Mary Monstom- 05 de Maio de 2007

– Vamos Mary temos mais um caso!

Abri meus olhos dando de cara com Larissa jogando chantilly na minha cara.

– Gra.... Larissa Holmes você é uma pessoa morta!- gritei tirando um pouco do chantilly do rosto. Apenas pude ouvir suas risadas vindas do chão, ela estava se rolando de rir.

– Eu ainda vou me vingar Holmes!- falei agora rindo da situação.

(...)

Laughing so damn hard Crashed your dad's new car

All the scars we share I Promise,

I swear Wherever you go, just always remember

That you got a home for now and forever

And if you get low, just call me whenever

This is my oath to you

Wherever you go, just always remember

You never alone, we're birds of a feather

And we'll never change, no matter the weather

This is my oath to you

Abaxei o volume do carro para poder ouvir minha amiga louca melhor…

– Que?

– Jo!- ela respondeu de zoação.

– Falando serio agora Lari, o que é o caso?

– Acho que sobre algum fantasma da água. Segundo esse site existe uma lenda de em determinado dia do ano varias pessoas que entram nessa piscina do clube ficam desaparecidas para sempre.

– Qual o nome do clube?

– The park of dreams

– Lugar??

– Louisiana, Texas.

– Data que marca o desaparecimento das pessoas?

– 7 de Maio.

– Estamos indo para o lugar certo então.

– Com certeza, eu disse que era um caso!

Sorri para Lari e voltei a me concentrar na estrada, eu virara caçadora a 2 anos atrás, tinha acabado de fazer 15 anos e supostamente meu protetor tinha sido possuído por um demônio... Bobby, sem falar que meu melhor amigo Sam apareceu e desapareceu misteriosamente no mesmo dia, tudo uma loucura. Tudo o que eu sei foi através do diário de meu pai que também era caçador, lá falava sobre os demônios e como se relevam, logo encaxei as peças. Conheci Larissa Holmes Abuquerke á um ano atrás, eu salvei- a de um caso de metamorfo, que infelizmente seus pais faleceram. Ela não quis voltar a ter uma vida normal e disse que queria me ajudar a salvar outras pessoas, não pude impedir, no final acabamos nos tornando melhores amigas. Temos a mesma idade, 17 anos, Ela: morena de olhos castanhos, cabelo liso e pele muito branca, Eu: ruiva com olhos mel. Sim... somos menores de idade e desde meus 15 anos eu aprendi a dirigir, enganando a sociedade com identidades e documentos falsos. Meu carro... Mustang Cobra 65 preto, ex-carro do Bobby. Agora eu estava dirigindo para Louisiana, Texas. Um novo caso nos aguardava...

Sam Winchester 06 de Maio de 2007

Observei Mary e Larissa discutindo sobre o caso, às vezes ate ria porque me lembrava das minhas primeiras caçadas com o Dean, e quando pregávamos peças um no outro. Por mais estranho que pareça eu estava preso no sonho de Mary, mas pra ela invisível, ela não me via, então deduzi que o Djinn era mais forte do que imaginávamos e estava bloqueando minha comunicação com ela. Amanha seria o grande dia em que o fantasma se manifestava... elas teriam apenas uma chance.

(...) 07 de Maio

Estou no Mustang a caminho do parque aquático, pela pesquisa delas o nome do fantasma era Tobias Adler, um menino que foi afogado aos seus 13 anos de idade por um assassino desconhecido, nunca encontrado em 1730. A partir de 1790 os desaparecimentos começaram acontecer... e é assim desde então. O corpo nunca foi encontrado, isso é um problema. Talvez os ossos estejam em algum lugar, mas não será nada fácil elas o encontrarem. Entramos pelo portal, o lugar está meio vazio, afinal é uma lenda local, muitas pessoas sentiriam medo nesse dia do ano vir aqui... apenas viriam os idiotas que acham que tudo não passa de uma besteira... sempre é assim não?

Paro ao lado de Larissa, pelo seu jeito de ser ela parece ser bem destemida e corajosa. Mary já apresenta uma aparência assustadora, sua expressão psíquica e tenebrosa, tudo o que ela viveu não deve ter sido fácil, ainda deve sofrer de alguns pesadelos, fico me perguntando... o que realmente aconteceu para ela se transformar em uma advogada calma e amorosa, como ela superou, porque se estou dentro do medo dela... o que é afinal?

Mary Monstom

Tiro a roupa apenas ficando de biquine, o parque era meio... digamos um pouco assustador e o dia não estava ajudando já que estava nublado. Vi alguns jovens na piscina rindo e despreocupados, aposto que não temem a lenda, se eu e Lari falharmos, essas pessoas vão morrer. Olho para ela, sua aparência é tensa.

