A caminhada da Morte escrita por João Vitor


Capítulo 5
Chamada não atendida.




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Tiveram sorte que o shopping não era longe dali, não encontraram muitos zumbis, só haviam algumas pessoas mortas no chão, já com tiros na cabeça, ou próximos de se transformarem. O chão cinzento estava com sangue para todos os cantos.

A porta do shopping estava meio aberta, e com certeza, lá seria um lugar suicida. De lá de fora dava para ver e ouvir zumbis se arrastando.

Eles caminharam para atrás do shopping, carros estavam virados de cabeça para baixo, ou simplesmente largado, sem pneus, amassados, sem janelas, etc. Virando a uma esquina, encontrava-se várias casas uma do lado das outras.

Carol os conduziu. Até que pararam de frente para uma casa azul bem claro, com as janelas totalmente fechadas com tábuas prendendo-as e na porta também. Subiram a cerca pequena envolta da casa, chegando no quintal.

– É aqui. –Disse Carol, tocando a campanhinha.

– Até parece que alguém vai atender. –Falou Isabella.

Uma garotinha apareceu na janela do andar de cima, a única janela que não estava tampada por tábuas. Apenas seus olhos assustados, e seus cabelos cacheados castanhos amarrados em Maria Chiquinha para cima, que davam para se ver. Carol a viu, e gritou para a mesma.

– Gabriela! É a Carol!

A garotinha ficou na ponta dos pés, dando para ver um pouco mais de seu rosto, era claramente, Gabriela, irmã de Mylena.

– Graças a deus! –Exclamou Isabella. – Gabriela!! –Isabella também a gritou.

A garota abriu a janela, e sentou-se nela, para poder vê-los melhor. –C-Carol? Isa? Porque tem sangue nas...roupas de vocês? –A garota perguntara assustada, olhando para a roupa de cada um.

Bruna e Tatiana se olharam.

– Ela não sabe? –Perguntou Bruna.

– Provavelmente não...-Respondeu Douglas. –Ei..garotinha...tem uns bichos por aí pela estrada, devemos tomar cuidado com eles,eles podem morder, e não vai ser muito legal. –Falou ele, gritando para Gabriela.

– Eu vi um homem velho, muito feio passar por aqui se arrastando...eu não sei o que houve. Meus pais saíram daqui correndo, falaram que iam buscar Mylena no colégio que tinha acontecido uma coisa...mas eu não sei que coisa, eles me deixaram aqui e prometeram voltar, e disse para não abrir a porta para ninguém! –Gabriela pensou um pouco. –Espera, vocês são da mesma classe..Ela...não devia estar com vocês?

– Acontece que esses “bichos” te matam. –Antes que qualquer um pudesse dizer algo, Rafael falou. - E se um morder você, vai arrancar toda sua pele, até enjoarem da sua carne e você irá morrer...depois retornará a vida agora como um deles, e irá fazer a mesma coisa como eles.

Gabriela se encolheu, com uma cara assustada no rosto. –O-oquê...?

– Rafael! –Falou Bruna,e todos o fuzilaram com os olhos.

– Que foi? Ela precisava saber, num é? Mais cedo ou mais tarde iria descobrir de uma maneira pior. –Disse Rafael. –Tá bom, garota. Vem com a gente ou não?

– Preciso esperar meus pais e a Mylena...-Falou Gabriela, ainda com a expressão apavorada no rosto.

– Mylena está...-Antes que Rafael pudesse dizer, Tatiana tampou sua boca.

– Esta hora já deve ter encontrado seus pais e podem estar vindo. –Mentiu João.

– Sim, e...vem com a gente, nós os encontraremos juntos. –Falou Carol.

– Abra a porta, para tirarmos você daí. –Disse Bruna.

– Eu posso até destranca-la...mas...tá presa com tábuas do lado de fora...-Disse Gabriela, baixinho.

– Pode nos jogar um martelo? –Perguntou João.

– Sim...eu já volto. –Ela desceu da janela, para dentro de seu quarto.

– Devemos mesmo gastar nosso tempo, aumentar nosso grupo com essa garota? –Resmungou Rafael.

– Enquanto mais pessoas mais fácil de se defender. –Falou João.

– Ela...é uma criança. –Suspirou Rafael, impaciente.

– Ela pode aprender a se defender.

– Essa criança só vai servir de escudo. Uma isca. Vai morrer fácil.

