Zumbilândia - Matar ou Morrer. escrita por The Huntress


Capítulo 16
Sozinhos de novo.


Notas iniciais do capítulo

Ai meu Deus! Faz mil anos que não entro aqui (exagero) e nem atualizo a fic, espero que me perdoem por isso, mas eu estava muito atarefada com a escola e tal ;( enfim... Capítulo 16 ae :3 boa leitura cupcakes!



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Justin

Antes de salvar Kimberly...

–Justin! Você não pode salvar aquela vaca! - Diana gritava comigo.

–Porra Diana! Cala a boca! Eu tenho que salvar a Kim, porque diferente de você ela é muito útil pra gente - falei.

–Quando você começou a chamar aquela insuportavel de Kim? - Diana me olhava furiosa.

Respirei fundo. Estava com os nervos a flor da pele. Kimberly podia estar sendo fatiada por aqueles zumbis asquerosos. Meus irmãos e Kate não paravam de chorar. Austin e Dallas estavam xingando até o mosquito que passava por eles. Trevor, Tyler, Katerina e Mary Ann estavam entrando em pânico. Christopher, Anne, Carlos, Peter e Lúcia estavam mais preocupados com eles mesmos. E Jackson estava tentendo dar em cima de Amber, o que não estava funcionando. Isso estava me estressando profundamente, minha cabeça já estava explodindo e ainda tinha Diana que ficava gritando no meu ouvindo. Que porra! É nessas horas que eu preferia estar sendo comida de zumbi!

Ignorei Diana gritando e corri até a casa, aproveitando que todos, menos Diana, estavam acupados e não poderiam me empedir. Quando arrombei a porta da frente, ouvi alguns xingamentos e ouvi até alguns palavrões que eu nem sabia que existiam. Imaginei ser Kimberly e no quanto ela devia estar estressada. Depois de alguns minutos matando zumbis, encontrei Kimberly e finalmente pude concluir o que havia ido fazer.

–x-

Depois que reparei no quanto o corte do braço de Kimberly estava horrível, corri o mais rápido que pude para fora da casa. O nosso grupo ainda estava lá nos esperando, mas eu não podia simplesmente colocar Kimberly no carro e mandar John ir procurar uma casa nova.

–Vão embora! - gritei. - Eu vou levar Kimberly para um hospital!

–Justin... - John tentou falar, mas eu o interrompi.

–Vai logo, John! Eu e Kimberly vamos ficar bem! Vamos encontrar com vocês assim que possível - eu espero, completei mentalmente.

Eu dei a katana de Kimberly para Kate, porque ela só iria atrapalahar. Todos entraram nos dois carros que haviamos conseguido pegar. Austin entrou meio hesitante no carro, mas John o empurrou e eu já estava colocando Kimberly na minha moto, então ele não poderia fazer nada! Quando todos os carros deram partida, eu sentei na minha moto, estava atrás de Kimberly e poderia prende-la com meus braços. Havia alguns zumbis na rua, mas eu estava indo tão rápido que eles mal tinham tempo de assimilar o que estava acontecendo. Tentei acordar Kimberly várias vezes, mas ela não esboçava nenhum sinal de consiencia.

Quando avistei um grande prédio branco onde estava escrito "Hospital de Tulsa, Oklahoma", estacionei a moto no estacionamento e carreguei Kimberly até o hospital. Foi um pouco difícil levar Kimberly até a ala de curativos do hospital, porque tinham muitos zumbis. Eu consegui matar alguns, mas tive que correr com Kimberly até a ala de curativos para não virarmos comida de zumbi. Eu tranquei a porta da sala e fiquei olhando para os zumbis pelo pequeno vidro que tinha na porta. Alguns estava apenas com um olho, outros estavam sem a metade da pele do rosto e todos estavam com dentes podres e com a boca cheia de sangue. Eu não lembro qual foi a última vez que senti vontade de vomitar, sério. Era nojento demais tudo aquilo.

Deitei Kimberly na maca ignorando todos aqueles zumbis que estavam ali. Peguei o álcool e limpei o ferimento de Kimberly, depois peguei linha e agulha e costurei o ferimento, para finalizar coloquei gazes e esparadrapos. Peguei um copo e enchi com água, fiz Kimberly tomar um remédio para que quando ela acordasse não sentisse dor no braço. Sentei em uma cadeira e fiquei esperando a boa vontade de Kimberly acordar. O relógio da sala estava fazendo "tic, tac" e aquilo estava me deixando ainda mais nervoso. Olhei para Kimberly. Ela ainda estava deitada, levantei da cadeira e fui até ela. Tirei uma mecha de cabelo que tinha na frente de seu rosto e sussurrei:

–Vamos lá, Kim. Acorde! Precisamos sair daqui!

