Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 13
Comportamento estranho - parte 2




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Enquanto isso, já de volta a sede do jornal A Gazeta de Tóquio, Sesshoumaru e o jovem Hakudoushi investigavam, cada um em sua mesa, quem poderia ter ordenado a antecipação do desembarque de um navio cheio de armas. SESSHOUMARU – Descobriu algo? (deixando de digitar no computador e indo até a mesa de Hakudoushi) HAKUDOUSHI – Nada! Mas consegui uma lista das pessoas que tinham mercadorias no navio, mas se forem armas, a lista deve ser falsa e... (Sesshoumaru olha com atenção a lista) SESSHOUMARU – Ou talvez não! (ele prestou atenção em um nome) – Olha esse nome... Juroumaru. HAKUDOUSHI – Quem é ele? SESSHOUMARU – Ele era um antigo colecionador de quadros e jóias, mas eu soube que perdeu tudo depois que sua casa foi invadida por ladrões e a polícia descobriu que ele colecionava obras roubadas, eu nem sabia que ele morava na China. HAKUDOUSHI – Então acha que ele está por trás? SESSHOUMARU – Eu não duvido! (ele olha para Hakudoushi) – Como conseguiu ter acesso a essa lista? HAKUDOUSHI – O pai de um antigo colega meu trabalha em um porto, esses portos costumam trocar informações, foi assim que consegui a lista. SESSHOUMARU – Ótimo! Bom trabalho, agora vamos investigar os negócios de Juroumaru na China. (indo até a mesa dele) HAKUDOUSHI – Então você vai até a China? (se levanta) SESSHOUMARU – Eu não! (depois ele olha para o jovem) – Nós dois vamos! (colocando o terno) HAKUDOUSHI – Nós?! (se senta por causa da surpresa) SESSHOUMARU – Então vá para casa e pegue seu passaporte. HAKUDOUSHI – Ok! Sesshoumaru e Hakudoushi iriam para a China investigar os negócios de Juroumaru, mas de repente ele se lembra de algo que tinha esquecido. SESSHOUMARU – Satsuki! HAKUDOUSHI – Quem? SESSHOUMARU – Minha filha! (ele volta até a mesa dele para usar o telefone) – Eu não acredito que me esqueci dela. Sesshoumaru começou a discar para o celular de Satsuki, ele temia que a filha estivesse esperando por ele até agora e finalmente alguém a tende. SESSHOUMARU – Satsuki! Sou eu... SATSUKI – Eu sei pai, eu não me esqueci do senhor, embora o senhor tenha se esquecido de mim. SESSHOUMARU – Não faz isso comigo, querida, é que eu estava trabalhando e perdi a noção da hora. SATSUKI – Deu para perceber. SESSHOUMARU – Eu estou indo até aí e... SATSUKI – Não será necessário, quando se passou mais de 15 minutos da hora marcada pelo senhor, eu liguei para minha mãe e ela veio me buscar. SESSHOUMARU – Ótimo! (ele respira aliviado) – Tem mais uma coisa, querida, eu vou para a China, se você quiser pode passar mais uma noite na casa de sua mãe. SATSUKI – Ta! Mas o que o senhor vai fazer na China? SESSHOUMARU – Trabalho, querida. SATSUKI – Claro que é! Ele é mais importante do que eu, eu aposto que se fosse para se encontrar com Rin, você não esqueceria. SESSHOUMARU – Satsuki, não fale assim comigo, na volta nós conversamos. SATSUKI – Ok! Como quiser pai. SESSHOUMARU – Eu te amo querida, cuide-se. Sesshoumaru desligou o telefone para em seguida sair do jornal para se preparar para a viagem à China e enquanto isso, depois de receber o telefonema de seu pai, Satsuki, que estava em Cia de sua mãe no carro dela, estava pensativa e Kagura percebeu isso enquanto dirigia. KAGURA – O que houve com seu pai? SATSUKI – Ele me esqueceu, como quase sempre. KAGURA – Pegue leve com seu pai, ele está passando por uma fase difícil, acho que ele anda pressionado pelo chefe. SATSUKI – Eu já ouvi a respeito. KAGURA – Mas me conta que história é essa de China? SATSUKI – Eu sei lá! Ele falou que é trabalho. KAGURA – Deve