Angel whitout wings escrita por Ká Agron


Capítulo 23
Capitulo 23


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas. Hiatus longo, mas voltei XP
Primeiramente, um feliz ano novo para todos. Que 2015 traga tudo o que desejam de melhor!
Não vou me prolongar, então... Espero que gostem.
Até as notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/461946/chapter/23

Marley e Kitty voltaram para a mansão. Estavam todos conversando na sala de estar. Puck pegou a filha do colo da morena e foi coloca-la no berço. As duas garotas também sentaram, ficando em silencio, apenas prestando atenção no assunto.

– Vocês precisam voltar logo – Mercedes comentava – Podiam passar o ano novo com a gente. O que acha Rach?

– Eu acho ótimo. Seria divertido. Estão todos convidados – concordou animada – O que me dizem?

– Eu estarei aqui – Brittany se animou na hora.

Todos concordaram e começaram a fazer planos. Faltava pouco mais de um mês.

Rachel notou que Puck não parecia muito animado, quieto em um canto. Sem chamar atenção caminhou até o rapaz.

– Hei Puck, tudo bem? – perguntou, tocando o ombro do rapaz.

– Sim, claro... Sem problemas Rachel – desconversou sem jeito.

– A Shelby também é muito bem vinda, ok?! – sorriu, compreensiva.

O semblante do moicano se iluminou, ele coçou a nuca sem graça.

– Obrigado Rachel.

A garota o pegou pelo braço, o levando para mais perto de onde os outros estavam.

– Leroy, o que acha de reservarmos o último andar do Standard e a cobertura? – Hiram sugeriu, abraçando o marido de lado.

– Boa ideia, querido. Vou entrar em contato com o John agora. Será uma comemoração incrível – o homem bateu as mãos animado.

Continuaram conversando e fazendo planos, estavam todos muito animados. Quinn contou aos amigos de Lima quão incrível era o hotel e a vista da boate.

– Kitty, acha que consegue vir? – Marley questionou ansiosa.

– Pode contar com isso, Marls – respondeu marota – Vocês vão me ajudar, certo? – questionou Santana e Brittany, que estavam ao seu lado.

– Nem que tenha que te trazer dentro da minha mala dobrada, tampinha – Santana respondeu convicta.

– Está ai sua resposta, baby – deu um selinho em Marley – Estarei aqui.

A garota corou acanhada com o gesto, lhe dando um abraço sem jeito.

– Hei, tudo bem se trouxer meus irmãozinhos? – Sam perguntou – É que meus pais já disseram que vão viajar e eu vou ficar com eles... Eles já são grandinhos, e não dão trabalho... Podem ajudar...

– Tudo bem, Sam – Quinn o interrompeu rindo – Respira. Eles são crianças incríveis. Vão adorar NY. Tudo bem por você, amor? – Rachel concordou.

– Combinado então. – Hiram finalizou o assunto – Depois só nos passem os nomes de quem vai vir. O último andar estará fechado para a gente, de qualquer forma – sorriu – Tenho certeza de que meu marido me deixara maluco até o ano novo – suspirou.

Assunto resolvido, geral dispersou. Kurt, Blaine, Artie e Puck resolveram passar a noite em um pub no centro da cidade. Mercedes e Sam, curiosamente próximos, foram para a sala de tv assistir um filme. Tina e Mike precisaram ir embora, pois tinha compromisso com os pais do rapaz. Hiram estava no escritório com Leroy, ambos resolvendo coisas de trabalho. Sobraram então apenas as seis garotas, sem saber o que fazer durante a noite.

– Tem algo que queiram fazer? – Marley as questionou.

– Podemos jantar fora? – Brittany pediu.

– Boa ideia, B – Quinn concordou – Podemos ir àquele restaurante que me levou quando nos conhecemos, amor.

– Tudo bem. Saímos em uma hora.

