a reação desenfreada no meu corpo me pedindo mais, tentando encontrar o equilíbrio novamente.

–Passei toda a minha vida tentando evitar qualquer sentimento extremo. Mas você... Você desperta em mim sentimentos que são completamente alheios. É muito inquietante- ele franze a testa, agarrando cada palavra Todo o meu controle evapora quando estou perto de você. Por favor, Meri não me mande embora.

–Nunca.
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Quando acordo, estou em minha cama, e me surpreendo ao ver Maxon deitado comigo. Ele dormiu aqui?

–Ei- Maxon diz em voz baixa Bom dia dorminhoca.

–Bom dia falo com um sorriso tímido- faz tempo que acordou?

–Não muito, eu acho, perdi a noção do tempo vendo-a dormir , eu poderia fazer isso pra sempre Meri .- ele segura meu queixo ,inclinando minha cabeça para trás . Paira sua boca sobre a minha, e fechando os olhos, ele corre um rastro de beijos do canto do meu olho para o canto da minha boca- acho melhor eu ir pro quarto e me trocar nos vemos no café da manhã ?

–Sim falo abobalhada.

–América antes de bater na sua porta ontem, eu pensei em todas as probabilidades do que poderia acontecer e eu trouxe isso pra você.- ele me estende um Ipod e eu o pego- aqui , nessas músicas há tudo que eu quero lhe falar, até o café da manhã querida.- ele fala e se levanta.

–Maxon- o chamo quando já havia abrido a porta Eu não sou sua querida. ele dá aquele sorriso que só ele faz e vai me deixando cheia de pensamentos.

No mesmo instante começo a fuçar o Ipod, estou muito curiosa sobre os seus sentimentos por mim. Selecionando uma música que me chama a atenção, eu pressiono o play. Try, com Nellie Furtado. Ela começa a cantar, e sua voz é um invólucro de lenço de seda em volta de mim, envolvendo-me. Eu me deito na cama. Isso significa que ele vai tentar? Tentar esta nova relação? Eu bebo a letra da musica, olhando para o teto, tentando entender o seu retorno. Ele sentiu a minha falta antes mesmo de eu não ser dele. Eu senti a falta dele. Ele deve ter algum sentimento por mim. Ele deve.
Este iPad, essas músicas, ele se importa. Ele realmente se importa. Meu coração se regozija com a esperança. A música acaba e lágrimas pulam dos meus olhos. Eu rapidamente me deslocar para outra The Scientist, do Coldplay, uma das bandas favoritas de Marlee . Eu conheço a música, mas eu nunca realmente ouvi a letra antes. Eu fecho meus olhos e deixo que as palavras lavem sobre e através de mim.
Me dispo rapidamente preciso me aprontar para o café da manhã.Estou transbordando de alegria, um estúpido sorriso de boca larga não deixa o meu rosto. Que diferença uma noite pode fazer. Vou para o banheiro ainda ouvindo as músicas de Maxon.
José Gonzalez começa a cantar uma melodia suave, com um solo de guitarra hipnótico, e eu derivo lentamente para o chuveiro , maravilhando-me como o mundo se endireitou em uma noite e imaginando preguiçosamente se eu deveria fazer uma lista para o Maxon.