In the flesh escrita por Mean, SheWolf, Paperback Writer


Capítulo 18
That picture.


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem? Lembram de mim? Pois bem, cá estamos de volta! E ai vem mais um capítulo. Voltaremos ao ritmo normal de postagem agora. Obrigada a todos que tiveram paciência por esperar e me desejaram melhoras. Bom, não estava doente, mas agradeço do fundo do meu core. Hahah, sério. Vocês são as melhores!
-PW



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Eleanor’s POV

Para a minha alegria, não tinha nenhum fio ligado em mim.

Mas boa parte dos pacientes tinham.

Os médicos estavam terminando de costurar a perna de James, e ele iria para nosso apartamento.

Naquela noite, quando eu, Nick e Keith saímos daquele lugar, não tínhamos certeza para onde ir. Tínhamos muitos lugares, mas poucos seguros, que não incluía nosso apartamento. Exatamente para onde fomos.

Quando Lola nos contou o que aconteceu, não pude deixar de notar que Nick ficou preocupada com James. E cá estamos nós, esperando-o. Embora eu tenho ficado com um pé atrás em relação à ele depois daquilo, Nick gostava dele. Então eu também gostava.

Não do mesmo jeito, claro.

Assim que James foi liberado – ainda andando com dificuldade – Nick o abraçou e fomos para nosso apartamento no carro da loira depois de assinarmos toneladas de papeis.

–Você pode dirigir? – Nick perguntou. – Eu... Vou atrás.

–Ok... – Respondi. Era sério isso? Nick disse que eu podia dirigir seu carro? Mwhaha

Demoramos um pouco para chegar. Trânsito de metrópole...

Senti um cheiro estranhamente bom vindo do nosso apartamento e olhei para Nick, que deu de ombros, com um sorriso.

Se Keith e Lola estiverem assando um bolo juntos, eu juro que o mundo está para acabar.

Felizmente, pude perceber que era apenas uma vela aromática de baunilha. É, o mundo está a salvo.

–LOLA! KEITH! CHEGAMOS! – Gritei, me jogando no sofá, depois percebendo que faria mais sentido se James se deitasse ali. –Desculpe, James.

–Hfm... Tá... Tudo bem... – Ele arfou quando a perna com o corte entrou em contato com o chão. –De verdade, Nick. Estou ótimo.

–Ok... – A loira suspirou, deixando-o no sofá.

Logo, Lola e Keith surgiram no corredor, por incrível que pareça, do mesmo quarto, e a ruiva carregando uma pilha de papéis que pareciam ser provas.

Que putaria é essa?

–Calma Els, nós não transamos. Só corrigimos provas. – Lola riu, mas parou quando viu James. – Hm... Nick... Eu preciso falar com você... Pode... Ser agora?

Nick concordou e as duas se fecharam no quarto de Lola. Legal, me excluam. Jeová está de olho.

Olhei de Keith para James, de James para Keith e percebi que o silêncio me incomodava. Então simplesmente encostei minha cabeça no tórax de Keith e apontei meu queixo para a porta do quarto de Lola.

–Não sei de nada. – Ele disse. - Só sei que escolas não deveriam aceitar pessoas com o QI abaixo de 80.

–Aceitaram o Forrest Gump.

–A mãe dele transou com o diretor. Não conta.

James soltou uma gargalhada, fazendo-nos encarar ele por um tempo.

–Desculpe, é que... – James começou – Sei lá, isso é tão estranho...

–Vai por mim, não é mais estranho do que ser refém de um vocalista de uma banda. – Keith riu.

–Nah, tem coisa mais estranha. Mas... Hm... Me desculpe, cara. Sério, tem... Tem mais coisas envolvidas...

Ah claro. – Keith soou irônico. – Tem muita coisa envolvida.

Muita coisa.

Vulgo, Moriarty.

A porta do quarto da Lola se abriu e a loira me chamou.

–O que foi? – Perguntei assim que a porta se fechou atrás de mim.

–Duas coisas. – A ruiva mordeu o lábio inferior.

–Diga.

–A primeira é que... Você concorda do James ficar aqui? Até ele melhorar.

–Concordo. E a outra?

