Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 22
O início do terror - parte 1




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No dia seguinte aos acontecimentos do capítulo anterior, de manhã, mais precisamente, Kanna ainda estava dormindo em sua cama, ela tinha decidido tirar um dia de folga, já que a inauguração do hospital beneficente estava próxima, seria semana que vêm, os braços dela procuraram pelo marido e quando não o encontraram, ela abriu os olhos. KANNA – Kohaku? Ela percebe que está sozinha e fica imaginando onde o marido poderia estar e então decidiu se levantar para procurá-lo pela casa, a casa era relativamente grande, por isso ela demorou um pouco para encontrar Kohaku, que estava falando com alguém pelo seu celular, mas ao perceber a presença da esposa, para imediatamente. KOHAKU – Eu te acordei, querida? (colocando a mão no áudio do celular) KANNA – Não! Eu te procurei na cama e como não te encontrei, vim ver o que estava fazendo. (ela olha para o celular na mão dele) – Com quem está falando? KOHAKU – Não é ninguém importante! Somente uma pessoa que encomendei um livro. KANNA – Ta bom! Eu não quero te atrapalhar... Você vai sair? KOHAKU – Vou! Eu tenho que ver algumas coisas para a livraria. KANNA – Eu tirei o dia de folga para ficar com meu maridinho. (beijando ele) – Hoje eu quero ficar com você. (sorrindo) KOHAKU – Eu também queria, mas tenho minhas obrigações, quem sabe outra oportunidade. KANNA – Eu vou cobrar. Ela da um beijo no rosto do marido e volta para cama, Kohaku por outro lado, ao perceber que a esposa não estava mais por perto, voltou a falar no celular, a pessoa do outro lado da linha era na verdade, Kouga. KOHAKU – Ela já foi. KOUGA – Como estava dizendo, estou bem perto de provar que é o contato do Grupo Naraku com a Ordem da Espada Morta. KOHAKU – Ótimo! Vamos acabar com isso logo! KOUGA – Vai contar para sua irmã? KOHAKU – Eu estou pensando! Ainda não decidi, eu preciso de algo que ligue Onigumo a tudo isso. KOUGA – Estou trabalhando nisso, mas se quer o meu conselho, acho bom falar com ela, afinal ela é policial e pode nos ajudar muito. KOHAKU – Eu vou me encontrar com ela mais tarde, preciso ficar mais próximo da minha irmã nessa hora, ela ainda está sofrendo por causa do Miroku. KOUGA – Faça o que quiser! Eu já dei meu conselho... Manterei contato. KOHAKU – Obrigado. Ao desligar o celular, Kohaku sentia que o fim do mistério estava próximo e como tinha absoluta certeza da culpa de Onigumo, ele estava confiante em afastá-lo da vida da esposa para sempre e enquanto isso Rin e Miroku estavam no interior de um trem, onde embarcavam para Tóquio e sentados, ambos conversavam. RIN – Por que conseguir a lista está tão difícil? MIROKU – Eu não sei! O contato que tenho na penitenciária de Tóquio disse que houve uma pane nos computadores do local, mas que ele vai dar um jeito de conseguir para mim. RIN – O que faremos agora? MIROKU – Você tem que voltar ao trabalho, não vai adiantar nada ser relapsa no emprego! Eu vou falar com seu marido e depois vou passar na polícia. RIN – O que vai fazer? MIROKU – Eu preciso ter conhecimento de todas as informações, só assim poderei ajudar Sesshoumaru. O trem estava chegando à estação onde Miroku iria descer, por isso ele se levantou e naquele momento Rin se manifestou antes se afastar. RIN – Miroku. MIROKU – Fale. (se virando para ela) RIN – Obrigado pelo que está fazendo, eu agradeço de coração. MIROKU – Não precisa agradecer. (novamente olhando para frente) – Só deixe Sango fora disso. O trem para e Miroku desce dele enquanto Rin seguia viagem e enquanto isso InuYasha, já sem o uniforme de Motoqueiro Noturno, tinha voltado ao QG depois de cumprir mais uma missão secreta, ele foi recebido por um alegre Jakotsu. JAKOTSU – Mais uma vez você conseguiu, querido InuYasha. INUYASHA – Foi mais fácil