The Girl-Problem. escrita por giovanacanedo


Capítulo 8
Another that I'd kill indirectly...




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POV Hanna Dumbledore:

Eu simplesmente não conseguia respirar direito, em apenas alguns segundos mínimos eu achei que eu teria coragem o bastante para ir até aquela sala e enfrentar Alvo pessoalmente, dizer a ele que eu sou sua filha e depois passar a noite chorando por ter estragado mais uma vida, mas não, eu não tinha.

Era terrível demais para mim.

A cada passo curto que eu dava, mais meu coração gritava para eu dar uma meia volta e ir para bem longe daquele lugar, parte de mim queria desesperadamente arrumar as coisas e ir embora, mas Gellert logicamente me seguiria, e as chances de eu conseguir vencer um duelo com ele virada de costas ou sem olha-lo nos olhos era baixa, era impossível, ou quase.

Não sabia como Alvo iria reagir, não sabia se ele iria gritar, se iria me chamar de erro, ou se iria aceitar como um bom pai, eu não tinha certeza de nada, eu não conhecia Alvo Dumbledore além das revistas e jornais da época, para falar a verdade, eu simplesmente não o conhecia, eu apenas tinha uma imagem de Homem inteligente e meu pai por acaso, uma imagem própria de um Dumbledore.

Eu segurava as lágrimas, estar perto dele, tanto como Riddle ou Gellert não me fazia bem, só me lembrava que eu era a razão da guerra familiar ou até mesmo, eu seria o premio que todos tanto queriam, mas eu não queria ser o premio.

Eu queria ser eu.

Eu era eu.

– Vai ficar tudo bem... - Pela quinta vez, Kath me lembrou disso, mas eu sabia, não iria ficar tudo bem, não iria ficar nada bem, se ele soubesse que era meu pai, as coisas poderiam mudar, e eu mudar junto a elas.

E eu não queria mudar.

Eu não me permitiria mudar.

Eu não seria igual a Gellert, não sairia nada de idêntico além da aparência.

E foi ai quando eu cheguei perto da escada que levava até a porta da diretora, tremendo, tentando aprisionar a magia dentro de mim, essa magia estava louca para sair e explodir tudo, como sempre faz quando eu fico nervosa, com medo ou ódio, e no momento, eu estava sentindo tudo.

Subi as escadas com a ajuda de Kath, que dizia palavras de apoio, mas eu pouco ligava, eu sabia que eu iria entrar naquela porcaria de sala sozinha de qualquer jeito.

Ao chegar perto da grande porta de mármore eu revezei os dez motivos de eu estar naquela encrenca e me amaldiçoei por ser tão burra e por ter o destino e Merlin conspirando contra mim.

Bati na porta, respirando ofegante, tentando mandar meu cérebro mandar um comando do tipo "Caía fora agora!", mas eu somente fiquei parada esperando ser chamada, como uma boa menina.

– Entre srta. Hanna. - Falou a Senhora Cole, apreensiva. Quando eu entrei ela me olhou com pena, como sempre fazia, então ela assentiu para o nada e disse: - Vou deixa-los a sós... Até breve.

E saiu, me deixando sozinha com meu pai.

Ou o cara que eu chamo de pai, mas que é a primeira vez que o vejo.

Isso nunca fez sentido.

– Por quê nunca se revelou? - Ele perguntou, tentando manter a voz controlada, como se ele tivesse o DIREITO de ficar nervoso nessa bagaça, assim, eu sei que me escondi dele durante anos e mais anos, mas eu estava esperando a hora, que por mim, nunca devia ter chegado. - ME RESponda!

– O QUE QUER QUE EU RESPONDA? QUE EU ESTAVA ERRADA POR TER FEITO ISSO? QUER DESCULPAS ALVO? NÃO VAI TER! EU PROTEGI VOCÊ DELE, DEVIA ME AGRADECER POR ISSO! - Gritei de volta, com os olhos fechados, podia sentir minha magia tentando quebrar as minha barreiras mentais, podia sentir choques elétricos por toda parte do meu corpo, eu podia sentir ela me queimando como forma de querer escapar.

– VOCÊ ME PRIVOU DE UMA FAMÍLIA! - Ele disse e foi o bastante para meu auto-controle ir embora, sem perceber eu já tinha quebrado os vidros por toda a parte da sala, eu podia ver tudo no chão, incluindo Alvo.

– M-M-Me desculp-pe... - Eu falei chorosa.

– Não foi nada, eu me protegi com o escudo, mas como você...? - Ele perguntou, perplexo.

– EU NÃO SEI! - Berrei de volta. - EU NÃO SEI E NEM QUERO SABER, TUDO QUE EU QUERO É PARAR COM ISSO, ALVO!

– Por quê se escondeu de mim, Hanna? - Ele perguntou, dessa vez como se estivesse perguntando isso a uma criança, mas se for ver bem, eu ainda era apenas uma menininha assustada com seus próprios poderes e com o que eles fazem se não controlados, eu ainda era uma criança que carregava culpa para todos os lados, eu ainda era a Hanna Dumbledore de dez anos e com medo.

– Eu... Me... Gellert... Minha... Mãe.... Eu... - Eu não achava palavras para definir nada, eu não conseguia acreditar que eu estava na frente de meu pai falando sobre o passado, e quando me dei conta disso eu caí no choro, afinal, eu era a culpada de tudo aquilo e eu sabia.

