Erro escrita por Sweet rose


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hoje resolvi postar dois capítulos, para não deixar a explicação pela metade.



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Passei correndo pela recepção, chamei o elevador, tentava colocar minha cabeça em ordem. Fui para minha mesa, joguei minha bolsa em uma gaveta, conectei meu tablete ao teclado de mesa, levantei minha cabeça, e quase caio para traz.

Na minha frente , sentado em um sofá de espera havia um senhor fardado, na casa de sessenta anos, cabelos bem aparado e grisalhos, olhos azul escuros, pele clara e rosto severo.

Oliver passa por mim, me cumprimenta com um sorriso e chama, o agora General J. Thompson, para entrar em sua sala.

–Felicity, por favor, peça a copa para providenciar dois cafés. –Eu concordo com a cabeça, e vejo os olhos do General, eles não demonstram nenhuma reação, são frios.

Demoro um pouco para eu voltar a mim. Pedi o café com um sache de açúcar e em poucos instantes foi providenciado, adocei a xícara que seria de Oliver. Entrei na sala junto com a copeira, entreguei as respectivas xícaras. Oliver o encarou e perguntou:

–Senhor gostaria de açúcar ou adoçante?

–Não.

Ia saindo da sala sem olhar para o General Thompson.

–Senhoria Smoak, poderia tomar nota das próximas questões.

–Senhoria Smoak?

Oliver o encarou intrigado, e eu continuei com minha cabeça baixa. Sai da sala e fui buscar meu tablete. Sentei na cadeira vazia afrente de Oliver, que estava atrás da sua mesa, e ao lado do General.

–Senhorita Smoak?- o General voltou a indagar.

Olhei nos olhos, mostrando uma falsa coragem.

–Não queria um nome que me ligasse ao exército. Então decidir usar o sobrenome de solteira da mãe.

– E para isso escondeu de quem você é filha.- Em nenhum momento meu pai levantou a voz, mas o conhecia muito bem e sabia que ele estava muito, mas muito bravo.

–Queria crescer por minha conta, por isso não aceitei o emprego no pentágono.

–Servir café me parece muito mais interessante.

Olhei para Oliver em busca de socorro. O coitado estava pálido, parecia esta vendo um fantasma. Percebi que pela primeira vez o meu ‘herói’ não iria me salvar, quão irônico era aquilo, enfrentar bandido, psicopatas e o escambal tudo bem, enfrentar o sogro ham... não.

Fechei os olhos, respirei profundamente e segui:

–Quais são os pontos?

Estava deitada na minha cama, tentado repassar o dia. Não fui ao clube, se algo ocorresse Diggle ou Oliver me chamaria.

Olhei o relógio, oito horas.

Peguei um casaco e minha bolsa, desci, entrei no carro.

Cheguei ao Vinil e estava cheio, já que era sexta-feira. Sentei no banco enfrente o balcão, Daniel pegou dois copos de tequila.

–Um pra você e outro pra mim!- Virei sem nem pensar.- Caio voltou a Gothan, o irmão dele foi preso de novo. –Eu encarei, aquilo não me surpreendia, já devia ser a quarta vez que o Michel ia preso, mas o que me deixava irada era o fato de Caio sair correndo para resolver os problemas de pessoas que tinham vergonha dele.- Não sou o Caio, mais se precisar...

–Obrigada Daniel, mais isso aqui tá cheio hoje, deixa eu te ajudar, assim minha noite passa e você não fica tão sobrecarregado. – Eu realmente gostava do Daniel, era como meu irmão mais velho, foi uma conexão imediata, e ele era tão diferente de Caio, era mais sereno, centrado e comedido, o oposto do meu amigo, isso os tornavam perfeitos um para o outro. O que eu mais gostava do Daniel era o quanto ele era apaixonado por Caio, era lindo de se ver.

–Valeu!

Passou algumas horas, e eu fiquei ali entre servi cervejas e preparar coquetéis, conversar com os meninos da banda e tentar superar o meu dia, quando ouvir a voz de Oliver:

–Uma cerveja.

