Rachel e Quinn foram para o quarto reservado para elas pouco depois da uma da manhã. A loira estava especialmente excitada aquela noite. Assim que entraram, jogou a morena sentada na cama, e a fitou maliciosa.

– Você está uma delícia, amor.

– O que posso dizer de você, princesa? - a morena devolveu – A visão do paraíso. – umedeceu os lábios, fitando a namorada de cima a baixo.

Quinn vestia uma saia preta um pouco acima dos joelhos, camisa branca aberta até os seios e um salto agulha. Rachel precisou evitar olha-la demais durante a noite, para não ter uma ereção na frente da família e dos amigos.

– Feliz em me ver, Berry? – a loira perguntou, olhando para o colo da namorada.

– Mais feliz agora que estamos sozinhas.

A pequena tentou levantar, mas foi impedida por Quinn. A loira colocou o salto no peito de Rachel, a empurrando. Se aproximou, sentando no colo da namorada, uma perna de cada lado do corpo dela.

– Quem manda aqui sou, entendeu? – perguntou autoritária.

– Sim. – sussurrou.

Quinn sentia a ereção dura da namorada em sua intimidade, o que a deixava ainda mais molhada.

Rachel estava perdendo o controle. Quinn rebolava devagar em seu colo, a provocando.

– Me beija, morena – mandou.

Rachel a segurou pelo pescoço, a beijando com vontade. Sentia a loira arranhando suas costas. Os corpos suados prestes a perder o pouco controle que ainda tinham.

Quinn se afastou o suficiente para arrancar a camisa de Rachel. A morena arranhava as coxas bem torneadas da garota.

– Fica quietinha, baby. Não se mexe. Só eu brinco hoje – Quinn ordenou, deitando a namorada.

Sem dizer mais nada, arrancou a calça de Rachel levando a box preta que ela usava junto. Tirou a própria calcinha e a camisa, sob os olhos atentos da morena.

Rachel sentia o membro latejando. Quinn a estava torturando e sabia que era de propósito.

– Não me deixa assim, amor – implorou.

A garota não disse nada. Apenas voltou para a cama, sorrateiramente, ficando em cima da namorada.

– Você não vai me tocar – ordenou – Só eu brinco, baby. – repetiu.

Quinn levantou um pouco a saia, e voltou para o colo de Rachel. Deixou que a garota a penetrasse e ficou ali por alguns segundos, apenas sentindo-a. Levou a boca até seus seios, mordendo com certa força, fazendo a morena urrar de prazer.

– Oh, baby – gemeu.

Quinn rebolava no colo de Rachel, sentindo o quanto a garota a queria. Adorava a sensação. A visão mais perfeita do mundo era ver o quanto dava prazer para a namorada.

Rachel tentou acariciar a loira, mas foi prontamente impedida. Quinn segurou seus braços em cima da cabeça.

– Mandei ficar quieta, Berry – repetiu firme.

– Está me deixando louca, amor.

– Adoro te deixar assim. Entregue para mim, só pra mim.

Rachel jogou a cabeça para trás, sentindo a boca de Quinn morder sua orelha. O quadril da loira acelerava os movimentos, e quando Rachel estava prestes a chegar ao ápice, ela parava, deixando a morena ainda mais enlouquecida.

Em um segundo de entrega, Quinn perdeu o prumo e deixou que Rachel a dominasse. Quando deu por sim, a garota estava por cima dela, esfomeada.

– É minha vez, baby.

Quinn não protestou. Apenas se deixou levar. Rachel a virou de costas para si, deitando por cima dela. Lhe mordia a orelha e o pescoço, sentindo o perfume que tanto amava.

– Pede baby. Me diz o que você quer? – provocou, o membro roçando a intimidade da namorada.

– Me come. Me come gostoso, baby – descontrolou-se, agarrando Rachel pelo pescoço.

Sem esperar mais, a morena lhe invadiu com força. Quinn gemeu o nome da namorada. As duas estavam em êxtase.

– Mais forte, baby... – a loira gemeu.

Rachel acelerou os movimentos, fazendo a loira gemer ainda mais. Tirou o membro um segundo, a virando para ela.

– Quero que goze olhando nos meus olhos – mandou.

Quinn gemeu. Rachel voltou a penetra-la com força. Quinn estava quase gozado. Rachel também.

– Oh baby...

Quinn cravou as unhas nas costas da morena. Rachel sentiu-a tremer embaixo de si e gozou com ela. As duas tremiam juntas.

– Você é uma delícia, morena.

– Eu te amo, princesa.

Dois meses depois...

