Divergente - por Tobias Eaton escrita por Willie Mellark, Anníssima


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Gente o capítulo ficou super grande, por que eu não queria separá-lo e deixar um pequenininho sobrando passei a madrugada toda fazendo...
Espero que vocês gostem leitores lindos e já estou providenciando o próximo assim que eu acabar eu posto...
Queria agradecer a Manu Maddox pela sugestão, e também pelo Link, ficou mais fácil de escrever agora...
E um obrigada a todos que estão comentando e que me animam muito e me transmitem criatividade: Anníssima, Clove di Angelo, Miss Death, Manu Maddox, Rebeca Woset, Nicky Fletcher, MichelliCarvalho vocês são liindas^^

Boa leitura!!!



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Depois da última vez em que passei pela minha paisagem do medo, com algum esforço, consigo me lembrar de algumas coisas num borrão. Como se eu estivesse dentro de um trem em alta velocidade enquanto observo as imagens disformes através da porta. Lembro-me de ter bebido, de ter falado com Tris, de Guigo fazendo papel de ridículo mais uma vez -, perante todo o Destemor. Não sei bem se foi essa ordem, mas sei que tudo isso aconteceu. Minha cabeça dói e aqui estou eu mais uma vez na sala da simulação, acompanhando cada um dos iniciantes quando tudo que eu queria era mais algum tempo para descansar.

"Marlene." - Vou até a porta e a chamo.

Ela entra na sala e a conduzo até a cadeira, uma vez que as explicações já foram dadas e não há nada mais a dizer, apenas aplico o soro, e ela se ajeita confortavelmente para trás.

Caminho até a tela e inicio a gravação.

Tudo está cinza, com fumaças e raras neblinas escuras passando em volta dela. Marlene se agacha e tenta olhar através do nevoeiro que vem em sua direção. Então tudo começa, a simulação faz contorcer o cenário, transformando-se em uma chuva de facas. Seu corpo começa a se debater de dor, sangue escorre pela sua face e ela tenta gritar. Neste momento, as lanças são arremessadas não para ela, mas para aparentemente sua mãe que aparece na sua frente. Ela se levanta com o corpo coberto de ferimentos e o nevoeiro a atravessa, indo embora.

Marlene rasteja até uma fonte de água e mais uma vez a perseguição do dia anterior começa. Um homem alto, moreno com cabelo curto e face repleta de cicatrizes corre rápido até ela. Ele não tem nada nas mãos, apenas corre. Marlene já está há 56 minutos na simulação quando acorda gritando.

Pergunto-me quem era e por que Marlene tem tanto medo dele?

Está tudo bem? - Pergunto.

"Está... quero ir... embora, Quatro."

Ajudo-a levantar e a deixo sair da sala.

A próxima seria Tris e me permito um sorriso antes de abrir a porta e chama-la para, mais uma vez, entrar nesta sala sozinha comigo.

Ela vem em minha direção e entra na sala, respirando pesadamente, sentando-se na cadeira ainda relutante.

"É apenas uma simulação Tris." - Digo para acalmá-la.

Ela concorda com a cabeça e se inclina para trás deixando o pescoço livre para eu aplicar-lhe o soro. Depois de inserir o soro, ligo o gravador e me atenho à tela, pois preciso prestar mais atenção dessa vez e, talvez, sanar algumas dúvidas que restam sobre ela.

Depois de alguns segundos de escuridão, uma esfera azul acende no centro sobre ela, e depois outra tornando tudo mais visível. Tris está em uma caixa de vidro que se encontra próxima ao abismo, rodeada de iniciandos do Destemor, todos de braços cruzados observando-a.

Ela se levanta e tenta empurrar a tampa do vidro, sem sucesso. É quando eu apareço na sua frente e bato no vidro e aponto para o chão sorrindo, logo depois me junto à multidão. Começa a surgir água da parte inferior da caixa. Tris começa a bater e a chutar freneticamente cada canto do vidro, e a água continua a subir cada vez mais rápido. Ela grita pede socorro, mas ninguém se move, apenas riem e trocam olhares entre si e ela continua tentando sair.

