Daydreaming escrita por A Stupid Lamb


Capítulo 13
Lembrança, reencontro e telefonema.


Notas iniciais do capítulo

Queria avisar que, depois de uma conversa livre de ameaças *cofcof*, minhas amigas Lee (Lee Berry) e Carol (drunktodrive), mudei de ideia com relação a alguns fatos que ocorreriam futuramente, então, acho, que vocês não mais me odiarão.
E por fim, falar que é a primeira vez que escreve algo mais "caliente", pelo menos que para postar, então perdoem se não ficou bom.

P.S.: Acredito que não preciso falar, mas começarei a narrar alguns fatos importantes para a história, mas que não tem a presença da Troian, então os narrarei em negrito, como fiz no final desse capítulo.



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Os fracos raios de sol que passavam pela janela me despertara, mas eu recusava a abrir os olhos, com medo da última noite ter sido apenas um sonho. Permaneci com os olhos fechados, imóvel, apenas repassando a noite anterior na minha cabeça.

Nossos lábios de moviam sincronizados, ditando um ritmo para minhas mãos, que percorriam cada parte do corpo da menina, como se quisesse deixa-lo marcado na memória. Por vezes, uma parte de mim que ainda estava lúcida, tentava se afastar, se questionando se não estávamos indo muito longe, mas, toda vez que eu fazia menção de sair, a menina me puxava ainda mais pra perto.

“Qual o problema?” Ela questionou, um sussurro fraco e quase sem fôlego.

“Não acha que estamos indo muito rápido?” Espantei-me ao notar que minha voz estava tão fraca e ofegante quanto a dela. Eu não notara que havia perdido o fôlego, pelo contrário, cada vez que a beijava, mais queria, como se o ar fosse algo descartável.

“Na verdade, acho que demorou muito” Meus olhos já acostumados com a pouca iluminação do quarto conseguiram ver o rosto da menina, que me olhava com desejo e delicadeza, um sorriso nos lábios ainda mais ambíguo e irresistível quanto seus olhos. “Desde o dia da livraria que eu imagino e sonho com esse dia” Notei ela corar, com se confessasse algo que jurara nunca falar.

Senti minha barriga gelar ao constatar isso. Mil e uma perguntas se formulando em minha mente, na hora mais imprópria que poderiam aparecer. Toquei-lhe de leve o rosto. Ela fechou os olhos e respirou fundo, se virando e me puxando.

Coloquei minha mãos na lateral de seu corpo, sustentando um pouco do meu peso, e voltei a beija-la, de uma forma mais urgente, porém com o máximo de delicadeza possível. Nos afastamos para recuperar o fôlego, nossas testas unidas, nossas respirações se misturando e nosso coração batendo no mesmo compasso.

Fui colocando o peso de meu corpo contra o dela aos poucos, escutando ela soltar um breve suspiro assim que meu peso estava completamente sobre ela. Comecei a alternar beijos e mordidas pelo seu rosto e pescoço, enquanto deixava minhas mãos explorarem o corpo arrepiado e completamente entregue da menina, que, por sua vez, soltava alguns gemidos contidos e arranhava minhas costas.

“Tem certeza disso?” Perguntei, em um sussurro ofegante em seu ouvido, sentindo o desejo transbordar em minha voz e o corpo da garota tremer.

“Como nunca tive antes” A voz dela saiu rouca, também repleta do desejo que a minha estava.

Não precisei de mais para dar-lhe o que queria, primeiro de uma forma calma, devagar, sentindo um certo prazer em tortura-la, vê-la implorando por mais. Depois de um tempo, quando eu própria já não suportava mais a tortura, aumentei o ritmo, arrancando um gemido de prazer e alivio da menina.

Nossos corpos se moviam em um ritmo crescente, em sincronia perfeita, como se fossem um. Nossas respirações cada vez mais pesadas, nossos corpos, já completamente suados, pareciam que iam pegar fogo a qualquer momento, nossos gemidos se misturavam, quase que no mesmo tom, quase completando um ao outro.

Senti o corpo da menina relaxar e tremer, sentindo meus dedos se encherem dela. Diminui o ritmo, tentando controlar a minha respiração. Ela olhou para mim, o cabelo molhado por causa do suor grudava em seu rosto, seus olhos cinzas estavam mais escuros e brilhando em desejo e seu sorriso, tirava meu fôlego.

Senti seu braço apertar minha cintura e sorri ainda mais.

“Dormiu bem?” Perguntei.

“E depois de tudo o que fizemos ontem, acha mesmo que eu teria dormido mal?” Ela brincou, mordiscando meu ouvido.

Me virei para encarara, ainda mais linda que na noite anterior, ela sorria amplamente, os olhos cinzas brilhando como eu nunca vira antes. Eu sabia que poderia passar o resto da minha vida assim sem nunca enjoar.

“Ai meu Deus” A menina disse depois de um tempo, assumindo uma expressão preocupada e se levantando com um pulo.

“O que aconteceu?”

“Aconteceu que só agora eu lembrei que tenho uma tia que provavelmente pôs o FBI atrás de mim, você tem pais que provavelmente colocaram a Interpol e temos colégio”

“Que colocaram o concelho tutelar?” Ela me lançou um olhar cortante, me advertindo da hora imprópria para piadas.

“Se veste” Ela jogou minhas roupas pra mim, que eu prontamente vesti. “Ótimo” Disse ironicamente. “Não tem sinal”

“Isso é uma floresta, é claro que não tem sinal”

“Minha tia vai me matar” Ela disse, fazendo uma careta de desespero.