– Ele é sempre otário assim? –Perguntou Lucas para Carol.

Antes que Carol pudesse dizer qualquer coisa, Rafael se aproximou de Lucas.

– Me chamou do quê?

– Otário. Com todo respeito...senhor. –Debochou, Lucas.

Carol deu uma risada, até que Rafael o puxou pela blusa com uma mão, e com sua outra se preparava para socar seu rosto.

Lucas o olhou fixamente nos olhos, dando um sorriso, logo o puxou pelo braço torcendo-o, dando um chute forte em suas costas, jogando Rafael no chão, colocando seu pé direito no peito do mesmo,forçando um pouco. Logo retirando um canivete de seu bolso, apontando para ele.

– Eaí?

–E-Ei, calma cara! –Assustou-se Rafael. –Aonde encontrou isso? –Rafael olhava para o canivete.

– Devemos estar sempre “armados”. –Respondeu Lucas.

Carol olhou a cena, impressionada, logo dando um sorriso para Lucas, que riu logo em seguida também.

– Pode me soltar agora? –Rafael tentava se levantar.

Lucas tirou o pé de cima de Rafael, e guardou o canivete no bolso, balançando a cabeça positivamente para ele.

– Você luta Karate alguma coisa? –Perguntou Douglas.

– Meu pai era professor. Me ensinou algumas coisas desde que aconteceu isso tudo. –Falou Lucas.

– Eu to precisando de umas aulas assim. –Riu Mariana, com Anna apoiada em seu ombro, que sorria também.

– Eu acho que tá todo mundo precisando de um treinamento. –Disse Tatiana.

– É, mas nem temos armas. Vai ser tipo na porrada mesmo? –Falou Bruna, brincando.

– Não seria uma má ideia um treino, só precisamos de um lugar seguro e como a Bruna disse...armas. –Falou Isabella.

– Também acho. Não acho que seja fácil matar um zumbi com socos e ataques de karate. Acho mesmo... impossível. –Observou Renan.

– Veremos isso depois, mas...cadê a Gabriela? –Perguntou Carol.

Logo um martelo caiu no quintal ,e pode ver novamente os olhos assustados de Gabriela na janela.

– Valeu! -Agradeceu Carol, pegando o martelo do chão e indo até a porta da entrada da casa de Mylena.

Virou o martelo, com sua ponta de trás ,agarrando o prego. Carol segurou o cabo do martelo bem forte, e puxou para si até o prego se soltar. Fez o mesmo com os outros, logo as tábuas se soltaram, e agora eles já podiam abrir a porta.

Carol segurou na maçaneta e a girou. Trancada.

– Ei, Gabriela, pode descer aqui e abrir para a gente? É...você tem a chave? –Gritou Carol, olhando para a janela de cima, aonde Gabriela estava.

– Tenho, já vou! –Gabriela respondeu, e desceu correndo.

Todos se aproximaram da porta, logo puderam ouvir seu barulho destrancando, e a porta já estava aberta.

– Você tem comida aí? –Perguntou Rafael.

– Claro que tem...você é algum tipo de mendigo? –Perguntou a garotinha, olhando para cima, por ser muito pequena, observando os adolescentes.

Rafael revirou os olhos, logo empurrou a garotinha, entrando em sua casa. –Nós precisamos.

– Mas....ei! –Gabriela olhou para ele, com a cara emburrada, olhando para Carol agora. –O que ele pensa que tá fazendo?!

– Ele é um idiota mesmo. Mas ... é verdade, estamos famintos. As coisas estão complicadas por aqui. Poderia nos oferecer um pouco de comida? Nem que seja um biscoitinho. –Perguntou Carol, amigavelmente.

– Hm...tá bom. Se iremos ficar por algum tempo na rua, precisamos levar mais um pouco, num é? –Perguntou a garotinha.

– Sim. Seria ótimo levarmos comida, podemos morrer de fome. –Disse Carol.

– Mas tem as lanchonetes na rua. É tudo dois reais, não é tão caro...eu acho...-Gabriela olhou para a rua deserta.

– Não existe mais lanchonetes. – Tatiana entrou na conversa. –Podemos entrar?

– Ah...claro. –Se encolheu um pouco Gabriela, saindo do caminho.

Os outros que estavam no quintal,entraram dentro da casa.