Levantei meus olhos e vi que ele estava sereno, quase sorrindo, com certeza a minha expressão favorita dele.

A noite foi calma e apesar de no início ele ficar meio tenso quando um dos meninos da banda vinha brincar comigo, ele percebeu que era só amizade da minha e da parte deles. Já na saída estava tudo em clima de festa. Vi Daniel puxar Oliver para o lado, não consegui ouvi o que eles falavam, só via Oliver assentir com a cabeça, e no final Oliver e Daniel deram se as mãos em sinal de que chegaram a um denominador comum.

Eu fui até meu carro, apesar de estar no bar, só tinha tomado à tequila do começo da noite e já passava das quatro da manhã. Oliver foi no banco do passageiro. Diggle tinha levado o até o bar e depois ido embora.

–Quer que eu te deixe em casa?

–Só se você ficar comigo?

–Na minha então?!

Agente foi conversando relaxados, nenhum de nos queria puxar o assunto General.

– O que o Daniel queria com você?

–Avisar pra eu tomar cuidado.

–Como assim?

–Ele falou que se eu te machucasse iria me arrepender, sinceramente ele me deu um certo medo.

–Como assim, como ele descobriu?

–Não sei, mais o Diggle também já sabe!

–Como?

–Acho que o Diggle sabia antes de nós.

–Faz sentido. – Eu digo resignada.

Chegamos em casa, ele colocou a bolsa em cima da cama, e foi pro banheiro, tirou o terno, a gravata e a camisa, era uma cena linda. Vira para mim e pergunta:

– Então agente fala do General agora ou deixa para de manhã?

–De manhã.

–Mas ele não te ligou pra dizer que viria? E depois?

–Nada, acho que ele esperava que eu não o visse, acho que eu também.- Oliver estava um tanto quanto surpreso pela maneira que o meu pai tinha se portado.- Não se preocupe, ele me trata assim, mas no fundo... é ele realmente não liga! – eu dei um sorriso irônico para Oliver.

Estávamos na mesa da cozinha, e devido a noite anterior já era um tanto tarde, tarde o suficiente para que o nosso café poder se considerado um lanche da tarde, mas se levar em conta da hora que realmente fomos dormir era a hora de ir tomar café, acho que estávamos bem.

–Mas eu pesquisei sobre a sua vida, antes de te procurar.

–Oliver quem foi que me pesquisou?

–Eu.

–E foi por isso que você me chamou para ajuda-lo, sabe... você não é muito bom em coleta de informações- Eu falei isso entre goles de café.

–Você tem um relacionamento complicado com toda sua família ou só o seu pai?

– Não me entenda mal, eu amo minha família, amo muito, mas temos divergências muito fortes, e com o meu pai, bem digamos que temos pontos de vista que equivale a Judeus e Palestinos.

–Entendo.

–Mas você também ficou um pouco pálido quando descobriu que o General era meu pai.

–Eu.- ele deu um meio sorriso.- Fiquei normal.

–Oliver, você parecia que tinha visto um fantasma que carregava uma foice que tentava arrancar a sua perna.

–É.- Ele engasgou com o café.- Acho que estava um pouco mais assustado que isso! Mas acho que é normal quando você conhece o pai da sua namorada. Se já fiquei assustado na época quando conheci o pai da Laurel que era policial, com o seu pai foi um pouco mais estremo.- Eu ria descaradamente lembrando a cara que Oliver fizera.- Você esta rindo, mas quero ver quem vai rir quando você for apresentada oficialmente como minha namorada à minha mãe.

Eu engasguei, e precisei de um tempo para voltar a respirar.

–Oliver, você não contou? Né? Eu te pedi um tempo, e duas pessoas já sabe, se duvidar o Caio também, diz que você não contou para sua mãe também?

–Calma, ainda não contei. Mas vou, só questão de tempo. Minha mãe vai perceber que eu não tenho passado muito tempo em casa Felicity e logo vai juntar os pontos.

Eu me acalmei.

