Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 35
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Notas iniciais do capítulo

Mas olha la, ISSO QUE EU TO VENDO EH UMA RECOMENDAÇÃO????? AH MDS SUA LINDA!!! OBGDDD!! 15 RECOMENDAÇÕES NEGADA, 15!!! Será que eu consigo mais?? Bem... Vamos ver né? Beijos gelados e ENJOY...



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Você não pode consertar o que não consegue ver.

É a alma que precisa de conserto.

Sinto meu coração bater forte quando escuto aquela batida. Não era qualquer batida, era a mesma que a Anna usava todo dia que queria brincar comigo, antes de cair no lago.

A porta abriu sozinha e ela apareceu.

Eu estava no alto da escada.

Anna correu para me abraçar e eu deixei.

—Você não tem o direito de me largar nunca mais. - ela diz e eu sorrio.

—Eu não irei. - digo e me solto um pouco do abraço para olhá-la.

—Porque fugiu de novo? - ela pergunta.

Olho para o chão.

—Eu ainda sou perigosa, Anna.

—Mas...

—Principalmente para você.

—Mas eu não tenho medo. - ela sorri - Meu único medo no momento é te perder, acabei de descobrir que você é minha irmã e você já quer fugir?

—Eu prometi que te protegeria.

—E também disse que nunca mais iria me largar. - insistiu.

Sorrio. E ela continua.

—Me desculpa, eu apenas quero que você fique bem.

—Eu estou bem...

—É que... Quero que saiba que não importa se você faz neve ou verão ou...

Algo a impede de continuar.

—Ah... O verão! Tão bonito, tudo tão colorido! - uma voz masculina e feliz fala atrás de mim.

Me viro rapidamente e o que vejo é uma coisa que não tem noção nenhuma de existir.

Franzo a testa igualmente com a Anna.

Um boneco de neve falante sai de trás de mim.

—Olá!

Anna grita e chuta a cabeça dele, que cai do resto do corpo feito de neve, a cabeça vai parar na minha mão, eu a jogo para Anna que a pega com cara de nojo.

—Argh, o corpo está ali! - ela fala e joga a cabeça no corpo.

—Calma, estou vendo tudo de cabeça pra baixo, vocês estão engraçadas. - Ele diz com certa diversão na voz.

—Espera. - Anna se aproxima do boneco e ajeita sua cabeça para o lugar certo.

—Ufa! Pensei que havia passado a vida toda assim. - ele se vira sorrindo pra mim - Agora estou perfeito! - ele anuncia.

—Bem... quase. - Anna retira uma cenoura de sua mochila que ela levava com si e coloca como um nariz para o boneco de neve.

—Uh! Sempre quis ter um nariz! - diz maravilhado tocando várias vezes a ponta do nariz.

—Então... - digo.

—Que estranho. - Anna completa.

—Vamos do começo - ele sorri - olá...eu sou o Olaf, e eu gosto de abraços quentinhos! - fala abrindo os braços e os movimentando como se quisesse um abraço agora mesmo.

—Olaf... - Anna franze a testa e sorri - Isso mesmo, Olaf.

—E você é...

—Ah sim, eu me chamo Anna, e ela é minha irmã, Elsa.

—Eu conheço a Rainha Elsa.

—Olaf!? - sorrio.

—Você me criou... está lembrada disso? - sorri arregalando os olhos ansiosos para mim.

—E você está vivo?

—Ele é igual a aquele que fizemos quando crianças, Elsa.

Olho para minhas mãos, como elas podem ter dado vida, se eu só havia matado até agora?

Concordo com a cabeça.

Alguém bate na porta.

—Eu atendo, Eu atendo. - Olaf corre até a porta.

—Olaf, melhor não. - falo mas ele não me dá ouvidos e abre a porta grande feita de gelo.

—Anna! Finalmente te achei! - era Kristoff. A rena parecia ter ficado no pé da escada na frente do castelo, por ser escorregadia. - Estamos procurando vocês há um tempão. Como chegou aqui tão rápido?

—Eu achei um globo com Jack.

