Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 25
Turn My World Upside Down


Notas iniciais do capítulo

NOSSA, E PENSAR QUE EU N TINHA MAIS ESPERANÇAS DE TER MAIS UMA RECOMENDAÇÃO, MAS COMO SEMPRE ESSAS LEITORAS LINDAS QUE TENHO ME SURPREENDEM!!! Sério GNT, mt obrigada pelos reviews, pela liiiindaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaa. Ahadhjajcdj recomendação e mt obrigada a tds que acompanham essa FIC e a favoritam!! Amo mt vcs e espero (super espero!) que vcs gostem, não deixem de comentar, estou postando esse cap hj por causa da recomendação, eu ia postar na segunda, sintam-se privilegiadas(os) suas(seus) lindos!!!!
ENJOY THE FIC, esse capítulo será legal, prometo, e leiam com atenção!
Beijos gelados.... Aproveitem!!!!



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~•~

A neve branca brilhava na montanha, nenhuma pegada para ser vista.

Retornávamos do portal que dava da fábrica até a casa da Anna. Minha irmã. Ou quase.

Um reino de solidão reinava naquela tarde de volta. E parecia que eu era a rainha.

Não falei mais nada depois do que Jack disse, na verdade não consegui nem agradecer por ter me ajudado a sair daquela casa, e não conseguia agora também.

Incrível como ele conseguiu engolir o orgulho para dizer aquilo sobre ele precisar de mim, ambos somos orgulhosos demais para admitir qualquer coisa. Mesmo eu admitindo que sou orgulhosa, isso valeu para mim também.

Ele flutuava ao meu lado, fugimos do medo mas também fugimos da verdade, por várias vezes menti.

Mas o que eu sentia agora? Eu realmente sentia algo?

Eu podia ter sentimentos que não fossem relacionados a ódio e solidão por pelo menos uma vez na vida?

Eu podia ser feliz?

Não, ainda sinto medo, dor, ainda sou uma pessoa má. Eles estavam certos sobre mim.

Então eu canto.

Por mais triste que eu estava naquele momento, eu cantei. Cantei como minha irmã costumava fazer nas manhãs de inverno no reino, o que, pra mim, era todo dia. Eu tinha o inverno dentro de mim, eu era o inverno.

Eu sou o inverno.

Meus cabelos ainda soltos dançam ao vento, mas eu não estou dançando.

Jack sorri de canto ao me escutar, mas não me olha.

"It keeps coming back to me I remember this pain, It's spreads across my eyes, Everything is dull..."

Canto baixinho, mudando meu vestido básico de dormir por um vestido azul comprido com cristais de gelo, arrumo meu cabelo em uma trança loira desarrumada.

Tento não chorar, essa música me lembra algo, mas não sei bem o quê.

"Everyone's smiling, they're smiling, it pushes me far, far away I can't understand, everything is blue..."

Minha voz não é como da minha irmã.

A voz da minha irmã enchia de alegria, a minha enche de dor.

Então ouço a próxima parte da música, e dessa vez não sai da minha boca.

"Can you hear me out there?"

Jack....

–Jack... -franzo a testa.

– Nem tudo aparece no cilindro dourado - ele morde o canto da boca, uma de suas mãos se encontram no cajado, enquanto a outra está dentro do bolso do casaco, como se ele pudesse sentir frio - Nós cantávamos ela juntos no quintal de seu palácio, foi no dia em que o Pitch te sequestrou.

Seu olhar rebaixa junto com o meu, não acho que devo fazer mais perguntas, ele não parece estar feliz, mas e dai? Também não estou feliz.

Mas, droga, não sei ficar com raiva dele.

Eu não preciso agradar ninguém, mas estaria mentindo se dissesse que não o quero falando comigo, ou me abraçando nas noites de pesadelos, que agora já se acumulam em nevascas sem sentido que saem de mim e se espalham pela cama solitária.

Mas isso não importa, o que importa é a minha irmã, preciso dela de volta.

E esses pensamentos estão me atrapalhando.

–Elsa...você acreditaria em mim se não me conhecesse pessoalmente? - Jack interrompe meus devaneios com o sem sentido de sua pergunta e para na minha frente, me olha penetrando seus olhos nos meus, uma guerra de azul e branco entre nós dois.

Olho para cima e depois para a montanha logo na frente onde se encontra a casa da Anna, estamos tão perto que se eu prestar bem atenção posso escutá-la cantando.

Respiro fundo.

A lua já aparecia, praticamente do nosso lado, branca como os cabelos do Jack, grande como minhas dúvidas.

Ela estava lá, como se esperasse assistir a própria noite.

O encaro e mordo o lábio inferior, sem saída e sem vontade de mentir.

–Acreditaria.

Ele olha para a lua que está ao fundo e depois me olha. Incrível como o tempo passou rápido.