Por um momento fico aliviado, se ela não sabe que está em uma simulação significa que minha suspeita estava errada e, portanto, ela não corre nenhum risco imediato.

E de repente ela para de tentar lutar contra a simulação. Olho para o cronômetro e verifico que não se passaram dois minutos. Viro-me para a tela de novo, Tris flutua sobre a água, respira fundo e mergulha. A partir daí come a chutar e a bater o vidro que se quebra em vários pedaços, libertando-a da prisão e da simulação.

Ela quebrou o vidro.

Passaram-se menos de três minutos e ela está fora. Tris manipulou a simulação.

Infelizmente, eu estava certo.

Olho para Tris e a encaro, ela balança as mãos rapidamente.

"O quê?" - Ela pergunta.

"Como você fez aquilo?"- Eu lhe pergunto.

"Fazer o quê?"

Das duas uma, ou ela não sabe, o que é quase impossível, pois o teste de aptidão teria dito ou ela está tentando me enganar, o que é mais provável agora.

"Quebrar o vidro."

"Eu não sei." - Ela tenta disfarçar e este gesto a entrega. Sim, ela sabe muito bem o que é.

Ofereço a mão, ela salta da cadeira, calma e firme. Solto um suspiro e agarro-a pelo cotovelo a guio pela sala até que ela puxa o braço, protestando.

"O que foi?" - Ela exige.

"Você é Divergente." - Não estou com paciência para ser sutil e ela me encara assustada por um momento, então, se inclina contra a parede tentando agir normalmente, mas não consegue porque seu corpo está tenso.

"O que é Divergente?" - Esta sua falsa inocência serve somente para deixar mais nervoso.

"Não se faça de idiota. Eu suspeitei da última vez, mas dessa vez é óbvio. Você manipulou a simulação você é Divergente. Eu vou deletar aquela gravação, mas ao menos que você queira ser morta no fundo do abismo, você vai descobrir uma forma de esconder isso durante as simulações! Agora se me der licença."

Volto para a sala e bato a porta atrás de mim. Por que ela? Amar se foi. O irmão de Tori se foi. Ela estaria mais segura na Abnegação. Ela deveria ter escolhido a Abnegação, mas ainda que este seja o pensamento correto, pois garantiria a segurança dela, não deixo de sentir um aperto no coração ao pensar que ela ficaria melhor longe ou que teria sido melhor para ela nunca ter escolhido o Destemor. É egoísta, sim, pois isto não seria o melhor para mim.

Recordo-me do dia em que Eric pediu para que um dos vigilantes ficasse de olho em Tris. É claro ele já estava suspeitando dela, mas como? Antes eu pensei que fosse pelo fato dela ter o chamado de covarde ou de ter protegido Al, mas eles já estão desconfiados...

Apago a gravação e jogo água na placa do gravador.

Depois de fazer o teste com todos os iniciandos vou até a sala especializada nas gravações e entrego-as junto com a caderneta ao responsável.

"Espera aí, Quatro está faltando essa aqui." - Thomas diz.

"Ah, sim, ocorreu um pequeno problema técnico nessa gravação. Acho melhor trocar, já é a segunda vez que acontece." - Eu digo me recordando que fui o obrigado a fazer o mesmo por Uriáh já no primeiro dia da simulação.

"Acho que os membros da Erudição não conseguem mais fazer gravadores eficazes." - Ele ri.

Desço pelo corredor e caminho até a sala de vigilância. Guigo com certeza estará lá, talvez Eric possa ter falado com ele.

"Hey Guigo." - Digo entrando na sala. - "Como estão as coisas por aqui?"

"Ah, vai bem só que cansativo, quando você vai voltar?" - Guigo pergunta.

"Em breve. E ontem, você apagou suas imagens correndo embriago pelo complexo?"

"Hum, tivemos sorte. Hoje passei por aqui e a câmera do bebedouro havia sido desligada há poucos minutos antes de passarmos por lá."

"Como assim desligada?" - Pergunto.

