Try escrita por Kashmyra


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Meus anjos, aqui está mais um capítulo para vocês.
Se segurem porque vem terremoto por aí >:D



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Os sinos começaram a tocar, estava com meu pai na porta da igreja, ele sorriu para mim e acariciou minha mão, acho que meu nervosismo estava muito visível, ele dizia palavras de reconforto, mas só conseguia pensar em que finalmente iria me casar.

As portas se abriram e todos se levantaram.

E lá estava ele. Hans. Mais lindo do que nunca em seu terno.

Caminhei em sua direção com o braço enganchado no de meu pai, quantos mais passos eu dava, mais longe ele parecia estar. De relance vi Anna e Kristoff, eles sorriam para mim.

Quando cheguei ao altar papai me deixou com Hans e cochichou “cuide bem dela”,“pode deixar” ele respondeu roubando um beijo meu. Eu o abracei, sentindo que mais nada poderia nos separar.

—Alteza! —Hans segurara meus braços e sacudia com força.—Alteza!—Ele gritou com uma voz de mulher.

Murmurei algo como “Pare!” “O que deu em você?” Ele continuava me sacudindo e eu acabei apagando.

Acordei com um pulo, olhei ao redor, ainda estava em meu quarto. Nada daquilo tinha sido real. Eu ainda casaria com Aron, Anna não havia voltado, e meu romance com Hans ainda era proibido.

—Alteza! Pensei que senhorita não iria acordar.— Disse Sofia com a mão em meu o ombro.

—Eu preferiria ficar dormindo.—murmurei.

—O que?— Rose do outro lado do quarto perguntou. Deveria estar dando uma última olhada em meu quarto, que provavelmente se tonaria o dela.

—Nada.

—Vamos animar Elsa! Hoje é seu casamento!

—O que?—Gritei espantada. O Casamento seria daqui uma semana!

—Nós resolvemos adiantar o casamento, você é Aron estão tão apaixonados, porque não adiantar aquilo que vocês tanto querem?—Disse Rose ironicamente

—Isso não é ótimo Elsa?—perguntou inocentemente Sofia.

Coloquei a mão na testa, isso não poderia estar acontecendo. Eu esperava mais uma semana. Aproveitar esse tempo e ficar com Hans, achar alguma solução, mas agora eu não não poderia mais, eu teria que me casar. Hoje.

—Vamos logo! Já preparei seu banho, seu vestido está com Aurey que trará logo logo. E quero começar a fazer o meu penteado!

Levei minhas mãos até meu rosto, coçando meu olhos. Eu teria que realmente casar com Aron? Será que se eu contasse a verdade a Anna, ela me perdoaria? Se pelo menos eu soubesse onde ela está. O povo de Arendelle não iria acreditar em Aron nem em sua família, isso seria fácil de contornar. Meu único problema era Anna. Suspirei. Agora não tinha mais volta.

Entrei na banheira, e não me apressei, queria demorar o máximo de tempo, fiquei olhando para o teto, pensei em meu sonho, com meu pai, minha mãe, Hans, Anna, Kristoff. Deve ser por isso que falam que sonhos são impossíveis. Deixei uma lágrima cair quando lembrei de meus pais. Sentia tanto sua falta, eles eram meu porto seguro. Agora só me restava Anna, por isso não queria a magoar. Por que senão, perderia toda a minha família.

Ouvi algumas batidas na portar logo a voz de Rose me mandando sair do banho. Enrolei a toalha no corpo, e sai.

—Pensei que tinha morrido lá dentro. Agora vamos, veste logo o corpete.—Disse Rose grosseiramente jogando o corpete e saindo do quarto.

Mais algumas lágrimas caírem. Não era nem um pouco parecido com o casamento de meus sonhos. Não era assim que eu imaginava. Estava estragando minha vida.

Depois de alguns minutos Aurey e Sofia entraram no quarto, com meu vestido, e sua caixa de maquiagem.

—Vamos começar! —Falou Sofia animada.

—De mal a pior?—perguntou Aurey.

—No fundo do poço.

—Do que vocês estão falando em?—perguntou Sofia já penteando meu cabelo.

—Nada não, agora preste atenção aí. Elsa, hoje eu farei sua maquiagem!—Aurey estufou o peito.

—Vishi, coitada.—provou Sofia.

