My Dear Psychopath escrita por Nekoyama


Capítulo 2
II - Insecurity.


Notas iniciais do capítulo

Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/465562/chapter/2

• Pv Add •

Eve... É mesmo a Eve. Como eu não percebi antes? O que farei agora? Tantos anos sonhando em encontrá-la, mas quando finalmente a vejo, eu... Eu a amo, mas... Será mesmo isso? Merda, que dor de cabeça infernal! Controle-se Add...!

– Você está bem? – Eve me olhava com uma cara de preocupação.

– Sim, não é nada demais. – Pus minha mão na testa, aquela dor de cabeça realmente incomodava muito. Mesmo assim, eu continuei andando.

– Então... Não está surpreso por saber que eu sou a Eve?

– Tsc... E por que eu estaria? – Não Add... Não faça isso.

– Ah... Nada não... – Eu fui arrogante com ela, que porra.

– Então ta. – Continuei andando ao lado dela.

– Para onde vamos? – Eve questiona.

– Escolha.

– Posso mesmo?

– Tanto faz. – Olhei para o lado.

• Pv Eve •

Ele estava meio estranho. Se bem que eu nem o conheço para ter o direito de falar algo dele desse jeito. Add também parece ser de uma boa família. Bom, pelo menos, é o que eu acho. Não conheço ninguém aqui além dos meus pais e empregados que vivem comigo em minha casa.

– Bom... Sem nenhum referencial seu fica difícil achar um bom lugar.

– Bom lugar pra quê? – Ele perguntou.

– P- para conversar! – O jeito com o que ele olhou para mim e perguntou aquilo me fez ficar nervosa.

– Hum... Tudo bem. Vamos sentar ali então. – Ele apontou para um banco que ficava no final da rua, sob uma árvore enorme. Poucas pessoas passavam por ali, era muito calmo.

– Ok.

O que eu penso que estou fazendo indo conversar com uma cara que eu nem conheço num lugar vazio desses? Eu estou ficando louca ou algo do tipo? Mas ele... Ele me salvou. Então creio que não seja uma má pessoa. Mas mesmo assim, ele foi capaz de ferir aqueles rapazes gravemente. Ele é mesmo muito forte... E se ele tentar fazer alguma coisa comigo? Estou nervosa...

. . .

• Pv Narrador •

Os dois chegaram ao local de destino e sentaram-se ali mesmo. Add parecia não se importar com aquilo, Eve também não mostrava nenhuma alteração em seu comportamento. Mas na verdade...

– Add.

– Sim.

– Posso fazer uma pergunta pessoal?

– Tanto faz. Fale.

– Como você fez aquilo mais cedo?

– Aquilo... O quê...? – Ele tentou disfarçar a aflição que isso lhe causava, olhando para baixo.

– Você quase matou aqueles homens.

– Ah... Isso... – Add tentou disfarçar ainda mais – Não foi nada demais. Eles que eram muito fracos para o meu gosto.

– Eu não creio que essa seja a verdade. – Ela cruzou os braços, com cara de indignação.

– Olha só, você não precisa saber disso. É algo pessoal demais para você saber.

– Pessoal demais? Não me faça rir. – Eve já estava começando a mostrar seu lado grosseiro que ela tanto odiava.

– O que você quer dizer com isso?! – Querendo ou não o Add ainda era muito imaturo para encarar algumas coisas de frente.

– Esquece... Você não me entenderia. – Ela revirou o olhar.

– Tsc! Como você é mimada. – Add já estava morrendo de raiva de si mesmo. Como ele poderia dizer tais coisas para a pessoa que ele amava, assim tão facilmente?

– Bom... Eu não te culpo por achar isso de mim. Afinal, todos pensam dessa forma. – Eve olhou para baixo.

– Eu não me importo com o que eles pensam. O que eu quero dizer é que você tem que ser um pouco mais compreensiva. – Add tentou consertar o que ele havia falado antes. Ele ficara um pouco sem graça depois disso.

– Que seja. Eu não quero mais ficar aqui.

– E para onde você pretende ir?

– Me leve para sua casa.

– O- o quê?!?! – Add não conseguia acreditar no que acabara de escutar.

– Estou um pouco curiosa para saber o seu estilo de vida... – Ela olhou para ele com um olhar brincalhão.

– T- t- tu- tudo bem... E- e- eu acho... – Add foi pego de surpresa com a atitude a Eve.

– Então o que você ainda está fazendo aí, sentado? Vamos logo. – Ela começou a andar na frente.

– E- ei! A casa é minha então eu que devo ir na frente! – Add correu para tentar alcançá-la. Eve riu discretamente da reação dele.

– Vem logo!

– Tsc...! Já estou indo! – Add fez uma cara indiferente.

. . .

– Então... Você mora por aqui? – Eve olhava para os lados e só via ruas sujas, bueiros cheios... – Que desagradável! – Eve tapou o nariz com todas as suas forças.

– Desculpe se eu não sou de uma família rica como a sua! Eu não escolhi viver assim. – Add olhou para baixo.

– ...

Add viu que Eve não estava tão bem quanto aparentava, respirou fundo e a abraçou.

– Mas o que- – Eve protesta.

– Você... Está sozinha?

– Como assim? Minha casa sempre anda cheia, todos os dias!

– Não estou falando disso. Estou falando dos seus pais.

– B- bem...

– Eles não ficam muito em casa não é mesmo?

– Eles... Morreram. – Eve apertou suas mãos nas costas do Add. O jovem a abraçou mais ainda.

– Sinto muito por isso. – Add pôs sua mão na cabeça da garota, e ela começou a chorar.

• Pv Add •

. . .

Já estávamos perto da minha casa. Convidei a Eve para entrar e ela ficou sentada no sofá da sala.

– Até que sua casa não é feia.

– Claro que não. Só a localidade dela que não é das melhores. – Minha casa tinha tudo para ser uma casa da nobreza: Sala ampla, cozinha ampla, quatro quartos com suíte em cada um... Mas somente o meu, é o maior quarto da casa.

– Concordo completamente com você.

– Então... Quer alguma coisa? Água, suco, drink...

– Não obrigada, eu estou bem. – Eve apertou as mãos em seu colo.

– Eve. – Sentei-me ao lado dela. – Sei que isso tudo pode parecer confuso... Aliás, está mesmo muito confuso, mas eu preciso te contar uma coisa.

– O que é?

– Eu... – Eu segurei seu rosto com uma de minhas mãos.

– Add...! O que você pretende fazer!?

– Shh... – Eu cheguei mais perto do rosto dela. Conseguia sentir sua respiração.

– A- Add... – Ela já estava imóvel, sem reação. Não sabia se era por medo ou se era porque ela também queria aquilo. Resolvi não pensar muito nisso e a beijei mesmo assim.

...

Todo aquele calor estava me deixando louco. Nossos lábios estavam se tocando desesperadamente. Nossas línguas faziam uma eterna dança que não tinha fim. Eve estava aflita, mas ao mesmo tempo, ela não negava nada do que eu fazia com ela. Meu corpo pedia por mais... Só aquilo não era o suficiente.

Eu a carreguei de frente para mim, e a levei para o meu quarto (e os beijos continuavam intensos, parando apenas quando faltava ar para continuar, mas logo depois continuávamos).

Eu a deitei na cama, delicadamente. Ela estava completamente corada. Eu não sabia o que se passava na cabeça dela... Mas eu sabia de uma coisa: Eu não queria parar por ali.

– Eve... – Eu estava em cima dela, apoiando minhas mãos e joelhos na cama. Ela não falou nenhuma palavra.

“Eu te amo.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da leitura!
Até semana que vem! o/