–A outra... – Nick soltou um risinho – Estávamos pensando em... Sei lá... Treinar o Keith... Porque ele é o único de nós seis que não tem a mínima noção de nada e também corre perigo.

Eu ri, Lola riu, até Nick riu. A ideia era de longe a mais ridícula que eu tinha ouvido naqueles poucos meses.

–Não, gente... É... – Nick pausou rapidamente para rir – Sério! Muito sério.

–Ok! – Eu ri. – Falo com ele. Mais alguma coisa?

–Nick poderia fazer aquele chocolate quente... – Lola comentou – Só acho...

–Quando eu fiz da última vez, ninguém tomou... – Choramingou, abrindo a porta. – James!

–Hm? – James disse.

–Ok. Ele está vivo. Hm... Tá... Vou fazer o chocolate. Por favor, não façam uma suruba no meu quarto.

–Tentaremos. – Lola riu.

James parecia se recuperar rapidamente nesses dias. Afinal, ninguém melhor do que Nick para cuidar de alguém.

Por favor, sem duplo sentido.

Keith parecia estar se saindo muito, incrivelmente, maravilhosamente mal no tal treinamento. Eu disse que daria errado.

Fazia um tempo que não tínhamos notícias de Jace. Lola nunca falava de nada daquela noite, e nós tínhamos o bom senso de não perguntar.

Ok, não tínhamos tanto bom senso assim. Mas dava pra fingir que tínhamos.

Nem James tinha notícias de Jace. Isso era preocupante.

Lola sabia parecer que estava bem, mas sabíamos que não estava.

Naquela tarde em questão, eu estava com as cartas do correio em mãos, andando de um lado pro outro na casa e lendo para quem cada uma era.

Contas, contas, contas, internet, contas, cartão de aniversário, contas, cartão de agradecimento (pelo que?) contas, Klaus Müller, contas, contas, contas... Espera! Klaus Müller?!

–LOLAAAAAAAAA, NIIIIIIIIICK! – Gritei.

–A Nick saiu... – Lola disse, vindo até a cozinha, que por algum motivo desconhecido, eu estava lá.

–Ok, ok... Quem é Klaus Müller?

–Quem?

–K-l-a-u-s M-ü-l-l-e-r

–Tá, que desgraçar é esse... Essa... Argh! Essa pessoa!

–É um homem. Sei lá, recebemos uma carta dele. Aqui... “Klaus Müller” Bleh, que endereço estranho, não sei ler isso. Aqui... para a coruja, a cobra e a leoa.

­–Moriarty...

–Ou não... Ligue para a Nick... Depois vemos isso.

–Ok, ok...

Assim que Nick chegou, nos reunimos na sala e ficamos olhando uma para a cara da outra até que tivemos a decência de abrir a carta.

Um papel amarelado caiu de dentro do envelope e Nick o pegou, olhando-o com atenção.

–Els, você sabe ler em morse, né?

–Código morse? – Ela concordou – Sei.

–Ok, leia isso. – Ela riu. – Quer dizer, eu acho que isso é código morse.

Assim que vi as linhas e pontinhos, confirmei que era morse.

–.. --- -.-- --- ..- .-.. .. -.- . --. . .-. --.- -. -.-- ..--..

Do you like germany? – Eu li.

–Você gosta da Alemanha? Que pergunta é essa? – Nick disse.

Lola mordeu o lábio inferior, possivelmente pensando na resposta.

–Tem muita coisa alemã envolvida nisso tudo, não acham? – A ruiva finalmente disse.

–O que quer dizer com isso? – Nick perguntou.

–Seguinte, chama todo mundo por que eu quero ter certeza do que eu vou falar. Todo mundo mesmo. Até... – Sua voz falhou por um segundo – O Jace.

–Ok... James! – Nick chamou e voltou para nós. – Keith está aqui?

–Acredito que sim... – Respondi. – KEITH!

OI?! – Ouvi sua voz sair do meu quarto.

–Sala, agora!

–Ok!

Ouvi a porta do quarto se abrir e logo ele apareceu, sentando-se ao meu lado. James não demorou para chegar, mancando de leve. Pedimos para James falar com Jace, e bom, ele o fez.

Existe um grande abismo entre o Jace que eu conheci, o Jace que sequestrou o Keith e o Jace que estava parado na minha frente. Assim que ele chegou e James abriu a porta, dando-lhe aquele típico abraço masculino, pude notar a diferença.

