Zumbilândia - Matar ou Morrer. escrita por The Huntress


Capítulo 17
Uma casa para quatro e Dr. Stephen.


Notas iniciais do capítulo

Hey cupcakes :3 Queria dizer que tem bastante pessoas lendo a fanfic, o que me deixa super feliz, mas ninguém está comentando. Então, eu peço, por favor, que vocês que tem conta no Nyah comente, não vai cair o dedo, ok?! :) capítulo 17 ae, boa leitura ^^



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Kimberly

Eu não queria demonstrar que gostava de Justin. Não agora. É, eu gosto dele, mas ainda não decidi como eu gosto dele. Afastei Justin de mim e ele ficou me olhando com uma expressão confusa. Antes que eu pudesse dizer algo, escutei um barulho de arma sendo destravada. Justin virou de frente no mesmo momento que alguém deu um tiro dentro da sala onde estávamos. Saímos de trás do armário e vimos um garoto lá dentro, tinha um zumbi morto na sua frente. O garoto deu um sorrisinho e colocou a sua arma nas costas. Pelo meu conhecimento com armas, percebi que a do garoto era uma MP5.

Antes que eu e Justin saíssemos completamente de trás do armário, uma garota apareceu ao lado do garoto, ela deu um selinho em seus lábios e o abraçou. A garota segurava um arco e nas suas costas tinha uma aljava. Ela olhou para o zumbi e suspirou.

–Acho melhor sairmos daqui - o garoto disse.

–É, não achei nenhum sobrevivente - a garota disse, triste.

Eu e Justin trocamos um olhar e saímos de trás do armário. O casal voltou sua atenção para nós. O garoto, que parecia ser o mais desconfiado dos dois, apontou sua MP5 para nos dois. Eu e Justin levantamos nossas mãos na altura dos nossos ombros e ficamos parados no lugar. Pude perceber melhor as características físicas deles: a garota era alta, tinha os cabelos de um tom de loiro-acastanhado, tinha olhos verdes e o garoto tinha cabelos pretos, era alto, tinha olhos claros- não consegui identificar a cor, e, pelo o que percebi, era muito desconfiado.

–Amor, acho que eles não são zumbis - a garota sussurrou.

–Da última vez que você disse isso, quase viramos comida de zumbi - o garoto disse.

–Nós não somos zumbis, sério. - Justin disse.

–Como posso ter certeza? - o garoto levantou uma sobrancelha.

–Por acaso zumbis falam? - perguntei, já perdendo a paciência.

O garoto pareceu se convencer e abaixou sua MP5. Ele tirou a atenção de nós e disse alguma coisa no ouvido de sua namorada. Ela assentiu e veio na nossa direção. Ela pegou na M4 de Justin e tentou puxa-la, mas Justin segurou o braço da garota e balançou a cabeça em negação.

–Não confiamos em vocês! E se quiserem continuar vivos, e melhor nos entregarem suas armas - o garoto disse.

–Ah claro. E você acha que nós confiamos em vocês? - perguntei.

–Entreguem as armas - a garota disse, ainda segurando a M4 de Justin.

Justin soltou sua M4 e a garota a puxou. Ela voltou para o lado do namorado quando ficou convencida de que eu não tinha nada além de uma faca "inofensiva".

–Me chamo Erika Kiowa. É, eu sei que é um sobrenome estranho. - a garota revirou os olhos. - Tenho 17 anos.

–Meu nome é Drake Sullivan, tenho 17 anos também. - o garoto disse. - Qual o nome e a idade de vocês dois?

–Justin Walker, tenho 18 anos.

–Me chamo Kimberly Mclean, tenho 17 anos e quando conseguir minha katana de volta vou corta a cabeça de vocês dois - falei, friamente.

–Nossa, to morrendo de medo - Drake disse, revirando os olhos.

–Deveria ter - falei.

–Ok, sem conversa - Erika disse. - Se vocês quiserem ir com a gente, me encontrem na saída do hospital, Drake guiará vocês.

Erika saiu do necrotério e eu fiquei olhando com cara de bunda para Drake. Ele era irritante e isso me tirava do sério.

–Vamos garota, anda! - Drake puxou meu braço e praticamente me jogou para fora da sala. Qual era o problema dele comigo?

Empurrei Drake para a parede e encostei minha faca no seu pescoço. Olhei fundo nos seus olhos e disse:

–Ninguém manda em mim, entendeu?

Ele revirou os olhos e disse:

–Ei, Justin! - chamou. - Tira sua namoradinha de perto de mim! Não gosto de bater em garotinhas indefesas.