–É mais eu já conheço a sua mãe, sua irmã, e seu ex padrasto. Você se assustou todo e só conheceu meu pai, imagina quando conhecer o resto da família.

–Muito grande?

–Além da minha mãe, que quando quer é mais amedrontadora que meu pai? –Ele assente com a cabeça. - Minha irmã que é uma fera?- Ele engole em seco e assente nova mente. - Tenho um tio, Edward, por parte de mãe, agente do FBI. Duas tias por parte de pai, uma, tia Jane, medica aposentada do exército inglês, outra, tia Vitoria, aposentada da MI6. – Eu bebericava o café pensativamente. –Claro tem o namorado da tia Vitória, Ivan, ex-agente da KGB. - Acho que são eles.

–É, acho melhor esperar um pouco.

Eu olhei para ele e ri. Fui em sua direção e sentei no seu colo.

–Mas sabe com que você realmente deve se preocupar? – Ele estreitou os olhos alarmados. Eu não pude evitar ri. – É com um arqueiro que tem na cidade... Ele já invadiu a minha casa de madrugada, acho que ele tem uma queda por mim.

– Você acha?- Eu concordei com a cabeça. - Eu tenho certeza. - Ele pegou minha cabeça e me beijou até que nossos pulmões gritassem por oxigênio.

Ok, eu admito, eu enrolei o máximo que pude, mas como dize que depois que o pai maluco do melhor amigo do Oliver tentou destruir o Glades a organização que ele pertencia estava tentando cuidar, e quando digo cuidar significa eliminar, com todas as testemunhas do causador do problema. Bem você sabe, não é apenas um problema genérico da cidade. Era um míssil teleguiado com nomes e fotos de todos os envolvidos, bem resumindo éramos eu, Oliver, Diggle, Sra.Queen, a Thea, Laurel, Roy e o detetive Lance, e provavelmente Walter.

Quando chegamos ao clube, Oliver notou que fiquei tensa, mas não disse nada, descemos as escadas e encontramos um Diggle com um olhar brincalhão como se disse ‘ eu sabia antes de vocês’, eu ignorei isso, fui ao seu lado, dei um beijo no rosto e distanciei-me até os computadores.

–Ok, Felicity, o que tá acontecendo, até a pouco você estava feliz e agora esta ai, assim.

Eu parei o que estava fazendo, respirei e virei minha cadeira pra ficar de frente para eles.

–Bom ontem, antes do meu pai aparecer e nos deixar constrangidos e deixar você com medo e.. – Oliver levantou a sobranceia. – Bom antes disso tudo, eu tinha ido almoçar com o meu amigo do planeta.

–Aquele das informações sobre a organização?- Diggle perguntou tentado se lembrar.

–Esse mesmo. Ele me disse que a jornalista que tinha feito a cobertura do caso não tinha perdido contato com a fonte. A fonte disse para a jornalista que a Liga quer eliminar todas as pontas soltas relativas ao incidente, eles querem eliminar todas as pessoas que sabiam que Malcolm Merlyn estava envolvido com a Liga. Eles querem nos eliminar.

–Mas como você pode ter certeza que essa fonte é confiável.

– Diggle, a repórter em questão é Lois Lane. Eu não sei o que vamos fazer.

–Eu sei, eu sei que fiz errado, eu sei que envolvi vocês nisso, eu sei que vocês vão sair dessa cidade, vão criar nova identidades e eu vou enfrentar essa seita sozinho.

Eu via a agonia nos olhos de Oliver. Eu levantei e o abracei, colocando meus braços envolta do seu pescoço. Encostei minha testa na sua.

–Eu não vou a lugar nenhum.

–Nós não vamos a lugar nenhum.-Diggle fez uma afirmação enfática.

Oliver me afastou.

–Eu não devia ter envolvido nenhum de vocês nessa minha loucura agora vocês estão em perigo, Felicity você se tornou um alvo duplo.

–Eu não sou um alvo duplo porque estamos juntos, sou um alvo porque te ajudei, e faria tudo de novo. E vou fazer o que for preciso para impedi-los também.

–Não vocês dois vão embora.

