About You Now escrita por CarolSwanCullen


Capítulo 3
2. Home/Homeward Bound


Notas iniciais do capítulo

n/Carol: Hello, minha gente!
Nem sei o que falar, então, nos falamos lá embaixo.
Ah! A música do capítulo é Home/Homeward Bound - Glee Cast Version
Escolhi essa versão porque é menos animada que Home, do Phillip Phillips, e, já que a Bella não queria voltar... Faz sentido.
Além disso, eu quero - de novo - dedicar esse capítulo às minhas amigas Paulinha Vampira e Allie Próvier, e também a minha bebê Iná que praticamente me bate toda vez que eu pergunto o que ela achou dos meus capítulos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/462658/chapter/3

“If you get lost, you can always be found

Just know you’re not alone

Cause I’m gonna make this place your home”

Isabella's Pov

Relutância. Era o que eu sentia desde que meus primos, Jane, Alec, Gianna, Demetri, Heidi e Felix e minhas irmãs, Kate, Emily e Claire me enganaram, dizendo que toda a família moraria na Florida, quando meus tios, Aro e Marcus, e suas esposas, Chiara e Francesca, continuariam vivendo em Volterra.

A verdade era que todos, até mesmo meus amigos italianos, sabiam que minha família estava armando para que eu não tivesse alternativa a não ser voltar depois de três longos anos.

Não queria voltar a Coconut Grove. Não quando ele ainda estava ali. Mas, meus queridos primos e irmãs resolveram que eu devia voltar, então, ali estava eu.

Admirei a pulseira de corda preta com o símbolo do infinito em prata, e suspirei. Não falava com minhas irmãs e meus primos há mais de uma semana, mais precisamente desde que eu descobri que eles haviam armado essa mudança sem me consultar.

Suspirei mais uma vez, e desviei os olhos da pulseira.

Era irracional continuar usando aquela demonstração de uma falsa amizade mas, eu me sentia realmente menos solitária quando estava com ela.

Pietro me ligou para saber como eu estava e me fez sorrir, mesmo que forçadamente, com suas palavras encorajadoras, enquanto eu puxava minha única mala Diane Von Furstenberg até onde minha família estava.

Me surpreendi por quase todos os Cullen estarem no aeroporto para me receber. Todos menos ele. Talvez Edward Cullen tenha decidido parar de fingir.

Meu coração perdeu uma batida com esse pensamento. Por algum motivo, eu queria que ele continuasse fingindo. E isso era ridículo.

Abraços. Muitos abraços. Acho que a última vez que recebi tantos abraços foi quando Claire, Emily, eu e Kate resolvemos ir para a Itália.

Primeiro meus pais, depois, meus irmãos mais velhos e Tanya, e por último, os Cullen.

– Está linda, querida. – Esme sorriu ao me abraçar. – Tudo vai ficar bem. – Sussurrou em meu ouvido antes de beijar minha bochecha e me soltar.

Carlisle me abraçou dizendo o mesmo que sua esposa, e menos de um segundo depois de ele me soltar, eu senti os braços magros, mas fortes de Alice em volta de mim.

– Eu senti tanto a sua falta, Bee! – Soluçou, e eu a apertei.

– Eu estou aqui agora, All. Não precisa chorar. – Garanti, afagando suas costas.

– Não se atreva a me deixar de novo, Isabella Swan. – Ela mandou, a voz ameaçadora.

Seus braços foram substituídos pelo abraço silencioso e tímido, mas sincero de Nessie, que foi seguido por um Emmett me levantando em um abraço de urso, que fez piada sobre minha altura, que não havia mudado muito desde a última vez que ele me viu.

Estava mais feliz em voltar para Miami do que imaginei que estaria. Eu havia sentido mais falta de todos do que pensava, e era bom estar com eles. Mesmo que estar com eles significasse estar perto dele.

O celular de Tanya tocou quando todos se dirigiam ao estacionamento, e ela atendeu parecendo relutante.

– O que você quer? – perguntou, apressada. – Boa tarde, Edward. – Edward? Ele e Tanya? – Estou em um negócio de família, não posso falar agora. – Ela parecia louca para desligar o telefone, e eu nem me importava em disfarçar que estava ouvindo sua conversa. – É. É isso. Agora eu tenho que desligar. Beijo, até mais.

Dizendo isso, ela desligou e entrou no carro de Jazz.

Eu estava me preparando para segui-la e interroga-la, mas antes que pudesse fazê-lo, meu braço foi puxado.