"Eu também estranhei. No inicio achei que tivesse sido um problema com a câmera, ou um fio solto sei lá, mas não, ela foi desligada por ordem."

"Ordem de quem? De Max?"

"Eric. Eu me informei e soube que ele fez isso outras vezes, duas se eu não me engano, e é só essa câmera." - Diz Guigo pensativo.

"E você sabe se ele pretende desligá-la novamente?"

"Não, por quê?"

Por nada só para saber, você sabe essas câmeras ajudam a defender o nosso complexo, e querendo ou não eu ainda trabalho aqui. Falo tentando parecer casual.

Se ele aparecer por aqui e pedir isso a mim, eu aviso a você! Eu tenho certeza que assim como eu você também desconfia de Eric. Nós entramos no mesmo ano no complexo acho que os conhecemos não?

Conversamos mais um pouco e me retiro.

Se Eric desligou a câmera é porque lá havia algo que ele não quer que os outros vejam, mas o quê? - Os equipamentos solicitados naquele arquivo -. É claro como não havia pensado nisso, precisarei investigar mais ainda.

*...*...*...*

Passaram-se quatro dias desde a conversa que tive com Guigo. Toda noite vou lá e até agora nada. A Erudição ainda está publicando os falsos artigos contra a Abnegação, ou para ser mais exato contra o pai de Tris.

Continuo acompanhando os iniciados nos testes de simulação, a cada simulação Tris é mais rápida e já não sai mais assustada, pelo contrário, ela usa o teste para rever seus pais. Desde nossa última conversa ela não tem falado comigo direito, com certeza pelo jeito que a abordei em um assunto tão serio.

Uriah, Marlene comentam muito que ela está se enturmando mais rápido que os outros transferidos.

Saio do meu quarto silenciosamente e vagueio pelos corredores da caverna para ver se encontro algo suspeito, se há outra câmera desligada. Desenvolvi uma teoria que talvez Eric não use apenas aquele lugar, então, a partir dessa noite andarei por todo o complexo.

Ando pelo refeitório, atravesso as salas e os corredores, caminho até a entrada do complexo e está um pouco mais escuro quando alcanço o fim do túnel e a porta se fecha atrás de mim. Olho para a plataforma e vejo o vulto de alguém na rede. Subo as escadas até a plataforma.

Ela está sobre a rede, com as mãos no rosto. Lembro-me do dia em que a puxei para fora de lá. Seus olhos em um azul profundo, a boca pequena, pele clara e cabelos loiros. Esqueço de tudo por um bom tempo até que ela ergue a cabeça e olha para mim.

"Eu sei que a simulação não é real." Ela diz

"Você não precisa explicar isso para mim. Você ama a sua família. Você não quer atirar neles. Não é a coisa mais irracional do mundo."

"Na simulação é a única vez que consigo vê-los, ela diz pensativa Eu sinto falta deles. Você alguma vez... sente falta da sua família?"

Eu queria muito que ela soubesse, eu queria que ela entendesse quem sou, mas não posso. Olho para baixo e tento parecer o mais normal possível.

"Não, não sinto, mas isso é incomum."

Ela respeita minha resposta pela primeira vez, não acrescenta outra pergunta em cima. Tris se levanta e sai da rede sem minha ajuda. Eu a conheço e sei que ela não aceitaria de qualquer forma. Ela para com a mão na maçaneta e se volta para mim.

Não sei ao certo no que ela está pensando, se é sobre minha resposta a respeito da minha família, pelo meu comportamento quando estou com ela, ou se é pelo simples fato de que ela também possa sentir o mesmo que eu. Meu coração bate mais rápido ao pensar nessa possibilidade.

Eu quero perguntar.

Já se passou tempo demais e a cada segundo minha vontade de falar tudo aumenta. Queria saber também sobre ela. Entendê-la. Então ela empurra a porta e fecha atrás de si, sem dizer uma palavra, mas acho que seus olhos já falaram tudo que eu precisava saber.