Rachel e Quinn estavam tomando café da manhã, antes de sair para a faculdade. Já fazia algum tempo que a loira não conseguia se alimentar direito. Qualquer coisa a deixava enjoada.

Jo tentava a todo custo ajuda-la, mas nada resolvia o problema. Rachel ficava cada vez mais preocupada, mas a namorada não aceitava qualquer sugestão.

– Amor, tenta tomar o suco de laranja – pediu, angustiada – Está bem gelado. Você precisa colocar alguma coisa no estomago.

– Não se preocupe, amor. Estou me sentindo bem, só não consigo comer.

– Mas Q, faz mais de duas semanas que está assim. Não é melhor procurar um médico...

– Amor, caso tenha esquecido... Nós moramos com um, e por acaso, ele é seu pai – brincou.

– É, eu sei... – corou – Já falou com ele?

– Já, amor – tranquilizou-a – Ele pediu alguns exames. Vou pegar o resultado hoje. Fica tranquila.

Quinn levantou, deu um selinho na namorada e saiu. Rachel ficou sentada, um pouco desnorteada. Ouviu o pai descer e o chamou, correndo até ele.

– Pai, o que acha que está acontecendo com a Quinn? Estou ficando preocupada.

– Bom dia, estrelinha – deu um beijo na testa da filha – Não se preocupe, ela vai ficar bem. Provavelmente só um mal estar, ou alguma virose. Estou esperando o resultado dos exames dela.

– Ela disse que iria buscar hoje. – comentou.

– Quando chegar na universidade eu a procuro, então. – pegou a pasta em cima da poltrona e a chave do carro – Agora preciso ir. Tenha um ótimo dia, filha.

Rachel se despediu do pai e não teve escolha a não ser sair também. Pegou suas coisas e dirigiu para NYADA.

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Já era meio da tarde, quando o celular de Rachel tocou.

– Rach, você falou com a Quinn hoje? – perguntou.

– A última vez em que falei com ela foi antes de entrar na aula de manhã – respondeu, estranhando. – Por que, pai?

– Ela não apareceu na universidade hoje, estrelinha – explicou, tentando parecer calmo.

– Como assim não apareceu? – perguntou histérica – Ela só ia pegar os exames antes de ir...

– Já tentei ligar no celular dela, mas só dá caixa postal.

– O que aconteceu com ela? - a morena estava aflita – Vou tentar encontrá-la. Qualquer coisa te dou notícia.

– Está bem. Se ela, por acaso, aparecer por aqui te ligo.

Rachel despediu-se do pai e tentou ligar para a namorada. Caixa postal. Ligou para Kurt e Mercedes, mas eles também não a tinham visto depois do café da manhã. Tina e Marley não sabiam dela, mas prometeram procurar pelo campus, chegando a conclusão de que, talvez, a garota pudesse ter se sentido mal em algum lugar por ali.

A morena pegou o carro e saiu dirigindo pela cidade. Foi a todos os lugares que imaginou que Quinn poderia ter ido. Pensou em ir até o laboratório onde ela fizera os tais exames, mas deu-se conta de que, em nenhum momento, a loira mencionara qual era.

Já começava a anoitecer quando voltou para casa. Ainda sem notícias da loira.

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Quinn andava de um lado para o outro, descontrolada. Tinha viajado de NY para Lima de carro, sem fazer nenhuma parada. Seus nervos estavam a flor da pele. Sentia que o mundo desabaria sob sua cabeça a qualquer momento.

Santana e Brittany apenas observavam, sem saber exatamente o que fazer. Simplesmente a amiga aparecerá na casa delas, no começo da noite, descabelada e com um olhar semi psicótico. Aquele silêncio estava começando a deixar a latina extremamente irritada. Sem poder aguentar mais um segundo sequer daquilo, ela levantou e segurou a amiga pelos braços com o máximo de delicadeza que o resto de sua paciência pode lhe dar.

– Chega! Você está caminhando de um lado para o outro a quase meia hora e não diz uma palavra – a voz da garota soava firme – Vai nos dizer agora o que está acontecendo. O que foi? Brigou com a anã de jardim? Está de TPM? Diz Quinn, o que aconteceu?

A loira parou estática, o olhar assustado de repente. Como se só naquele momento tivesse notado exatamente onde estava. Por um milésimo de segundo não pode se lembrar de como chegara até ali. Sem ter como voltar atrás, respondeu à pergunta de Santana.

– Eu estou gravida! – sussurrou.

Santana soltou-a, como se tivesse tomado um choque, dando um passo para trás. Simplesmente não podia ter ouvido o que acabara de ouvir. E foi Brittany quem verbalizou sua dúvida.

