Deixe-me Entrar escrita por Fran Barros, Esthefanny Bezerra


Capítulo 11
Capítulo 11 - Let Me Know More About You


Notas iniciais do capítulo

Oi gatas, mais um capitulo lindo para vocês! Muito obrigada pelos comentários, ficamos super felizes quando sabemos que estamos agradando. Fiquem com mais um capitulo, hoje é a Teca que vai postar, Obrigada gatona!
Divirtam-se com nosso casal e nossa princesa linda, beijão!



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POV Bella

Amanheci mais contente que de costume, hoje Edward viria para cá definitivamente. Olhei o relógio e percebi que já passava da hora de Clarinha acordar.

Fui ao banheiro fazer minha higiene matinal para depois acordar minha princesa.

Já pronta cheguei perto da minha pequena e beijei suas bochechas rosadas, um verdadeiro anjo dormindo.

– Clarinha, acorda filha - falei baixinho para ela ir despertando aos poucos.

Ela suspirou e virou para o outro lado. Ri.

– Vamos princesa, o Edward chega daqui a pouco - mencionei Edward sabendo que ela logo acordaria. Dito e feito.

Ela abriu seus olhos lindos, bocejou e sorriu pra mim.

– Mamãe! - abriu os bracinhos me chamando.

– Bom dia, lindinha - dei um beijinho de esquimó.

– Dia mamãe! Tio Eward vem? - sentou na cama.

– Vem e o melhor, ele vem para morar com a gente - falei e ela deu um grito de felicidade.

– Sélio mamãe ? E cadê ele ? - olhou para os lados procurando.

– Ainda vai chegar, então vamos tomar um banho e ficar mais linda para receber o Edward.

Ela balançou a cabeça concordado e logo eu a estava levando para tomar banho.

Depois de uma pequena bagunça no banheiro levei-a para a cama pondo-a em pé e enxugando-a toda. Colei sua calcinha de babados lilás, um vestidinho branco com pequenas florezinhas lilás também e sua botinha. Penteei seu cabelo ralinho colocando um broche de laço e finalizei com seu perfume infantil.

Peguei-a nos braços e fomos para a cozinha tomar café da manhã, eu iria esperar Edward, mas como ela não pode esperar, eu lhe dei um suco de morango com biscoitos. Depois que ela terminou levei-a para a sala e ficamos vendo desenho até baterem na porta.

Sorri para Clarisse e fui atender a porta e lá estava ele, com um sorriso torto e o porteiro ao seu lado cheio de malas.

– Bom dia, Bella - cumprimentou e só pude sorrir.

Esse homem tem o poder de tirar todas minhas forças.

– Entrem - dei espaço e Edward passou com a cadeira de rodas direto para perto de Clarinha, não antes de me puxar para um selinho.

Virei para o porteiro e agradeci por ter ajudado Edward, ele botou as malas dentro do apartamento e se foi com um aceno.

– Seja bem vindo! – falei e sorri para ele.

– Obrigado, amor. – eu corei quando ele disse o “amor”. Ele nunca havia me chamado assim. – E você, Anna? Não vai me dar nem um beijinho? – ela já estava em seu colo e sorria. Ela estava extremamente feliz, assim como eu.

Ela abraçou o seu pescoço e deu um beijo na bochecha dele.

– Que beijo mais delicioso! – ele ficou brincando com Clarinha e eu observava os dois.

– Edward, você já tomou café da manhã?

– Não.

– Ótimo. A mesa já está posta. Vem! – eu peguei Clarinha de seu colo para que ele pudesse empurrar a cadeira até a cozinha.

Tomamos café falando amenidades. Era um dia feliz e que, talvez, sabendo da nossa alegria, nascera lindo.

– Nós podíamos sair, não é? – ele falou. – Está um dia tão lindo, amor.

– Claro que podemos. Tem um parque verde aqui perto. Podemos ir andando pra lá.

– Ótimo!

Terminamos de comer e eu arrumava tudo para sairmos. Eu olhava para ele em alguns momentos e ele sempre estava olhando pra mim. Eu sorria e ele sorria de volta.

Terminei de lavar a louça e fui trocar de roupa. Aproveitei e levei algumas de suas malas para o nosso quarto. Sim, ele dormiria comigo. De qualquer jeito, erámos namorados agora.

Sorri com a afirmação. Meu coração começou a pulsar mais rápido, lembrando dele me chamando de “amor”.

Coloquei um short e uma blusa fresquinha. Uma chinelinha em meus pés e eu estava pronta. Sai do quarto e o encontrei brincando com Clarinha.

– Vamos?

– Agora.

Saímos e Clarinha estava em meus braços. Seu sorriso era lindo, parecia ser igual ao meu. Talvez fossemos mesmo como um espelho. O sorriso de Edward não me deixava dúvidas de que ele também estava feliz.

– Amor... – ele olhou para mim. – Posso te chamar assim né?

– Eu amo ouvir isso saindo da sua boca. – falei e corei. Da onde havia saído aquilo?

– Pois irei te chamar assim. Para sempre. – o imaginei sussurrando baixinho em meu ouvido isso.

Sacudi a minha cabeça para me livrar daquele bendito pensamento.

– Eu queria te apresentar a minha família. – ele já havia me dito isso. Quando ele marcou o jantar no dia que eu aceitara ser sua namorada, ele queria que fosse com sua irmã. Infelizmente ela não pode ir.

– Tudo bem. Quando?

– Você decide.

– Pensarei em um bom dia. – entramos no parque.

Fomos perto de um banco e ficamos por ali.