–Indefesa é a sua mãe, seu veado! E ele não é meu namorado, porra. - praticamente rosnei as palavras.

Justin me puxou para longe de Drake, nós três caminhamos até a entrada do hospital. Justin foi entre mim e Drake, para prevenir brigas e, quem sabe, a morte de Drake. Olhei para o chão e vi que Drake e Erika tinham matado todos os zumbis. O que me deixou surpresa. Quando nós chegamos na frente do hospital, Erika estava nos esperando dentro de um Hummer preto. Ela passava batom nos lábios, enquanto se olhava no espelho retrovisor do carro.

–Você podia ser um pouco mais feminina, igual a Erika - Justin sussurrou para mim.

–Você pode, por favor, calar a boca? - olhei para Justin. - Eu não quero ter que matar mais de uma pessoa.

Justin deu de ombros e antes de entrar no carro, parou subitamente.

–Quê que foi? - Erika perguntou a Justin.

–Minha moto está no estacionamento. Preciso pega-la - Justin respondeu.

–Ótimo. Vou com você - Erika disse, saltando do carro.

Justin e Erika correram até o estacionamento e eu entrei no carro. Não gosto de motos e não estava a fim de ir com Justin. Não depois do que aconteceu dentro do necrotério. Sentei no banco do passageiro e Drake sentou no banco do motorista. Eu coloquei os pés no painel do carro e Drake ficou me encarando.

–Que é? - perguntei, indiferente.

–Esse lugar é da Erika - ele respondeu.

–Azar o dela! Eu já sentei aqui! - falei, dando de ombros.

Drake revirou os olhos e se jogou no banco. Já disse que esse cara me irrita? Ele é tão alto confiante que me dá nos nervos. Nesse exato momento estou me perguntando como Erika aguenta ele, porque ela sim parece ser uma pessoa legal.

Depois de alguns minutos, Justin e Erika voltaram. Ela estavam sentada na moto atrás de Justin, atrás deles vinha vários zumbis com uniformes diferentes, acho que trabalhavam no hospital. Erika olhou para Drake e assentiu, ele pisou fundo no acelerador e eu fui jogada para trás e para frente antes de conseguir colocar o cinto de segurança. Drake ria enquanto eu arrumava meu cabelo. Olhei pelo retrovisor e vi que Justin e Erika estavam bem atrás de nós. Me aconcheguei no banco e fiquei apreciando a "paisagem".

O restante da viagem foi silencioso, Drake apenas respondeu algumas perguntas minhas. Não vou dizer que estava feliz de estar com esse homem, ainda mais no mesmo carro. Mas entre correr risco de ver meu cérebro virar papinha e ter que me trancar com um desconhecido, a segunda opção parecia melhor. Era só uma questão de me manter armada - mesmo sendo com uma faca - e ficar atenta, Drake não poderia me causar nenhum mal.

Pelo que descobrir, Drake era morador de Tulsa há 17 anos (sua idade). Assim que o surto começou, ele e Erika se prepararam para esconderem-se, de forma que estavam prontos quando o vírus alcançou a região. No mínimo eram um casal esperto e que poderia ser útil para mim e Justin enquanto não encontrávamos nosso grupo.

Tenho que admitir que Drake e Erika eram bastante espertos e sabiam o que estavam fazendo. A casa deles ficava isolada do grande centro de Tulsa, toda com travas que tornavam a casa segura contra invasões, mas de fácil fuga caso necessário. Drake me disse que eles tinham na casa armários com um grande estoque de comida, chuveiro e dois quartos com cama. Era bom o suficiente para quatro pessoas. Drake estacionou seu Hummer na garagem e Justin estacionou sua moto ao lado do carro. Justin e Erika sairão da moto enquanto eu e Drake saímos do carro. Nós entramos na casa e eu fui direto para um banheiro. Erika me emprestou uma roupa e eu tomei um banho. Me senti realmente aliviada por poder tomar banho. Depois de uns trinta minutos sai do banheiro e me vesti. Sai do quarto, desci as escadas e a pequena sala foi o que me intrigou. Em cima de uma escrivaninha havia um radiocomunicador, um mapa da Ámerica do Norte e notebook com conexão a internet, coisa que eu pensei que estava praticamente extinta. Varias reportagens sobre um tal Dr. Stephen estavam coladas na parede. O nome não me era estranho, mas não consegui lembrar de nada importante sobre ele. Me dirigi até a cozinha, onde Justin, Erika e Drake estavam comendo alguma coisa. Incapaz de conter minha curiosidade, perguntei:

–Internet? Sério? - Drake riu da minha pergunta.