Bruna olhava por dentro de casa, era aconchegante, os mantinham um pouco aquecidos, e a fazia se sentir um pouco mais segura. O local tinha cheiro de café e de rosas. Ela passou a mão no sofá, sentindo sua maciez, logo se virando para o grupo.

– Pessoal...porque não ficamos aqui? Não vejo nenhum risco. –Falou Bruna.

– Precisamos encontrar meus pais e o carro. Estaremos mais seguros com um, não precisaríamos mais cansar nossos pés, e teríamos um adulto por perto, que nos daria mais forças. –Respondeu Lucas.

– E quando o combustível acabar? –Perguntou Tatiana.

– Pegamos combustível.

– Aonde?

– Eu não sei.

Eu preciso encontrar minha mãe, e meu pai e Mylena também. –Disse Gabriela, ao lado de Carol.

Carol a olhou com um olhar meio triste, olhando o grupo novamente.

– Eu preciso encontrar meus pais. Meu pai é policial, poderíamos ficar no quartel, tem armas, segurança... –Falou João.

– Eu acho que todos aqui querem encontrar os pais, a família. Por um momento tinha me esquecido deles. –Bruna olhou para baixo. –Vamos pegar a comida e ir embora logo.

– Aqui é um bom lugar pra ficar, eu acho. –Disse Renan.

– Não se importa com seus pais? –Perguntou Carol.

– Se eles se importassem comigo.

– É, estamos juntos, parceiro. –Falou Rafael, revirando as gavetas, e tirando biscoitos trakinas, bolinhos recheados e alguns doces, colocando tudo em cima da mesa. –Mas...ainda acho que isso não irá durar muito tempo. –Ele olhou para a janela e gemidos puderam se ouvir.

Zumbis se aproximavam.

– Ué, só matarmos eles. –Renan bateu seus dois punhos um no outro.

Carol riu.

– O que foi? –Renan a fitou, um pouco vermelho.

– É ridículo você tentando ser foda. –Disse Carol, prendendo o riso.

João riu e Isabella também.

Isabella parou de rir, apontando pra janela.

– É...gente...acho que não é hora de rir não. –Ela arregalou os olhos.

Os zumbis se aproximavam da casa, já invadindo o quintal. Eram quatro.

Ouviram latidos de cachorro cada vez mais altos, o que só atraia mais zumbis.

– Da onde vem...? –João olhou ao redor, tentando saber da onde os latidos vinham.

– Ei, garotinha você não tem...ar...-Antes que Douglas continuasse a frase, percebeu que a Gabriela não estava mais presente na sala.

Rafael tirou sua mochila das costas, colocando todos os biscoitos, latinhas de refrigerantes, garrafinhas de água, garrafões também, pacotinhos para fazer tang (suco) , frutas , pães e manteiga. Colocou a mochila novamente nas costas, e correu para fora da casa, levando consigo uma faca de cozinha que tinha pegado da mesa.

Tatiana e Bruna pegaram o resto de biscoitos que tinham dentro do armário (apenas dois) , colocando dentro de suas mochilas, não era muita coisa. Rafael havia pegado praticamente tudo, esperava que ele dividisse com o grupo. Sem mais delongas correram rapidamente para a fora da casa.

Lucas foi correr para fora também, mas Carol o puxou.

– Aonde vai??

– Tenho um canivete, vou tirar eles...daqui. –Se enrolou um pouco Lucas ao falar.

– É suicídio! É só um canivete, e tem mais chegando! -Disse Carol.

– Não é, acredita em mim, esse canivete é da sorte, era do meu avô, depois quando meu pai foi embora daquele apartamento, quando tudo começou, ele me deu. Não tenho mais tempo para conversa, vamos! –Correu Lucas para a porta da saída da casa.

Isabella e Renan pegaram algumas outras facas e saíram de lá.

– Pessoal! E a garotinha? –Perguntou Douglas.

Carol parou antes de sair e João também, se encarando.

Gabriela correu até seu quarto, pegando sua mochila rosa. Saiu pela porta de trás da casa, chegando no quintal, vendo seu cachorrinho Yorkshire dentro de sua casinha com a portinha trancada.

Ele latia muito mais alto, encarando a cerca no fim do quintal. Gabriela olhou para a cerca de trás, ouvindo batidas nela, e ouvindo gemidos. Não podia identificar o que era, por a cerca ser toda marrom sem nenhum espaço.