– Não vai mesmo falar com a gente? – Demetri perguntou.

– O que eu posso falar? – perguntei, a voz escorrendo veneno. – Obrigada por me trazerem para o último lugar no mundo que eu queria estar?

– Você não é fraca por ir embora se voltar para mostrar que o que aconteceu te afetou positivamente. – Gianna disse. – Se nós deixássemos você continuar na Itália, estaríamos subestimando a sua força.

– E nós estamos fazendo de tudo para proteger você – Emily acrescentou.

– Eu... Eu preciso pensar. – Suspirei, e me virei para entrar no carro de Jazz, ao lado de Tanya, que sorriu para mim.

– Sentimos sua falta. – disse.

– Também senti a falta de vocês. – Dei um sorriso fraco.

– Com quem você estava falando, Tan? – Jazz perguntou ao entrar no banco do motorista.

Rose entrou no banco do carona e encarou Tan curiosa.

– Com Edward.

– Edward? – perguntei, agradecida por Jazz abordar o assunto. – Você e ele...?

Eu era realmente patética. Nem quando sabia que Edward não gostava de mim do jeito que eu gostava dele, eu deixava de mostrar interesse.

Jazz, Rose e Tanya riram com vontade, e eu os encarei confusa.

– Edward não namora. – Tanya informou. – Ele vive para proteger Nessie do que... Você passou. Acho que ele se sente culpado por ter te ouvido quando você disse que podia se cuidar sozinha, e que aquilo não era nada.

– E, quando não está protegendo Nessie, está mantendo um olho em Alice. – Jazz acrescentou.

– No resto do tempo, ele é um adolescente normal sem namorada. – Rose terminou.

– Mas... Mas… E Lauren? Ela é louca por ele.

– Ele nem olha para ela, não sei como ela não se cansa de tentar. – Tan deu de ombros. – Ele sabe a boa bisca que ela é.

Lauren e Edward não estavam juntos? O que eu perdi?

Lauren nunca escondeu sua obsessão por Edward. E, bem, Edward não se importava com os boatos que ela criava sobre os dois estarem juntos. Quando perguntavam, ele só sorria torto e respondia: “Quem sabe?”

Lauren Mallory era o meu pior pesadelo. Ela não me atormentava em público, não iria querer que Edward brigasse com ela, mas esperava que eu estivesse sozinha para me abordar.

– Será que eu posso fazer alguma coisa para ajudar a trombadinha? – Lauren sorriu debochada quando eu entrei no banheiro. Ela estava arrumando seu cabelo loiro na frente do espelho. – Deixa eu ver... Oh! Lembrei! Não. Não tem como ajudar uma menina que nasceu com cara de menino.

Eu a ignorei.

– Quem é que gostaria de ter uma filha feito você? Se eu fosse sua mãe, teria te deixado na primeira porta que eu visse, e ficaria só com Rosalie, Kate, Emily e Claire. – Ela continuou, não satisfeita, quando eu saí da cabine. – Ou melhor. Teria abortado.

Senti vontade de arrancar cada fio de cabelo loiro da cabeça dela, mas me segurei. O melhor que eu fazia era ignorar. Não valia a pena tentar revidar.

Balancei a cabeça para espantar as lembranças que apareciam como flashbacks em minha cabeça. Não gostava de lembrar daquilo, mas era impossível esquecer. Aquele tormento foi parte da minha vida, e de tempos em tempos, as lembranças das palavras cruéis voltavam para me assombrar.

Os Cullen foram para casa conosco, e passaram o dia fazendo companhia para mim e minha família.

Durante o almoço, quando estava sentada de frente para Rose e Emmett na mesa, percebi que os dois flertavam discretamente. Ele sussurrava algo para ela, e ela abaixava a cabeça, sorrindo e corando levemente.

No fim do dia, depois de pensar muito, eu decidi que não valia a pena ficar chateada com meus primos e minhas irmãs, uma vez que eu estava... Relativamente feliz em estar de volta. Eles não haviam feito por mal. Só queriam a minha felicidade.

Mas, não faria mal deixá-los de castigo por mais um tempinho.

Graças à Rose, eu não precisava arrumar meu closet, já que ela o havia feito para mim, quando o organizou com roupas novas. Então, quando entrei em minha suíte, que havia sido redecorada de acordo com a minha adolescência, eu só precisei ir ao closet para procurar um pijama confortável para vestir depois do relaxante banho de banheira que estava planejando, antes de me entregar a uma noite de sonhos otimistas.