ser mesmo. (sorrindo) SATSUKI – Eu posso passar mais um dia com a senhora? KAGURA – Claro que sim! Eu até faço questão disso SATSUKI - Mudando de assunto mãe, eu posso te fazer um pedido? KAGURA – Claro querida! Para você tudo. SATSUKI – Tem uma nova aluna da minha classe, que de repente ficou muito amiga de Shippou, em pouco tempo. KAGURA – E o que tem isso? SATSUKI – Eu acho que aí não tem coisa boa, eu queria saber mais sobre essa garota, acho que ela pode estar querendo fazer mal ao Shippou. KAGURA – Está pedindo isso a mim? SATSUKI – Eu ia pedir ao meu pai, mas ele vai viajar. (ela olha para a mãe) – A senhora já trabalhou para o governo, então se não for pedir muito... KAGURA – Pode deixar que eu investigo essa sua colega, me fale o nome dela. SATSUKI – Soten, esse é o nome dela. KAGURA – Pode deixar que eu cuido disso. SATSUKI – Valeu mãe! (ela fica feliz) – Sabia que podia contar com a senhora. KAGURA – Pode contar comigo sempre. Satsuki, sentada no banco do carona, sorria para a mãe, ela tinha total confiança na ex. agente do governo e sabia que ela tinha capacidade para atender ao pedido dela. MAIS TARDE Finalmente Shippou e Soten chegam à casa de Kouga, e o garoto toca a campainha e ambos ficam aguardando. SHIPPOU – Você vai adorar, essa casa é um show. (sorrindo) SOTEN – Mesmo? (ela olhava o exterior da casa e não se impressionou) – Ela é bonita, mas é uma casa comum. Soten até que tinha razão, a casa de Kouga e Ayame parecia ser simples como uma casa de classe média, mas as aparências enganam. SHIPPOU – Para começar tem uma mini câmera no topo do teto. (ele apontas para cima) – Ou seja, eles já estão nos vendo. SOTEN – Sério? Mas não estou vendo nada. SHIPPOU – Como disse, é um mini câmera, quase não da pra ver mesmo sabendo onde é, mas lá dentro de mais surpresas. SOTEN – O que? Shippou não tem tempo de responder, pois a porta se abre sozinha e ele e Soten entram na casa, mas antes de chegarem ao interior eles tinham que passar por um pequeno corredor que possuía detector de metais, infravermelho, raios-X, Shippou e Soten foram examinados, tudo questão de segurança e depois de tudo isso eles foram recebidos por Kouga e Ayame. KOUGA – Ainda bem que veio Shippou. (colocando a mão na cabeça dele e depois olhando para Soten) – Então é você que é Soten? SOTEN – Sim, é um prazer conhecê-lo. (ela se curva) KOUGA – Prazer é meu. (ele aponta para Ayame que estava mais distante) – Aquela é minha esposa, o nome dela é Ayame. AYAME – Seja bem vinda, Soten. SOTEN – Obrigada. SHIPPOU – Agora que estamos aqui, podem me falar por que pediram que eu trouxesse a Soten? KOUGA – Claro! (depois ele olha para a esposa) – Ayame, pode trazer o Genku. Ayame atende ao pedido de Kouga e vai até o quarto do filho e o trás consigo no colo, ela imediatamente mostra para Soten. AYAME – Não acha ele uma gracinha? SOTEN – Ele é muito lindo. AYAME – Quer segurar? SOTEN – Eu posso? AYAME – Pode, mas tome cuidado. SOTEN – Eu sei como é que é. (ela pegou Genku) – Eu olhava a filha dos vizinhos do meu pai há uns dois anos. KOUGA – O Shippou mencionou isso para mim e essa é a razão de tê-la chamado aqui, Soten. SOTEN – Mesmo? KOUGA – Eu não sei se o Shippou te contou, mas nós temos uma vida muito corrida, nosso trabalho toma muito de nosso tempo e não podemos levar o Genku pra todos os lugares. SOTEN – Espere aí! Estão querendo me contratar para babá do seu filho. AYAME – Mas é por meio período, não queremos prejudicá-la nos estudos. SHIPPOU – Vai, Soten! Aceita. KOUGA – Não de muito ouvido a ele, Soten, o Shippou está falando em causa própria, se você aceitar, deixaremos de usá-lo. (rindo) SHIPPOU – Isso é verdade. (rindo