– Você o que, Quinn? – a loirinha estava, literalmente, de queixo caído.

– Gravida. Descobri hoje – Quinn mantinha a cabeça baixa, mal conseguindo encarar as duas amigas.

– Como é possível? – a voz de Santana quase não saia, tamanho o espanto.

– Santana. Jura? – Brittany a repreendeu.

– Desculpe – pediu – A Rachel já sabe?

– Não tive coragem de contar. Quando peguei o exame e vi que deu positivo, entrei no carro e dirigi até aqui. - Quinn respondeu em um folego só – Estou com medo.

E por fim, Quinn desmoronou. Caiu sentada no sofá e chorou. Brittany correu sentar ao lado da garota, logo seguida pela latina.

– Pelo amor de Deus Fabrey, medo de que? – Santana questionou, fazendo carinho nas costas da loira.

– Parece um filme. Se repetindo de novo na minha cabeça. De novo e de novo. Só consigo ouvir os gritos do meu pai e o choro da minha mãe. E eles me mandando embora de casa – respondeu, quase sem folego – Não posso perder este bebe também. Não vou aguentar, eu... não...

– Hei, para – Brittany pediu – Para, para, olha pra mim – puxou o rosto dela em sua direção, a forçando a encara-la – Os Berry não são seus pais. Eles te amam, cuidam de você. Jamais fariam o que Judy e Russel fizeram contigo, lamb – explicou calmamente, como se dissesse tudo a uma criança.

– A Britt tem razão, Quinn – a latina concordou – E tem mais uma coisa: a Rachel é absurdamente louca por você. Tenho certeza de que ela vai achar incrível a ideia de ter um filho contigo. – sorriu, tentando conforta-la – A Rach tem condições financeiras de criar o seu bebe. Acredita em mim, Q. Vocês vão criar essa criança e vão ser ótimas mães.

– O que eu faço? – Quinn perguntou, um pouco mais controlada.

Brittany levantou, estendendo a mão para a amiga, a fazendo se levantar.

– Você vai voltar para NY, para a sua casa e para sua namorada. Vai sentar e contar pra ela. – o sorriso da loirinha iluminou – E eu e Santana estaremos lá com você.

– Estaremos? – Santana estranhou.

– Sim, estaremos – respondeu entredentes.

– Com certeza. Estaremos. – a latina prontamente concordou – Mas amanhã de manhã, meus amores. A Quinn dirigiu durante todo o dia e está cansada. Então eis o que faremos: Britt você arranja um pijama para a Q colocar. Enquanto isso, eu vou ligar para a Rach e avisa-la que a fujona está aqui, pra ela não se preocupar. Amanhã de manhã, nós tomamos café e vamos para NY. De acordo?

As duas loiras apenas concordaram. Mesmo porque a latina estava visivelmente com sono, e uma viagem até NY com ela naquelas condições não seria nada agradável.

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Santana esperou até que as duas garotas subissem a escada para pegar o telefone e ligar para Rachel. Foi atendida no segundo toque por uma pequena diva apavorada.

– San, que bom que ligou – a voz da garota estava descontrolada – A Quinn sumiu. Ela disse que iria buscar uns exames e não voltou mais. Faz mais de oito horas e não consigo falar com ela. O celular só dá caixa postal, já falei com todo mundo que a gente conhece e...

– Calminha ai, tagarela – Santana a interrompeu – Sua garota chegou aqui em casa agora a pouco. Fica calma.

– Ela está em Lima? Mas o que aconteceu? Ela está bem mesmo? Santana me deixa falar com ela, por favor, coloca ela..

– Rachel, para. – a latina a interrompeu novamente – Confia em mim, ela está ótima. Está lá em cima com a B. Agora me escuta está bem: ela só está um pouco assustada, mas não é nada de mal, eu te juro. Amanhã nós a levaremos de volta pra casa. Você confia em mim, Rach?

– Claro que confio, Santana. –respondeu convicta – Só não entendo.

– Prometo que amanhã você vai entender. Agora preciso que você se acalme e vá para a cama. Vai ficar tudo bem.

– Está bem. Obrigada por ter ligado, San. Por favor, avisem quando estiverem vindo.

– Pode deixar. Te ligo assim que estivermos saindo daqui. Até amanhã.

Santana colocou o telefone no lugar e subiu. Não sabia exatamente o que aconteceria no dia seguinte, mas tinha certeza de uma coisa. Aquela baixinha irritante era mesmo louca por Quinn Fabrey.

