Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 60
Two Faces, One Soul


Notas iniciais do capítulo

HEY, IMPORTANTE! Deixa eu explicar o título antes de vocês começarem a ler. O título fala da priemria parte (no caso, essa) então vocês não entenderão, quem entender a charadinha pode dar um palpite nos comentários (que foram mt poucos, to triste) mas acho que esse capítulo vai render MUITOS comentários, hehe, narrado pelo nosso queridíssimo Jamie, a segunda parte não será logo depois dessa (acho) porque vai demorar pra vcs entenderem o que eu estou fazendo e o que eu vou fazer, mas sempre tem aquele detetive de plantão, sou toda ouvidos!! (qqlr pergunta, sugestão ou palpite, pode fazer por whatsapp tbm---> +55 083 9145 3375) sempre falo!!! agradeço quem cnvs cmg no wpp, mesmo nao tendo conta, assim sei quem lê e gosta e tal :3 fiz mts amizades novas, principalmente Martha, beijão pra ela que está lendo isso! Enfim, já expliquei, preparem os Frozen Hearts que aí vem bombas, Beijos Gelados e ENJOY!!



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~•~

Pov. Jamie

Segurei-a em meu colo conforme via seu rosto desacordando na queda.

Caiu em meus braços como se fosse feita de água.

Seu rosto agora encontrava-se calmo, de expressão serena, seus olhos fechados me chamavam a atenção para seus cílios grandes e negros que ofuscavam-se quando ela abria seus olhos verdes, em uma mistura de Esmeraldas e esperanças.

–Rapunzel! - Jack corre até a garota em meus braços, o quarto agora é todo neve, e não sei de qual dos dois ela vem.

Elsa afasta-se indo até a varanda, vejo em seus movimentos uma certa curiosidade que logo toma uma forma que me deixa preocupado, o chão em volta de seus pés congelam-se e espalham-se instantaneamente em flocos de neve com uma tonalidade rósea, como quando ela sente medo, e agora o castelo inteiro parece brigar entre o azul e o vermelho.

–Elsa...? - chamo.

Estamos todos na varanda, mas apenas ela está parada olhando lá para baixo, pelo menos por um curto período de tempo até que Jack levanta-se de perto da Rapunzel e olha lá para baixo, aqueles tantos e tantos metros de nada.

Sua expressão é indecifrável, Jack franze o cenho.

Elsa balança a cabeça jogando fora o ar dos pulmões, entrecortados, quase em desespero, quase querendo falar algo e ao mesmo tempo nada.

–Jack...precisamos sair daqui. - ela diz ainda encarando lá embaixo, assustada, e Jack parece ainda mais confuso.

Deito a cabeça de Rapunzel com cuidado no chão e me levanto com a precaução de não cair, pelo menos não fisicamente, e ando até que minha cabeça olha diretamente lá para baixo e tudo que vejo me assusta.

–Mas Elsa... - começo.

–Precisamos sair daqui, agora. - diz firme engolindo em seco e sua expressão estava ainda mais apavorada.

Jack me olhou como que pedindo uma resposta, mas aquilo ali não tinha há resposta, e não teria nem tão cedo.

–Elsa... - Jack põe sua mão em seu ombro mas ela desvencilha-se dela.

Respira fundo.

–Jack, eu não vou repetir, precisamos de um portal, mesmo eu odiando, precisamos sair daqui. - ela encara Jack e vejo que seus olhos penetram nos dele, quase que deixando-o ainda mais gélido.

Ele o encara da mesma maneira, segurando-a com as duas mãos pelos braços que supôs querer abraçá-lo.

–Elsa - ele tenta acalmá-la com o olhar, mas parecia ser algo impossível, e nenhum de nós dois estava entendendo aquilo - não tem nada ali embaixo.

Elsa entreabre devagar a sua boca, claramente discordando e claramente confusa.

–Tem sim, t-tem, vocês não estão vendo? - ela alterna o olhar entre eu e Jack.

–Eu só vejo neve, Elsa. - digo, sincero.

–Eu também. - diz Jack.

Nada vejo, apenas o branco e as árvores mais a frente.

–Vocês precisam confiar em mim, tem algo ali, tem uma coisa escrita que... não é qualquer coisa... Eles, o que quer que seja essa coisa... Quer que a gente vá com ele...

–Elsa... - escuto um murmuro, um pequeno sussurrar vindo detrás de mim, todos olham para lá.

