Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 26
Collecting Fears


Notas iniciais do capítulo

Vcs são umas lindas, só isso que falo, experiência que gostem desse capítulo, ta grandinho e leiam com atenção pq tem mt coisa importante...
Sem mais delongas, mentira, vou enrolar mais um pouquinho, bem espero ter bastante comentários fofos como venho tendo, me desculpem por n estar respondendo a tds, mas eu leio td, juro, mas a culpa eh minha que n to com pc adequado, vou tentar responder os atuais na quinta-feira agr, e amo tanto seus comentários, um abraço especial pra as pessoas que só comentaram agr pq tavam cm vergonha, vcs são umas fofas, amo leitoras que aparecem, continuem fazendo presença, vcs fazem meu dia melhor e a história sempre fica mais rápida e postada freqüentemente qnd tem estímulo de vcs... Um beijo especial para Carol Rosa que nunca mais consegui responder aos coments enormes e maravilhosos que já me deram taaaanta inspiração que ela já faz parte da história, vou responder a tds que conseguir na quinta, bjs gelados da dona divosa!!
ENJOY...



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Entrei correndo pela casa e não me dei o luxo de dizer oi.

Meu coração doía, dizendo que o que aconteceu era errado.

Vivendo de cicatrizes, eu vou coletando medos enquanto adentro o quarto branco de Jack, fechando a porta logo em seguida.

Pareço uma criança de novo, me escondendo do mundo como se isso fosse fazer algum efeito.

Eu quero esconder a verdade, eu quero proteger, mas isso já não é possível. A única protegida de mim é a Anna, e é assim que quero que continue.

Que bagunça Jack fez.

Que bagunça ele fez em mim.

Pego no sono deitada na cama do qual o beijo ainda formigava em minha boca fria.

Não me deixei chorar, não choraria por isso.

Eu pensava que não, pelo menos, mas lágrimas e dor eram algo inevitável, e eu não entendo o por quê.

Adormeço apenas até ser acordada por uma batida na porta.

–Será que eu posso entrar? - a voz acolhedora e ansiosa da Anna ecoava do outro lado da porta.

Olho ao meu redor, enquanto eu dormia o quarto inteiro foi tomado pela minha neve.

–Anna, acho melhor eu ficar sozinha.

–Olha - ela parece calcular as palavras - todo mundo perde algo, todo mundo quer sair do mundo as vezes, eu sei pelo o que está passando. Apenas... Me deixe entrar.

Não adianta. Já fechei portas demais para a Anna.

Destranco a porta e a deixo entrar, fechando-a logo em seguida.

–Tudo vai ficar bem. - ela diz simplesmente, enterrando sua cabeça em meu pescoço gelado, me abraçando com braços e palavras.

–Eu não queria...

Ela solta-se de mim e me olha irônica.

–Ah, claro que não queria, até porque ele é do tipo que força a garota a colocar sua boca na dele - ela ri - ele não precisa forçar ninguém a beijá-lo, garanto. - ri de novo.

A encaro sem expressão, mas seu riso me deixa sem saída, seu riso me faz sorrir.

–Pensei que você estava aqui para conversar seriamente comigo, e não fazer piadinha.

–Mas se eu não fizesse "piadinha" - ela simboliza aspas nos dedos - como que você ia rir?

Rimos, mas rapidamente meu mundo cai de novo.

Meu sorriso se desfaz, como sempre.

Me sento na beirada da cama e olho para lua na janela.

Anna senta-se ao meu lado.

–Linda né? - pergunta observando-a também.

Desvio o olhar, depois olho de novo.

–Sim.

–Tão grande, mas ao mesmo tempo tão pequena. - ela faz um gesto com a mão cobrindo a lua e depois como se a estivesse pegando. - e tão longe de conseguir ser alcançada.

–É.

Ela me encara franzindo a testa.

–Você não gosta da lua?

–Claro que gosto, é só que eu não estou acreditan...

–Você sabia que a lua me salvou? - ela parece querer chorar - Jack cuidou de mim minha vida inteira, não me lembro de nada antes de sair do lago congelado. E Ela nunca me falava o por quê de tudo isso.

–E-Eu...

–Mas eu sempre - se levantou e andou até a beirada da janela - acreditei nela mesmo assim. - ela se vira rapidamente e me olha do mesmo lugar apontando o dedo indicador para mim - não deixe de acreditar.

Suas palavras me forçavam de maneira boa.

Me persuadiam sem ferir.

Me divertiam.

–Não deixarei. - Ela sorri.

–Não conheço sua história, não totalmente, mas sobre Jack... - ela suspira e se encaminha na minha direção - ele não te faria mal algum, confio nele.

–Eu sei que você o conhece mas... Isso não estava nos meus planos! E... Não sei por quê isso mexeu comigo dessa maneira.