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As três saíram cedo no dia seguinte. Como prometido, Santana avisou Rachel de que estavam a caminho. A latina aproveitou para pedir que Rachel se preparasse para ter uma conversa a sós com Quinn, fato que a deixou ainda mais nervosa.

Por ser final de semana, levaram quase cinco horas para chegarem a NY e mais uma hora para conseguirem atravessar a cidade até a mansão Berry.

Ao chegarem, foram recepcionadas por Jo como de costume. A governanta pegou a mochila das duas visitantes e avisou que Rachel as esperava na biblioteca.

– Kurt e Mercedes já acordaram? – Santana perguntou como quem não queria nada.

– Sim, estão na beira da piscina.

– Nós iremos até lá dar oi. – a latina virou-se para Quinn – Você precisa fazer isso sozinha. Mas estaremos logo ali, caso precise. É só chamar, ok?!

Quinn assentiu. Brittany lhe deu um abraço apertado e seguiu Santana até a piscina.

Quinn respirou fundo e caminho lentamente até a biblioteca. Deu uma batida leve na porta e entrou sem esperar resposta. Quando entrou, a morena virou-se rápido em sua direção, e ao vê-la correu até onde estava e lhe abraçou.

– Quinn! – a morena aspirou o perfume dos cabelos da garota, como para ter certeza de que era ela mesma quem estava ali – O que aconteceu, amor? Você quase me mata do coração. Não faz mais isso.

– Está tudo bem, meu anjo – a loira afirmou – Me desculpe. Eu só... precisava colocar as ideias no lugar.

– Não importa. Você está aqui agora – a morena sorriu – Vai me contar o que te deixou tão perturbada? – pediu.

–Vem aqui – a puxou até as poltronas, sentando de frente para ela – Vou te contar, mas quero que prometa que não vai surtar, como eu surtei. Preciso que seja forte, Rach.

– Amor, fala logo. Está me assustando. Não importa o que seja, eu estou do seu lado.

– Ok. Tudo bem, então – a garota respirou fundo – Lembra que te falei que iria buscar uns exames ontem? – perguntou.

– Claro. Disse que eram os exames que meu pai pediu, pra eu não me preocupar – respondeu, ainda um pouco perdida.

– Eu menti. Na verdade, fiz um exame de sangue, porque estava desconfiada de uma coisa. – Quinn falava devagar, escolhendo as palavras que devia usar – De uns tempos pra cá tenho me sentindo enjoada, meus seios estão doloridos e minha menstruação está atrasada. Comentei com você, lembra?

– Sim... Você não consegue se alimentar direito a dias.

– Rachel – a loira apenas fechou os olhos e resolveu dizer de uma vez – Eu estou gravida.

A morena ficou sem ação por alguns segundos. Ela tinha mesmo ouvido aquilo? Quinn estava gravida.

– Ah.Meu.Deus! – exclamou.

Quinn começou a entrar em pânico. A expressão no rosto de Rachel era indecifrável. Era como se não tivesse assimilado direito a informação ou quisesse acreditar. Não dava para dizer. De repente a morena estava em pé andando de um lado para o outro e de repente parou de frente para uma Quinn branca feito cera.

– E-eu vou ser mãe? – Rachel perguntou, olhando nos olhos da namorada.

– Vai... – Quinn respondeu incerta.

– Ah meu deus... Ah meu deus – a morena pulava e ria e chorava, tudo ao mesmo tempo – Nós vamos ter um bebe.

Rachel a segurou em seus braços e a beijou, ela ria feito criança. E foi só então que Quinn se deu conta de que a namorada estava mesmo feliz com a notícia. Deixou-se envolver pelo momento, aliviada por ter Rachel ali com ela.

Rachel se deu conta de sua agitação e parou. Colocou Quinn sentada de volta na poltrona e se ajoelhou entre suas pernas.

– Você está se sentindo bem? Por que não correu pra casa ontem pra me contar amor? – perguntou, um pouco mais calma.

– Eu tive medo, amor.

– De que?

– É só... Quando eu peguei o resultado do exame e vi que deu positivo... Entrei em pânico. A única coisa que me veio à mente foram os gritos dos meus pais e o desespero que eu senti... Me desculpe. – baixou a cabeça, desolada

– Hei, está tudo bem. Eu entendo. - fez a garota olha-la nos olhos novamente – Eu sei que não foi nada fácil a gravidez da Beth e o quanto foi duro pra você ter que entrega-la a outra pessoa – lhe deu um selinho demorado antes de continuar – Mas é do nosso filho que estamos tratando agora, amor. Nós estamos juntas e eu prometo Quinn, que de agora em diante, minha vida é de vocês. E eu faço o impossível para manter nossa família junta.

