O sinal para a saída tocou. Mônica voltava para casa sozinha falando ao celular quando de repente Cascão esbarra nela de forma proposital deixando seu celular cair no chão. Furiosa, ela se agaixa para pegar seu aparelho para logo em seguida dar uma bela surra no outro. Mas ao se levantar, ela constatou que seu amigo havia desaparecido, deixando ela com cara de paisagem.

No dia seguinte, sexta-feira, a turma se reuniu para conversar antes da aula começar. Foi quando Cascuda percebeu que Cascão tinha faltado de aula.

– Que estranho, o Cas não é de faltar aula à toa. - disse Cascuda.

– Não vou me surpreender se ele não vier mais à escola, afinal, um fim de um relacionamento pode causar muitos efeitos colaterais e danos irreversíveis ao psicológico da pessoa e tals... - disse Denise querendo botar lenha na fogueira, como sempre.

– Não liga pra ela, Cascuda. - falou Cebola. - Assim que terminar a aula eu vou passar na casa dele e te ligo passando notícias.

– Obrigada, Cebola, irei aguardar a sua ligação.

– E então, pessoal, e o Cascão? - chegou Titi. - Ele não pode faltar de aula às sextas-feiras! Ele sabe muito bem que é dia de educação física e o time precisa dele!

– Ai por favor né, Titi! - disse Magali não muito amigável. - A gente preocupado com o que pode ter acontecido com o nosso amigo e você fica aí só pensando em coisas inúteis!

(Titi) - Acontece que o time é assunto sério nessa escola! O campeonato está chegando e precisamos estar preparados para receber... Ou melhor, temos que estar preparados para ganhar do time do bairro do Caju!

(Magali) - Eu não acredito como você pode ser tão insensível...

(Titi) - Mas é claro que não sou! Isso é coisa de menininha e...

– Ei ei ei! - disse Cebola interrompendo a discussão. - Já chega vocês dois! Todos estamos preocupados com o nosso amigo, independente da situação né, Titi?! - ele olhou para o amigo com um olhar do tipo "ajuda, né?".

(Denise) - Quem sabe ele foi é aproveitar a noite de solteiro ontem e chegou tarde...

– Quieta Denise!

O sinal para começar a aula toca e todos voltam para suas respectivas salas. Mônica acompanhou Cebola perguntando o que será que poderia ter acontecido.

No fim da aula, Cebola, como prometeu, foi até a casa do amigo o mais rápido possível para tentar resolver esse mistério de uma vez por todas.

– Cascão! CASCÃO! Sou eu, o Cebola! - ele gritava mas ninguém o atendia. Quando estava se preparando para ir embora, a porta se abre. Era a mãe do Cascão que estava com a face preocupada.

– Olá, senhora, tudo bem? Eu vim aqui ver o Cascão. Ele não foi para a escola hoje e ficamos preocupados, já que ele não é de faltar... Ele está?

– Quer dizer que você ainda não sabe? - dizia ela querendo chorar. - O Cascão não dormiu em casa...

– O que? Mas como assim? Ele viajou?

– Não... Pior, Cebola. Ele desapareceu. - disse ela já aos prantos. - Desde ontem depois da aula não temos pistas de onde ele possa estar...

– O QUÊ?! - disse ele assustado.

CONTINUA...