–Sabe, eu vou te contar uma coisa, mas não fala pra ele que eu te contei tá? - ela faz um sinal de silêncio com o dedo para eu manter segredo e senta-se no chão, na frente da cama onde eu estou.

–Segredo. - faço o mesmo sinal e ela ri.

–Okay, Okay, bem... - ela olha pra trás conferindo se não há mais ninguém - sabe, antes de você aparecer, o Jack vivia fora... Ele não me dizia para onde ia nem que horas voltaria, sempre foi assim, mas só de uns tempos pra cá, só depois que eu estava namorando, que eu percebi que ele estava saindo com mais frequência - sorriu. - e como minha curiosidade é maior que o orgulho do Jack, eu o segui uma vez... - a olho curiosa - Sabe pra onde ele ia todos os dias?

A olho tomando cuidado com a resposta que vou ouvir.

–Para onde? - franzo a testa e me preocupo, tenho medo da resposta e neve já se forma nos cantos das paredes.

–No seu castelo.

–Todos os dias? - solto o fôlego que me restava, me sentindo culpada por algo sem culpa nenhuma.

–Sim - ela diz empolgada.

–Anna - fecho os olhos respirando fundo e tentando entender. - Chega.

–Eu comecei a seguí-lo por bastante tempo - me ignora. - mas nunca soube que seu nome era Elsa, e ele continuou sem me contar.

–Mas, ele viu tudo que aconteceu comigo?

–Ele te ajudou em tudo que aconteceu contigo. - ela corrige. - quando você chorava, ele estava lá, ele te observava da janela sempre, e ele sempre congelava a janela, mas você pensava que era você mesma quem havia congelado, eu sabia do seu poder de gelo mas tive de fingir que não sabia, quando você chegou aqui. - ela dá de ombros - Na sua coroação, ele estava lá e a ajudou a quebrar a cela com a força do gelo. - olho para o chão lembrando de ter me perguntado de onde eu havia arranjado tanta força.

O quarto já está cheio de neve.

–Chega. - tenho que ignorar isso, porque sei que vai mudar minha cabeça saber dessas coisas.

–E ele me viu, então me explicou que era para eu ficar calada sobre isso, e disse que era algo que eu não devia me meter porque era perigoso e bem, ele sempre me protegeu... eu falo e repito, confio nele!

–Mas, Anna, entenda...

–Ele te ama, Elsa! E você deveria saber! porque ele não sai beijando qualquer uma e...

–Mas Anna, o problema não é esse, o problema é que eu não sei o que eu estou sentindo.

–Amor. - diz rápida e simplesmente.

–Não, Anna...

–Você está amando Elsa! Você tem que se entregar a isso e ser feliz...

Meu coração dói.

O aperto contra o peito e olho para o outro lado.

A neve crepita em todo o quarto.

–Não vê Anna? Eu não posso! - a dor em minhas palavras e o brilho da lua em meus olhos parecem sair por todos os lados.

Anna parece murchar por dentro e por fora.

–Mas - sorri um sorriso triste - por quê? Do que você tem tanto medo?

–Anna, é complicado... - me viro para o outro lado e olho para o chão. Ela apoia a mão em meu ombro.

–Tudo bem...só... - ela faz uma pausa - Não deixe eles tirarem o melhor de você, a liberdade vem de dentro. Ah e... não deixe de acreditar na lua.

Viro minha cabeça apenas um pouco, enquanto a vejo sair pela porta que eu prometi a mim mesma nunca mais fechar para ela.

~•~

Nada dormi naquela noite, mas mesmo assim o grito de uma garota me acordou dos meus pensamentos.

O grito alto de uma garota conhecida em meio a neve.

O grito angustiado de minha irmã.

Eu tapei meus ouvidos como uma criança.

Nada a perder, apenas meu tudo.

Abri a porta esperando encontrar minha irmã de algum jeito ou de outro. O dia em que eu a procurei em meio a neve do lago congelado voltou em forma de avalanche na minha cabeça.

Eu não a vi.

Nem o Jack.

Corri até chegar na porta da casa, meu plano era achá-los, meu plano era correr para lugar nenhum, e esperar que esse nenhum desse aonde eles estavam.

Mas na porta algo se destaca, um bilhete.

Um pedaço de papel amarelado e nele algo escrito em areia negra.

"Você deveria ter aceitado minha proposta, eu disse que acharia algo que te ferisse se não fosse o caso"

~•~


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Notas finais do capítulo

aí vem as tretas, se preparem, tam tam tam taaaaaaammm hehe... Nós vemos nos comentários e quem sabe nas recomendações e favoritos hein? Bjs gelados a tds, continuem me inspirando, leitores fantasmas: apareçam! ❤️