–Mesmo sem gente para programar, algumas antenas wi-fi ainda funcionam, desde que você saiba fazer a conexão certa - Drake respondeu.

Definitivamente Drake poderia ser útil, mas a curiosidade maior ainda martelava na minha cabeça.

–Quem é esse tal de Dr. Stephen? - perguntei.

–Ah, o Stephen. - Drake disse. - Ele era cientista das forças armadas, mas desertou um pouco antes da epidemia começar.

Ah sim, eu havia lido uma reportagem sobre ele.

–Ok, mas o que tem de tão interessante assim nele? - perguntei.

–Ouvimos dizer que ele está no norte do México testando algum tipo de cura para o vírus. - Erika respondeu.

–E vocês pretendem o quê? Ir até lá e oferecerem-se como cobaia? - Justin perguntou, rindo.

–Eu aposto que ele não recusaria alguma ajuda, e não seria uma viagem tão longa assim. Claro, se nós não ficássemos fazendo muitas paradas ao longo do caminho. - Drake disse, ignorando o humor de Justin.

Eu tive que abafar um riso. Não era possível que ele estivesse falando serio sobre isso.

–Drake, por um acaso você saiu da cidade depois da infestação? - Justin perguntou.

–Não precisei. - Drake respondeu.

Me perguntei se Justin, antes dos nossos grupos terem se juntado, tinha saído de Tulsa. Mas eu sabia onde essa conversa chegaria e o fato de Drake não saber como tudo está fora de Tulsa, uma coisa que eu imaginava, explicava muita coisa. Tulsa devia ser um poço de tranquilidade comparado com alguns lugares.

–Sabe, Drake, fora daqui as coisas estão um pouco mais "agitadas". É muito mais parecido com "Eu sou a lenda" do que com "A noite dos mortos vivos". A maioria dessas criaturas são inteligentes e bem difíceis de matar para quem não sabe o que está fazendo. - Justin falou.

–Ainda acho que é melhor do que ficar parado aqui esperando a morte. E já que vocês se acham assim tão espertos, porque vocês não vem comigo e com Erika? Aposto que seríamos úteis um para o outro. - Drake disse. Ele não disse para Justin e sim para mim.

É claro que eu via sentido no que ele disse, o que me iritou foi aquele tom de voz de quem estava tentando seduzir uma adolescente ingênua. Ele combinaria perfeitamente com Justin se caso eles tentassem agarrar eu e Erika. Mas acho que Erika iria gostar por Drake ser seu namorado. Enfim... Eu precisaria impor algumas condições caso pretendesse deixar meu grupo e seguir viagem com Justin e esses dois desconhecidos.

–Nós não vamos viajar de Oklahoma até o México. Justin está de moto e eu não vou em uma moto. - falei.

–Concordo com a Kimberly, mas Kim, não é uma moto qualquer, é uma Harley Davidson, e Drake eu não vou abandonar minha moto para embarcar naquela pedra que vocês chamam de carro. - Justin disse.

–Justin, Hummer foi um carro do exercito por isso não é confortável. E Kimberly, você não precisa ir na moto do Justin, é só ir no carro - Erika disse. - E aposto que o Hummer nos manteria vivos por mais tempo do que aquele artefato de suicídio sobre duas rodas.

Eu podia ver uma veia saltando na testa de Justin com o comentário de Erika. Justin se levantou da mesa com o resto do que eu reparei ser uma lasanha na mão e se dirigiu à sala batendo os pés. Algo em sua postura me lembrava uma mistura de uma criança que não conseguiu o que queria com um adulto frustrado.

Nós quatro tínhamos um impasse, mas eu senti que não poderia simplesmente ir com Drake e Erika sem dar nenhuma explicação para Dallas, Kate e Austin. Imaginei que Justin pensaria isso também, mas tinha a leve impressão que ele não se importava muito com John e seus irmãos. Sai da cozinha e fui para o quarto que Erika designara para Justin e eu e deitei na cama. Tranquei a porta do quarto, de forma que dormi sozinha na única cama de casal, Justin que se contentasse com o sofá. Nunca dormiria na mesma cama que ele.

Resumindo, nós teríamos que dividir uma casa para quatro, sendo que eu tinha que dormir na mesma cama que Justin e consequentemente dividir o mesmo quarto (o que não aconteceria) e ainda tinha Drake, que me estressava profundamente.


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Notas finais do capítulo

Esse foi o capitulo 17, comentem por favor :3



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