As seis subiram para se arrumar. Rachel e Quinn arrumaram Beth, se trocaram e encontraram as garotas no hall. A morena pegou o carro de Leroy, um Chevrolet Spin, para que fossem todas juntas, ajustou a cadeirinha de Beth e saíram de casa. A bebe estava animada, “conversando” com Marley.

Pararam na porta do restaurante, Rachel deixou o carro com o manobrista e entraram. Na hora do jantar, o ambiente era mais soturno e reservado sem deixar de ser agradável.

Quinn ajudava a filha a comer, e a conversa entre as seis garotas era tranquila, sobre amenidades. Rachel observava o olhar bobo que Marley dirigia à Kitty, e tinha certeza, a amiga estava perdida. O pensamento lhe fez rir um pouco mais alto de que desejava.

– O que foi, amor? – Quinn questionou.

– Nada – desconversou – Estão gostando da comida?

– É incrível – Santana respondeu, ainda com a boca cheia, recebendo um beliscão da namorada – Desculpe. É ótima, Rachel.

Terminaram de jantar, Rachel fez questão de pagar a conta. O caminho de volta foi mais rápido, Beth já dormia na cadeirinha, segurando a mão de Marley de um lado e o coelho branco de pelúcia do outro.

Quinn e Rachel subiram com a menina para o quarto. A loira deixou claro que o seu quarto estaria desocupado aquela noite, mas Kitty só aceitou com a condição de que Marley pudesse ficar com ela. Um pouco a contragosto a loira mais velha concordou.

–x-

Marley sentou na cama, enquanto a loira se trocava. Podia ver a sombra dela da porta, e o que via a deixava excitada. O corpo da garota era perfeito.

Kitty saiu do banheiro vestindo uma regata amarela que cobria pouco mais que um terço de sua coxa, e dava pra ver a calcinha dela, branca com caveiras desenhadas. A garota não conteve o sorriso malicioso ao notar o queixo da morena cair.

– Gosta do que vê? – sua voz soava sensual.

Marley não conseguia responder, apenas concordou com a cabeça.

– Bom – concordou, caminhando até a morena.

Kitty sentou no colo da morena, de frente para ela. Marley a segurou firme pela cintura. A loira levou as mãos até o rosto dela, aproximando sua boca.

– Você me enlouquece, Marley Rose – sentenciou antes de beija-la.

Marley sentia-se no céu. A boca de Kitty era doce e a pele sob seus dedos era macia como seda. O beijo era delicado e apaixonado, como se para durar para sempre.

Kitty forçou seu corpo sob o da morena, a fazendo deitar. A garota obedeceu prontamente. A loira apoiou as mãos do lado da cabeça da garota, a olhando nos olhos.

– Você é linda sabia? – comentou, fazendo Marley corar – Eu não sou o tipo de pessoa que faz muitos elogios. Mas... Não consigo parar de te olhar e me perder nos seus olhos.

O brilho nos olhos de Kitty derreteram Marley. Mas a morena estava apreensiva e precisa dizer o que passava em sua mente.

– Amanhã cedo você volta para Lima. Devem existir dezenas de líderes de torcida atrás de você...

– Verdade – concordou – O que não quer dizer que alguma me interesse – voltou a beijar Marley.

A morena sorriu. Não sabia como, mas Kitty a tinha. E ela não sabia como deixar o que sentia de lado.

–x-

Quinn estava em pé ao lado do berço, observando a filha dormir. Rachel se aproximou, acabando de vestir a blusa do pijama, abraçando a namorada.

– Ela se parece tanto com você – sussurrou.

– É o que todos dizem – sorriu – Vou sentir falta de tê-la por perto. Esse final de semana foi incrível, morena.

– Foi sim, princesa.

– Obrigada.

– Pelo que?

– Por me amar. E ser essa pessoa incrível.

Rachel não respondeu. Apenas a puxou para mais perto, lhe dando um selinho demorado.

– Melhor irmos pra cama. Amanhã temos que leva-los cedo para a estação – Quinn a pegou pela mão, a guiando para a cama.