Mas do mesmo jeito se assustou e se encolheu, pensara que era os homens feios que havia visto na rua terrivelmente assustadores.

Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, um pedaço da cerca foi quebrada, com uma mão machucada e cinzenta invadindo-a.

Gabriela se encolheu, assustando-se. O cachorro latia cada vez mais.

– Tommy, fique quieto! –Falou Gabriela para o cão, que mesmo assim não parou.

Gabriela voltou a olhar para a cerca, agora barulhos davam para se ouvir de todo o canto dela.

Mais mãos quebravam a cerca, agora Gabriela enxergava seus rostos, todos ensanguentados e machucados, com os olhos completamente brancos. Faltava muito pouco para um deles invadir.

Antes de Gabriela fazer qualquer coisa, lembrou-se de algo importante.

Douglas correu para um quarto com uma cama de casal, provavelmente dos pais de Gabriela. Viu um guarda-roupa preto médio, com uma folha branca presa numa fita adesiva na frente.

– “Abra apenas quando estiver em perigo, voltamos logo e não precisará mais usa-las.” –Leu Douglas.

Carol entrou no quarto com Lucas, observando o guarda-roupa.

– Não foi aberto ainda, tá amarrado com barbante. –Falou Douglas, olhando para os dois.

Lucas se aproximou, tirando o canivete do bolso, e cortando o barbante.

– Viu como é útil. –Disse o garoto, sorrindo para Carol.

– É, pode ser. –Carol fez uma careta.

Douglas abriu o guarda roupa.

Os três ficaram de frente para ele, admirados, com os olhos arregalados, logo abrindo um largo sorriso de esperança no rosto.

Dentro do guarda-roupa havia duas pistolas, dois machados, um tesourão para cortar mato (mas poderia ser útil) , martelos e um facão.

Lucas pegou uma pistola, e verificou se estava com balas.

– Wow. –Logo viu a outra. –Bem carregadas.

– Você...sabe usar isso aí? –Perguntou Carol.

– Meu pai me ensinou.

– Seu pai era...

– Não era bandido, nem policial, se está pensando isso. Mas, teve um treinamento de armas naquele apartamento em que estávamos, e ele me ensinou lá. Não é tão difícil.

Douglas pegou o facão. Carol pegou um martelo. Lucas pegou as duas pistolas, colocando as duas em seus dois bolsos, pegando mais algumas balas que estavam dentro do guarda-roupa, as guardando também no bolso.

Carol pegou o tesourão, e mais dois martelos, segurando tudo com um pouco de dificuldade pelo peso de cada um.

– Eles vão precisar.

Carol, Lucas e Douglas saíram do quarto, logo ouviram um grito familiar.

– Gabriela! –Falou Douglas e Carol ao mesmo tempo.

A cerca já fora destruída o suficiente para três zumbis entrarem. Gabriela começara a chorar, e gritar, pedindo por ajuda, abriu a casinha do seu cachorro, o retirando e colocando rapidamente na mochila, deixando o zíper um pouco aberto para ele poder respirar.

Pegou um pouco de ração e jogou dentro da mochila para ver se ele calasse a boca.

O cachorro parou de latir um pouco. Gabriela colocou a mochila nas costas, e antes que ela pudesse correr, sentiu a mochila ser agarrada. Olhou para trás, vendo os zumbis puxarem sua mochila, junto com ela.

Gabriela gritou, sua mochila caiu no chão. Antes que pudesse correr, percebeu que os zumbis não estavam mais interessados nela. Agora colocavam a mão por dentro da mochila. O Cachorro voltara a latir.

– Tommy não!! –Olhou para os lados, pegando pedras nos zumbis. Não adiantou em nada, só serviu para eles seguirem a garota.

Os zumbis largaram a mochila, e andaram atrás de Gabriela.

Gabriela correu de costas, vendo os zumbis, logo tropeçando e caindo no chão.

Tommy saiu da mochila, latindo, correndo atrás do zumbis. Alguns voltaram, seguindo o cachorro.

Gabriela olhava aterrorizada para ele, com medo do que poderia acontecer com seu cãozinho.

Os zumbis se aproximaram dela, ela se arrastou para trás o mais rápido possível, um zumbi se jogou em cima dela, agarrando seus pulsos.

Gabriela gritou.

– SOCORRO!!!! -Ouviu-se um tiro, o zumbi parou de se mexer, e seu sangue espirrou no rosto da garotinha.