Crianças corriam de um lado a outro. Imaginei como seria um dia trazer Clarinha aqui e ela correr como essas crianças corriam agora.

Edward pegou minha mão. Olhei para nossas mãos juntas e foi como se sentisse que ele estaria ali para sempre. Segurando-me, ajudando-me, amando-me.

Olhei para ele e mergulhei em seus olhos. Clarinha colocou sua pequena mãozinha junto a minha e de Edward. Ela tentava segurar as duas, mas não dava.

Olhei para seu rostinho e Edward fez o mesmo. Ela deu uma gargalhada gostosa, como se achasse graça eu e Edward estarmos olhando para ela ao mesmo tempo. Sua gargalhada aqueceu meu coração mais ainda.

Ficamos no parque até umas 9 horas. Depois começou a ficar muito quente e então resolvemos ir para casa.

Fiz o almoço enquanto brincava com Clarinha e com Edward. Ele parecia uma criança perto dela.

Dei a comida da minha menina e depois almocei junto com Edward. Almoçamos rapidamente e fomos assistir um pouco de televisão na sala. Clarinha acabou dormindo.

– Ela estava mesmo cansada, olha só. – Edward falou. Ela estava em seu colo e eu sabia que se eu a tirasse dali, ela acordaria. Clarinha tinha um sono muito leve, qualquer coisa e ela acordava.

– Eu percebi. Ela é uma dorminhoca. – falei e ele riu baixinho. Sua mão estava em minha coxa e nós nos olhávamos apaixonados.

A tarde passou entrei alguns filmes, muito carinho e vários beijos.

Eu fiz o jantar de Clarinha e Edward pediu para nós uma pizza.

Comemos e depois eu coloquei Clarinha para dormir. Parecia que quanto mais ela dormia, mais ela tinha sono.

– Amor, será que eu posso te perguntar uma coisa?

– Claro.

Estávamos na sala e ele olhava pra mim.

– Se não quiser responder, não precisa. – o que seria? – Eu só queria saber mais sobre umas agressões do Jacob, que uma vez você me falou, lembra?

– Edward, isso é passado...

– Eu sei. É que eu só fiquei curioso. – ele suspirou. – Mas se você não quiser responder, não precisa, como eu disse.

– Não, não. Eu vou responder. – eu respirei fundo, deixando que todas as memórias viessem. – Começaram depois de uns dois meses juntos, morando na mesma casa. Eu pensava que estávamos bem. Ele chegou bêbado nesse dia. Dava para sentir o cheiro forte da bebida, algo parecido com uísque, talvez misturado com mais alguma coisa que eu não soube identificar. Ele chegou gritando pelo meu nome e eu fiquei com medo, mas aparecia perto dele logo, achava que ele nunca iria me machucar, mas as pessoas mudam quando estão bêbadas, Edward. Mudam e muito. Tomam coragem para fazer coisas que nunca fariam se estivessem sobreas. Ele puxou o meu braço com força, eu dizia que estava doendo, mas ele nem ligava. Ele me jogou na parede mais próxima com toda a força que ele tinha que não era pouca. Minha cabeça doía da pancada e depois que eu vim perceber que também saia sangue. Ele veio para mais perto e bateu em meu rosto, me chamando de coisas horríveis que eu realmente prefiro não lembrar. – uma lágrima desceu por minha face. Ele prontamente limpou-a dali. – Ele puxou meu cabelo com tanta força que conseguiu arrancar alguns fios e aquilo doía. Suas palavras estavam me machucando. Em algum momento durante isso tudo, ele tentou arrancar as minhas roupas, mas não conseguiu, porque estava tão bêbado, que foi perdendo a força. – eu relembrei as vezes que ele havia conseguido tirar minha roupa. – Infelizmente, essa não foi a última vez. A cada novo dia, ele chegava mais bravo e houve um dia que ele conseguiu retirar as minhas roupas e praticar o ato, mesmo sem eu querer. – lembrei-me de quando contei que estava grávida de Clarinha, as palavras sujas que ele havia dito. – Quando eu contei que estava grávida de Clarinha, nossa, foi o pior dia da minha vida. Ele bateu em mim, forte, totalmente descontrolado. Eu pensei que iria a perder. Juro, Edward, fiquei com muito medo de ter perdido a razão para a qual eu vivia naquele momento. – eu chorei mais um pouco.

– Ainda bem que você conseguiu fugir daquele monstro.

– Só depois de ter tido Clarinha. Eu fugi no dia em que sai da maternidade. No começo, fiquei em um quartinho de pensão, depois fui para a casa dos meus pais. E o resto, é o que você já sabe. – eu abaixei minha cabeça.

– Bella, olha pra mim. Olha nos meus olhos. – eu levantei a cabeça, mais lágrimas descendo por sobre minha face. – Você está a salvo agora. Eu juro. Você e Anna estão a salvo agora. Ele nunca mais vai colocar um dedo perto de vocês. Eu vou proteger vocês, fazendo o possível e o impossível. – ele limpou mais algumas lágrimas que teimaram em cair. – Eu amo vocês.


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Notas finais do capítulo

Minha gente, que capítulo mais barra pesado foi esse hein? Tô arrepiadinha aqui, juro pra vocês. Nossa, muito tenso.
A Bella relembrando tudo, agora vocês sabem um pouco mais sobre o passado dela. Acho que ela já sofreu tanto, que merece um descanso né? (merece não, kfhdgfhf)
Mas, é isso ai. Obrigada por cada comentário e por cada dica.
Beijos, fiquem com papai do céu!



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