2º temporada fanfic THG escrita por Anne Atten


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

eu aqui de novo! ia postar amanhã, mas deu pra postar agora :D



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Ouço um rangido vindo da porta. Acordo, e ainda sonolenta, consigo me sentar. O barulho para e volto a dormir.
Um rangido maior se segue e tenho a impressão de que a porta está sendo aberta.
–Peeta, é você? - pergunto.
Não há resposta. A porta se fecha e ouço o barulho da chave girando na fechadura. Lembro-me de ter trancado a porta, alguém a abriu. Com certeza Peeta não faria isso, não é o tipo dele. Ele bateria delicadamente na porta.
Penso em gritar, mas sou impedida por algo tampando minha boca. Estapeio, bato as pernas, mas seja quem for, está me sufocando é a mais forte do que eu. Em alguns segundos fico sem ar. Uso toda a minha força para sair de baixo do que está me sufocando. Deve ser uma almofada ou um travesseiro.
Em nenhum segundo paro de lutar, tenho que me libertar. Tento levantar o rosto, mas a pessoa dá uma pancada na minha cabeça e caio de volta na cama.
Minhas pernas e braços ficam imobilizados. Preciso sair daqui. Preciso de ar.
–Pare! - grito, mas obviamente não sai som algum.
Tento rolar na cama, para cair no chão. Toda vez que tento levantar a cabeça, algo a atinge. Decido parar de me debater. Fecho os olhos com força.
Sinto o travesseiro saindo do meu rosto. Obrigo-me a não puxar o ar, tenho que fingir estar inconsciente. Tenho certeza absoluta que essa pessoa não tem boas intenções. Ela me quer...me quer...morta.
Após cinco segundos, ponho meu plano em prática. Rolo da cama para o chão, agarrando a pessoa. Ela solta um grito, mas eu não a solto. Fico em cima dela e dou um tapa no que acho ser seu rosto. Então, eu acabo sendo jogada no chão. Dou um grito. Ela chuta minha pernas. Solto outro grito. Outro chute.
Meu cabelo é puxado, sou arrastada no chão. Sou sufocada novamente.

P.O.V Peeta
Ontem com certeza foi um dia difícil para Katniss, muito pior do que o meu dia. Olho o relógio, é apenas três da manhã, mas não consigo dormir.
Eu deveria tentar, já que hoje sairemos bem cedo. Mas simplesmente não consigo. Pareço estar prestes a explodir. Se tem uma pessoa que realmente me entende, esse alguém é Katniss. Ainda é madrugada, então deixarei para falar com ela mais tarde.
Fecho os olhos novamente e ouço um barulho. A princípio penso ser algum barulho da cidade e o ignoro. Segundos depois percebo que ele está muito próximo de mim. Levanto-me e destranco a porta. No corredor não há nada.
Dou meia volta para deitar-me novamente, mas ouço um baque, vendo do quarto de Katniss.
Imediatamente bato em sua porta, desesperado. Alguma coisa está acontecendo com ela. Forço a maçaneta, mas então me lembro que está trancada.
–Katniss! - grito. -Abra essa porta!
É claro que ela não está bem. Alguma coisa está acontecendo.
–Katniss!
Penso em ir chamar Haymitch ou Effie, mas qualquer minuto perdido pode ser fatal. O quarto do prefeito é no andar de cima. O de Lexi no fim do corredor. Todos eles já devem ter ouvido meus gritos.
–Katniss! - grito mais uma vez, inutilmente. Não há resposta.
Recuo para trás e avanço na porta correndo. Soco meu pé com força e a porta caí.
–Katniss?
Espremo os olhos para tentar enxergá-la. Alguém passa por mim e sai correndo. Vou atrás.
O corredor está escuro, o quarto escuro, não há nenhuma iluminação. Quando percebo, estou no andar de baixo. Uma luz se acende. Haymitch aparece.
–O que aconteceu?
Faço um sinal para ele me acompanhar.
Ligo a luz do corredor e entro no quarto de Katniss, temendo o que virá pela frente.
Ela está deitada no chão, os olhos fechados. Há um travesseiro jogado do lado da sua cabeça. Sua testa está com cortes recentes.
Haymitch acende a luz e corro até ela. Ajoelho-me ao seu lado e pego sua mão.
–Katniss, acorde. - falo, lutando para não chorar. -Acorde, por favor. Não me deixe.
Ouço passos no corredor, mas não me viro. O restante das pessoas da casa devem estar logo atrás de mim. Ninguém diz nada. Sento Katniss e a abraço.
–Por favor, não me deixe. - sussurro, chorando. -Você não pode morrer. Por favor, acorde.
Passo alguns minutos assim, até Effie segurar meu ombro gentilmente. Deito Katniss no chão e me levanto.
–Ela vai ficar bem, já chamamos um médico. - diz Effie.
O prefeito está com a cabeça baixa, provavelmente envergonhado pelo o que está acontecendo. Alguém tentando matar Katniss em sua própria casa!
Caminho pelo corredor, em direção a escada.
–Onde vai? - Haymitch me pergunta.
–Pegar quem fez isso. - respondo.
–Como é?
Continuo andando.
–Alguém saiu do quarto dela na hora que derrubei a porta. Mas não consegui pegar a pessoa. Agora eu vou.
–Que história é essa? - diz ele, já ao meu lado.
Não respondo, só continuo descendo a escada. Procuro em toda a sala, vou nos quartos de visitas. Nada. Haymitch me ajuda nisso.
–Só falta a cozinha. - digo, quase sem esperanças.
Ao chegarmos lá, vejo Lexi sentada na cadeira. Ela está segurando um pote.
–O que é isso? - pergunto, já avançando nela. Ela está muito suspeita para o meu gosto.
Quando chego nela, ela me passa o pote. Leite, e cereais. Lexi solta uma risada fraca.
–O que achou que eu estivesse fazendo?
Não respondo, envergonhado. Mesmo assim, ela estar aqui, é estranho.
–O que faz fora da cama a essa hora? - pergunto.
–Sem querer ser rude, mas essa é a minha casa. - ela responde, pegando o pote de novo. -Eu perdi o sono e vim comer alguma coisa. Isso agora é um crime?
Olho para Haymitch, que me encara.
–Você tem razão. Mas o que está fazendo aqui? Não ouviu os gritos? - pergunta Haymitch, falando pela primeira vez desde que descemos as escadas.
Quero só ver a resposta.
–Eu ia subir agora mesmo. - ela responde, olhando para o chão.
–Isso é muito suspeito. - falo.
Haymitch concorda.
–Teremos que conversar, todos nós. - Haymitch fala.
–C-como é? Estão suspeitando de mim? - pergunta ela, fazendo cara de raiva.
–Sim, estamos e vamos tirar isso tudo a limpo. - falo, arrastando-a pelo braço.
–Pode me soltar, não vou fugir. - ela diz arranco minha mão de seu braço. -Além do que não tenho nada a esconder.
Haymitch sobre a escada na nossa frente. Ela tropeça para frente, seguro-a.
–Obrigada. - ela fala, enrolando o cabelo com as mãos. -É uma pena que tenha que ir embora hoje, nos daríamos tão bem.
–Não tenho dúvidas. - digo sarcástico e continuo subindo as escadas, certificando se ela está atrás de mim.