Na manhã seguinte, Emily, Kate e Claire apareceram em meu closet quando eu estava procurando uma roupa para vestir.

Eu as encarei, esperando o que quer que elas queriam falar.

– Bell, desculpe. – Claire começou. – Nós realmente não fizemos por mal.

– É. – Kate continuou. – Tudo o que nós queríamos era que você mostrasse para todos aqueles idiotas que você deu a volta por cima.

– Que está gostosa para caralho agora, que o que eles fizeram com você te tornou mais forte, e que nenhum deles tem chance com você, mesmo que eles beijem o chão que você pisa. – Emily acrescentou, e eu ri.

– Não estou mais chateada, meninas. – Sorri. – Sei que a intenção de vocês foi boa. – Elas sorriram. – Só não façam isso de novo.

– Nunca. – As três balançaram a cabeça, e se jogaram em cima de mim para um abraço coletivo.

Elas esperaram eu me arrumar, e nós três descemos juntas, rindo de alguma idiotice qualquer.

– Alec, Bella, Claire, Demetri, Emily, Felix, Gianna, Heidi, Jane e Kate, nós vamos dar uma festa na piscina amanhã. – Rose avisou sorrindo quando todos estavam sentados à mesa.

Meus primos ficariam hospedados em minha casa enquanto a casa em que eles morariam não ficava pronta.

– Obrigada por avisar. Vou ficar no meu quarto. – Eu sorri, e ela me fuzilou com os olhos.

– A festa é sua. – Murmurou, com uma expressão assassina no rosto.

– Minha? – Eu arqueei as sobrancelhas, de olhos arregalados.

– Sim. – Tan se intrometeu. – Sua, de Alec, Claire, Demetri, Emily, Felix, Gianna, Heidi, Jane e Kate.

– Mas, nós não conhecemos ninguém. – Jane se intrometeu.

– Vão conhecer amanhã, ora. – Rose revirou os olhos. – E nem adianta reclamarem, nós já criamos o evento no Facebook e todos os convidados já confirmaram a presença. – Acrescentou, verificando algo em seu celular.

Foi a minha vez de revirar os olhos. Era inútil discutir com Rose.

Eu, Kate, Emily, Claire e nossos primos passamos a maior parte do dia sendo mimados por meus pais, Tanya e meus irmãos mais velhos.

No fim do dia, Tanya me convidou para um passeio por Coconut Grove, o qual eu aceitei prontamente.

Ninguém mais quis nos acompanhar, então nós saímos de casa depois de ouvir todas as recomendações de cuidado de Charlie, Renée e Jazz.

– Vou cuidar dela. – Tan garantiu, ao sair de casa.

Eu ri disso.

Caminhamos em silêncio por tempo. Eu estava somente matando a saudade do bairro onde eu passei a maior parte de minha infância, quando Tanya puxou assunto.

– Como foi o tempo em Volterra?

– Ótimo. – Sorri ao lembrar dos últimos três anos. – Foi lá que eu aprendi que as pessoas sempre vão te julgar, não importa se você der motivos ou não. Claro, não é tão ruim quando você não dá motivos. Mas, sempre terá alguém que não vai estar satisfeito. No meu caso, foi porque eu não quis a popularidade que me ofereceram. Só queria ter em quem confiar. E eu achei.

– E, você não sentiu nem um pouco de falta dos seus amigos daqui?

– É claro que senti. A cada minuto.

– Mas demorou três anos para voltar.

Seu tom estava inconscientemente acusatório e, por algum motivo, eu senti que ela queria dizer outra coisa.

– E teria demorado mais, Tan. – Suspirei, os olhos perdidos a frente. – O que Lauren disse foi traumático de ouvir.

– Desculpe, eu não quis parecer egoísta, só que eu vi o quanto todos sentiram sua falta, Bella.

– Eu sei, Tan. E, acredite, o que eu menos queria era parecer fraca a ponto de fugir, mas foi necessário.

– Mas, você está aqui agora. – Ela sorriu. – É o que importa.

Eu sorri de volta. Era bom ver as pessoas que eu amava felizes por eu estar em casa.

Voltamos para casa um tempo depois.

Jantamos com nossa família. Depois cada um foi fazer algo que não interessava, e eu fui para o meu quarto. Tinha que me acostumar com a ideia de encarar um monte de gente que não conhecia, ou que não queria ver.

Estava sem sono, então, calcei minhas pantufas e rumei para o quarto de Jazz.