Para onde Rapunzel repousa, ainda desacordada.

–De onde veio isso? - pergunto.

Então a boca de Rapunzel mexe-se.

–Cuidado. - diz.

–Quem é você? - Elsa pergunta, o quarto inteiro neva, quase como uma tempestade.

–Vocês estão em perigo aqui - diz e sua voz é exatamente a de Rapunzel, mas estava quase sussurrando. - Pitch quer vocês. Você, Elsa, e Rapunzel.

–Mas ele está fraco...- Jack começa.

–Mas não está morto, e tem um plano, e ele vai conseguir pegá-los se vocês continuarem aqui.

–Como saberemos se isso é verdade? - pergunto franzindo o cenho.

–Acho que vocês terão que confiar em mim. Eu não tenho mais muito tempo, se ele descobrir que tentei ajudar vocês... Ele me matará. Apenas vão.

Me agacho perto de Rapunzel, assim como Elsa e Jack. Uma luz dourada emana dela e espalha-se pelo quarto de gelo, sumindo logo em seguida.

Seus cabelos presos em trança me encantaram por um pequeno momento e tudo que eu via era seus grandes fios dourados e sua face.

Era tão fácil confiar naquela voz quando é no corpo de Rapunzel que ela se propaga.

Seus cílios me puxavam.

Sua boca de um rosa absurdamente natural parecia me laçar.

Não percebi que estava tão perto até Elsa pôr as mãos em meus ombros, quase que me puxando para trás e Rapunzel abrir seus olhos verdes esmeraldas e me encarar, confusa.

Me afastei.

O que eu estava pensando?

Todo aquele tempo a encarando pareciam uma eternidade mas durou apenas um segundo.

Para minha sorte.

–O que houve? - ela diz tentando ficar sentada, e apoiando-se nos cotovelos.

–Precisamos sair daqui. - dessa vez Jack quem falou, me encarando.

–Sim. - respondi. - para onde?

–Para onde deveríamos ter ido há um tempão.

–Berk? - Elsa perguntou.

–Berk. - Jack afirmou.

~•~

Viajar pelo portal não foi a pior parte.

A pior parte foi ter mergulhar no mar quando um dragão passou por mim, me assustando e queimando a barra da minha camisa.

Jack voa e me puxa do mar para a terra firme.

Ter que escutar os risos foi a melhor parte.

–Haha, muito engraçado. - digo irônico torcendo minha blusa, que tive que tirar de tão ensopada, depois recoloquei-a.

Rapunzel ri e se aproxima de mim. Jack está com Elsa logo à frente.

–Eu nunca tinha visto um dragão. - Rapunzel fala, olhando para mim de soslaio, percebo que sorri.

Jack dá uma rápida olhada para trás, olhando pra mim e depois para Rapunzel, tão rápido que se eu não tivesse prestado atenção, pensaria que não estava olhando para nós.

–Eu também não. - respondo.

–Mas você acreditava que eles existiam? - ela pergunta.

–Eu sempre fui muito de acreditar nas coisas, nas pessoas. - digo, e não percebi o quanto cabisbaixo parecia agora.

–Bom, isso é ótimo, não? - ela acompanha seu rosto com o meu, tentando caçar meu olhar, e sorri de canto, com as mãos pra trás.

Levanto a cabeça, ainda não olhando-a. Encará-la exigia muito controle sobre mim, e eu não entendia o porquê disso.

–Na verdade - imprenso meus lábios um contra o outro - talvez esse seja o meu maior defeito.

Arrumo forças e olho-a, dessa vez ela não está me olhando, ela encara o chão e percebo que sorri com compaixão.

–Eu entendo bem sobre defeitos. - ela me olha e quase para.

–E qual o seu? Porque, sinceramente, eu ainda não achei nenhum. - digo e ela sorri mostrando os dentes e abrindo um pouco a boca.

–Teria de me conhecer bem.

–Sua história eu não sei, realmente, e você também não conhece a minha, mas você sabe o meu defeito - rio - e é estúpido.

Ela ri fazendo Elsa dar uma olhada para trás para garantir se estava tudo bem, eu já avistava a possível casa do Hiccup, que nome legal.

Ela tem em seu semblante uma compaixão misturada com tristeza e possivelmente algo a mais, só dela, que só ela saberia cultivar.

Afinal ela era como uma flor, uma flor dourada com cabelos de sol.

