Cough Syrup escrita por I am Gleek


Capítulo 5
Se eu pudesse ver isso melhor...


Notas iniciais do capítulo

Hey gente!



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– Quinn. – o doutor Patrick sorriu – Esperava te ver antes. Senhores Fabray. – o médico apertava a mão de cada um, os cumprimentando – Rachel? – ergueu as sobrancelhas – A sala do Leroy é dois andares pra cima. – brincou.

– Eu sei. Vim acompanhando Quinn.

– Amigas? – perguntou sentando e indicou as três cadeiras para que os outros o imitasse.

– Namoradas. – Rachel abraçou Quinn, que já estava sentada, por trás.

– Oh! Leroy comentou algo sobre. – sorriu – Vocês formam um belo casal.

– Obrigada. – Quinn sorriu.

– Bom, vamos ao assunto. Por que demorou tanto para voltar?

– Ela não queria nos ouvir. – Judy reclamou.

– Mãe. – Quinn suspirou.

– Isso é normal. – Patrick riu – Mas vocês conversaram, certo?

– Não foi bem uma conversa, mas...

– Sim. Conversamos. – Rachel se incluiu – Por que você é tão teimosa Fabray? – a loira fez bico e os outros riram.

– Nesse caso, você sabe que insuficiência mitral tem cura, não sabe?

– Cirurgia. – a loira assentiu.

– Exato. E antes de você tomar qualquer decisão, você tem que saber as vantagens e os riscos desse tipo de operação.

– Estamos ouvindo.

***

Mesmo sem ter tomado uma decisão, Quinn já havia começado a fazer alguns exames.

Ela tinha medo da cirurgia.

Tinha medo que sua vida conseguisse ser mais curta do que o previsto.

Medo de ter menos tempo com Rachel.

As duas estavam no quarto da loira terminando de fechar alguns envelopes com suas cartas para faculdades, enquanto seus pais conversavam na sala.

– E esse é o ultimo. – Rachel sorriu colocando o ultimo envelope lacrado em sua pilha.

– Pra que tudo isso se você vai pra NYADA? – Quinn riu.

– Só quero saber em quais eu seria aceita. – Rachel deu de ombros e Quinn suspirou – O que foi?

– Você sabe que toda e qualquer privacidade que tínhamos acaba hoje, não é?

– Não é só por que nossos pais estão falando sobre isso, que... Droga! Vai ficar difícil ate te beijar. – a menor reclamou e Quinn riu.

– Então, por que não aproveitamos agora? – a loira disse puxando Rachel para se sentar ao seu lado na cama – Pra nos beijar, quero dizer.

– Eu pensei que ia ter que te lembrar quem esta na sala. – Rachel riu.

– Não seria de todo mal. – Quinn sorriu – Já faz uma semana que você invadiu meu quarto pra dizer que não me deixaria e nós...

– Eu invadi seu quarto? – Rachel riu, a interrompendo – Você não reclamou na hora, não é?

– Não estou reclamando!

– Claro que não. – Rachel riu e beijou a loira.

– Meninas! Desçam! – as garotas ouviram Russel gritar e se afastaram suspirando.

– Pronta pro veredicto?

– Se eu dizer que não, será que eles atrasam isso um pouquinho?

– Podemos tentar.

– Talvez se eu fingir passar mal...

– Nem brinque com isso Quinn. – Rachel a encarou seria.

– Tudo bem, desculpe.

– Vamos logo. – Rachel suspirou – Vamos acabar com isso.

***

– Agora vocês já podem mostrar onde estão as câmeras e acabar com a pegadinha.

– Estamos falando serio Quinn. Decidimos que o melhor é que vocês possam ter a privacidade que... Bem... Precisam. Mas, vocês sabem, temos nossas condições também.

– Nossa. – Rachel murmurou – Eu tava esperando alguma coisa tipo “sem encontros” ou “supervisão vinte e quatro horas”, mas, “liberdade para não ficarem se esgueirando por ai” é tipo... Tudo o que eu não imaginei ouvir.

– Somos pais legais. Sabemos disso. – Leroy disse – Mas precisamos poder confiar em vocês também.

– Estamos ouvindo.

– Não mintam pra gente, ok? Se vão sair... Nos falem onde realmente estão indo. Mesmo que seja somente na casa uma da outra. – Judy disse – E tenham consciência de que certas coisas não devem ser feitas enquanto estivermos em casa.

– Estamos falando de sexo nesse caso. – Leroy falou.

– Leroy! – Hiram o repreendeu.

– Ora! Não vamos agir como se elas não soubessem do que estamos falando. Todos aqui sabemos que elas já...