Diggle ia falar alguma coisa mais eu impedi.

– Oliver, não somos só nós dois, são a sua mãe, sua irmã, Laurel, Roy e o detetive Lance e talvez Walter. E você não nos envolveu nisso. Você salvou centenas de vidas naquela noite.

–É e coloquei aqueles que eu mais prezo e amo na linha de frente. Você vai entrar no primeiro avião e vai para Gothan.

–Não vou.

– Vai

Eu olhei para o cara dele e dei um tapa em seu rosto.

– Não sou uma bonequinha indefesa, e enquanto você pensar assim você vai ter sérios problemas. Realmente acha que eu vou me esconder na casa dos meus pais enquanto você sai por ai tentando salvar a cidade, e falhando, sozinho? É isso que você espera de mim? –Oliver ficou quieto. Fui até minha cadeira e sentei-me. –O que eu posso adiantar é que eles já tem gente infiltrados na cidade, e esse soro o MIRAKU e a prova disso, não é material barato de se desenvolver, e nem tudo pode ser simplesmente roubado.

– Eu preciso respirar. – Oliver pegou seu arco trocou-se e saiu.

– Desculpe Felicity, eu também estou me sentindo meio claustrofóbico aqui dentro. –Falando isso Diggle pegou seu casaco e saiu.

E eu fiquei lá.

‘Ótimo, porque eu adoro ficar sozinha em um momento de crise. ’

Meu sarcasmo era cortante até em meus pensamentos.

Levantei e fui até a mesa onde Diggle deixa suas armas, peguei uma pistola automática, era mais pesada do que eu me lembrava. Se eu realmente quisesse ajudar nessa guerra que iria começar teria que deixar de ser uma inútil, e me lembrar dos treinamentos que meus pais e minha tia tinham me passado. Sentei em uma cadeira e comecei a desmonta-la, era incrível que mesmo passando uns dez anos que eu não pegava em uma pistola como aquela eu ainda sabia exatamente como desmonta-la limpa-la e instalar o silenciador. Minha tia sempre me dizia que a melhor arma e aquela que você conhece.

Levantei-me e fui em direção a onde Diggle treinava tiro. Mais uma vez eu me surpreendi dos sete tiros que eu tinha dado todos tinham acertado o alvo. Mas será que eu ira travar como tantas vezes eu já tinha travado? Antes era só a minha vida que esta em jogo, mas como Oliver disse são as pessoas que eu amo e me importo, portanto eu não posso dar-me ao luxo de simplesmente travar.

Tire o meu salto e fui em direção ao saco de areia, e aos poucos fui me lembrando das aulas de defesa pessoal e Kong Fu que meu pai me obrigou a fazer por tanto tempo. Eu odiava essas aulas, eu odiava ter que usar de violência, mas era um meio de proteção então hoje ele seria valido.

Quando termino volto para os meus computadores, e rastreio Diggle que estava em direção ao seu apartamento, provavelmente não iria voltar, já Oliver estava no centro. Resolvo chama-lo.

–Oliver?

–Pronto.

– Você esta bem?

– Sim, por quê?

–Só preocupação. Olha desculpa pelo tapa de mais cedo. – Passa algum tempo mais ele não me responde. Resolvo quebrar o silencio. - Eu estou indo para casa, você vem comigo?

– Não, vou pra minha casa hoje.- Fico decepcionada.

– Ok, tchau. – ele não responde e eu desligo a comunicação.


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Notas finais do capítulo

E ai?
Felicity cheia de surpresas!
Eu não sei vocês, mas não gosto muito das donzelas indefesas, sou mais aquelas que vão a briga e lutam pelo que acreditam.
Acho que é por isso que não gosto de Laurel, ela era para ser a canário negro, e até agora ela é uma chata!
Quanto a Felicity, colocar ela em um meio tão especifico quanto o exercito e instituições do governo, por sinal mais que um governo, vai mostrar muito do que ela era, o que ela é e o que ela pode vir a se tornar.
Mas me diz ai o que vocês acharam?
Bjs e até!
PS: Mais dois personagens de crossover.



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