–Vocês estão suspeitando da minha filha? - pergunta o prefeito, incrédulo. -Ela nunca faria isso com uma visita! Afinal, não faria isso com ninguém!
Ele parece enfurecido. Tenho colocar-me na situação dele. Com certeza não gostaria que minha filha fosse acusada de algo tão sério. Mas não podemos descartar nenhuma possibilidade.
–Obrigada, papai. - diz ela, abraçando-o.
–De nada, Lexi. Aonde já se viu vocês suspeitarem dela? Não faz sentido nenhum!
Ficamos alguns minutos calado.
–Senhor, sua filha estava lá embaixo na hora do incidente. Quando entrei no quarto de Katniss, alguém saiu de lá e saiu correndo escada abaixo. O senhor tem que admitir que isso é realmente suspeito. - falo, tentando soar o mais calmo possível. -E se ela não fez nada, não vai ligar de responder algumas perguntas.
O prefeito abre a boca para falar alguma coisa, mas a fecha novamente. A campainha toca e ele vai atender. Deve ser o médico.
A filha lança-lhe um olhar de tristeza e depois senta-se na cadeira do escritório, me olhando como se estivesse sendo injustiçada ou coisa do tipo.
–Haymitch, fique de olho nela. Eu vou ver como Katniss está. - sussurro. -Effie, venha comigo.
Ela assente com a cabeça. Deve estar horrorizada com tudo isso, assim como eu e os outros. Não sei se posso incluir Lexi no pacote.
No momento em que eu e Haymitch estávamos procurando provas, Katniss foi colocada na cama por Effie. Ela está tão pálida.
O médico entra e começa a consultá-la.
–Ela está...está viva doutor? - pergunto, a garganta seca.
Ele demora um tempo para me olhar, e isso me preocupa.
–Sim, está viva. Deve acordar daqui alguns minutos. - ele responde, sinto um alívio instantaneamente. -Pelo que vejo, levou alguns golpes e isso pode deixá-la...bem mal por um tempo. Recebeu pancadas na cabeça, mas só ela sabe o que aconteceu. O jeito é esperar ela acordar.
Eu e Effie concordamos levemente com a cabeça. O médico pede licença e saí do quarto.
–Você acha que ela ficará bem? - pergunto.
Ela apenas dá de ombros. Deve gostar de Katniss, mesmo com o pouco tempo de convivência.

P.O.V Katniss
Abro os olhos rapidamente, e então os fecho com a mesma rapidez, por conta da luz. Abro só um pouquinho dessa vez, para me acostumar com a luz.
–Katniss? - ouço a voz de Peeta, e em seguida ade Effie.
Minha visão entra em foco e os vejo. Abro um sorrisinho.
–Oi. - falo.
–Que bom que você acordou. - fala Peeta, se aproximando.
–É bom te ver, Katniss. - fala Effie, e vem até mim.
–É bom ver vocês também.
Caio no sono novamente.


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