do que pensei. JAKOTSU – Por acaso trouxe o que pedi? INUYASHA – Trouxe sim. InuYasha tira das costas um rifle com mira automática, era uma das muitas armas que ele interceptou no contrabando, ele não tinha entendido muito bem por que Jakotsu tinha pedido para trazer aquilo. INUYASHA – O que vai fazer com isso? JAKOTSU – Um teste! (ele fica de costas para InuYasha e começa a andar) – Siga-me! Por favor. INUYASHA – Ok! InuYasha segue Jakotsu até a uma sala mais ao fundo, nela tinha vários alvos de mira, que foram colocados estrategicamente bem longe, Jakotsu pega uma munição de rifle, coloca na arma e depois a oferece á InuYasha. JAKOTSU – Quer testar? INUYASHA – Esse tipo de arma não faz meu gênero! JAKOTSU – Mas é só um teste! Essas armas serão usadas por agentes treinados, uma avaliação sua seria de grande ajuda. INUYASHA – Se eu fizer isso, depois posso ir para casa? JAKOTSU – Ainda não! Você ainda terá mais uma missão. INUYASHA – E depois disso acabou? Certo? JAKOTSU – Certo! (ele entrega o rifle á ele) – Mas agora vamos ao teste. InuYasha segura o rifle e depois aponta para os alvos e assim começa a atirar, acertando todos eles com apenas um tiro cada, até ele mesmo se surpreendeu com sua precisão. INUYASHA – Puxa! Eu sou bom mesmo! (se gabando) JAKOTSU – Qual sua avaliação? INUYASHA – Ótima! Com essa mira, é quase impossível de se errar um alvo. JAKOTSU – Isso é tudo, querido InuYasha! Pode voltar para a sala de espera para ser informado da próxima missão. INUYASHA – Ok! (ele da meia volta para sair) – Espero que não demore muito. InuYasha, muito feliz e confiante, sai da sala e ao ver isso, Jakotsu pega seu celular no bolso e começa a discar para falar com Kagura. JAKOTSU – Kagura. KAGURA – Se está me ligando é porque o plano está indo como o previsto, não é? JAKOTSU – Correto. KAGURA – Ele desconfia de algo? JAKOTSU – Claro que não! Como ele poderia desconfiar? (pergunta retórica) KAGURA – Eu não queria ter chegado a esse ponto, mas devido ao vazamento de informações, será necessário atitudes extremas. JAKOTSU – Já recebeu permissão de seu superior? KAGURA – Eu ainda vou falar com ele, mas acho que ele irá permitir... e lembre-se, Jakotsu! O Plano segue no cronograma, não falhe. Kagura, que estava dirigindo seu carro com destino ao prédio do Grupo Naraku, desliga o celular ao entrar no estacionamento de local e depois, ao descer de seu carro, ela vê Rin chegando á pé e não perdeu tempo para provocar sua rival. KAGURA – Olha só quem veio! Achei que ia faltar ao trabalho de novo. RIN – Não me enche, Kagura! Hoje não! KAGURA – Pensei que fosse visitar o Sesshoumaru. RIN – Isso não é da sua conta! (ela continuava a andar e Kagura a segui) KAGURA – Sabe se a Kanna irá vir hoje? (as duas chegam ao elevador) - Pois isso é da minha conta. RIN – Acho que não! Ela me disse que queria tirar um dia de folga. KAGURA – Eu não sei como essa empresa ainda está de pé nas mãos de uma garota ingênua como Kanna. RIN – Não deveria falar mal assim de Kanna. KAGURA – Quando digo que ela é ingênua, não estou falando mal, estou falando a verdade. RIN – A única coisa que eu não sei é como uma pessoa como Kanna trouxe gente da sua laia para trabalhar aqui. KAGURA – Eu tenho contatos com muitas autoridades, estou aqui graças ao meu currículo e não por ser amiguinha da presidente como umas e outras que conheço. (dando uma indireta bem direta para Rin) RIN – Você não sabe nada da minha vida, das minhas qualificações! Não ouse dizer que não estou aqui por mérito meu. O elevador chegar ao andar em que elas trabalhavam e ambas saem dele e vão para salas diferentes, mas antes de entrar na sua sala, Rin vê Kagura conversando com Onigumo e entrando na sala dele em seguida. RIN – Isso é suspeito! Rin entrou em sua sala para trabalhar e enquanto isso Satsuki estava na aula de educação física, treinando em