também) AYAME – E aí Soten? SOTEN – “Se meu pai souber, ele nunca vai deixar, mas eu posso falar que estou trabalhando em outro lugar, ele não vai descobrir.” (pensando) SHIPPOU – No que está pensando? SOTEN – Não é nada! (ela olha bem para Genku no colo dela) - Claro, quando eu começo? AYAME – Vamos combinar o horário. Ayame leva Soten, que ainda estava com Genku no colo, para outra sala deixando assim Kouga e Shippou a sós. KOUGA – Shippou, o que sabe dessa Soten? SHIPPOU – Ela é uma boa amiga, nós nos damos muito bem. KOUGA – Eu reparei como ela olha para você, acho que é quer ser mais do que uma amiga. (sorrindo) SHIPPOU – A Soten?! (ele olha para Soten que estava na outra sala com Ayame) – A Soten não. KOUGA – Você é quem sabe. SHIPPOU – Por que vocês quiseram contratar a Soten? Vocês mal a conhecem. KOUGA – Instinto, meu caro Shippou, apenas instinto. SHIPPOU – Instinto? Shippou não entendeu muito bem aquela explicação, mas ele já estava acostumado, pois ao contrário de InuYasha, Kouga nunca era muito direto nas explicações, mas Shippou confiava nele. MEIA HORA MAIS TARDE Depois de conversar com Ayame e Kouga na casa deles, Soten voltava para casa e Shippou decidiu acompanhá-la, durante o percurso ele falou do passado de Kouga e Ayame, de quando eles eram ladrões extraordinários, mas que agora vivem uma vida honesta. SOTEN – Como eles puderam cometer todos esses crimes e não foram presos? SHIPPOU – Eles trabalharam para uma agente do governo e por isso receberam perdão por todos seus crimes com o aval do Imperador. SOTEN – Sério? (meio triste e ele na tinha percebido) SHIPPOU – Essa agente do governo é por acaso a mãe de Satsuki. (a garota fica surpresa) SOTEN – A mãe de Satsuki?! SHIPPOU – Sim, ela organizou uma invasão a casa de um cara, essa invasão foi feita por Kouga e Ayame e outras pessoas, mas as coisas não deram muito certo e muita gente morreu na operação, foi lamentável. Soten para de andar de repente para surpresa de Shippou que estranha o comportamento da amiga. SHIPPOU – Aconteceu algo? SOTEN – Não precisa vir comigo até a minha casa, não precisa se incomodar. SHIPPOU – Mas não é incomodo nenhum, eu quero ir e explicar para seu pai porque teve que demorar um pouco. SOTEN – Melhor não. (balançando a cabeça negativamente) SHIPPOU – Mas por que não? SHIPPOU – Porque não! Não escutou? (gritando) SHIPPOU – Ok! (meio assustado) – Eu entendi. Shippou toma a direção contrária de onde estava indo e percebendo que exagerou, Soten vai atrás dele. SOTEN – Shippou, espere por favor! (ficando na frente dele) – Me perdoe. SHIPPOU – Tudo bem. SOTEN – Mas tem mais. (ela tira do bolso a medalha que recebeu dele) – Isso que me deu significou muito para mim. SHIPPOU – Eu percebi. SOTEN – A gente se vê amanhã? SHIPPOU – Com certeza. (sorrindo) – Até amanhã, Soten. SOTEN – Até amanhã. (eles se afastaram para irem cada um para sua casa e de repente Soten se manifesta) – Tem mais uma coisa dizer. SHIPPOU – O que é? SOTEN – Bem, não é bem dizer e sim fazer. Soten anda lentamente até Shippou, ele não estava entendendo o que a amiga queria e então Soten para bem em frente a ele e sem mais sem menos lhe da um beijo na boca e antes que Shippou pudesse reagir, Soten saiu correndo para casa com as pontas dos dedos na boca. SOTEN – “O que deu em mim? O que foi que fiz? Ele deve achar que eu sou uma louca, mas por que me importo com o que ele pensar?” (pensando) Soten continuava a correr, ela estava confusa, mas a sensação que sentia era ótima e enquanto isso, Shippou ainda estava parado no mesmo lugar tentando entender o que houve. SHIPPOU – “Por que a Soten fez isso? Será que o Kouga está certo? Ela gosta de