POV: Narrador

Todos os Cullen ficaram encostados no Volvo prata de Edward a espera de Isabella. A maioria dos alunos já tinham entrado na escola, outros apenas estavam ali matando tempo.

– A Belinha esta demorando... – reclamou Emmett como uma criança.

– É verdade, o sinal já esta pra tocar... – comentou Alice.

– Alguém poderia me explicar de novo o motivo de estarmos esperando aquela humana? – disse Rosalie irritada.

– Rose, acho que ficou bem obvio que Bella não é humana. – respondeu Edward. – E temos que conversar com ela, colocar tudo em pratos limpos. Ela sabe que somos vampiros.

– E nós sabemos que ela é Stellar... – disse Jasper.

– Talvez. – disse Alice o corrigindo.

– E Emmett, que intimidade toda é essa com a Swan? – Rosalie se virou para o grandão.

– Calma minha ursinha, você sabe que é a única pra mim. – se retratou o vampiro com a maior cara de adolescente que tem culpa no cartório.

Rosalie estreitou os olhos. Ela apontou o dedo indicador para ele.

– Escute aqui, Emmett Cullen, traição é algo que eu não tolero. Ouse fazer essa baixaria comigo, que eu arranco o seu amiguinho aí embaixo e boto fogo!

Os três vampiros se encolheram imaginando a cena.

– O mesmo vale pra você, Jasper. – disse Alice na maior naturalidade e olhando estrada a fora.

Jasper achou melhor ficar quieto.

– Ela esta chegando! – disse Alice e ao mesmo tempo eles ouviram o som do motor potente da Mercedes SLR 722S de Bella.

POV: Bella

Estacionei o carro e logo avistei os Cullen encostados no Volvo prata de Edward. Eu deveria estar preocupada com o fato de eu ter usado meus poderes ontem na tentativa de matar o topetudo, mas estou mais preocupada com o fato dos rumores que eu ouvi em Port Angeles e li nos jornais serem verdadeiros.

Sério mesmo que existem um projeto de Batman tentando roubar a minha área? Mas nem morta. Onde já se viu? Tá certo que eu fui barrada além das fronteiras de Forks. Oh man... eu deveria é estar salvando o mundo e não estar aqui nesse muquifo de cidade esquecida ate mesmo pelos ladrões pé de chinelo.

Liguei mais cedo para o J’onn e ele disse que esse tal Samurai Fantasma não faz parte da liga, é um herói independente. Humm... acho que eu devia começar a honrar a idade que eu tenho.

Olhei para o banco do passageiro e lá estava o meu celular e o papel que era a conta dele.

– Nãoooo... – eu disse.

Peguei minha mochila e meu celular e sai do carro. Olhei para o lado e minha alma quase decidiu ir mais cedo para o paraíso.

– AHHH! – eu gritei ao dar de cara com Edward Pé no Saco Cullen. Levei minha mão ao peito e me recompus. A família Adams estava logo em volta dele.

Alice tinha um sorriso de amigas de compras. A loira aguada, vulgo Rosalie, tinha uma careta de quem comeu e não gostou. Eu odeio essa vadia, ate mesmo fazendo careta ela é de fazer as tribufu de cadeia querer enfiar a cara num buraco. Emmett tinha um sorriso de criança maroto. Jasper se mantinha imparcial. Edward tinha uma pose de é o cara.

– Oh my God... – eu disse com desgosto. – Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece... – eu disse olhando diretamente nos incríveis e lindos olhos dourados do deus grego a minha frente, mas que eu quero matar de todas as formas mais dolorosas o possível. – Se veio buscar o cartão de crédito, pode ir tirando seu cavalinho da chuva, pois só devolvo quando os meus pais devolverem os meus...

– Apesar de eu querer meu cartão de novo, não é sobre isso que queremos falar... – ele disse com uma certa acidez na voz.

Agora eu fiquei curiosa.

– Sobre o que então vocês querem falar? – eu perguntei na maior inocência.