– Hey, eu não vou morrer hoje tá, vou trazer o que achar desse Tobias e fritaremos ele de uma vez. - falo pra tentar acalmar minha amiga.

– Apenas cuidado May...

Eu mergulho, sinto o frio da água percorrer meu corpo enquanto nado para o fundo, o frio é denso me fazendo ficar arrepiada, cada vez que desço sinto a pressão da água em meus ouvidos, como se de alguma forma meu cérebro explodisse. Chego ao fundo, uso um óculos de natação para enxergar o que esta á minha volta, nado mais um pouco e percebo que necessito de ar. Nado para cima o mais rápido possível chego à superfície arfando, quando tempo eu estive lá embaixo? Olho ao redor em busca de Lari... nada olho para a extensão da piscina não há ninguém... apenas eu... um medo começa a preencher meu corpo, tento gritar mais minha voz não sai apenas sinto algo me puxando para baixo, estou sem nenhum apoio e logo me vejo descendo mais fundo... mais fundo... o que me puxa para. Não sinto meu corpo, não consigo me mexer. Meus pulmões imploram por ar acabo respirando a água e isso me afeta ainda mais, fecho os olhos apenas consigo ouvir as fortes batidas do meu coração... eu vou morrer. Abro-os novamente e agora não estou sozinha, vários corpos estão encostados em mim esmagando-me “os desaparecidos” penso com dificuldade, eu partirei assim, vencida por algo que matou todos que eu amo agora finalmente me alcançou, em meio ao monte de corpos que um dia estavam vivos... sinto a escuridão chegar e...

(...)

–Mary?- ouço a voz ao longe.

– Por favor, Mary- agora a voz se aproxima. Abro os olhos vejo tudo embaçado, não consigo ver quem é o borão preto, pisco algumas vezes e minha visão começa a ter foco.

– Mary?- agora a voz esta nítida, assim como a visão, Larissa segura minha cabeça e olha diretamente pra mim, seu olha mostra alivio.

– Graças a Deus... você esta viva!- ela disse “viva” gritando e logo me abraçou. Sentei sentido o chão áspero nas minhas pernas, olho para o céu que ainda esta nublado, observo a piscina vazia.

– O... o que ouve?- ela me olha e não consigo decifrar o que eles me dizem

– Eu morri Larissa... como eu posso estar VIVA!? - minha voz sai esganiçada, estou mais desesperada do que imaginava.

– May...- começou minha amiga- você nunca morreu.

– Como assim?- pergunto- Eu me lembro da sensação de afogamento, da dor, de minha alma sair do meu corpo... como assim?

– Depois de você mergulhar passou- se alguns minutos ate voltar na superfície, você voltou para borda da piscina falando que ainda não tinha encontrado os ossos, então algumas pessoas começaram a submergir e logo você agarrou meu pulso gritando que algo te puxava pra baixo. Eu te segurei, mas a coisa era bem forte... quase te perdi, durante esse tempo você ficou inconsciente, talvez o fantasma tenha controlado sua mente, e ai você achou que estava morrendo. Minha teoria é essa.

– Você... o matou?

– Sim... eu consegui.

Sam Winchester 08 de Maio de 2007

Eu observei... eu vi a horrível briga, Mary não sabia porque Larissa queria partir, mas eu sabia, eu vi o que realmente aconteceu.

– Você não pode ir assim- grita Mary- não depois de tudo o que passamos.

– Me desculpa Mary, tenho os meus motivos. - respondeu saindo pela porta, deixando uma amiga arrasada para trás. Essa situação eu e Dean já vivemos varias vezes, quando decidíamos nos separar, mas pelo menos de uma forma ou de outra nos juntamos novamente. Eu sabia que pra elas não seria isso, não depois do que Larissa fez, seu tempo estava contado, assim como Dean na época em que ele tinha apenas 1 ano de vida e depois sua alma ser levada para o inferno.

(...)

Estava sentado atrás no Mustang enquanto Mary dirigia com uma garrafa de vinho na mão, os últimos dias não estavam sendo fáceis, ela estava em uma busca alucinada por sua amiga, o tempo estava quase se esgotando...

(...)

E se esgotou... Larissa Holmes foi encontrada morta em um hotel barato em Oklahoma, ela estava cheia de marcas de garras, quase mutilada, para as autoridades ela foi ataca por um urso, mas eu e Mary sabíamos da verdade... cães do inferno...

Isso explica porque Mary foi para a faculdade e abandonou essa antiga vida... isso explica muita coisa...