Kimberly era o capeta quando estava acordada, mas parecia um anjo dormindo. Eu sei que não deveria ficar pensando essas coisas dela, mas eu não tinha controle dos meus pensamentos. Estava entretido demais olhando para o rosto de Kimberly que mal reparei quando uma de suas mão acertaram meu rosto.

–Puta que pariu! - falei, saindo de perto da maca. - Você não tinha um jeito menos grosseiro de dizer: obrigado?

Kimberly sentou na maca e olhou para o seu braço. Ela franziu a testa quando viu que estava enfaixado.

–Você fez isso? - ela perguntou.

–Óbvio que sim! Ta vendo mais alguém apto para fazer esse tipo de coisa aqui? - olhei para ela.

Kimberly deu de ombros e levantou da maca.

–Cadê o resto do pessoal? - ela perguntou.

–Você podia dizer obrigado! - insisti.

–Aonde nós estamos? - ela ficou olhando ao redor.

–Um "obrigada Justin!" faria uma pessoa perceber que seu trabalho valeu a pena - falei.

Kimberly revirou os olhos.

–Tá, valeu, Justin!

–Só isso? - ergui uma sobrancelha.

–O que você quer que eu diga? - ela me olhou com tédio. - "Obrigada Justin! Agora nós podemos transar loucamente!" quer que eu diga isso?

Dei de ombros.

–Não seria má idéia transar em um hospital - falei.

–Vai se fuder, Walker! - ela revirou os olhos e eu ri. - Como vamos sair desse hospital?

–Sei lá, se vira aí - dei de ombros. - Já fiz seu curativo.

–Você é pior pessoa do mundo! - Kimberly disse com raiva. - Aonde você colocou minha katana, imbecil?

Engoli em seco quando lembrei que havia dado a katana para Kate antes de trazer Kimberly para o hospital. Eu não tinha medo da Kimberly, mas imagina a chatisse que ela ficava se ficasse longe daquela katana. Porém, eu tinha uma boa desculpa! Aquela katana só iria atrapalhar e eu tinha que fazer um curativo em Kimberly.

–Está com Kate. - respondi. - Deixei com ela antes de trazer você para cá.

Kimberly, que estava de costas para mim, virou lentamente de frente. Ela estava com os punhos fechados e me olhava com raiva, muita raiva.

–Você fez o que? - ela disse, ameaçadoramente.

–Deixei com Kate, algum problema? - falei.

Algum problema? - ela veio caminhando até mim. - EU PRECISO DA MINHA KATANA, PORRA!

–Desculpe, mas sua katana não está aqui no momento, se quiser tê-la de volta vamos ter que achar o resto do pessoal. Caso contrario, acho bom você procurar outra arma.

Kymberly começou a socar a parede enquanto me xingava de todos os palavrões existentes e inexistentes. Eu me perguntei se a mão dela não estava doendo, mas ela não fazia nenhuma cara de dor, então...

Depois de vinte minutos, que a Kimberly passou esmurrando a parede, nós saímos da sala. Kimberly havia arrumado uma faca para usar com arma. Não era a melhor arma do mundo, mas ajudou um pouco. Quando conseguimos chegar ao saguão do hospital, vimos que tinha muitos zumbis, a munição da minha M4 estava acabando e a faca que Kimberly arranjara não estava dando muito certo. Antes que Kimberly pudesse avançar para tentar matar os zumbis a puxei para dentro de uma sala, que logo reparei ser o necrotério do hospital. Puta merda, estava cheio de corpos em decomposição. Puxei Kimberly para um canto da sala de modo que ficamos super colados.

–Que merda! - Kimberly sussurrou. - Era só o que faltava! Se eu não morrer virando comida de zumbi vou morrer por asfixiamento. Que cheiro horrível, puta que pariu! - ela revirou os olhos.

–Fica quieta, Kimberly! - falei, colocando a mão na boca dela.

Ela mordeu minha mão e eu gritei um: "caralho!", um dos corpos que estavam no necrotério ficou sentado onde quer que estivesse deitado. Eu troquei de lugar com Kimberly, de modo que ela ficasse encostada na parede e eu ficasse na sua frente. Não sabia como aquele morto que devia estar ali a, pelo menos, uma semana, tinha conseguido virar zumbis, mas se fosse para alguém morrer, que esse alguém fosse eu. Kimberly era muito útil para o grupo. Eu e Kimberly ficamos espremidos em um cantinho, atrás de um armário, nossas respirações se cruzavam e ela tinha uma expressão confusa no rosto.

