Quebrando as correntes do destino escrita por Jose twilightnmecbd


Capítulo 44
Sonho


Notas iniciais do capítulo

POV Edward



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Edward

Estou sendo carregado. Todas a as juntas e cada centímetro do meu corpo doem. Ainda não sei se estou mais vivo ou mais morto. Não acho que estou respirando.

Tenho vontade de gritar quando me deitam em algum lugar não muito macio. Mas nenhum som sai de meus lábios. Tentam me fazer beber algo, sinto mãos agindo no meu corpo. Em nada consigo responder. Tento abrir os olhos. Vozes se misturam e não consigo discernir nada e ninguém. Deixem-me para morrer! Quero gritar. E então escuridão é tudo o que vejo.

Bella? Estou sonhando? Vejo Isabella de costas para mim, ela sente minha presença e se vira sorridente. Meu arco-íris pessoal. Ela está se balançando... não, ela está embalando uma criança! Meu filho? Nosso filho! Quero ir até ela, mas estou com os pés fixados no chão. Quero gritar e não sai nenhum som sequer. Quando estou quase entrando em desespero total, ela ergue a criança. É um menino lindo, mas... ele é loiro e muito branco. Muito parecido com os filhos da senhora Jéssica.

Não pode ser. Não! Este filho não pode ser dele! Não, nunca!

Abro os olhos com dificuldade. Está escuro, ouço vozes ao longe, mas não vejo ninguém. Tento me mover, não consigo. Devo estar entorpecido. Pois nem a dor que me é aliada para saber que ainda estou vivo, eu posso sentir. E caio novamente na escuridão total.

Sou acordado por um cheiro conhecido. Madeira e frutas amarelas. Sei que ela está aqui. Preciso abrir os olhos. Não consigo, meu corpo não obedece aos meus comandos. Estou perdido. Porém salvo. Ela está aqui, nada mais importa.

Poesia. Conheço os versos que ela recita. Gonçalves Dias. Vou acompanhando mentalmente e busco forças de todo o profundo do meu ser para recitar com ela os últimos versos:

“[...]Assim eu te amo, assim; mais do que podem

Dizer-te os lábios meus, - mais do que vale

Cantar a voz do trovador cansada:

O que é belo, o que é justo, santo e grande

Amo em tí. - Por tudo quanto sofro,

Por quando já sofri, por quanto ainda

Me resta sofrer, por tudo eu te amo!”

Termino de dizer e abro os olhos.


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