—Ah. - ele se aproxima da escada.

—Não suba. - peço, mas soa como uma ordem.

—Mas é gelo, tudo! Feito de gelo e eu não posso subir? Nem um pouquinho? - ele implora.

—Não.

Ele se contenta em olhar e assobiar a cada peça de gelo que ele via naquele castelo.

Mais alguém bate na porta.

—Ah não, não pode entrar. - digo em forma de advertência.

Mas quem está do lado de fora abre a porta mesmo assim.

—Sentiu falta da gente? - Norte diz, junto dele está o coelhão e a fada. - eu não disse coelhão? Senti na minha barriga que ela tinha vindo até aqui! - ele diz tocando de leve na barriga. -

—Que nada! Você procurou no globo!- coelhão contradiz.

—Pessoal. - Anna começa. - melhor vocês voltarem outra hora, Elsa quer ficar sozinha.

—Mas ninguém no mundo quer ficar sozinho. - fada explica.

—Eu...

—Ainda mais a Rainha Elsa - Coelhão fala e faz uma reverência, claramente cantando-a. - ninguém tão bonita precisa ficar sozinha, estou aqui se quiser uma boa... Companhia. - pisca.

—Escuta aqui...

Uma outra batida na porta.

—Eu mereço. - falo revirando os olhos e Anna ri alto.

Fios dourados ultrapassam a porta e a abrem, fazendo Sandman entrar.

Ele começa a falar com seus símbolos em cima da cabeça, muitas coisas, todas enroladas e ao mesmo tempo.

Vejo Anna rir e beijar Kristoff, vejo Norte rir e bater em sua própria barriga de leve, vejo a fada reclamar com o coelhão e vejo Sandman tentando entrar numa conversa com o Olaf que quer abraços quentinhos e canta uma canção sobre o verão, da qual não presto muita atenção.

Vejo coisas demais, e eu não queria ver nada.

—Fiquem longe de mim! - falo alto o suficiente para que me escutem.

Ninguém me ouve.

Começa a nevar na sala, algumas paredes de neve do castelo ficam alaranjadas.

Tento me controlar, gritar é inútil e eles correm perigo se eu me alterar.

Me abraço e corro escada acima até meu quarto o trancando.

Me dirijo até a varanda e me apoio na barra de gelo, olhando o horizonte tingido de laranja e roxo.

Tenho medo de dormir.

Talvez se eu pegar no sono, não respirarei direito.

Alguém ainda pode me ouvir?

Estou perdida em meus pensamentos e corro o risco de cair.

Tente ouvir minha voz.

Eu estou chorando.

Talvez se eu sair, eu nunca mais volte.

Faço flocos de neve saírem de minha mão.

Sorrio, enxugando os olhos. Nem tudo é tão perigoso.

Fecho os olhos por um instante e o momento se foi.

Saio da varanda fechando a porta e me encaminho até a cama me debruçando sobre ela e encarando o teto.

O medo ainda não me atingiu para não ter mais coragem de fechar os olhos.

Fecho.

Abro.

Fecho.

E assim permaneço até que durmo.

Durmo de um jeito ou de outro, assim como vivo, de um jeito ou de outro, e assim como morri.

De um jeito ou de outro, todos temos medos.

~•~


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Notas finais do capítulo

To feliz e to triste, 1 - poucos comentários, tipo muuuuuito pouco mesmo gente, oq houve? Tantos leitores pra tão pouco REVIEW? Leitores fantasmas apareçam!! Posto sempre gente, nem demoro nem nada, mereço né?
2 - feliz com tanta recomendação, vcs são divas ta??? Será que consigo mais?
3 - UAU quanta gente favoritou essa fic!!!
4 - a continuação vai ser nessa fic aqui mesmo! Estou pensando se faço com o Jack narrando, ou os dois usando POV, estou pensando e vcs podem dar opiniões. Se quiserem!
5 - prometo q o próximo capítulo vai ser shippavel, sem mais spoilers....
6 - BEIJOS GELADOS DA DONA DIVOSA! ❄️❄️❄️❄️❄️