As pessoas no estacionamento olhavam descaradamente pra nós tentando descobrir sobre o que a novata estava falando com os Cullen.

– Sobre o que aconteceu ontem... – disse Jasper.

– O que aconteceu ontem? – acreditem ou não, mas eu realmente estava sendo sincera.

– Nós sermos vampiros. – disse Emmett.

– Você tentar me matar ao me jogar de mais de 10 mil km de altura... – disse Edward.

A ficha caiu.

– Ah... isso... – eu disse e logo fiz cara de paisagem. – Cara, isso é tão 24 horas atrás... Hellow, a vida continua, bola pra frente... eu heim... – eu disse apertando o botão na chave assim travando o carro e ligando o alarme. – Ate parece essa aí... – eu disse apontando para Rosalie e logo em seguida para os pés dela. Ela estava usando botas de salto alto e pretas. – Usando essas botas do outono passado...

E me virei e comecei a caminhar. Ouvi a loira aguada rosnar. Será que ela precisa de um osso? Por que ate parecesse cachorro mal amado.

– Eu avisei que essas botas estavam fora de moda... – ouvi Alice dizer. – Mas não... ninguém me ouve naquela casa...

Já estava entrando no prédio quando Alice praticamente gritou chegando ao meu lado.

– Bella, espera! Eu vou com você... – ela disse animada. Não vou negar, eu gosto dela. Ela tem bom gosto e tem a capacidade de saber quando vai ter um liquidação.

– Tudo bem... – eu sorri. – Aliás, adorei o lenço...

Ela estava usando um lenço em volta do pescoço. Ele era de uma cor quase bege. Era lindo. Quero um pra mim.

– Obrigada... – ela disse sorrindo. – Foi feito no Japão, é um tipo de tecido raro...

– Exibida... – eu fiz bico.

– Se acostume... – Alice riu e eu a acompanhei.

Todos os alunos nos observavam atordoados com a cena. Foi quando eu tive uma ideia. Abri a minha boca para dizer.

– Sim... – o toco de gente nem me deixou falar. – Vamos no seu carro. Posso chamar a Rose pra ir junto com a gente?

Acontece que eu ia chamar a baixinha aqui que fala igual a matraca para fazermos compras depois da escola.

– Mas ela me odeia. – eu disse sem dar muita importância. Estávamos andando pelo corredor rumo a sala de aula, pois teríamos aula juntas.

– Que nada, aquilo é frescura, logo passa... – ela disse fazendo pouco caso.

– Se você diz... – dei de ombros.

As aulas passaram como sempre: um verdadeiro pé no saco.

O intervalo logo chegou. Segundos depois Alice estava me esperando na porta.

– Pois é... – disse Alice enquanto caminhávamos rumo ao refeitório. – Ela fez cena e acabou que ela disse que não vai...

Ela estava me contando sobre a resposta de Rosalie. Dei de ombros.

– Pior pra ela... – eu disse.

Ao entrarmos no refeitório, todos pararam para nos observarem, ate mesmo os outros Cullen que estavam sentados em sua habitual mesa. Isso já esta começando a me irritar.

– Esses bando de urubus não tem mais o que fazer além de ficar nos olhando como se fossemos carniça? – eu comentei para Alice, mas é claro que os outros Cullen ouviram e disfarçaram.

– Nem me fale... – disse Alice enquanto entravamos na fila. – Desde que nos mudamos pra cá, é isso. Mas então... você vai se sentar conosco, certo?

– Não sei... – eu respondi enquanto pegava comida.

– Por que? – ela perguntou.

– Seu irmão... – eu disse. – O topetudo, ele me irrita. Eu tenho vontade de matar ele de todas as formas mais dolorosas que existe. Sério, como é que você aguenta todo aquele ar de “eu sou o manda chuva”?

– Simples, sendo eu mesma. – ela disse com um sorriso diabólico.

Decidi me sentar junto deles... ok, resolvi foi é infernizar um pouco a loira aguada e o topetudo.