–Que porra você ta fazendo? - ela perguntou, tentando sair de perto de mim.

–Shhh! - sussurrei. - Tem um zumbi aqui!

–O que? - sua expressão mudou para pavor. - Só tem gente morta aqui!

–Eu sei, mas uma dessas "pessoas" é zumbi - sussurrei o mais baixo que pude.

–E por que você está na minha frente? Vamos logo matar essa coisa! - Kimberly disse, olhando nos meus olhos.

Eu senti uma vontade imensa de abraça-la e dizer que não tinha como matá-lo, porque poderíamos nos infectar com esses mortos, e o melhor era esperar pela morte. O zumbi começou a rosnar e pelo o que eu percebi estava farejando o ar na esperança de nos encontrar.

–Justin, precisamos matá-lo! - Kimberly sussurrou.

–Não podemos, Kim! - falei, olhando em seus olhos. - Se nos sujarmos com alguma coisa desse mortos, vamos ser infectados. Nós nem devíamos está encostados nessa parede!

–Mas nós sempre nos sujamos com o sangue deles, Justin. Nunca viramos zumbis por isso!

–Eu sei, mas se as pessoas que já estavam mortas antes do apocalipse começarem a virar zumbi tipo o cara que tá aqui com agente, é porque o vírus está se espalhando bem mais rápido e de maneiras diferente, não apenas pela mordida e tal, e está infectando as pessoas de um jeito diferente. Ou seja, estão infectando até pelo ar que respiramos, acho. - suspirei e afundei meu rosto entre a clavícula e o pescoço de Kimberly.

Ela ficou tesa por alguns segundos, mas logo senti suas mãos em minhas costas. Ela estava me dando um abraço, meio desajeitado.

–Por que você está na minha frente? - ela perguntou.

Eu deslizei minhas mãos até sua cintura e a envolvi em um abraço um pouco melhor, ela retribuiu o abraço e afundou a cabeça no meu peito, por ela ser mais baixa que eu tive que levantar minha cabeça. Nos ajeitamos melhor, de modo que minha cabeça ficou apoiada em cima da cabeça dela e e dela estava afundada em meu peito. Os cabelos de Kimberly estavam molhados de suor, mas quando você está prestes a morrer, cabelo é sua última preocupação. Apertei mais Kimberly e respondi sua pergunta:

–Por que se for para um de nós morrer... Tem que ser eu. Se o zumbi nos achar vai me atacar logo, pois estou na sua frente e minha costa está desprotegida, e então você poderá fugir e encontrar John, Christopher, Lucy, Katerina, Mary Ann, Jasmine, Jason, Trevor, Diana, Tyler, Lúcia, Carlos, Anne, Peter, Jackson, Amber, Kate, Dallas e... Como é mesmo o nome daquele otário que você chama de namorado? - eu ri, fazendo Kimberly rir também.

–Austin - ela respondeu e então suspirou. - Justin eu não acho justo você morrer por mim. Quer dizer... Isso não vai ser bom. Não é querendo me gabar, mas depois de mim você é o melhor do grupo e você tem dois irmãos pequenos e... - eu a interrompi.

–Não fala nada, Kim! - sussurrei. - Vamos, apenas, ficar em silêncio!

Kimberly ficou em silêncio e eu fechei os olhos. A única coisa que conseguia ouvir era o som das nossas respirações e o rosnado do zumbi que estava dentro da sala e dos que estavam fora. Kimberly levantou o rosto e, para minha surpresa, deu um beijo no meu pescoço. Mesmo diante de toda essa situação eu consegui sorrir.

–Obrigada Justin - ela sussurrou, ainda com os lábios perto do meu pescoço. - E se você contar pra alguém que eu toquei em você, corto teu pinto!

Eu sorri. E então percebi que não poderia morrer agora, pelo menos não em um necrotério. Eu tinha que tentar salvar a vida de Kimberly e a minha também. De algum jeito nós eramos importantes no nosso grupo. Jason e Jasmine sentiriam minha falta e Dallas e Kate sentiriam a falta de Kimberly. É, nós não poderíamos morrer assim!


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Notas finais do capítulo

Prontinho :3 e aí o que acharam do capítulo? Por favor, comentem *--*



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