– Família? – aquela palavra soou deliciosamente calmante aos ouvidos da loira.

– Nós somos uma família agora, Q. Eu, você – colocou a mão na barriga de Quinn – E esse serzinho que está aqui. NOSSO bebe, amor – enfatizou – Nosso filho. – os olhos da pequena diva estavam marejados.

– Eu te amo, Rachel Berry – foi a única coisa que a loira conseguiu dizer antes de beijar apaixonada os lábios da namorada.

– Agora nós só precisamos contar ao Hiram e Leroy – Rachel comentou.

– Ah meu deus. Eles vão nos matar, não vão?

– Não, só nos dar um sermão de uma hora ou mais. Mas no fim, vão adorar a ideia de serem vovôs. – divertiu-se.

– Bom, como são SEUS pais, você conta!

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Rachel pediu para Jo chamar seus pais e dizer que os esperavam na biblioteca. Quinn estava preocupada e Rachel andava de um lado para o outro, ansiosa.

Os dois homens entraram e as observaram por alguns segundos.

– Rachel, querida, o que está acontecendo? – Leroy questionou preocupado.

– Acho melhor vocês sentarem – pediu, apontando para as poltronas.

– Quinn, por que não voltou para casa ontem? Você está bem? – Hiram quis saber, enquanto sentava.

A loira não disse nada, apenas estendeu o exame para o sogro.

– Acredito que isso esclareça um pouco as coisas – sussurrou.

Hiram abriu o papel, leu e olhou de volta para Quinn. Leroy ainda fitava o marido sem entender.

– Pai... – Rachel chamou.

Hiram levantou e, como Rachel antes, andou de um lado para o outro, o semblante indecifrável.

– Pai, por favor, diz alguma coisa. – a morena estava pálida.

– Querido, o que está acontecendo? – Leroy levantou, o segurando pelos braços.

– Nós... vamos ser avôs. – balbuciou.

– O QUÊ? – caiu sentado de volta na poltrona.

– A Quinn está gravida, papai – Rachel explicou, correndo até onde Leroy estava.

– Rachel Barbra Berry – Leroy vociferou – Juro que vou te matar.

Rachel levantou rápido, se afastando assustada do pai. Hiram correu segurar o marido.

O primeiro instinto de Quinn foi colocar-se na frente da namorada, a protegendo. Hiram fez o mesmo, não deixando que Leroy levantasse.

– Rachel, querida, acho que seu pai ficou um pouco... Surpreso. – tentou tranquilizar a filha – Admito que já desconfiava, desde o dia em que a Quinn veio falar comigo.

– E POR QUE NÃO ME FALOU NADA? – Leroy vociferou.

– Pare de gritar, pelo amor de Deus, homem – pediu – Vamos todos sentar e conversar como adultos.

Quinn e Rachel sentaram-se de frente para os dois. Hiram voltou a sentar-se com o marido, segurando-lhe a mão.

– Querido, a Quinn não tem se sentido bem a alguns dias. Todos notamos isso – esperou que o marido concordasse e continuou – Ela veio falar comigo e pediu que solicitasse alguns exames, mas que não dissesse nada por enquanto.

– Verdade. Eu precisava ter certeza. – Quinn continuou – E confesso, ainda estou um pouco apavorada.

– Pai, papai... – Rachel firmou a voz e se colocou à frente da situação – Eu sei que deveríamos ter nos cuidado e que foi irresponsabilidade da nossa parte.

– Para dizer o mínimo, Rachel – Leroy soou mais chateado do que propriamente irritado.

– Querido, elas não precisam disso agora. – pediu.

– Papai, por favor. Aconteceu, ok?! Nós precisamos de vocês.

Quinn estava pálida ao lado da namorada. Um filme passando novamente por sua mente.

– Ok. Desculpem. Me deem um segundo – Leroy levantou e saiu da biblioteca.

Voltou cinco minutos depois com um copo de agua nas mãos.

– Vamos começar de novo, por favor. – pediu – Quinn, querida, como está se sentindo?

– Um pouco ansiosa, na verdade, Leroy. – admitiu.

– Não fique, por favor. Só fiquei surpreso. Realmente não é algo que estávamos esperando, mas... Está tudo bem, querida.

O homem foi até ela e lhe puxou para um abraço. Quinn não conteve-se e chorou aliviada.

– Não se preocupe, querida. Vai ficar tudo bem – a acalmou – Vamos te dar todo o suporte que precisar. E... Ah, meu deus. Vou ser avó. – gemeu.

Rachel e Hiram sorriram aliviados.