Noite após noite, não consigo dormir... Ambre.... saco.... pro inferno...

–Annie-chan? - perguntou Chiharu, ela parecia assustada comigo.

–Hum? - murmurei. Ela apenas deu um sorrisinho e apontou pra mim.

–Que foi? Que cara de carranco é essa? - ela disse sorridente.

–A Ambre. Ela não para de encher o meu saco de paciência de eu estar tornando sua amiga. - Nexo. Essa frase não teve nenhum.

–Am... - ela fechou a boca. Ok, entendi, você não entendeu nada.

–Ambre estar brava por mim ser tu amiga! - falei lentamente. Ok, sentido, essa frase teve vácuo.

–Eu sei! Eu capitei isso dês de o começo, só estava pensando em como concertar. Acha que sou burra ou oquê? - ela olhou pra mim com uma cara de dã, e um sorriso estampado no rosto.

–Você tem Dawn. Só acho. - falei.

–Ui! Com toda a certeza você está nervosíssima. Mas cuidado. Estresse cria rugas! Tem de tratar melhor a pele pelo Kentin! - ela deu uma vele piscadela, e depois acenou um leve tchau. KENTIN! GÓD! EU ESQUECI DO RAPAZ! Saí correndo a toda tona, até eu chegar em um banco no pátio, abaixo de uma árvore. Lá estava Kentin, sentado sossegado mexendo no celular.

–KENTIN! - gritei, ele olhou pra mim com cara de "WHÁTA?" e quando viu que era eu sorriu, eu sorri também. Mas daí a besta põe o pé na frente do próprio pé, tropeça e esculiambala o rosto no chão. Kentin vem correndo na minha direção.

–Vocês está bem Annie? - perguntou ele preocupado.

–A-Acho que sim. - respondi, enquanto me levantava. Kentin corou. -Hum? - perguntei, meio que um resmungo perguntativo.

–Hah? Ah, nada. - falou ele. - Só pensei, que... você mudou.

–Mudei? - nem notei.

–Sim. Deixou de ser a tímida. Seilá. Está mais espontânea, cheia de vida e luz... - falou o Kentin, já se perdendo nos pensamentos.

–Annie chamando Kentin de volta pra terra. Oi! - falei a última frase quando ele olhou pra mim, e então ele deu um risinho.

–Oi. - disse ele. E então ele começou a se aproximar, e eu a entrar em pânico. O que eu faço? Ok, vamos ver em alternativas. 1º alternativa : chutar o saco dele e sair correndo igual uma doida... um... acho melhor não. 2º alternativa : gritar igual a doida. Também acho que não... um.. 3º alternativa : Beijá-lo de uma vez... aceitável, mas não. 4º alternativa : ... EU NÃO TENHO UMA QUARTA ALTERNATIVA! O GÓD, O QUE EU FAÇO? POSEIDON ME AJUDA! - Tem uma folha na sua cabeça. - ele disse por fim, quando eu estava JÁ. QUASE. MORRENDO. DE VERGONHA! TAVA LÁ TENDO UMA TAQUICARDIA E ELE VEM FALAR. DE. FOLHAS. NO. CABELO!? Não aguentei, que clichê! (frase da Chiharu, desculpa Chi-chan por roubar sua frase!) Peguei ele pela gola e o puxei. Se não for hoje, vai ser quando? Vamos lá coragem, você consegue! E então....

Beijei-o. Primeiro ele entrou em shock, e eu me arrependi. Quando eu ia soltar, ele me puxou para mais perto. Estava mais relaxado já.

–MASOQUÊ!? - gritou Ambre. - O quê está fazendo mocinha? Beijando um ser desse nível? - Ó GÓD! AMBRE! PORQUE TU?

–A-A-A-Ambre? - gaguejou Kentin, depois de termos nos separados.

–Eu apenas... - disse timidamente. Estava envergonhada, mas realizada ao mesmo tempo. Ó CEUS! JÁ PODEM ME LEVAR! KENTIIIN~~~ !!

–QUE VERGONHA! VOCÊ AINDA NÃO CONTOU A ELA? - opa.... contar o quê?