Mais tiros.

Gabriela via zumbis caindo no chão um por um, Carol ,Lucas e Douglas apareceram.

Carol acertava alguns dando marteladas, Lucas baleava outros e Douglas cortava suas cabeças.

Gabriela olhava a cena, com os olhos arregalados e tremendo. Não adiantaria. Mais zumbis entravam no quintal.

– Não gaste todos os tiros! –Avisou Carol, enquanto batia com o martelo bem na cabeça de alguns.

Douglas correu até a Gabriela, e a tirou do chão.

– Vamos, é inútil! –Gritou pros outros, que logo entenderam o recado, e correram deixando os zumbis para trás.

Carol pegou a mochila rosa, pegando o cachorrinho também, o colocando dentro dela, logo correu junto com todos. –Vamos!

Quatro zumbis estavam jogados no chão lá na frente, mas podia se ver mais vindo em um grupo.

Rafael já estava fora da casa, na rua esfaqueando zumbis que estavam em sua frente. Tatiana e Bruna corriam atrás dele, encravando as suas facas de cozinha que tinham pego na cabeça dos zumbis.

Renan e Isabella corriam para o lado oposto deles, com Anna Paula e Mariana no meio. Isabella chutava alguns, esmagando a cabeça dos zumbis com tijolos que estavam no chão. Renan lutava com os zumbis, distribuindo facadas por todo o corpo deles, protegendo Anna e Mariana que não podiam correr, por Anna está sem seu pé direito, se apoiando no ombro de Mariana, que não podia correr rápido por ajudar a amiga.

João estava sozinho, esfaqueando zumbis que se aproximavam do quintal, olhando para trás vendo se Carol e os outros chegavam logo.

– Aí está vocês, vamos logo!

Carol, Lucas, Douglas e Gabriela corriam em sua direção. Carol o puxou pelo braço, e todos eles saíram da casa, ficando no meio da rua, observando os zumbis se aproximarem, e seus amigos seguirem para lados diferentes.

– Para onde ir? –Perguntou João.

– Somos mais amigos do Renan,Isa,Anna e Mariana do que Rafael...-Respondeu Carol.

– Mas o Rafael pegou quase tudo de alimento, e a gente não pegou nada. –Reclamou Douglas.

– Se separamos. –Sugeriu João.

– Certo. Eu e Lucas e Gabriela vamos atrás da Isabella. –Falou Carol.

– Sério que vou ter que ir com eles? –Reclamou Douglas.

– Sim. Mas, temos que marcar um lugar assim...pra se encontrar. –Falou Carol.

– Na casa da minha avó? Tá bem perto, é só virar aquela esquina, a ultima casa, uma vermelha, é ela. –Explicou Lucas.

– Certo. –Concordou João. –Vamos.

– Espera. –Carol entregou um martelo para João.

João o pegou, e ele e Douglas correram atrás de Rafael e as duas garotas, dando marteladas nos zumbis que passavam ao seu redor, logo virando a outra esquina, não dando para avista-los mais.

Enquanto Carol, Lucas e Gabriela corriam, um zumbi agarrou o cabelo de Gabriela.

– Ah!!! –Gabriela gritou, e o zumbi já estava pronto para morder sua nuca.

Lucas foi por trás do zumbi e encravou com a parte de trás do martelo em sua cabeça. Depois disso, colocou a garotinha no colo, e correu com Carol atrás de Renan e as outras.

Gabriela tremia tanto encostada em Lucas, que ele se perguntava quem estava tremendo mais.

Na outra rua, Douglas e João corriam lado a lado, já vendo Rafael , Bruna e Tatiana no final da rua. A parte boa é que eles já tinham matado os zumbis daquela rua, e ficava mais fácil assim,mas outros atrás de João e Douglas se aproximavam.

O celular de João vibrava em seu bolso, João o pegou e quando foi ver o que era, um zumbi saiu de uma das casas daquela rua, e avançou em cima do mesmo. João deixou o celular cair no chão, que continuava a vibrar.

Pensou em matar aquele zumbi, mas uma quantidade enorme vinha atrás, junto com mais três que saia das casas. Quando foi pegar o celular do chão, Douglas o puxou para frente, correndo junto com o mesmo.

Os zumbis passavam por cima do celular que continuava a vibrar, no nome dizia “Pai”.

Logo o telefone parou de vibrar. Chamada não atendida.


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