Ela se prepara para falar e me olha.

–Eu... vejo campos floridos em folhas secas, esse deve ser o meu maior defeito.

–Então se eu sei contar bem, temos dois pequenos grandes pensamentos filosóficos como defeitos. - dou uma risada junto com a dela.

–Exatamente. Oh, que grande lástima. - ela expressa, colocando uma mão dramaticamente na testa.

E eu rio alto, Jack e Elsa andavam abraçados a nossa frente, vez ou outra Jack beijava sua testa, fazendo-a congelar o caminho, e um pequeno sentimento correu nas minhas veias, era como ciúmes de um amor platônico. Daqueles que eu amo, mas não quero ter pra mim pois já pertence a outra pessoa.

Já pertence a outra felicidade.

~•~

A casa do Hiccup era maior do que eu imaginava ao vê-la de longe, e ao mesmo tempo, pequena demais para tantas pessoas ali.

A entrada dava de frente para a sala, aonde estavam uma ruiva, adormecida no chão ao lado de um cara no sofá.

Achei aquilo a pior demonstração possível de cavalheirismo, mas não me manifestei.

Olhei para o meu lado, Elsa sorria nervosa, enquanto Jack abraçava Hiccup, dando-lhe um tapinha nas costas. Hiccup era um cara alto, mas nem tanto, de cabelos castanhos como o meu e olhos verdes, algumas sardas alaranjadas saltavam de suas bochechas.

–Esse é Jamie - Jack diz e Hiccup estende sua mão para que eu aperte.

Aperto-a em cumprimento.

–Oi. - digo.

–E essa é a Rapunzel. - Diz Jack e Hiccup faz uma reverência, beijando-lhe a mão demoradamente, deixando Rapunzel corada.

Foi muito legal da parte dele, mas foi totalmente desnecessário.

–E essa é a Elsa - Hiccup aproxima-se para beijar-lhe a mão mas Jack o para. - Nem pense nisso. Minha.

Ele se faz de ofendido e ri.

–Você sabe que só tenho olhos para uma.

–Sei, mas nunca se sabe quando seus olhos podem mudar de direção. - os dois acabam rindo.

Realmente, como velhos amigos.

–Então... - Hiccup fala e olha pra trás, para onde está a ruiva e o cara da barba. - esses são Merida e Finn... Flyinc... Flynn, é Flynn. - atrapalha-se. - ele está dormindo desde ontem quando chegaram aqui. Digamos que eu não sabia que Banguela poderia machucá-lo desse jeito.

–Banguela? - pergunto.

–Ah, você o conhecerá em breve. - Jack responde dando-me tapinhas nos ombros.

–Espera... - Rapunzel entra na conversa. - eu conheço esse cara...

Ela anda devagar até o sofá e ri.

–Ah, é bom que ele não acorde nem tão cedo. - diz aborrecida mas com um sorriso no rosto.

–Quem ele é? - Elsa pergunta.

Rapunzel aproxima-se e toca o queixo daquele cara, mais examinando ele do que qualquer outra coisa.

–Um covarde. - afasta-se e olha para Jack rapidamente, mas intensamente.

Vejo pelos olhos de Jack naquele momento que ele também sabia quem aquele homem era.

Rapunzel sorri.

–Mas eu não guardo essas coisas, remorso, digo, pra mim, ou pelo menos tento não guardar. - explica-se, virando-se para a direção do sofá.

Hiccup olha para Jack.

–Bem, seja o que tiver acontecido, ele já está dormindo há muito tempo e...

–O que está acontecendo aqui? - A ruiva, Merida, abre seus olhos como borboletas preparando-se para voar. Esfrega-os com as costas das mãos e olha-nos confusa, um por um.

Sua beleza é exótica e estonteante.

Eu estava cercado de princesas, e Jack, claro, e Hiccup e aquele cara, mas enfim... Princesas e magia, e confusão, e sonhos, e tudo... Eu não queria admitir para mim mesmo há um tempo atrás, mas eu sentia falta disso tudo.

Eu sentia saudade da magia. O mundo faz isso com a gente, tira de nós o mais bonito.

Outro murmuro é ouvido do sofá.

Flynn.

–O que aconteceu? - coloca as pontas dos dedos nas têmporas, massageando-as levemente.

Rapunzel vira-se para ele.

–Bom dia. - diz com um tom irônico, novo pra ela, certeza.