mim mais do que como um amigo?” (pensando) O beijo que Soten deu tinha sido o primeiro da vida de Shippou e dentro dele vários sentimentos se debatiam, ele não sabia ao certo se tinha gostado ou não, aquilo era novo na vida dele e perdido nesses sentimentos, Shippou nem percebeu a chegada de Hiro e Ukyo, que o pegaram por trás e levaram para um beco ali perto jogando Shippou lá. SHIPPOU – O que vocês querem? HIRO – Nós sabemos que foi você que acabou com minha diversão. SHIPPOU – Não sei do que está falando? UKYO – Do alarme que acionou na festa. HIRO – E por isso viemos cuidar de você... quer dizer, eu vim cuidar, o Ukyo só está aqui para garantir que minha diversão não seja interrompida. SHIPPOU – Deixe-me ir! (ele tenta passar, mas Hiro o joga no chão de volta) HIRO – Não, hoje você é meu. Hiro começou a chutar Shippou várias vezes, chutava a barriga, chutava o peito, chutava o rosto, era uma verdadeira surra, pois Hiro se aproveitava do fato de ser mais velho e maior do que Shippou e depois de alguns minutos a surra é encerrada com Shippou, estirado no chão, muito machucado. HIRO – Estou satisfeito. (ele se abaixa para falar no ouvido de Shippou) – E nem ouse falar com ninguém, pois meu pai é poderoso e não vai deixar que façam mal a mim. (rindo e se levantando) – Vamos, Ukyo! Hiro e Ukyo saíram do beco deixando Shippou muito machucado, ele mal conseguia se mexer, a surra tinha sido muito violenta e enquanto isso, Kouga estava vendo algo no computador e de repente chamou a esposa. KOUGA – Vêm cá, querida! (ela vem com Genku no colo) AYAME – O que houve? KOUGA – Descobri de onde lembrava esse nome, Soten. AYAME – Deixa ver. (ela chega mais perto do monitor) – Não é possível KOUGA – Mas é. Estava aparecendo no monitor as imagens dos irmãos Hitten e Mantten, assassinos profissionais que junto com Ayame e Kouga invadiram a casa de Juroumaru para roubar a jóia de quatro almas, mas eles morreram depois por obra de Kaijinbou. AYAME – Mas ela é tão nova para ser irmã deles. KOUGA – Na verdade, Soten é filha da segunda esposa do pai deles, mas a forma como o Shippou contou como ela se lembra dos irmãos acho que ela não deve saber nada da profissão deles. AYAME – Sem falar que o Naraku tinha contratado eles para nos matar depois do roubo. KOUGA – Eu sei, mas foi assim que descobrir que te amava. Kouga se lembrou de que quando Hitten atirou nele e Ayame se colocou na frente para interceptar a bala, o desespero de ver ela morrer que fez Kouga descobrir seus sentimentos. AYAME – Isso é verdade. (ela o beija) – Mas e quanto a Shippou? Será que devemos contar a ele? KOUGA – Não vejo necessidade, afinal não fomos nós que matamos os irmãos de Soten. AYAME – Espero que esteja certo. Ayame não estava muito certa daquela decisão, mas como Shippou era filho adotivo de Kouga ela não iria se meter e naquele momento o telefone toca e Kouga atende. KOUGA – Alô! INUYASHA – Kouga, sou eu. KOUGA – O que foi, InuYasha? INUYASHA – Por acaso o Shippou está aí? KOUGA – Ele esteve, mas já saiu há uns 15 minutos, já era para ele estar em casa. INUYASHA – Mas ele não está, pois acabei de ligar para lá e ninguém atende, como não sabia que ele ia até aí, eu vim até a escola. KOUGA – Me desculpe, foi eu que o chamei, eu pedi que ele trouxesse a nova amiga dele, acho que ele deve estar com ela agora. INUYASHA – Deve ser a Soten, eu vou entrar no colégio e pedir o endereço e... KOUGA – Não precisa, eu o consigo para você. (ele mexe no computador até achar) – Pronto. INUYASHA – Passe-o para mim. Kouga da o endereço da casa de Soten para InuYasha, que imediatamente vai ao local e durante o percurso, ele passa por um beco e vê alguém