—Sou melhor que você , ok?—devolveu Aurey

Elas riram, não pude deixar de rir também, essa seria das poucas vezes que irei sorrir hoje.

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—Prontinho Elsa! Você é a noiva mais bonita que eu já vi!—Disse Sofia batendo as mãos.

Olhei-me no espelho, o coque era o mesmo do baile, só que dessa vez ele não estava bagunçada, e pingentinhos brilhantes se enroscavam nas tranças. Minhas pálpebras estavam cobertas com um pó branco, cintilantes. E nas pontas esfumaçado com um toque de azul, na boca uma cor rosinha. Eu estava linda.

Me encarei de novo no espelho, e se eu estivesse casando com Hans? Claramente estaria bem mais feliz. Estava desperdiçando toda a produção para gastar com um homem que eu não amava, e nem chegaria a amar.

—Muito obrigada meninas. Está tudo...Perfeito.

—Viu como eu faço maquiagem bonita?—Cutucou.

—Eu faria melhor.—Sofia olhou para o lado esnobando.

Quando pensei que as duas iriam brigar, elas começaram a rir.

—Chegou a hora do vestido!—Disse Aurey indo pegar no guarda-roupa aonde ele havia deixado. Elas me ajudaram a por o vestido, Sofia fechou o zíper e se afastou.

—Maravilhosa!

Eu já havia experimentado o vestido várias vezes, ajustes cortes. Mas agora era diferente, ele estava pronto. O vestido era simples. Ia até o chão, tinha as mangas longas, pois estávamos no inverno, mais uma coisa que o deixava especial, era que toda a parte de meu peito era exposta, assim podendo mostrar a jóia que Hans me deu. Era por isso que o havia escolhido.

—Cade meu colar?—perguntei já desesperando-me.

—Aqui está.—Disse Aurey tirando-o de dentro de seu vestido.

—Rose disse que ela não poderia usar o colar, você sabe.—Advertiu Sofia.

—Quem escolhe o que vai usar é Elsa, não Rose.—Disse Aurey colocando o colar em meu pescoço.

—Você é quem sabe então, mas se ela vir brigar comigo, direi que a culpa é sua.

—Muito obrigada.—Apertei sua mão e lê lancei um sorriso.

—Já está pronta! Agora chegou a nossa vez. Os guardas iram chamar a vossa alteza quando chegar a hora, está bem?

—Tudo bem.—Suspirei.

—Até.—As duas disseram juntas e saíram.

Sentei em minha cama. As lágrimas ameaçavam cair, olhei para o teto, percebendo que o chão já deveria estar congelado. Eu queria tanto que Anna estivesse aqui, queria tanto, tanto...

—Alteza?—Disse uma voz através da porta.

—Quem é?

—Sou eu.

Em um segundo já estava abrindo a porta para Hans. Ele me beijou, senti tanto a falta daqueles lábios nos meus, um só beijo seu compensava todos aqueles que Aron me deu.

—Porta.—Conseguia falar ainda com nossos lábios juntos.

Ele a fechou e me prensou logo em seguida na parede. Suas mãos foram para o lugar de costume, enquanto as minhas ainda exploravam suas costas, nossas línguas já estava em perfeita união. Seu corpo no meu era a coisa mais satisfatória que eu teria. Eu puxava seu pescoço para mais perto, fazendo seus lábios nunca se desgrudarem no meu. Era tão ótima aquela sensação de suas mãos pelo meu corpo, que eu ficava envergonhada de suspirar a cada toque. Ele baixou seus beijos passando pelo meu queixo e seguindo para meu pescoço. Não pude desfrutar dessa sensação na sala, mas agora eu poderia sentir com todos os meus sentidos seus lábios em meu pescoço. Deixei escapar um gemido baixo quando ele beijou perto de mais de minha orelha.

—Eu vou dar um jeito.— Ele cochichou em meu ouvido.

—Não tem como.—Respondi voltando a beijar seus lábios.

—É só confiar em mim.—Hans segurou meu rosto e o beijou intensamente. —Agora eu vou.

—Já? —Perguntei cabisbaixa

—Mas eu volto.—Sorriu.

Abri a porta e olhei para os lados, ninguém a vista, ele saiu mas antes de fecha-la ele roubou mais um beijo meu.

—Eu amo você.