separado, já que tinha sido excluída do time de líderes de torcida, quando viu Shippou seguindo Soten para tentar falar com ela. SATSUKI – “Olha como aquele idiota a segue como um cachorrinho.” (pensando) Satsuki virou o rosto e voltou a se exercitar enquanto isso Shippou tinha alcançado Soten e ele exigia uma explicação. SHIPPOU – Até quando vai fugir de mim? SOTEN – Eu não estou fugindo, só não quero mais falar com você, será que não entende? SHIPPOU – Não! Eu não entendo! Não pode terminar nosso namoro assim do nada. (ele segura a mão dela) – Eu preciso saber onde foi que errei com você. O coração de Soten batia acelerado com o fato de Shippou segurar a mão dela, garota olhava para ele louca de vontade de dizer a verdade sobre o fim do namoro, mas tinha medo que o pai dela pudesse fazer com ela e com o próprio Shippou caso ela não obedecesse e por isso ela resolveu dizer algo para acabar de vez com a relação de ambos. SOTEN – Você me acha uma pessoa muito boa, não é? (ela lança um olhar enigmático para ele) SHIPPOU – Claro que sim! (ele estranha aquele olhar) SOTEN – Mas eu não sou nada disso! Quer saber de uma coisa? Eu me aproximei de você por causa de uma aposta! (ele fica surpreso e ela continua) - Isso mesmo! Eu apostei com o Hiro que iria consegui me aproximar de você, te levar à festa... e consegui! Eu até disse a ele que foi você que acionou o alarme de incêndio, viu? Você ainda me acha uma boa garota? Depois de relatar tudo aquilo, Soten ficou esperando por uma reação agressiva de Shippou, era o que ela queria para que ele nunca mais falasse com ela, mas Shippou ficou apenas com os olhos fechados e depois de abri-los, ficou olhando para os olhos de Soten antes de começar a falar. SHIPPOU – Acha mesmo que não sabia que foi você que contou ao Hiro? Pois eu sabia! SOTEN – “O que? Ele sabia o tempo todo?” (surpresa e pensando) SHIPPOU – Eu já desconfiava de você, afinal é muito estranho uma garota convidar um garoto no primeiro dia em que se conhecem, mas eu não acredito nessa história de aposta, o verdadeiro motivo aconteceu entre anteontem e ontem. SOTEN – Mas é que... SHIPPOU – Se você não quiser me dizer o motivo, é direito seu! Se quiser não voltar comigo, não me ver mais ou nunca mais me dirigir a palavra, também é direito seu! Mas não fique inventando história e me tratando como idiota, pois eu nunca fiz isso com você. SOTEN – Eu sei! SHIPPOU – Não precisa mais fugir de mim! (ele fica de costas para ela) – Eu não vou te procurar mais, não vou ficar rastejando pedindo desculpas se eu não tenho culpa alguma. Shippou começou a andar e se afastar de Soten, que por um instante pensou em ir atrás, mas percebeu que era inútil e assim começou a sentir raiva do pai, por ele a forçar a fazer isso, mas também raiva dela mesma, por ser tão fraca e se deixar manipular pelos outros e enquanto isso Sesshoumaru, que tinha sido informado que receberia a visita de seu advogado, se surpreendeu ao ver Miroku sentado na sala de visitas e logo pega o telefone para falar. SESSHOUMARU – Você? (se sentando) – Isso que é surpresa. MIROKU – Olá Sesshoumaru! SESSHOUMARU – Se você assumiu o meu caso é porque me perdoou pelo que fiz, certo? MIROKU – O que passou, passou! Eu acho que minha carreira política estava afetando meu comportamento com as pessoas próximas e além do mais, eu desisti dessa carreira, por isso voltei a ser advogado. SESSHOUMARU – Pelo menos você tem uma carreira a seguir, eu por outro lado já fui dispensado do jornal, eles não querem alguém como eu ligado ao jornal, todos me abandonaram. MIROKU – Não Rin! A sua esposa não desistiu. SESSHOUMARU – Mas ela tem que desistir! Não sabe com que tipo de gente ela está lidando. MIROKU – Esse foi o motivo de vir aqui! A Rin me disse que você acha que o acidente que matou Hakudoushi não foi acidente e que as pessoas ligadas a isso devem