estirado no chão e ao se aproximar com a intenção de ajudar se assusta em ver quem é. INUYASHA – Shippou?! (fazendo ele se sentar) – O que houve? SHIPPOU – Ai, ai, ai! (mal conseguindo falar) INUYASHA – Eu vou te levar a um hospital e depois vou chamar a Kagome. SHIPPOU – Não chame ela e... INUYASHA – Isso não está em discussão. InuYasha pega Shippou no colo e corre para o hospital mais próximo e enquanto isso, Soten, que já estava em casa preparando o almoço, é interrompida nos seus afazeres pela entrada intempestiva de seu pai. SOTEN – Papai?! Pensei que ia vir só daqui a uma hora, eu não acabei de fazer o almoço, mas... (ela leva um tapa na cara) ARGOTEN – Sua estúpida! (ele a olha com ódio) – Maldita hora que eu fui ter uma filha desastrada. SOTEN – Mas pai! (com a mão no lado do rosto atingindo) – O que foi que fiz? ARGOTEN – Quer saber o que fez? (ele a agarra pelo colarinho) – Eu fiquei sabendo que fez amizade com o filho daquele maldito Kouga. SOTEN – Mas é que... (ela é jogada no chão) ARGOTEN – E nem adianta tentar negar, eu já sei de tudo, a partir de amanhã, você não estuda mais nessa escola. SOTEN – Por favor pai, não me tira da escola, por favor, eu posso explicar por que fiz isso. ARGOTEN – Você se esqueceu que foi o Kouga e a Ayame que mataram seus irmãos? Hitten e Mantten estariam vivos hoje se não fossem por causa de Kouga e a esposa dele. SOTEN – Eu sei que o senhor quer se vingar deles, mas é que eu também quero ter minha parcela de vingança, me aproximando de Shippou eu posso atingir Kouga, eles até me contrataram de babá do filho deles e... ARGOTEN – Cala a boca! (dando outro tapa na cara) – Você não sabe o que está fazendo, eu mesmo me vingo dos dois. Soten sofria muito nas mãos do pai, mas esse comportamento de Argoten ficou pior depois das mortes dos seus filhos, talvez esse era o motivo de Soten sentir tanta saudades dos irmãos, não que eles eram bons com ela, mas é que quando eram vivos, os maus tratos do pai não eram freqüentes, mas era verdade também que Soten tem sido enganada pelo pai, pois ele vivia dizendo que Kouga e Ayame mataram os seus irmãos. SOTEN – “Por que minha vida tem que ser assim? Um inferno interminável, ele podia acabar comigo de uma vez.” (pensando) Ainda com o rosto machucado, Soten observava o pai ligando para alguém pelo celular, ele parecia nervoso. ARGOTEN – Alô, KAGURA – Confirmou o que falei? ARGOTEN – Sim, ela estava sendo amiga dele, mas eu já cuidei de tudo, ela não vai mais vê-lo, acredita que ela ia ser babá dos filhos de Kouga e Ayame? KAGURA – Está falando sério?! ARGOTEN – Sim, mas isso acabou, não vai mais vê-lo e... KAGURA – Espere! Talvez isso não seja uma má idéia. ARGOTEN – Mas e o nosso esquema? KAGURA – Não vai mudar em nada, Argoten, deixe sua filha ser babá dos filhos de Kouga e Ayame, se os dois a convidaram é por que não desconfiam de quem seja ela. ARGOTEN – Entendi, a Soten pode ser uma boa espiã. KAGURA – Agora convença a sua filha a cooperar. Kagura desliga e assim ficamos sabendo que Argoten também faz parte do esquema dela e que sem querer Satsuki, ao pedir ajuda da mãe, a alertou sobe a aproximação de Soten e Shippou, mas isso ainda não tinha acabado, pois Argoten se aproximou de Soten. SOTEN – O que foi agora? ARGOTEN – Quer mesmo ajudar a vingar a morte de seus irmãos? SOTEN – Sim. ARGOTEN – Então pode ficar na escola, pode continuar ser amiga desse Shippou e pode trabalhar como babá e assim pode espionar nossos inimigos. (sorrindo) SOTEN – Sim senhor, essa era minha intenção. ARGOTEN – Mas você tinha que falar comigo. (ele se levanta) – Agora se levante e continue a fazer o almoço. SOTEN – Sim senhor. Embora Soten