–x-

A manhã seguinte foi uma loucura. Era gente correndo, malas espalhadas por todos os lados do hall de entrada. O café da manhã foi tomado de pé, ás pressas.

O caminho até a estação foi barulhento. Um queria falar mais que o outro. E na hora da despedida, um breve silencio tomou conta. A sensação era a de que pedaços estavam sendo distribuídos. Quem ia levava um pouquinho dos que ficariam, e vice-versa.

Marley sentia uma angustia absurda no peito, um vazio amedrontador, que nunca sentira antes na vida. Em silêncio, puxou Kitty para mais distante dos amigos. A loira notou a aflição nos olhos da garota.

– O que foi, Marls?

– Não sei... – sussurrou – Algo aqui dentro... – pousou a mão perto do coração.

– Não se preocupe, baby – Kitty cobriu a mão da morena com a sua – Eu volto – sorriu – Aqui – tirou o cordão que estava em seu pescoço – Fique com ele – o pingente era a letra K dourado – Nunca o tirei, mas quero que cuide dele pra mim, até eu voltar. Pode ser?

Marley concordou, olhando para o pingente. Seu sorriso se iluminou. Deu um beijo demorado na loira, a abraçando forte.

– Kitty, temos que ir – Brittany chamou.

A loira sorriu uma vez mais e correu de encontro aos amigos. Marley ficou parada onde estava, com o mesmo sorriso bobo, observando o trem se afastar.

Quinn foi até a morena, notando o completo estado de torpor da garota. Parou ao seu lado e a abraçou pelos ombros.

– Minha irmã realmente viu algo em você, Marls – sorriu – Nunca vi ela se abrir tão facilmente para alguém. Você é especial.

– Obrigada, Q.

–x-

As semanas se passaram. Tanto em NY quanto em Ohio, os dias eram contados um ai. Uma contagem regressiva silenciosa.

Kitty e Marley se falavam diariamente, o dia todo. Quinn vez ou outra provocava a morena, dizendo que ela tinha mais notícias de sua irmã do que ela própria. Mas era apenas para aborrecer a cunhada.

Foi na manhã de natal que Marley resolveu ter uma crise de ansiedade. Sem avisar aos pais, pegou o carro e dirigiu sem freios até a mansão Berry.

Tocou a campainha e entrou correndo, sem ao menos desejar Feliz Natal à Rachel, quando abriu a porta.

– Preciso de ajuda.

A respiração ofegante e o olhar quase psicótico da garota, assustou a todos. Quinn se aproximou dela, a fazendo sentar na poltrona e respirar. Hiram apareceu em seguida, entregando um copo de chocolate quente para a menina.

– Vai ajudar a se acalmar – deu de ombros.

Marley tomou um gole, respirando fundo. Só então se deu conta no que tinha feito e corou.

– Desculpem chegar aqui assim. Feliz natal! – sussurrou acanhada.

– Sem problemas, querida – Leroy a acalmou – Vamos deixa-las a vontade.

Quinn e Rachel sentaram de frente para a amiga, esperando que ela se acalmasse.

– O que aconteceu, Marls? – Rachel quis saber.

– Eu... escrevi algo. Para a Kitty... – explicou, um pouco mais controlada – E, como não sei tocar nada, pensei que... Talvez pudesse me ajudar... Desculpe vir assim, é que eu fiquei tão...

– Tudo bem, Marls. – Quinn a interrompeu – A gente entende – sorriu.

– Você está com a letra? – Rachel perguntou, e a morena concordou – Posso ver?

Tirou o papel amaçado do bolso e entregou para que as duas vissem.

– Está muito bom, querida – Rachel comentou – Acho que tenho a melodia perfeita – sorriu.

Rachel as levou até o piano e começou a dedilhar. Marley gostava do que estava ouvindo. Era suave no começo, fica intensa no refrão, e terminava suave.

– Você vai cantar pra ela, certo? – Quinn pediu.

– Não sei... Não canto bem...

– Besteira, Rose. Sua voz é linda.