—Eu também.—Mas ele já estava longe para ouvir.

Sentei em minha cama, e repensei, eu poderia desistir. Mas a única coisa que me incomodava era o sentimento de culpa. Será que Anna iria me perdoar? Eu teria que escolher entre Anna e Hans, e isso era impossível. Eu amava os dois.

Batera em minha porta. Havia chegado o momento.

Segui com eles até os portões, onde uma carruagem me esperava, os cidadãos acenavam para mim em meu trajeto até a igreja, eu os correspondia, tentado me animar, mas de jeito nenhum eu ficava feliz por me casar com Aron. Então pensei em como eu era louca por ele, será que não conseguiria tentar esquecer o que ele fez, e resgatar aquele que eu gostava? Para poder viver os anos junto com ele? Não eu não conseguiria.

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Desci da carruagem e acenei para algumas pessoas, a igreja parecia estar bem cheia, pois tinha gente até mas portas,mas elas fecharam rapidamente quando cheguei. Parei na frente delas, um guarda entregou meu buque, e logo Jacques veio ao meu lado.

—Nunca pensei que fosse capaz disso.—Disse ríspida.

—Rose e Aron querem isso, não eu, espero que a vossa alteza possa um dia me perdoar.—Respondeu também encarando as portas.

—Você era tão amigo de meus pais, como teve coragem?—Perguntei novamente, dessa vez virei-me para olhá-lo. A raiva invadiu meu peito.

—D-Desculpe alteza, sei que o que fiz foi errado, mas vou concertar.—Disse.

Queria poder meter a boca nele, dizer poucas e boas, mas as cornetas soaram, relutante enganchei meu braço no seu. Chegou a hora de enfrentar meu futuro, a hora de esconder aquilo que eu não queria contar, a hora de me entregar para um homem que não me amava.

As portas se abriram, e lá estava ele, Aron, com seu cabelo aparado e seu terno. Mas não conseguia falar que ele estava lindo, pois a única imagem que tenho em minha cabeça é sua cara de nojo, esnobe, tudo junto.

Já havia passado da metade da igreja, instantaneamente procurei Anna em algum banco. Nada. Ninguém estaria em meu casamento, isso estava ficando pior a cada segundo. Olhei de novo procurando Hans. Nada também. Só estava com seu colar e isso já marca sua presença.

Jacques me entregou para Aron.

—Pronta para ser minha?—Cochichou em meu ouvido.

—Nem um pouco.—Respondi sorrindo.

Nos nós ajeitamos e o padre começou a missa:

—Amigos, estamos aqui reunidos para selarmos a união de casório de Elsa e Aron Bertolini. Ambos por livre e espontânea vontade,decidiram juntar-se em um só foi o amor que juntou os dois,que o mesmo, sirva como exemplo para as próximas gerações.

Estava ficando extremamente nervosa, os avisos de Jacques e de Hans martelavam em minha cabeça. O que eles estavam aprontando? Será que estavam juntos para me tirar daqui? Ou apenas falaram isso para me iludir? O sumiço de Anna! Ela deve ter ido atrás de alguma coisa, senão ela não iria sem me avisar. Ou apenas saiu para um passeio com Kristoff. Meus pensamentos começaram a ficar embaralhados, eu não conseguia entender. Por que ela foi embora? Por que eles falaram que iria conseguir dar um jeito?

—Aron, aceita Elsa como sua legítima esposa?

—Aceito.—Disse ele pegando minha mão e pondo a aliança e a beijando.

—E você Elsa? Aceita Aron como legítimo esposo?

Ponderei, olhei para a porta. Estava fechada. Olhei para a multidão sentada nos bancos, reis de vários países amigos vieram, principalmente os pais de Hans. Olhei de volta para Aron. Eu queria realmente isso? Eu queria passar a minha vida inteira do seu lado? Será que Anna entenderia? Eu poderia passar anos tentando explicar, contudo ela continuaria aqui. A verdade sempre vinha a tona. Mas se eu me casa-se com ele, não poderia viver meu amor. Eu iria dizer não.

As portas se abriram com um grande estrondo.

—EU EXIJO QUE ESSE CASAMENTO NÃO ACONTEÇA!

Anna estava de volta.


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Notas finais do capítulo

Gooooooood, socorre aqui que o próximo capítulo vai ser tenso :O