Quando era pequena, sempre que estava sem sono, ou com medo, ou triste, eu me refugiava no quarto dele, e ficava vendo-o trabalhar em suas fotos, ou fazer trabalhos da faculdade, já que quando eu me mudei, ele estava no primeiro semestre do curso de Design e Fotografia.

– Jazz? – Chamei, hesitante, com a cabeça para dentro do quarto.

– Entre, pequena. – Ele convidou, e eu entrei. – Pantufas de coelhinho, Bell?

– São fofas, okay?

– Tudo bem. – Ele sorriu para mim, girando na cadeira de sua escrivaninha. – O que eu posso fazer pela senhorita?

– Companhia. – Sorri.

Ele puxou um pufe para o seu lado, e deu dois tapinhas no acento, me convidando para sentar.

– O que está fazendo? – perguntei, ao sentar onde ele havia indicado.

– Arrumando umas fotos para a revista. Quer me ajudar?

Eu assenti.

– O que acha dessa? – perguntou, e eu avaliei a foto da garota de cabelos loiros platinados. Por algum motivo, ela me lembrava a Christina Aguilera.

– Ela é bonita. – disse, e Jazz deu um sorriso orgulhoso.

– Essa é Maria. – Informou. – Nós... Eu não sei o que nós temos.

Eu ri.

– Você não a pediu em namoro?

– O que? Não!

– Está na cara que você gosta dela. – garanti. – Então, por que não?

– É complicado, pequena. – Ele suspirou.

– O que é complicado? Você gosta dela e, se ela não gostar de você, é uma doente mental.

– Não temos nada sério, porque eu sei que o lugar dela não é aqui.

– Como assim? – Franzi o cenho.

– Maria tem feito esses photoshoots porque quer juntar dinheiro para ir para LA seguir seu verdadeiro sonho.

– E qual seria esse?

– Cantar e dançar. – Ele murmurou. – Os pais dela queriam que ela fosse a CEO da empresa deles, mas parece que esse posto vai ser da irmã mais nova, quando ela terminar a escola e a faculdade. Maria não quer isso, e também não quer viver sendo sustentada pelos pais, então está fazendo essas fotos, porque a revista paga bem.

– Gostaria de conhecê-la. – Murmurei, pensativa.

– Ela vai estar aqui amanhã. Ela e Julia, a irmã dela.

– Acho que isso que você não tem uma definição é mais sério que você pensa. – Sorri

– Você está viajando, Bells. – Ele revirou os olhos.

– Não estou não. – Balancei a cabeça. – Ela conhece a sua família... Uma parte dela... E vocês tem algo não identificado. Para mim, isso tem cara de namoro.

– E o que você sabe sobre isso, senhorita Isabella? – perguntou, risonho.

– O que eu vi nos filmes, e o que eu vi Gianna e Heidi dizendo para Felix. – Dei um sorriso brilhante.

Jasper gargalhou.

– Vamos dormir, pequena. – Chamou, levantando de sua cadeira, e me puxando.

– Podemos assistir um filme?

– O que quer assistir? – Ele perguntou.

– Batman. – Senti meus olhos brilharem.

Jazz revirou os olhos, e foi procurar os DVDs, enquanto eu me acomodava em sua cama king-size. Ele colocou o DVD de Batman Begins, e veio se acomodar ao meu lado.

Nós assistimos ao filme sem conversar um com o outro (eu amava essa trilogia) e, na metade de The Dark Knight, Jazz estava roncando. Eu suspirei, e continuei a assistir ao filme, só indo dormir depois do fim de The Dark Knight Rises.

Every stranger’s face I see reminds me that I long to be

The trouble, it might drag you down

If you get lost, you can always be found


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

n/Carol: Então, o que acharam?
Os capítulos de Pov Bella não são os meus favoritos, mas mesmo assim...
Próximo capítulo tem o primeiro encontro Beward depois de três anos!
Talvez já dê pra saber a reação da Bella, mas mesmo assim, eu tenho me surpreendido com os meus Pov Edward's, sinceramente.
Mas, enfim.
Eu vi que tem 13 acompanhamentos em AYN, e só 6 reviews, ou seja, tem 7 fantasminhas que eu adoraria que viesse para a luz.
Tia Carol não morde. Sério.
Bem, se quiserem fazer parte do grupo da minha amiga Allie no facebook, o link é esse: https://www.facebook.com/groups/524763704223492/
Por favor, não me ignorem. Eu tenho um sério problema de baixa auto-estima, então, se vocês me ignorarem, eu vou achar que o mundo me odeia, como sempre.
Beijinho *u*