–Contar o quê? - fiz a voz mais meiga que pude. Queria saber sobre isso.

–Eu e Kentin já nos... - o Kentin, em uma velocidade rápida, tampou a boca da Ambre. Não me diga que.... eles... lágrimas começaram a correr.

–E-Eu... v-você... - quando finalmente quebro a barreira... ele vem... e.... - Você... v-você...

–O-Olha Annie, não é nada disso que você está pesando! - falou Kentin.

–É sim! - falou Ambre, sorridente. Não acredito... minha mente entrou em chock.

–Annie. - Kentin colocou sua mão em meu ombro. Nojo. Foi o que senti. Ele... tirei a mão dele de mim.

–NOJO! SAI! SAAAAAAAAI! - gritei, apavorada, e saí voando. Corri e corri, até que esbarrei em alguém, que eu NUNCA queria ter esbarrado.

–Que foi nanica? Não consegue enxergar daí de baixo? - perguntou o rei do sarcasmo. Castiel.

–NADA A VER! TOMATE! VAI LÁ SABER QUAL A SUA DOENÇA? ECA! SAI! - falei empurrando, já não pensava em minhas atitudes mais. Minha mente estava embaralhada.

–Opa, opa! - ele pegou o meu pulso. - Qualé estressadinha! Sossega o facho! Que foi? - O QUÊÊÊ? Ele sendo gentil comigo?

–Qual a da manha? Porque a da gentileza?

–Cê sabe né? Pontos com a Chiharu. Hein! Vê se fala com ela sobre isso! - falou ele. Tá perdido, tá loco, mas salvado? Aã! Esse não tem mais chance. Mas let's give a chance.

–Ok. - falei. Quando ia sair, ele me agarrou pelo pulso outra vez.

–Ainda não terminei meu trabalho. E então? Qualé da depressão? - ok. Isso é muito estranho. Weid Weirdo. Akward. Mas ok. Desabafei, contei tudo. Já nem me importava se ele estava ouvindo ou não, foi um peso a menos em meus ombros. - Acho que a Ambre te enganou. - falou ele sinceramente.

–Você ouviu o que eu te falei? - fiquei surpresa. Ele emburrou a cara.

–Acho que ela mentiu pra você. Tipo, acha mesmo que o namorado da barbie em pessoa iria trair você? - perguntou ele. Pera. Namorado da-... atah...

–Não, não acho.

–Então! Fale com ele, pergunte o que foi. Mas o mais importante. Passado é passado. Não adianta chorar pelo que já foi, o que faz a diferença é seguir pelo está a ocorrer e batalhar para o que o que está por vir ser bom. - falou Castiel poeticamente, por mais incrível que seja. Apenas olhei espantada para ele. - Então, terminei o trabalho. Té mais! - acenou um tchau e se foi. Como o Castiel falou, fui falar com o Kentin.

–Annie! - ele correu, e me abraçou. Apenas o retribuí. Queria escutar, agora, o que ele tinha a falar. - Isso faz a muito tempo. Na época em que eu acabara de sair da escola militar. Ninguém me reconhecia mais. E todos apenas me ignoravam. Como deve saber, eu já estudei aqui, mas sofri agressão. Antes de parar em um colégio militar, conheci Chiharu, e bem... amor de criança. Mas ela nunca sentiu nada por mim. Por isso treinei duro pra me tornar o que sou hoje. E quando voltei, fui tomado pela ira e vontade de vingança... e acabei beijando a Ambre. Mas sem qualquer sentimento... hoje me arrependo. Sério! - disse Kentin, triste. Com olhos de cãozinho pidão.

–Eu te perdoo Kentin. - disse abraçando-o. Ele apenas me retribuiu. Ele se arrepende. Ambre usou isso contra mim. Mas por quê? Será que ela sempre foi uma falsa? Em algum tempo, sem perceber, acabei derrubando uma árvore apenas ao socá-la, de raiva e frustração que eu sentia pela Ambre.

Ela mexeu com a pessoa errada. Pois ela sabe muito bem com quem está mexendo... e EU não mais alguém que irá aturar isso. Espere por mim Ambre. Esse seu rostinho se tornara essa árvore! EM PEDAÇOS!