–Eu acreditaria em você também, se fosse o contrário. - Encaro o chão e sinto meu coração pulsar rapidamente. - Eu também sou um monstro Elsa, eu também tenho medos. - fala irritado - Eu também quero achar meu caminho, mas não quero fazer isso sozinho como você quer.

–Eles querem me ver caindo Jack, não posso contar com mais ninguém além de mim mesma - deixo meus ombros pendidos ao lado do corpo, fraca - e eu não aguento mais isso. - formo minha mão em punho e a seguro contra meu peito.

–Esqueça-os, nós temos algo que eles não tem, e as pessoas não aguentam isso - sorri sarcasticamente.

–É que... - suspiro pesadamente - ontem éramos apenas crianças brincando na neve, apenas fingindo, sonhando sonhos com finais felizes e agora...

–Caímos em um mundo cruel, é eu sei - abaixa a cabeça assentindo - mas toda lição forma uma nova cicatriz, e eles não imaginavam que você chegaria tão longe. E eu sei todas as coisas que te fizeram ser quem você é.

Ele pega na minha mão.

Uma pequena ventania de neve nos cerca.

Sinto um frio diferente em minha espinha que sobe até a minha cabeça.

–Você não é um monstro, Jack.

–Nem você - ele toca meu rosto afastando os cabelos que ainda insistiam em cair sobre minha testa e pousando sua mão gelada em minha bochecha de forma acolhedora.

–Mas eu sou perigosa - digo seca e retiro a mão dele de meu rosto - e eu não quero ser mais assim.

Ele aproxima seu rosto pra mais perto de novo e a ventania aumenta, me afasto.

Meu coração parece querer ser descongelado a força.

E não sou só eu quem está fazendo nevar.

–Você não é perigosa. - ele diz um pouco alto e simbolizando com a mão como se você óbvio, seu cajado apoiado na árvore quase desaparecia em meio a neve de nós dois.

Sorrio um pouco, disfarçando o nervosismo que crescia sem jeito dentro de mim sem eu saber o por quê.

–Amo o jeito que você mente - sorrio tristemente, só mais um sorriso quebrado - você sabe que sou o suficiente pra te machucar, e eu não quero te machucar.

–Você não precisa me proteger, Elsa, Eu não tenho medo! - exclama.

–Jack nós somos como os dois polos, o norte e o sul, você é o norte, o frio bom e que faz viver, - ando um pouco em direção a casa, abraçando meu próprio corpo gelado - e eu o sul, o frio que congela, que mata, se juntássemos os dois teríamos uma catástrofe, deixaríamos muitos feridos.

Ele voa atrás de mim e me puxa pra perto, me virando e colocando sua mão em minha nuca, consigo ver a neve que jorra para todos os lados, deixamos a tempestade em fúria.

–Eu posso correr esse risco.

–Você continua sendo irritante. - praguejo com vontade de sair correndo e ao mesmo tempo com vontade de continuar assim por uma eternidade.

–E você continua sendo teimosa. - sorri travesso.

Franzo a testa, irritada.

–Eu não...

Ele me puxa mais, colocando a mão que sobrava ao pé das minhas costas, e seu cajado já se encontrava no chão.

Nossas neves se misturam em pequenas explosões e a tempestade aumenta drasticamente quando sua boca gelada encontra a minha, também gelada.

Havia dor antes, havia medo, mas agora não, tudo sumiu e não consegui pensar em mais nada.

Não precisávamos de mais nada.

Ele me beijou.

Era a única coisa que eu sabia agora. A única coisa que eu queria saber, na verdade.

Sinto meu coração pesar, mas um peso bom, e depois ficar leve, como se quisesse sair voando pela minha boca.

Esse frio na barriga talvez seja apenas a coragem esfriando meus medos.

Suas mãos em minha nuca e costas me davam conforto.

As minhas mãos em seus cabelos brancos congelavam em neve formal.

O que eu estava fazendo? Por que eu estava sentindo isso? Eu nunca procurei alguém, eu nunca pense que sentir algo fosse possível.

Suas mãos iam da nuca até o pé das minhas costas, passeando e me segurando, uma mistura de frio e calor.

De neve e algo mais.

E isso poderia me machucar, sim, poderia, e eu poderia estar mentindo pra mim mesma.

Mas tudo bem, porque gosto do jeito que ele coloca meu mundo de cabeça pra baixo.

Mas, nada bem, porque sei que ele poderia destruí-lo também.

E o pior é que não sei mais se consigo sair dessa armadilha.

~•~


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Notas finais do capítulo

Hahahhahahahahha eu seeeeei sou demais!
As tretas não acabaram, quero reviews lindos que nem os que estou tendo, eu em sabe uma recomendação de novo hein???? Acho que mereço depois desse capítulo né? Amo muito vcs e nunca vou deixar vcs na mão! Beijos gelados e nós vemos nos reviews, cap novo segunda-feira, ou antes se me fizerem feliz (recomendação)
Amo muito amo muito amo muito
Beijos gelados e nos vemos em breve!