Rachel a fez sentar e acompanha-la. Quinn apenas ouvia e a voz da amiga era encantadora, encaixava perfeitamente com a melodia de Rachel.

– Lindo, Marls – comentou, quando as duas terminaram – Você tem que cantar no ano novo.

– Está louca? – exaltou-se – Na frente de todo mundo?

– Seremos só nós, querida – Rachel argumentou – Prometo estar do seu lado. O que me diz.

–x-

Noite de ano novo

Como combinado, estavam todos na boate do hotel. Leroy tinha reservado apenas para os amigos e familiares.

Os irmãos de Sam se divertiam mais que qualquer um, correndo de um lado para o outro, com Beth sempre por perto.

O lugar estava todo decorado e a vista, tão perfeita quanto da primeira vez que Quinn estivera ali.

A loira distraia a irmã, enquanto Marley e Rachel se preparavam. A loirinha estava impaciente.

Rachel, por sua vez, tentava acalmar os nervos de Marley.

– Vamos lá, Marls. Vai dar tudo certo. – sorriu, lhe abraçando – Respira fundo. Sabe o que tem que fazer.

As duas caminharam até o piano. Rachel chamou a atenção de todos, pedindo que se aproximassem. Como o combinado, Quinn levou a irmã até perto delas.

Marley pegou o microfone, respirou fundo e falou.

– Hei, boa noite pessoal. Desculpem interromper a festa... – sorriu acanhada – É que... Kitty, meu presente de natal está atrasado então... Só escuta.

Rachel começou a tocar e Marley a acompanhou em seguida.

And suddenly you came

Turns my life, make me feel

And anything else make sense

All that I want it’s you

You take care of all my dreams

Marley não desviava os olhos da loira. Foi o que Rachel disse que deveria fazer. E a loirinha parecia surpresa.

It’s insane

How much I want you

How much I need you

And all I can think about it’s your voice

I call you my queen and means a lot to me

I’m not a good person

And I have a lot of problems

But I need you to know

I’ll never hurts you

Kitty não conseguia tirar os olhos da garota. A voz dela era incrível, e a música... Simplesmente explicava exatamente tudo o que se passava em sua mente. Ninguém nunca fizera nada parecido por ela. Nunca.

Suddenly I start to believe

Maybe fairy tales may be real

All I am is in your hands now

And you can do everything you want

Marley terminou, deixou o microfone em cima do piano e correu até Kitty. Independentemente do que a loira estivesse pensando naquele momento, precisava estar em seus braços.

Kitty a recebeu prontamente, a envolvendo em seus braços. Podia ouvir os amigos aplaudirem e gracejarem, mas a única coisa que importava era a morena.

– É a coisa mais linda que já fizeram por mim, baby – sussurrou no ouvido dela – Foi incrível. Obrigada. – pode sentir a garota relaxar.

– Hey pessoal – Puck gritou – Faltam cinco minutos para a meia noite.

Todos correram para onde a vista dava para o rio Hudson. Mercedes e Sam estavam com a garrafa de champanhe pronta para ser estourada, os irmãos ao seu lado.

Hiram e Leroy se aproximaram de Rachel. Quinn estava ao seu lado, segurando a filha nos braços. Puck e Shelby estavam próximos. Santana abraçava Brittany, que estava à sua frente. Kurt e Blaine, Tina e Mike também estavam ali, bem perto dos amigos.

A contagem regressiva se iniciou. Promessas eram feitas silenciosamente. A esperança tomava conta do ambiente.

Esperança de um novo ano, cheio de novas conquistas, novas experiências. E o desejo crescente, de estarem sempre juntos.

– Feliz ano novo! – gritaram todos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, pessoas... O que acharam? Espero coments...
Esclarecendo, a musica que a Marley canta, é minha. Mas como a Marls, eu não sei tocar nada, então não tenho melodia pra ela. Se alguém quiser se aventurar... Ficaria feliz pela colaboração.
Então é isso.
Até o próximo.
Bjin,
Ká Agron



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Angel whitout wings" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.