– Ok pai! Já entendemos. Continue, por favor, Judy.

– Leroy só foi mais direto. – Judy riu – Não estamos dizendo que queremos saber que quando vocês vão... Bem... Droga! É mais difícil do que eu pensei que seria ter essa conversa.

– Ok, eu falo então. – Leroy suspirou – É o seguinte, não estamos pedindo que vocês saiam de casa falando que vão fazer algo desse tipo, mas, seja lá pra onde estiverem indo, nos contem. Tenham respeito e se controlem quando estivermos em casa.

– Hum... Ok. – Rachel disse começando a corar.

– Quer dizer que se eles não estiverem em casa ta liberado? – Quinn perguntou no ouvido da menor a fazendo rir.

– Controle-se. – a judia murmurou.

– E se tiverem bem... Alguma... Alguma duvida sobre... Ah! Caramba, essa nem eu consigo! – Leroy disse fazendo os outros rirem.

– Se precisarem conversar sobre... Olha, a gente ta aqui se precisarem, ok? – Russel disse – Agora dêem o fora daqui antes que fique mais constrangedor do que já esta.

– Beleza! – Quinn disse levantando e puxando a judia pela mão – Vou preparar um lanche pra gente.

Rachel a seguiu rindo, voltando para a porta da sala segundos depois.

– Pais, Judy, Russel. – a menor chamou e os quatro a encararam – Obrigada.

***

– Eles me surpreenderam. – Quinn disse quando voltaram para o quarto da loira.

– A mim também. – Rachel disse e suspirou – Q... Sei que você esta evitando falar sobre isso, mas...

– Por favor, Rach, não. – Quinn murmurou.

– Você já pensou sobre a operação?

Quinn sentou na beirada da cama e passou a encarar o chão.

Rachel suspirou e agachou na frente da namorada.

Ficaram ali, Rachel encarando Quinn, e a loira olhando para o chão por quase cinco minutos.

– Quinn. – Rachel chamou.

– Eu não quero fazer.

– Por quê? – a morena se surpreendeu.

– Por que... Eu não quero morrer. – a loira disse e finalmente olhou para a namorada, vendo que a menor já chorava tanto quanto ela – Não quero ter menos tempo ainda com você.

– Você não vai...

– É uma possibilidade Rachel! – a loira disse e a menor a abraçou – Eu queria poder me ver livre disso, sem precisar correr esse risco.

– Quinn, eu te amo, e também estou com medo, ok? Mas se você sobreviver... Quando você sobreviver, eu vou estar aqui, te esperando pra passarmos à vida juntas.

– E se eu não conseguir?

– Isso não é uma possibilidade. Não pra minha Quinn.

– Eu sou sua, Rachel. Sempre fui. Mas... Forte o suficiente eu não sei se sou.

– Eu sei que você é. Quinn a possibilidade de dar errado é tanto quanto a de que dê tudo certo.

– Se eu pudesse ter certeza...

– Eu tenho. – Rachel sorriu – Sabe por quê? Por que eu te amo. E sei que ainda temos muito pra viver. Juntas.

– Eu não sei Rachel.

– É uma decisão sua Quinn. Mas, se a minha opinião vale de alguma coisa, eu estou confiante.

– Sua opinião é a que mais vale pra mim.

– Meu pai é medico e... Talvez possamos conversar com ele. Se você quiser.

– Seria ótimo. – Quinn forçou um sorriso.

– Você não precisa decidir agora. Mas seria conveniente que você o fizesse o mais rápido possível.

– Eu vou... Pensar sobre isso. Prometo.

– Perfeito. – Rachel respondeu e deitou na cama da loira, se arrumando nos travesseiros, e Quinn deitou do seu lado.

– Eu tava pensando... – Quinn disse, após alguns minutos em que elas simplesmente ficaram ali, abraçadas – Eles realmente não falaram nada sobre não fazer ou... Qualquer coisa desse tipo. – a loira sorriu.

– E o que tem em mente senhorita Fabray? – Rachel riu.

– Quais são as chances de conseguirmos expulsa-los daqui? – Quinn disse lhe dando um sorriso malicioso.

***

Algumas horas depois, Quinn encarava a tela do notebook, respirando fundo.

– Vamos lá Fabray. – murmurou pra si mesma – É só digitar.

Algumas horas, muitos sites, textos e vídeos depois, Quinn já tinha tomado sua decisão.


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Notas finais do capítulo

Alguem esperava por essa? :D
O que acham? Quinn vai tentar operar ou não?
Espero por reviews (ainda aceito eles como presente de aniversario :D)



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