O Jace que eu conhecia era aquele típico badboy, no duro. E lá no fundo, sabia que era um cara consideravelmente legal.

O Jace que sequestrou o Keith era... Bom... Consideravelmente maníaco. Mais ou menos como uma águia observando sua presa.

E por fim, o Jace que está nos encarando. Olhos vazios, envoltos por olheiras escuras, pálpebras um pouco inchadas, teria chorado ou dormido pouco? Parecia ser o tipo de pessoa que choraria na primeira oportunidade enquanto assiste 500 days of Summer. E esse definitivamente não era o Jace.

Se sentou em uma cadeira, nos olhando normalmente, sem todo aquele ar de superioridade. Parecia que a sala havia sido invadida por dementadores, de tão pesado que o clima ficou.

Lola e Keith pareceram levemente incomodados com o rapaz, mas a ruiva seguiu com o que desejava dizer para nós.

–Então... Como eu ia dizendo... Muita coisa alemã. A mulher alemã, os contos em alemão, as mensagens em alemão... Isso tudo não pode ser coincidência.

There’s no coincidence, little brother. – Essa foi minha tentativa falha de imitar o Mycroft Holmes no seriado da BBC.

–Sério. Isso tá muito estranho. Alguém tem algum palpite?

–A Inglaterra e a Alemanha foram inimigas nas duas guerras mundiais. – Respondi.

–A Alemanha é a maior potência industrial da Europa. – Nick disse, olhando para James.

–A Alemanha foi dividida entre o socialismo e o capitalismo durante a Guerra Fria. – Keith comentou, encarando Lola.

–Os títulos das copas do mundo da Alemanha se fundiram quando a Alemanha deixou de ser dividida em Socialista e Capitalista. –Jace disse, recebendo olhares assustados de nós. –Que foi? Eu não sou só um corpinho bonito.

–Vocês não estão ajudando! – Lola reclamou. –Isso é sério.

–Estamos, na real, o que nós falamos foi realmente útil. – Eu disse. – Porque olha, Lola... Russia, Alemanha e Inglaterra não tem alguma coisa só nas empresas. Já teve algo mais até na história.

–Tá, mas isso não está nos levando a lugar nenhum.

–Mas o único lugar que isso tudo vai nos levar é até o Moriarty. Digo isso sério, Lola. Temos que falar com ele.

–Por que é a coisa mais fácil do mundo falar com o Moriarty. Ah, tenho ele na lista de amigos do Whatzapp, quer que eu faça um grupo?

–Só se você colocar o nome de “O bonde do Mori” – Ironizei, enquanto riamos.

–Sério que eu fui chamado aqui só para isso? – Jace bufou, recebendo um olhar ácido de James.

–Bom, tecnicamente, sim. – Nick disse. – Mas precisamos da ajuda de vocês para acharmos o Moriarty.

–Nos deem tempo, dinheiro, comida, moradia e quem sabe, uma horinha na cama? Uh? – É, Jace parecia ter voltado a sua postura badboy. – E então, acharemos o Moriarty para vocês.

E estávamos confiando neles. Se não andarem fora da linha, tudo bem.

–-

Era qualquer outro dia comum naquele apartamento, James estava com a perna melhor, até ia no supermercado para nós. Jace, por incrível que pareça, ficou no apartamento, dividindo o quarto com o James, enquanto Lola e Nick dormiam em outro. Keith ainda ocupava a televisão enquanto passava documentários incrivelmente extensos sobre a guerra do Vietnã ou algo do gênero e eu não fazia merda alguma o dia todo.

Eu tomava chá no quarto quando ouvi um grito preenchendo o apartamento. Corri até o quarto em que Nick estava (Aparentemente, nós cinco tivemos a mesma ideia de correr até lá) E a encontramos de olhos arregalados, apontando para o computador.

Por precaução, procurei a mão que mais julguei parecida com a do Keith e me aproximei de Nick, olhando para a tela do computador.

Vic e sua camiseta branca colorida por seu sangue A+.

Quem tinha acesso daquelas fotos?


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Notas finais do capítulo

MWHAHAHHAH e ai? Palpites? Até o próximo capítulo!



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