– Não, você não é a culpada... - Ele disse calmo e eu o afastei com um feitiço que eu mesma desconhecia.

– HANNA DUMBLEDORE ISSO É MAGIA DAS TREVAS! - Ele gritou.

– SAIA DA MINHA CABEÇA ENTÃO, PAI! - E ele fez um sinal negativo com a cabeça, então eu também invadi a sua mente, mas fui posta para fora em questão de dez minutos.

– EU SOU SEU PAI, ME RESPEITE! - Ele falou.

– VOCÊ É MEU PAI, MAS NUNCA FOI ATRÁS DE MIM PARA VER SE EU SEQUER EXISTIA! SE NÃO FOSSE ESSA DESGRAÇA DE DESTINO E MINHA FALTA DE SORTE VOCÊ NEM SABERIA, ENTÃO NO EXIJA QUE EU TE RESPEITE COMO UM PAI, PORQUÊ VOCÊ NÃO AGE IGUAL A UM, VOCÊ NUNCA FOI VER O QUE ACONTECEU COM A MINHA MÃE E NÃO SABE NADA SOBRE MIM...

– EU SEI QUE VOCÊ SE CULPA POR NADA! - Ele gritou em resposta. - Não é sua culpa se Gellert é um louco enfeitiçado pela sua beleza, que apesar de ter ouvido que era idêntica a ele, agora eu vejo muita Katherine em você.

– Você dormiu com ela apenas uma noite e nunca mais a viu, por favor! - Falei irritada com tudo o que ele estava me fazendo sentir, eu, apesar de já ter dado um ataque estava me segurando para não dar outro.

– Eu me lembro da noite, e me lembro de tudo, mas eu não tinha noção do quanto isso iria me marcar...

– Ótimo! Já arrependido... Não era de se esperar outra coisa... - Falei entre lágrimas.

– EU NÃO ME ARREPENDO, HANNA, VOCÊ NÃO VÊ O QUANTO EU ESTOU FELIZ? EU GANHEI UMA FAMÍLIA, UMA FILHA!

– Uma filha marcada, que lindo! - Ironizei, muito sarcástica.

– Mas ainda assim é uma filha, minha filha, e Gellert nunca vai botar mas mãos em você enquanto eu estiver vivo, e mais uma coisa, você pode se preparar, pois vai estudar em Hogwarts esse ano, é o único jeito de eu ficar perto de você, então, arrume suas coisas e fale com Kaithlyn. Agora eu tenho que ir, filha, até logo. - Ele disse e deu um beijo em minha testa... E eu fiquei sem reação, afinal, nunca um HOMEM havia se aproximado de mim sem segundas intenções.

Eu estava feliz.

E triste também, pois eu aposto o que quiser que Riddle estuda em Hogwarts e se duvidar eu cairia na mesma casa que esse demônio e o macaco loiro.

Só depois que Alvo saiu eu percebi o que eu tinha feito com a vida dele, eu a destruí, afinal, todos que se aproximam de mim, hora ou outra, morrem.

Eu sai da sala da diretora assim que Riddle entrou com Abraxas falando sobre algo que eu não entendi bem.

– Mas o que aconteceu...? - Os dois perguntaram de uma vez só, então eu me levantei e empurrei os dois, descendo as escadas raivosamente e rapidamente para algum lugar distante.

Sou uma garota estúpida, era isso que eu pensava.

Assim que eu achei um canto secreto que eu tinha certeza que ninguém me acharia eu me encolhi e chorei como nunca, mas também, eu soltei a minha magia para ela fazer o que queria, então o banheiro ficou destruído.

Quando eu saí para deitar no quarto pela primeira vez, já era de madrugada, então eu tinha certeza de que Riddle estaria dormindo com o loiro, e quando eu cheguei eles não estavam.

E por isso, dormi a noite toda com lágrimas escorrendo.

Mais um no jogo de Gellert, mais um que lutaria por mim, e mais um que eu indiretamente mataria....

POV Alvo Dumbledore:

Eu estava determinado a não deixar Gellert encostar um dedo em minha filha, eu nunca iria deixar ele fazer isso, pois como eu disse, Hanna era MINHA filha, ela era uma DUMBLEDORE.

– Hum... Vejo que finalmente achou Heeni... - Falou uma voz enjoada e maldosa atrás de mim, uma voz, que mesmo sem ter escutado durante dezoito anos, eu reconhecia, era ele: Gellert.

– Fique longe dela, Gellert, se sabe o que é melhor para você. - Rosnei o aviso, ele simplesmente riu e disse:

– Acha que Heeni é igual a você ou Kath, Alvo? Háhá, é tão lindo ver isso, mas, infelizmente para você, Heeni é igual a mim, e isso vai bem além da aparência...

– ELA NÃO É IGUAL A VOCÊ, ELA NÃO É UMA ASSASSINA! - Berrei para o nada.

– Não? Olha, além de tudo ela é uma ótima mentirosa afinal. - Ele disse e completou - Vou-me embora, até logo... Mas lembre-se, Heeni será minha... Quem sabe será minha mulher... Não?

– DOENTE!

E depois de uma risada de trovão, Gellert foi embora, me deixando a mil por hora.

A guerra por Hannie estava apenas começando, e eu com toda certeza iria ganhar, o tempo que eu passei sem minha filha, seria recompensado.

Gellert que me aguarde.


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