O que não saiu tão irônico, pois ao longe eu já via o sol nascendo, tingindo o céu é o deixando alaranjado, em um tom que não existe no Canadá, nem em qualquer outro lugar do mundo real.

–Loira... - ele fala levantando-se rapidamente no sofá, mas parando no meio do caminho entre sentar e levantar, e ele grita, colocando uma mão na cabeça, pressionando-a. - minha cabeça.

–Você ficará bem. - Elsa diz. - agora precisamos planejar o que fazer, não podemos simplesmente ficar sentados aqui.

–Elsa tem razão, precisamos entender o que está acontecendo. - Jack diz. - eu não vi nada escrito lá embaixo, nem Jamie.

–Calma! O que? Do que diabos vocês estão falando? - Merida levanta-se, ainda um pouco tonta e tenta ajustar-se à luz da manhã, que já adentrava na casa Viking.

–Nós vamos explicar tudo, prometo. - Jack diz.

–Meu nome é Rapunzel. - estende a mão e ela a cumprimenta.

–Merida.

–Elsa. - também a cumprimenta.

–Jamie. - digo e beijo-lhe a mão, fazendo-a franzir a testa.

–E eu sou...Jack Frost. - dá de ombros, e sorri beijando-lhe a mão também, em reverência.

–Seu nome me é familiar, na verdade, você me é familiar. - penso no que ela diz, Jack Frost deveria realmente ser muito conhecido.

Em qualquer lugar do mundo.

–Engraçado, sabe... Você me é familiar também, eu só não sei de onde exatamente, mas descobrirei. - Jack franze o cenho e abre um sorriso, Merida o encara abrindo um sorriso tão branco quanto, como se fosse possível.

Havia uma ligação ali, entre os dois, algo que só ambos sabiam.

Alguma coisa.

Elsa os encara.

–Tá tá, todos já se apresentaram - ela interrompe, tocando no ombro de Jack que ri. - do que você está rindo? - pergunta brava, posso ver daqui suas marcas de expressão que só apareciam quando ela ficava assim. Brava, e com medo.

–Boba. - diz Jack e beija-lhe a ponta do nariz, fazendo alguns flocos de neve caírem neles, devagar.

Merida e Flynn tomam um susto, mas Hiccup já os acalmava.

Na verdade, agora, eu só tinha minha atenção para aquela coisa, parada na porta.

Tão negra que poderia ser considerada a própria noite.

Mas havia um azul que o circulava e o delineava, deixando-o ainda mais grandioso.

Aquela coisa entrou devagar e todos o olharam, menos Hiccup, que correu para alcançá-lo e fazê-lo carinho.

–O que foi Banguela? - aquilo era o Banguela, que ótimo nome para algo com tantos dentes. Banguela olhava para baixo, para suas patas, agoniado e calmo ao mesmo tempo.

Vez ou outra encarava a todos nós, tentando em vão se comunicar.

–Calma amigão, - ele conseguiu acalmá-lo e fazê-lo sentar-se como um cachorro sentaria. - vamos lá, o que houve?

O dragão encara Hiccup, e seus olhos negros parecem penetrar sua alma tão fundo que eu me convenci que poder haver um universo inteiro só naquele olhar.

Banguela, sem tirar os olhos do dono, afasta-se um pouco, abrindo com muito cuidado suas asas, tão pretas quanto quase todo o seu resto.

Hiccup deixa uma lágrima escapar, e logo depois suas lágrimas tornam-se soluços tão significativos quanto seu nome diria que seria.

Todos nós nos reunimos aos pés daquele animal, na qual, deitada em suas asas, havia algo.

Alguém.

Hiccup pega-a suspendendo sua cabeça e a colocando apoiada em seu colo, passa as mãos por suas bochechas e cola sua testa na dela.

–Eu jamais te deixarei de novo, Astrid. Eu prometo.

~•~


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Notas finais do capítulo

HEHEHEHEHEHEHEHEHEHE e agr???? ai ai ai, de que lado essa menina está?! hue, vcs vão ficar boquiabertos com o que estou preparando...... :) ....... E Jamie Maravilha? ahahaha, Japunzel ou Meridamie? hehehehehehehehehe, vcs que decidem babys, mandem comentários, wpp, qqlr coisa, sempre respondo!!! Beijos gelados detetives de plantão, duvido entenderem agr o que vou fazer :3 hue......