Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 42
Come To Me.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, boa leitura



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~•~

Pov. Merida.

Dizem que nosso destino está ligado a nossa terra, que ela é parte de nós assim como nós somos dela.

Outros dizem que o destino é costurado como um tecido onde a vida de um determina a de muitos outros.

É a única coisa que buscamos, ou que lutamos para mudar, alguns nunca encontram o destino, mas outros são levados a ele.

Cavalgo com meus cabelos ao vento, sentindo o ar fresco lamber meu rosto.

A sensação de liberdade aqui é incrível.

O reino finalmente encontra-se em paz, eu finalmente encontro-me em paz.

A minha paz vem de dentro e corre em minhas veias em forma de adrenalina.

Atiro com meu arco e flecha, procurando mais um de meus vários alvos espalhados por aí.

Sem nada que possa me impedir de ser livre.

O sol já trata de se pôr.

–Vamos Angus - aliso meu cavalo - vamos voltar para o castelo. - atiro no último alvo avistado.

Corro como se o vento fosse a única barreira.

Como se a última luz do sol fosse só mais uma faísca.

Mas uma freada brusca me joga para longe dos meus pensamentos.

Literalmente.

Caio no chão e a grama amortece minha queda.

–Angus! - Reclamo caída, mas ele parece muito perturbado para escutar.

Olho ao meu redor, nada fora do normal.

–Angus, você deve estar vendo coisas. - levanto limpando meu vestido e aliso seu dorso negro, ele está relutante. - Vamos lá garoto!

Mas ele não sai do lugar.

A floresta começa a ficar sombria, assim como sempre fica à noite, mas dessa vez me parece diferente, estranha, escura demais.

Sinto algo diferente crescer.

Sinto medo.

–Angus, Garoto, me tira daqui! - peço devagar tentando acalmá-lo.

–Já pretende ir embora? - escuto uma voz, sombria.

–Q-Quem é você? - tento ver em meio a neblina que se forma, sem sucesso.

–Me entristece você não saber. - a voz é carregada de algo que não tem como ser descrito.

É carregada com um tipo de mágoa.

Parece uma voz de uma pessoa idosa, sem forças suficientes para falar muito.

–Não te conheço, e acho melhor eu ir embora. Assim como você deveria ir também.

–Eu nunca vou embora, o medo, ele nunca se vai realmente. - escuto apenas sua voz, nada daquela criatura aparece, mas mesmo assim podia jurar que ele estaria sorrindo.

Consigo montar em Angus e começo a correr o mais rápido possível dali.

Mas ainda posso escutar uma última coisa.

–Não corra criança tola, venha comigo como ela veio.

Mas não olhei para trás para ver quem estava com ele, ou se realmente estava com ele.

Mas aquele cara me deu medo, pelo menos sua voz sim.

E não estou nem um pouco afim de ter medo de algo.

Não.

Não de novo.

Calafrios me seguem e sinto minha nuca gelar com a neblina que fica para trás.

Não quero ter medo.

Não posso ter medo.

Chega.

Quantos gritos cabem em um silêncio?

~•~


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Notas finais do capítulo

Hey, comentem.