O passado bate na porta... escrita por Lia Winchester Somerhalder


Capítulo 2
Se conhecendo


Notas iniciais do capítulo

Bem agradeço aos comentários então aqui vai mais um capitulo para vocês!!!



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Mary Monstom, 03 de Outubro de 2013- Oklahoma, Colorado.

“Once I rose above the noise and confusion

Just to get a glimpse beyond this illusion

I was soaring ever higher

But I flew too high

Though my eyes could see I still was a blind man

Though my mind could think I still was a mad man

I hear the voices when I'm dreaming

I can hear them say

Carry on my wayward son”

Eu cantarolava em minha mente quando entrei no hotel, pedi para alguns seguranças me ajudarem a trazer Castiel ao meu cômodo (já que ele ainda continuava desmaiado). Enquanto eu esperava ele acordar sentei e comecei a ler um bom e velho livro. Passada algumas horas despertou.

– Bom dia Belo Adormecido!- eu disse sem tirar meus olhos do livro.

– Hã... onde estou... e quem é você? - olhei para ele, eu acho que não se lembrava de quanto falei meu nome.

– Estamos nun hotel em Oklahoma, Colorado. Prazer meu nome é Mary Monstom, e eu tirei você do fundo do poço. - eu precisava checar se ele lembrava o que estava fazendo deitado no meio do milharal.

– Bem eu não me lembro de nada, só pequenos nomes, por exemplo, Castiel, Winchester e Florence, Kansas – “maravilha além de estranho, sem memória” pensei frustrada, assim tentei deduzir.

– Muito bem... Quando eu te encontrei falei meu nome e você respondeu Castiel, provavelmente esse é o seu nome. Winchester pode ser o seu sobrenome e Florence, Kansas o lugar onde você mora. - falei dando uma de Sherlock Holmes.

– Castiel pode ate ser, mas... Os outros parecem que não se encaixam comigo. Não me lembro de nada da minha vida, se tenho família ou amigos, ou ate casa! – ele falou com uma pontada de magoa na voz. Senti pena, não saber quem você é e se tem família.

– Ei não fique assim você pode passar alguns dias comigo se quiser. – eu disse segurando a sua mão, eu sabia o que era ser abandonada.

– Não... Posso ser um peso na sua vida não quero atrapalhar... - “O que? Há você não vai sair assim não” pensei com uma pontada de raiva.

– De jeito nenhum! Você vai ficar aqui ate se recuperar, eu te tirei do meio do nada, eu ajudei, você virou minha responsabilidade, assim que te coloquei no meu carro! – quase gritei quando falei, eu estava sozinha há muito tempo, conseguia sentir meu coração gritar “Não deixe que ele se vá, como tudo se foi!”. Ajeitei-me com mais calma e disse:

– Por favor, fique só essa noite, bem... ate pelo menos você se recuperar.

Quando Castiel iria responder seus olhos se arregalaram, com a mão nos ouvidos começou a se recontorcer na cama, gritando de dor e falando.

– Faça isso parar... fa..ça...isso...

Silencio, ele ficou um tempo parado tentando se acalmar, segurei seus ombros para que ficasse sentado na minha frente.

– Por Hades!!! O que foi?

– Eu ouvi vozes... muitas vozes... estavam com dor... raiva, elas querem me matar!

– Ei, ei- eu disse com a voz mais calma possível- ninguém vai te matar, eu não vou deixar, tá? Você e minha responsabilidade agora, vou proteger você - falei abraçando-o. Não tinha pra onde ir, estava com medo, estava sozinho, conheço essa sensação, é uma antiga sensação, não podia o deixar viver com a dor que eu vivi.

– Durma Castiel, amanhã tudo será melhor.

Ele acentiu e deitou-se, logo estava dormindo... como um pequeno anjo. Infelizmente o único quarto disponível era o que possuía uma cama de casal ‘Bem... vamos arriscar” deitei com a mesma roupa que usei o dia inteiro, senti meu corpo cedendo ao cansaço, olhei para Castiel, parecia que estava no décimo quinto sono. Era estanho dormir com alguém do seu lado, depois de tanto tempo solitária. Adormeci... feliz.

Abri meus olhos, senti a claridade entrando pela janela, senti o pequeno calor daquela manha. Virei e me espreguicei, apalpei a cama em busca de Castiel deitado ao meu lado, nada, estava vazio. Levantei com um salto “Onde aquele idiota estava!?” olhei o quarto ao redor, nada, ninguém. “Maldição de Hera!” eu já tinha levantado e pegado meu casaco, iria descer e ver com o cara da recepção se um homem meio alto de cabelos pretos e usando um sobretudo tinha saído. Com a mão na maçaneta prestes a deixar o quarto ouvi um barulho vindo do banheiro e logo a porta se abriu, ali mostrando o idiota que eu procurava.

– Bom dia Mary.

– Huf.... Bom dia. – respondi com mal humor.

– Que raiva toda é essa?

– Nada só achei, que você tinha se mandado, sei lá eu deus pra onde!- falei sentando na cama.

– Não... eu tinha ate pensado mas..., acho que vou aceitar a sua ajuda, você tem toda razão. Não posso andar por ai sem saber de nada.

Encarei seus olhos azuis, sabia que falava a verdade, me levantei de supetão e com um gritinho animado falei.

– Vamos cair na estrada!- Castiel soltou uma pequena risada e respondeu:

– Pra onde senhorita?

– Florence, Kansas.


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Notas finais do capítulo

Bem é isso.. talvez eu demore para posta o próximo então... até mais!