Pra Sempre escrita por marianna


Capítulo 2
Capitulo 2 – A visita ao vilarejo.




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Semana passam e tudo continua na sua devida rotina, nossa princesa com seus deves e aulas e nosso plebeu de dia era aprendiz de carpinteiro e de tarde, cometia pequenos furtos não só para sobrevivência da sua família, mas também para as crianças carentes e famílias que assim como a dele lutava para sua subsistência.

Estava tudo caminhando como nos conformes e finalmente o aniversario da princesa e com ele o grande baile chegou, como era de esperar as expectativas estava aos arredores do castelo, no vilarejo, era carroças indo entregar mantimentos para o jantar, damas da sociedade estavam alvoroçadas, indo buscar as encomendas dos seus lindos vestidos, lógico que no castelo não seria diferente ou até pior.

Com a grande movimentação de entrada e de gente a princesa ficava imaginando que tudo isso era para ela e que logo conheceria seu noivo, deveria animada, mas não estava.

– Prin...Sophia. – Disse Camile observando a debruçada na janela, Sophia virou-se com o sorriso.

– Camile, diga-me uma coisa, já foram buscar meu vestido? - Pergunta ela como se tivesse arquitentando algo.

– Na verdade foi para isso que vim, irei buscar – ló agora a carruagem esta a espera. – Disse Camile indo em direção à porta.

– Camile espere, eu posso ir junto, como um presente de aniversário? – Disse a princesa num tom desesperado, Camilie fez uma feição preocupada, sabia que se elas fossem pegas seu emprego, seu único sustento, perderia, mas via no olhar da princesa um pedido de socorro, tinha pena que uma menina tão moça presa...

– Esta bem, esta bem, espere aqui, você não pode sair assim toda montada. – Disse a dama de companhia, não sabia que ia fazer, apenas correu para um quartinho onde pegou um vestido de segunda mão e entregou a princesa.

A primeira coisa que a menina fez foi tirar sua tira se sentiu tão leve quando tirou sua coroa era como se tivesse tirado um peso e quando tirou seu vestido, que era um de seus favoritos e colocou aquele vestido surrado, de segunda mão, se sentiu não mais como a Princesa Sophia, ela só era ela mesma, ela era somente Sophia.

– Como estou? - Perguntou a princesa rodando com seu vestido “novo”.

– Perfeita, mas será que não vão reparar o cabelo? – Disse Camile admirada, nunca tinha visto ou imaginado um membro realeza vestida assim aos trapos.

– Acho que não, mas colocarei esse capuz para disfarçar e para que não corra risco que alguém nos pegue, falei que passaria à tarde no meu quarto a portas trancadas. – Disse Sophia amarrando o capuz ao seu pescoço, a dama não acreditou no que estava ouvindo, Sophia havia arquitetado tudo.

– Vamos então? – Continuou a princesa, então saíram despercebidas, nem os guardas que cercavam a carruagem nem ninguém notou a princesa disfarçada, para eles não passam de meras damas de companhia.

Então partiram ao vilarejo, cada vez que chegava mais perto, seu coração disparava cada vez mais, suas mãos já tremiam, a verdade que poderia contar nos dedos as vezes que foi ao vilarejo, num leve devaneio lembrou-se da última vez que foi a muito tempo atrás, tinha doze anos, ela não se lembrava ao certo o que foi fazer,mas se recorda que se perdeu da sua antiga dama de companhia, se lembra que um menino que tinha a idade dela chamou ela, lembrava de um menino franzino, de olhos claros, talvez verdes, quando ela chegou mais perto, ele estendeu a mão e entregou uma pedra em formato de coração e junto um beijo em sua bochecha e saiu correndo, ela nunca soube qual era seu nome e muito menos o que aconteceu com ele, depois desse ocorrido seus pais a proibiram de sair dos muros do castelo, nunca mais soube do menino, mas aguardo a pedrinha como fosse uma joia.

– Chegamos. – Disse Camile atrapalhando o devaneio, saiu da carruagem, podia sentir seu coração em sua garganta.

– Vou ali à Madame Coralini, não devo demorar muito, não vá muito longe “mi lady “. – Disse Camile, Sophia fez um gesto afirmativo, deu às costas a dama de companhia e seguiu entrou em certo tipo de feira.

Que aromas eram aquelas, o cheiro de pães que entravam, devia estar perto que fazia pão e não estava muito longe, foi quando viu uma confusão a longa distancia.

Não sabia o que fazer, então ficou ali parada, não custou muito que sentiu alguém trombando nela, sentiu uma dor forte, olhou para baixo, seus olhos avistaram um rapaz talvez de sua idade, ficou admirada com a beleza do rapaz mesmo com o rosto sujo, já ele ficou impressionado com o rosto delicado da menina, os olhos amendoados e o sorriso, estavam hipnotizados um pelo outro.

– Peguei você landronzinho! – Disse um homem velho barrigudo, puxando o rapaz para cima.

–Ora me solte, me solte. – O rapaz se retorcia com raiva.

– Solte o rapaz!! – Disse Sophia no momento de raiva, estava acostumada a dar ordens, mas se lembrou de que naquele momento não era a princesa, era uma empregada.

– O QUE DISSE MENINA, ESTE MENINO ROUBA MEUS PÃES DIA APÓS DIA... – Disse o barrigudo aos berros, quase enforcando o rapaz.

– Primeiro eu não roubo, cometo pequenos furtos e não só furto você, mas também a quitanda do Sr. Raimundo. – Disse o rapaz ironizando a situação toda, Sophia abriu um sorriso discreto achou engraçado o jeito do rapaz e ele também sorriu, mas situação tomou seriedade quando o dono ameaçou entregar aos guardas reais.

– Se você entregar- ló, eu entrego o senhor que esta matando o pobre rapaz... – Disse a Princesa revoltada, o padeiro não acredita que a menina estava o desafiando por um ladrão, nem mesmo o rapaz, ela nem o conhecia.

– Tome isso, deve ser o suficiente ou até mais que vale esses pães. – Pegou em seu bolso um punhado de moedas e entregou ao padeiro, o rapaz não acreditou quando viu a quantidade de moeda que foi entrega, numa viu tanto dinheiro, talvez ela tivesse assaltado alguém muito rico.

– TA COM SORTE LADRONZINHO. – Disse o padeiro que jogou o rapaz ao chão e foi embora.

– Você esta bem? - Disse Sophia estendendo a mão, ajudando o rapaz a levantar, ele pegou as mãos dela, rapidamente tomou força e levantou-se, mas ficaram perto demais, como se dividissem o mesmo ar.

Os corações dos dois dispararam, o rapaz se afastou.

– Meu nome é Hans, prazer. – Disse o rapaz, beijando a mão de Sophia, ele estava tão admirado pela atitude dela, não se lembrava da última vez que alguém tinha defendido ele, na verdade ele acha que ninguém o defendeu assim, pegou os pães deu um sorriso.

– Não vem comigo? – Continuou ele estendendo a mão a Sophia, ela estava com medo não sabia aonde ele poderia leva-la, mas estranhamente ela já sentia confiança nele, então deu a mão a ele.

Saíram da parte movimentada da cidade.


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