ser as mesmas que armaram para você. SESSHOUMARU – Ela não devia contar nada disso para você! Eu é que não devia ter contado nada a ela. (ele coloca uma das mãos na cabeça em sinal de arrependimento) – Mas é verdade! Isso é o que eu acho. MIROKU – Como chegou a essa conclusão? SESSHOUMARU – Há dois anos eu recebi de uma fonte que me garantiu que dentro do Grupo Naraku havia alguém que era contato de um grupo de fanáticos terroristas. MIROKU – Terroristas?! SESSHOUMARU – Estavam envolvidos com contrabando de armas para um propósito maior, aí comecei a investigar, cheguei bem perto, mas fui enganado, aí eu e Hakudoushi conseguimos descobrir uma ligação desse grupo com a China e quando estava pronto para viajar, apareceram com o corpo de Sara e aí tive que ficar, coincidência? Eu duvido! MIROKU – Isso a gente vê depois, mas me diga quem é sua fonte? SESSHOUMARU – Sabe muito bem que não posso dizer. MIROKU – Olha Sesshoumaru! Eu e Rin vamos vasculhar esse assunto, se é um negócio tão perigoso, vai ser mais ainda se não nos ajudar, sabe muito bem como é sua esposa. SESSHOUMARU – E eu não sei? Ela é teimosa como uma mula, não vai desistir. MIROKU – Então diga o nome da fonte. SESSHOUMARU – Eu vou dizer! (ele faz um pouco de suspense) – Kohaku! (Miroku fica surpreso) MIROKU – Kohaku?! (ele se refaz da surpresa) – Por essa eu não esperava. SESSHOUMARU – Se isso servir para alguma coisa, digo que acho que ele não me contou tudo que sabe. MIROKU – E depois de eu ter me separado da irmã dele, acho que não vai me contar também, mesmo assim devo tentar... eu já vou! SESSHOUMARU – Miroku. (o advogado presta atenção) – Não deixe que nada de mal aconteça com Rin ou Satsuki, se isso ficar perigoso, pare! MIROKU – Claro! Miroku deixa a sala de visitas, convicto de que armaram para Sesshoumaru, mas tinha o mau pressentimento de que aquilo era apenas uma pequena parte de um plano maior e enquanto isso, Kohaku estava saindo da casa onde morava com Kanna para depois entrar em seu carro, mas antes de dirigir, ele pegou seu celular e ligou para Kouga, que naquele momento estava dirigindo seu carro, com Ayame do lado e Genku no banco de trás, eles estavam indo para a casa de Kagome. KOUGA – Alô. KOHAKU – Sou eu. KOUGA – O que decidiu? (olhando para Ayame) KOHAKU – Eu vou falar com Sango, contar o que sei. KOUGA – Tem certeza? Sabe que se meter a polícia no meio pode sobrar para sua esposa. KOHAKU – Eu amo Kanna! A amo muito, mas eu não posso permitir que isso vá para frente em nome do amor. KOUGA – Então depois que falar com ela, vão para minha casa, até lá o programa já deve ter decodificado todas as ligações. KOHAKU – Ótimo! Te vejo depois. Kouga desliga e continua a dirigir o carro, Ayame vê a expressão de preocupação no rosto do marido. AYAME – Ele vai falar com a irmã? KOUGA – Vai! E assim esse pesadelo acaba, pois não será mais da nossa conta. AYAME – Então por que está tão preocupado? KOUGA – Algo fez o Kohaku falar com a irmã, seja o que for, não estou gostando. (uma gota de suor corre pelo rosto) – Esse dia será longo, muito longo. Ayame parecia não estar tão preocupada e até ficou brincando com Genku, mas Kouga tinha um mau pressentimento e enquanto isso, depois de falar com Kouga, Kohaku ligou para a irmã que, apesar de muito trabalho no departamento de polícia devido ao alerta contra a Ordem da Espada Morta, atendeu de imediato. SANGO – Oi, Kohaku! O que foi? KOHAKU – Precisamos conversar. SANGO – Eu estou muito atarefada aqui e... KOHAKU – Sango! Isso é sério! Eu preciso te ver. SANGO – Podemos nos encontrar na hora do almoço. KOHAKU – Combinado! Vá à minha livraria nessa hora! Lá eu te conto tudo. SANGO – O que está havendo, Kohaku? Está me assustando, mano! KOHAKU – Apenas vá, Sango! Kohaku desliga o celular e da a partida no seu carro para sair dali e enquanto isso, no departamento de