Jack, Merida e Rapunzel haviam pego um taxi que possivelmente os levaria para onde Hiccup supostamente deveria estar, Jack estava nervoso, não se aquietava no assento, ele estava tão tenso que começara a suar frio, Rapunzel que estava ao lado de Jack reparou na angustia do amigo, ele olhava ofegantemente pela janela em busca do amado.

–Jack? Esta tudo bem??

–Não Punzie, alguma coisa ruim aconteceu eu sinto isso.

–Jack, por favor acalme-se, não é para tanto.- falou Merida um tanto desconfortável com a situação em que o amigo se colocara.

–Vocês não entendem, tem alguma coisa, alguma coisa ruim.

–Por que essa preocupação agora, Frost?

–Para ser sincero, eu não sei.

Jack sentia seu coração palpitar dentro de seu peito causando-lhe uma sensação de desconforto e angustia, ele olhava pela janela prestando atenção em tudo, foi quando ao passarem por uma curva avistaram uma ambulância parada ao lado de um taxi que havia capotado, ao lado dos médicos que estavam socorrendo as vitimas havia um cachorro com uma prótese vermelha que acompanhava todo o movimento, Jack sentiu seu coração bater cada vez mais devagar.

“Não, por favor não. Eu imploro, qualquer coisa menos isso” -pensa Jack consigo.

Ele sabia que algo ruim acontecera a Hiccup, ele sentiu o coração apertar dentro do peito, mas foi quando os socorristas tiraram a primeira vitima dos escombros que Jack sentiu seu coração parar de vez.

Ele não podia acreditar naquilo que seus olhos viam, de dentro dos escombros do taxi a primeira vitima foi tirada, cabelos lisos castanhos, uma blusa de frio verde, o corpo estava parcialmente coberto de sangue, o sangue que escorria da testa para o resto do rosto quase faziam parecer outra pessoa, mas ele sabia que aquele nas mãos dos médicos era Hiccup.

Por mais que não quisesse acreditar no que seus olhos viam, a mente do garoto não podia negar a realidade que se passava a sua frente.

–Para o taxi.- gritou ele.

–Espera Jack, como é??

–Para esse taxi, agora.- Jack gritou o mais forte e o mais alto que conseguiu.

O Taxista parou o automóvel e Jack saltou de dentro dele direto para a rua, Merida e Rapunzel o seguiram, para ele o mundo parou naquele mesmo instante, enquanto ele corria para o local do acidente, um flashback de lembranças e momentos que tivera com Hiccup passou pela sua cabeça, lagrimas começaram incessantemente a rolar pelo seu rosto, Quando ele tentou chegar perto um dos médicos o impediu, o médico envolveu Jack nos braços, mas não pode mantê-lo de pé, Jack assim como no dia em que Hiccup havia se mudado, foi levado ao chão pelas pernas, e Merida e Rapunzel chegaram logo depois.

–A vitima era parente de vocês? - perguntou o médico.

– Era nosso amigo.- respondeu Merida com a voz falha enquanto tentava em vão segurar o choro.

Rapunzel também não aguentou e procurou refugio nos braços da amiga que tentou ser forte para consola-la mesmo que duvidasse que naquela circunstancias tudo iria acabar bem.

O Taxista que os trouxera até o local, saiu do taxi, foi até os adolescentes e prestativamente ofereceu seu apoio.

–Vocês o conheciam??- perguntou o taxista.

–Sim- disse Merida ainda prendendo sua tristeza.

O Taxista olhou para ela, colocou a mão no ombro da garota e disse:

–Ouça, eu sei que esta tentando ser forte mas, esta tudo bem chorar em momentos como este.

Merida não resistiu e assim como os amigos, também liberou toda a sua tristeza, o motorista envolveu as duas garotas nos braços para consola-las.

–Para onde vão levar o garoto?- perguntou ele.

–Para o hospital municipal, não fica muito longe.

–Eu sei onde fica, obrigado.

–Não precisa agradecer.

– E o cachorro? Era dele?

–Na verdade não sabemos dizer. Ao que parece, sim.

O taxista acenou com a cabeça.

–Vamos crianças, eu levo vocês para o hospital.

Com a ajuda do médico Jack pôs-se de pé; por mais que quisesse acompanhar Hiccup na ambulância, não lhe permitiram, eles entraram dentro do taxi, Merida,Rapunzel e Jack sentaram-se no banco de trás, o taxista olhou para trás e com um assoviou chamou a atenção do cachorro.

–Vamos totó, eu te levo pro hospital também.

O cachorro correu até o taxi e educadamente sentou-se no banco da frente, taxista entrou no veiculo e encaminhou-se estrada a fora até o hospital.