A abracei, a beijando calmamente, tentando acalma-la.

“Vai dar tudo certo, vamos falar com meu pai e criar um álibi”

“E seu pai vai aceitar?”

“Vamos descobrir”

Fizemos todo o caminho de volta em silêncio, porém de mãos dadas. Eu não conseguia tirar o sorriso do rosto, nem controlar a vontade de beija-la, o que nos atrasou um pouco. Quando chegamos perto de voltar a cidade ela parou, me puxando.

“Olha, eu sei do seu jeito de não ligar para o que falam e tudo o mais” Ela tinha as mãos segurando firme as minhas, os olhos nos meus como se falasse com minha alma. “Mas isso já me custou muito e eu gostaria de falar com minha tia primeiro, se não se importa”

A puxei pra perto, a abraçando forte.

“É claro que não me importo”

Caminhamos lado a lado até a oficina do meu pai. Ficamos paradas um tempo na porta, enquanto eu tentava reunir coragem para bater, mas, antes que eu pudesse reunir o suficiente, a porta se abriu.

“Oi” Eu disse, sorrindo sem graça para o homem parado à nossa frente, com o rosto de quem não dormiu e chorou a noite toda.

Ele nos puxou pra dentro, nos sentando no sofá enquanto se sentava na mesinha. Ficamos os três nos encarando, meu pai com o punho serrado, tentando controlar a sua raiva.

“Estou esperando uma explicação” Sua voz mostrava que ele não estava tendo sucesso em controlar o que sentia.

“Eu errei, mas não imaginei que ia cair uma chuva daquelas”

“E onde as senhoritas estavam”

“Na floresta”

“E o que foram fazer na floresta?” Ele estava ainda mais irritado.

“Eu queria mostrar a cachoeira”

“À noite?”

“Era o único horário que eu tinha, foi o senhor mesmo que disse que eu deveria falar com ela”

Ele encarou a menina, suavizando a expressão e dando um sorriso desajeitado.

“Mark Stewart” Ele disse, no tom mais formal que sabia, estendendo a mão para a menina.

“Sarah Hastings” Ela disse, apertando a mão dele.

“Hastings?”

“Sim”

Meu pai assumiu uma expressão distante, como se não estivesse mais ali, por um momento, achei que ele começaria a chorar.

“Pai?” Ele se virou para mim, mas mantinha o olhar distante. “Está tudo bem?”

“Sim, sim” Ele balançou a cabeça algumas vezes. “Vocês passaram a noite na floresta? Pegando chuva?”

“Na verdade não, eu conheço uma pequena casa, passamos a noite lá”

“Mesmo assim é melhor tomarem algo para resfriado, vocês provavelmente pegaram chuva, devem ter ficado encharcadas, não é bom dormir com roupas molhadas, vou pegar uma vitamina” Ele fez menção de levantar, mas o impedi.

“Não... Precisa” Notei a menina se remexer inquieta e desviar o olhar. “Vamos ficar bem”

“Ah” Foi tudo o que ele disse, voltando a se sentar.

Passamos um bom tempo em silêncio.

“Pai, precisamos da sua ajuda”

“Pra que?”

“Bom, assim como eu, a Sarah não sabia que iriamos ficar ilhadas por causa de uma chuva e não tínhamos sinal de telefone”

“Querem que eu fale com os pais dela?”

“Minha tia, na verdade” Sarah disse, ainda sem encarar meu pai.

“Tudo bem, mas o que querem que eu faça exatamente?”

“Pode falar que o senhor estava com a gente e que não deu pra avisar porque ficamos sem sinal, mas que passamos bem a noite e não vai mais se repetir?” Perguntei, fazendo um bico no final.

“Tudo bem, eu posso fazer isso” Sorrimos. “Mas se prometerem que não vai mesmo se repetir”

“Prometemos avisar da próxima vez”

“E você pode deixar de ser mão de vaca e levar a menina pra um lugar decente da próxima vez e não para o meio do mato. Lugar ruim pra primeira vez” Ele disse, se levantando e abrindo a porta.

“Pai” Repreendi quando vi que a garota ficou vermelha.

“Que foi? Só estou comentando. O mato fica pinicando”

“Já chega” Disse quando passamos por ele, sem conseguir controlar a risada e recebendo um tapa da menina.

Caminhamos os três até a casa dela, meu pai nos separando, segundo ele, para dar a impressão de ser linha dura. Tocamos a campainha algumas vezes até a tia da menina, em um estado pior do que o que meu pai se encontrava, abrir a porta. Assim que abriu, seus olhos caíram surpresos em meu pai, sua boca, assim como a dele, se abriu em um grito silencioso.

“Você?” Os dois falaram em uníssono.

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A três quadras dali, no ginásio de natação olímpica, o menino de cabelo enrolado discava um número e aguardava ansioso ser atendido, um sorriso sombrio em seus lábios. No terceiro toque obteve sucesso.

“Senhora Stewart?” Ele perguntou. “Sou eu, Allan, a Troian já chegou em casa?” Ele escutou a resposta e seu sorriso duplicou de tamanho. “Estava vindo para o treino e vi algo que julgo que a senhora vai gostar de saber, podemos tomar um café?” Ele cruzou os braços torcendo para que a resposta fosse positiva. “Daqui a cinco minutos no mesmo local de sempre, perfeito”

Ele desligou o telefone, sentindo uma adrenalina percorrer todo o seu corpo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentários?
Até o próximo. Xx.