polícia de Tóquio, Sango continuava a investigar, através do computador, a Ordem da Espada Morta, mas o grupo era extremamente fechado, não havia muitas informações sobre ela e nem seus colaboradores. SANGO – Isso não vai adiantar nada! (Gatenmaru se aproxima) GATENMARU – Conseguiu algo? SANGO – Nada! A gente sabe da origem do grupo, mas não sabemos como agem. GATENMARU – Mas temos que continuar trabalhando! A Agência Imperial também está trabalhando no caso, vamos ter que compartilhar informações. SANGO – Você vai se encontrar com eles? GATENMARU – Sim! Estou indo para lá agora e... (ele para de falar ao olhar alguém entrando no departamento) SANGO – O que foi? Sango olha para onde Gatenmaru estava olhando, era para Miroku, que estava andando pelos corredores do local e foi direto para a sala de Jinenji. SANGO – O que ele veio fazer aqui? GATENMARU – Não foi para te ver. (ela faz cara feia para ele) – Me desculpe, mas é verdade. SANGO – Eu já percebi. (foi seca) GATENMARU – Bem, eu já vou indo. Gatenmaru se afasta para ir ao encontro com alguns agentes imperiais, Sango ficou observando o parceiro ir embora e quando se virou deu de cara com Jinenji, que estava com Miroku ao seu lado. JINENJI – O Gatenmaru já saiu? SANGO – Sim, capitão! (ela olha para Miroku) – Oi, Miroku. MIROKU – Detetive. (bem formal e indiferente) JINENJI – Como já deve saber, o Miroku voltou a ser advogado e ele agora está defendendo Sesshoumaru. SANGO – Sério?! (meio surpresa) – Mas por que está me dizendo isso? JINENJI – Ele precisa de todo o relatório do caso da morte de Sara. MIROKU – Eu vou precisar de tudo, do aparecimento do corpo até a prisão de Sesshoumaru, de tudo mesmo! SANGO – E querem que eu faça isso? JINENJI – Devido ao seu relacionamento com Miroku, eu preferia que fosse o Gatenmaru, mas ele teve que sair, portanto sobra você. SANGO – Ok! Sango se levanta da cadeira e conduz Miroku até a sala de registros e lá ela fica procurando o relatório do assassinato de Sara, depois de alguns minutos ela finalmente o encontra e o entrega a Miroku. SANGO – Está tudo aí! Eu mesmo assinei o relatório. MIROKU – Ótimo! Obrigado detetive. (ele ia se afastando e ela se manifesta) SANGO – Vai me tratar assim até quando? (ele para de andar ao ouvir aquilo) MIROKU – Do que está falando, detetive? SANGO – Disso! Você não me chama pelo nome. (ela se aproxima dele) – Se vai defender Sesshoumaru é porque o perdoou pelo que ele fez. MIROKU – De certo modo, sim! SANGO – Se fez isso com ele, por que não comigo? Por que tanta raiva e ódio contra mim? MIROKU – E quem disse que te odeio? SANGO – A Rin me contou que você quer que eu fique fora dessa investigação. MIROKU – Eu quero você fora porque sua obsessão em culpar Onigumo afetará seu julgamento. SANGO – Faça como quiser! Eu tenho muito trabalho mesmo. MIROKU – Tem mais uma coisa! SANGO – O que é agora? MIROKU – Kohaku! Eu preciso falar com seu irmão. SANGO – Kohaku?! O que meu irmão tem com isso? MIROKU – Eu só vou saber se falar com ele? SANGO – Eu vou me encontrar com ele na hora do almoço na loja dele, ele quer falar algo comigo, parecia muito nervoso. (ela o encara) – Sabe de algo? MIROKU – Não! Posso ir ou não, detetive? SANGO – Vai me deixar de fora, não vai? MIROKU – Vou! SANGO – Sabe onde é a loja dele, ninguém vai te impedir. Sango fica um pouco irritada pelo modo como Miroku a tratava e por isso se afastou para sair da sala de registros, mas quando ela chega na porta para sair, ele se manifesta. MIROKU – Sango. (ela para ao ouvir o seu nome) SANGO – Que bom! (ela olha para ele) – Me chamou pelo nome. MIROKU – Acredite, eu não te odeio, nunca poderia, mas quando olho para você, vejo a minha carreira política indo pelo ralo. SANGO – Quando contei de você para o Sesshoumaru, foi sem querer. MIROKU – Eu sei disso, sei que não fez por mal e também sei que o que