Me pego sorrindo por isso, caminho aleatoriamente pelos corredores. Eu devia ter falado pelo menos um pouco, pelo menos um: eu quero que você fique, aqui é o seu lugar. Ou eu iria embora do Destemor, mas você chegou, eu resolvi ficar porque eu gosto de você, que mesmo você sendo complicada é bom estar perto de você e pela primeira vez me sinto em casa.

Eu deveria ter falado pelo menos alguma coisa, mas dá próxima vez eu vou tentar. Shauna tem razão, porém ela está errada em uma pequena coisa, Tris não me ver apenas como seu instrutor do ma.

"Por que que você está com essa cara de..." - Zeke diz chegando à minha frente Calma aí eu não sei nem que cara é essa!

"Deixa disso Zeke, estou terminando um passeio pelo complexo."

"De bom humor? Andando pelo complexo pensando sozinho, e ainda sorrindo?" Zeke me olha tentando aparentar que está me avaliando com a mão no queixo. - "Se você andar saltitando por aí, vou achar que a bebida que compramos e fizemos você beber veio da Amizade!"

Começamos a rir, e continuamos andando, quando Shauna aparece atrás de nós e pula nas costas de Zeke.

"E aí tampinha..." - Ela diz enquanto bagunça o cabelo dele. E ele a derruba no chão.

"Não ajuda ela não." - Ele fala rindo para mim.

"E quem disse que o faria?"

"Já soube Zeke? Saiu o resultado do ranking parcial da segunda fase e parece que Uriah se deu bem!" - Shauna diz se levantando.

"Não. Zeke responde. Onde ele está?"

"Não sei, passei nos dormitórios para dar os parabéns para minha irmã, mas ela tinha saído com Uriáh e Marlene." - Ela responde.

"Vamos procurar esse idiota." - Zeke fala meio zangado, meio orgulhoso.

Passamos no refeitório e ele não estava, então descemos o corredor passamos pela porta da sala de treinamento e ouvimos um barulho.

"Pensei ter ouvido um barulho daqui." - Entro falando.

É quando olho em volta e vejo Tris de Lynn. Ela não olhava para mim e sim para Zeke que chegava perto de Uriah.

"Acontece que é meu irmão idiota, você não deveria está aqui depois do horário. Cuidado ou Quatro contará ao Eric, e então você estará praticamente escalpelado."

Afasto-me para que eles possam sair. Zeke e Uriah saem se empurrando, Marlene com Shauna dividindo um murffin, e Lynn logo atrás ela para do meu lado e me olha seria.

"Você não contaria ao Eric." - Ela afirma, um pouco desconfiada.

"Não, eu não contaria."

Depois dela é Tris, descanso minha mão, no topo de suas costas e a conduzo para fora. Enquanto os outros andam na frente, ela começa a segui-los. Não posso deixá-la ir sem falar nada, não novamente, eu não quero ficar me sentindo um idiota depois.

"Espere um segundo"

Ela fica de frente para mim. Meu coração bate acelerado e eu não sei ao certo o que falar. Sorrio para disfarçar meu nervosismo.

"Você pertence a esse lugar, você sabe disso? Você pertence a nós, isso acabará em breve, então aguente firme, Ok?"

Desvio o meu olhar para a rocha mais acima e coço atrás da orelha. O que foi que eu disse? Eu sou patético, era melhor eu ter ficado calado, ela diz coisas muito melhores com o olhar do que eu com as palavras.

Então eu só sinto quando ela pega a minha mão, sem ser porque eu ofereci, ou porque tenho que ajudá-la, mas por espontânea vontade. Ela quis voluntariamente me tocar já que sempre sou eu a querer tocá-la. Eu deslizo meus dedos entre os dela, e olho em seus olhos e sinto o calor que se espalha pelo meu corpo, minha respiração quer fraquejar e ao mesmo tempo cada parte de mim pedindo para que isso seja eterno. É a resposta que eu precisava, não tenho mais dúvida alguma. Nós ficamos assim por um longo tempo, então ela me solta, e sai apressada.