tivesse concordado com o pai, ela já não tinha tanta certeza das culpas de Kouga e Ayame, ainda mais depois de conhecê-los e além disso, ela percebia que sentia algo diferente por Shippou, ela estava aliviada e feliz em continuar na escola, assim poderia ver Shippou novamente. MAIS TARDE Em um hospital, Shippou estava sendo examinado por um médico enquanto era observado de longe por InuYasha e depois que os exames acabaram, o médico se dirigiu para InuYasha. INUYASHA – Como é que ele está, doutor? MÉDICO – Ele está bem, só sofreu algumas escoriações, mas nenhum osso quebrado, apenas alguns hematomas. INUYASHA – Ele já pode ir para casa? MÉDICO – Pode sim. Enquanto InuYasha conversava com o médico, Shippou, cheio de curativos, vestia suas roupas para poder ir para casa e nesse momento, Kagome, desesperada, entra no quarto. KAGOME – Cadê o meu filho? INUYASHA – Ele está aqui e está bem. (ela passa por ele e vai direto ao menino) KAGOME – O que houve com você, Shippou? (segurando o rosto dele) – Está doendo alguma coisa? SHIPPOU – Estou bem, Kagome. MÉDICO – O seu filho está bem, minha senhora, ele já foi examinado e não tem nada. KAGOME – Mas o que houve com ele? INUYASHA – Em casa eu te conto. KAGOME – Eu deixei a reunião correndo depois que me ligou dizendo que o Shippou estava no hospital, o meu coração disparou. INUYASHA – Kagome! Kagome! (chamando a atenção da esposa) – Em casa conversamos, agora vamos! Kagome não parecia conformada com aquela atitude, mas InuYasha não cedeu e assim todos foram embora dali. MAIS TARDE JÁ À NOITE Depois de InuYasha contar o que houve, Kagome ainda cobrava explicações de Shippou sobre o que houve, mas o menino não queria falar, apesar das insistências da mãe adotiva. KAGOME – Vamos Shippou! Eu quero uma explicação, quem fez isso com você? SHIPPOU – Eu não vou falar. KAGOME – Mas por que não? SHIPPOU – Porque não e pronto. KAGOME – Nós já conversamos e você me prometeu que não ia mais mentir para mim. SHIPPOU – Mas eu não estou mentindo, só omitindo. KAGOME – Mas eu quero uma explicação para o que houve, eu abandonei um a reunião importante e... SHIPPOU – Eu não pedi que abandonasse nada, eu nem queria que soubesse do que houve. Shippou se levanta da mesa e vai para seu quarto e ainda inconformada com aquela atitude Kagome se levanta para ir atrás dele, mas InuYasha segura seu braço e balança negativamente a cabeça. INUYASHA – Não Kagome! KAGOME – Mas InuYasha... INUYASHA – Ele não vai falar com você. KAGOME – Mas eu preciso saber quem fez isso com ele. INUYASHA – E depois que saber vai fazer o que? KAGOME – Eu vou fazer com que esse outro garoto nunca mais se aproxime de Shippou. INUYASHA – Você não entende, Kagome! (ele a encara) - O Shippou não quer isso! Ele não quer ser tratado como bebezinho. KAGOME – Então você quer que eu deixe isso para lá? Quer que eu ignore tudo e siga a vida? Mas eu não consigo, eu não consigo fazer nada depois de saber que meu filho levou uma surra de outro garoto, que espécie de mãe eu seria se deixasse isso para lá? INUYASHA – O tipo de mãe que confia no seu filho! (ele respira fundo) – Eu posso não ter tido filhos, mas eu sei que deixar um rapaz como o Shippou enfrentar seu medos, dramas e dúvidas é a melhor maneira de prepará-lo para a vida adulta e esse é nosso dever. KAGOME – Eu sei que tem razão mas... INUYASHA – Eu sei o medo que está sentindo, era o mesmo medo que minha mãe tinha a me ver crescer, vocês mãe sempre tentam controlar a vida de seus filhos sendo um bom motorista, mas de repente eles se guiam sozinhos e por isso ficam desesperadas. KAGOME – Você tem razão. (ela estava mais calma) – Eu é que me preocupo muito. INUYASHA – Isso é normal. (beijando a testa dela e depois a abraçando) – Se quiser eu falo com ele. KAGOME – Se ele falar quem bateu nele, você me conta? INUYASHA – Eu conto se ele deixar. InuYasha beija a esposa e depois sobe para o quarto de Shippou, que estava sentado na cama, olhava para a janela, o garoto percebeu a aproximação de InuYasha. SHIPPOU – Eu não vou contar nada. INUYASHA – Tudo bem. (ele se senta ao seu lado) – Eu não vim cobrar nada. SHIPPOU – Ótimo! (seco) INUYASHA – Eu já tive treze anos e já levei várias surras na vida, não tem que se envergonhar disso, eu só quero fazer duas perguntas. SHIPPOU – Ok! Quais? INUYASHA – O motivo por ter levado a surra valeu a pena? SHIPPOU – Sim, valeu sim! Eu faria tudo de novo. INUYASHA – Esse entrevero com esse outro garoto você quer revolver você mesmo? SHIPPOU – Quero e vou! (ele olha para InuYasha) – Pode ter certeza disso. InuYasha sorriu ao ver a determinação de Shippou, nunca tinha visto isso nos olhos do menino e aquilo comprovava o que ele achava, Shippou estava virando um homem que assumia suas responsabilidades e isso muito mais cedo do que achava. INUYASHA – Estou orgulhoso de você. (se levantando) SHIPPOU – Está? (surpreso) INUYASHA – Estou sim, só não se esqueça que tem gente que se preocupa com você. (ele ia saindo do quarto até o menino se manifestar) SHIPPOU – InuYasha. INUYASHA – Sim? SHIPPOU – Valeu! Shippou sorriu para InuYasha, que retribuiu também com um sorriso e os dois mostraram o dedo polegar em sinal de que estava tudo bem e naquele momento Kagome entrou no quarto com o telefone sem fio. KAGOME – Me desculpe por entrar assim, mas é que é para você Shippou, é a Soten. SHIPPOU – Soten? (ele se levanta da cama para pegar o telefone) INUYASHA – Vamos deixá-lo. KAGOME – Depois você desce com o telefone. (eles iam saindo até que Shippou fala) SHIPPOU – Kagome, espere. (com a mão no telefone) KAGOME – Sim? SHIPPOU – Obrigado por ter se preocupado comigo, eu até poderia falar, mas é complicado e... o que quero dizer é me desculpe pelo que disse. KAGOME – Tudo bem, amor. Kagome acaricia o rosto de Shippou, ela tinha percebido que aquele seria o primeiro de muitos conflitos deles, mas o que eles nunca podiam se esquecer é de que se amavam e que eram uma família e depois de sair junto com InuYasha, Kagome deixou Shippou a sós no quarto e assim ele pode atender Soten. SHIPPOU – Soten, desculpe a demora. SOTEN – Tudo bem. SHIPPOU – Você quer falar algo comigo? SOTEN – Sim, é a respeito do que houve hoje mais cedo. (ela falava do beijo o que deixou Shippou corado) SHIPPOU – O que foi? SOTEN – Eu não sei o que me deu naquele momento, você deve me achar uma louca. SHIPPOU – Eu nunca pensaria isso de você. SOTEN – O que eu quero dizer é que se esqueça do que houve, foi uma bobagem. SHIPPOU – A verdade é que gostei. (a afirmação deixa Soten corada) SOTEN – Sério?! SHIPPOU – Aquilo foi novo para mim, eu nunca pensei que uma garota quisesse me beijar, mas eu gostei muito e você? SOTEN – Eu também gostei. (ela respira fundo e toma coragem) – Nós podemos repetir... se você quiser? (vermelha) SHIPPOU – Seria bom... se você quiser? (vermelho) SOTEN – Então ta! A gente se vê amanhã. SHIPPOU – Até amanhã. SOTEN – Tchau! SHIPPOU – Tchau! Shippou desliga o telefone sem fio e depois deita na cama para se lembrar do beijo que tinha recebido, aquela sensação até fazia ele esquecer as dores dos hematomas, vários sentimentos tomaram conta do menino, pois Soten era a primeira garota que ele sentia ternura depois de Satsuki e aquilo assustava Shippou e muito. Próximo capítulo = Crimes do passado – parte 1

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