estou sentindo é mesquinho, mas é o que eu sinto, algo dentro de mim se quebrou. (ele fica de costas para ela) – E duvido que algum dia isso se conserte. SANGO – Então nunca mais voltaremos? MIROKU – Eu não posso dizer que ‘dessa água nunca beberei’, mas acho que o destino conspirou contra nós. (ele se vira novamente e olha para ela) – Eu sinto muito. SANGO – Eu também. Sango sai da sala de registro deixando Miroku a sós por lá, ele queria dar um tempo para sair depois, embora ainda se amassem, foi criada uma enorme parede entre ambos, que os impedia de se amarem e enquanto isso, Kouga e Ayame chegam na casa de Kagome, que logo vai recebê-los. KAGOME – Que bom que vieram. KOUGA – O Shippou já chegou da escola? KAGOME – Ainda não! Mas já deve estar à caminho. (ela acaricia Genku que estava no colo de Ayame) – Você também veio não é bebezinho lindo? (fazendo caretas) AYAME – Claro que sim! (ela fala com o filho) – Se a mamãe não o trouxesse, a tia Kagome ia ter um chilique. KAGOME – Ia mesmo! KOUGA – O InuYasha está? KAGOME – Que nada! Está viajando de novo, mas vamos entrar gente. KOUGA – Obrigado. Assim os três entram na casa para o almoço que Kagome estava preparando e enquanto isso, Jakotsu estava falando com Kagura pelo celular. JAKOTSU – Teve sinal verde para prosseguir? KAGURA – Sim! Tive! Você tem permissão para prosseguir com a missão. JAKOTSU – Já avisou Juroumaru? KAGURA – Sim! Ele já está indo para o local, só enrole InuYasha um pouco mais. JAKOTSU – Pode deixar comigo! Jakotsu desliga o celular e começa a andar para a sala onde InuYasha estava esperando. INUYASHA – Qual é a minha missão agora? JAKOTSU – Os nossos operativos ainda estão trabalhando nisso. INUYASHA – E o que faz aqui então? JAKOTSU – Apenas conversar, não posso conversar com você? INUYASHA – Claro que pode! Do que quer falar? JAKOTSU – De família! Eu tenho um irmão de quem eu gosto muito, nós tivemos nossas diferenças, mas já acertamos. INUYASHA – Eu sei o que é isso! Eu tenho um irmão também, ele foi preso, mas acho que ele não é culpado. JAKOTSU – Ele é mais velho do que você? INUYASHA – Sim. JAKOTSU – O meu irmão também é mais velho, ele sempre cuidou de mim e disse que nunca me abandonaria. INUYASHA – Eu queria pode dizer que eu e Sesshoumaru tínhamos essa relação, mas estaria mentindo. Jakotsu da um sorriso fazendo InuYasha sorrir também e eles continuaram a falar de suas famílias. MAIS TARDE Já era a hora do almoço e Kohaku já estava em sua loja à espera de Sango, ele ficou andando de um lado para o outro, parecia nervoso, tenso, preocupado, mas ele teve uma expressão de alívio ao ver a figura da irmã, que logo foi falar com ele. SANGO – Vim o mais rápido que pude, mano! KOHAKU – Eu sei! Me desculpe pelo incomodo, mas eu preciso falar com você. SANGO – O que houve, Kohaku? Parece tenso. KOHAKU – E estou. (ele acaricia o rosto da irmã) – Mas com você do meu lado, eu tenho muita coragem. (ela segura a mão do irmão com carinho) SANGO – Eu digo o mesmo. (ela beija a mão dele) – Mas não foi para isso que você me chamou. KOHAKU – Tem razão! (ele fica de costas para ela e vai até a janela) SANGO – O que foi, Kohaku? O que quer me contar? (ele ainda estava de costas) KOHAKU – O Onigumo é... Kohaku não tem tempo de terminar a frase, pois foi acertado por um tiro na cabeça, disparado no prédio ao lado e assim ele caiu inerte no chão para desespero de Sango. SANGO – Kohaku! (indo até ao corpo dele caído no chão) - Kohaku! Fale comigo! Fale comigo! Sango balançava o irmão enquanto o chamava pelo nome, mas aquilo era inútil, pois Kohaku estava morto e uma dor descomunal tomou conta de Sango. SANGO – NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO! Esse era um grito que podia ser ouvido por toda a Tóquio. Próximo capítulo = O início do terror – parte 2

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