Ando de volta para o meu quarto, ainda sorrindo. Quando paro para pensar em Tris vejo um bilhete sobre a cama.

"Hoje à tarde Eric veio na sala de vigilância e falou com um destemido.Eu estava perto e ouvi por alto, sei que hoje à noite a mesma câmera será desligada, junto com outras não sei ao certo quais.No mesmo horário de antes.Guigo."

Se Eric pediu para desligar, certamente não terá ninguém na sala de vigilância e eu poderei religa-las. Caminho quase correndo até a sala. Entro rapidamente e tento religar as câmeras consigo, uma, duas, três, mas a principal eu não consigo. Eu terei que ir lá.

Apresso os passos e chego próximo ao bebedouro quando escuto um grito abafado. Corro pelos corredores para identificar da onde está vindo, acho que estão perto do abismo será que vão tentar...

De novo não, mais uma morte no abismo. Eric com certeza está envolvido.

Apresso-me escuto passos pesados e vozes vindas do abismo, minha suspeita está certa. Nunca uma raiva me consumiu com tanta voracidade, meus punhos se fecham quando vejo Peter, Drew e Al em volta de Tris. Al me vê e logo corre sem avisar os outros, ainda vejo quando Peter levanta Tris pelo pescoço pendurando-a sobre o abismo.

"Hey." Eu grito, já indo para eles.

Peter larga Tris que se apoia no corrimão, ele empurra Drew que cai no chão. Enquanto Peter ganha vantagem, Drew ainda estava se levantando, foi aí que eu o peguei, levanto-o pelo seu pescoço e o arremesso contra o chão, junto com murros e pontapés, ele grita e se contorce de dor. Sei que não posso mais pegar Peter e Al, mas Drew vai mostrar o meu recado. Minhas mãos estão cobertas de sangue, não meu, mas do rosto de Drew que está desacordado.

Volto-me para Tris e meu coração afunda. Minhas mãos se abrem apenas para socorrê-la. Ela está com os cotovelos apoiados no corrimão tentando se apoiar, mas suas pernas já estão cedendo.

"Quatro." - Ela fala baixinho.

Vou até ela e envolvo seus braços puxando-os para meu ombro, e a puxo por cima do corrimão, coloco um dos braços sob os seus joelhos e a apoio contra o meu peito, Tris pressiona seu rosto no meu ombro e a mão sobre o meu peito que logo cai, o que significa que ela desmaiou.

Levo-a para meu quarto e a coloco cuidadosamente sobre a cama, e analiso seu rosto está ferido com um roxo em sua bochecha. Ajeito-a sobre a cama e saio atrás de Drew que certamente ainda está caído.

Pego o verme pelos braços e saio arrastando-o até a enfermaria, por mim o matava ali mesmo, mas não posso.

"Aí está Elly, todo seu!" - Digo o arremessando-o contra a cama.

"Deus... o que aconteceu? ela pergunta. Não o jogue assim, vai machucá-lo ainda mais."

"A intenção é essa Elly. Faça algo para ele acordar logo, sim?"

"Já entendi..."

Ela o ajeita e injeta algo em seu braço depois de mais ou menos 3 minutos, que ele está deitado ele abre os olhos, pelo menos um. Elly faz curativos nele enquanto ele geme de dor. Aproximo-me dele e o encaro.

"O que exatamente você estava tentado fazer?" Eu pergunto secamente.

"Nós... estava... vamos... tent... tando aassus...tá-la" - Ele responde com dificuldade.

"Olha seu..."– Digo me levantando.

"Espere, sinto muito Quatro, aqui você não pode matá-lo. Ok? Espere ele sair sim?" - Elly diz me guiando para fora da enfermaria. - "Eu acho que você deveria deixar comigo agora, se foi o que eu entendi, ele fez uma brincadeira nada legal, não se preocupe te garanto que ele sentira essa dor a noite inteira. A garota está bem?"

"Está sim, obrigado. Cuide bem do nosso amigo."

Caminho em direção ao meu quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram???
Ps.: Se houver erros perdoem-me por favor.