Mas no caminho, a Lauren (o travesti) usando água de esgoto como perfume, passou na minha frente. Onde ela comprou essa água de chuca? O coisa horrível. Ate mesmo Alice torceu o nariz. Droga!

Estaquei no lugar e abri a boca para deixar o ar entrar. Droga, droga e droga, eu vou espirrar!

Alice também estacou no lugar e logo se virou pra mim com cara de terror, parece que ela viu o futuro. Pois é, parece que a coisa vai ser feia.

– A-A-A-ATCHIM...!!! – infelizmente não deu pra segurar.

POV: Narrador

Com o espirro superpoderoso de Bella, tudo que estava a sua frete foi atingido. As vidraças foram destruídas, as mesas com os alunos foram jogados longes. O prédio inteiro tremeu dando a impressão de ser um terremoto, mas isso foi graças ao pensamento rápido de Bella; ela batucou rapidamente o pé no chão usando sua força para fazer a escola inteira tremer e assim despistar a culpa de si.

Alice desviou de Bella a tempo antes dela espirrar. Edward, que tinha lido a mente de Alice e visto o futuro junto com ela, conseguiu avisar os irmãos a tempo e assim eles se abaixaram.

Bella se recompôs e olhou em volta. Sua respiração ficou arfante pois ao ver muitos alunos feridos, se sentiu extremamente culpada, o que é uma coisa rara. Mas isso não era hora para se sentir culpada, agora era hora para atuar. Rapidamente, ela se jogou no chão como uma vitima do desastre “natural”.

Alice fez o mesmo que ela.

O refeitório inteiro estava destruído, mas por sorte, pelo que Bella pode ver e ouvir usando seus poderes, não havia nenhuma morte.

Bella olhou para Alice.

– Mas então, ainda esta de pé a ida ao shopping? – ela perguntou como se nada tivesse acontecido.

Alice a encarou séria, mas não aguentou e riu.

– Claro.

Os bombeiros, paramédicos e a policia logo chegaram e os alunos foram dispensados para irem pra casa.

No estacionamento, elas se encontraram com os outros Cullen.

– Belinha do céu... – começou Emmett mas parou.

Um brilho vermelho surgiu nos olhos de Bella.

– Me chame de Belinha novamente e tu vira carvão. – disse Bella olhando mortalmente para Emmett. Bella se virou para os outros e os olhou, um silencio constrangedor. – Alice, vamos?

– Mas... – disse Alice. – Primeiro eu tenho que ir em casa trocar de roupa, já que nos sujamos com o terremoto...

– Não dá... – disse Bella.

– Por que? – Edward se intrometeu na conversa.

– Hellow... – disse Bella. – Você acha mesmo que os meus pais vão me deixar sair depois do que houve aqui? Se toca mané...

– Hmm... – disse Alice pensativa. – Já sei, vamos lá em casa... deve ter alguma roupa minha que te sirva, senão usamos uma emprestado da Rosalie...

– Ok. – disse Bella dando de ombros.

– Hey! – reclamou Rosalie mas as duas já estavam a caminho do carro de Bella.

Alice sentou no banco do passageiro da Mercedes de Bella e logo em seguida a morena já estava pisando fundo e deixando os outros Cullen plantados lá no estacionamento.

– Será que alguém desconfiou de algo? – perguntou Bella enquanto dirigia a mais de 100 km por hora.

– Acho que não, bom... pelo menos ate agora o futuro não me revelou nada. Parece que todos acham mesmo que foi um terremoto... – disse Alice.

– Ufa... ainda bem... quero dizer, eu não ligo de me revelar para os outros, mas meus pais e meus amigos sim... – disse Bella revirando os olhos.

– Você quer dizer os heróis da Liga da Justiça, certo? – disse Alice a encarando. Bella a olhou surpresa. – Jasper deduziu depois que você deu um susto em Edward que você é Stellar...

Bella respirou e deu de ombros.

– Sim... – ela respondeu.

Segundos depois, a Mercedes estava estacionando diante da casa onde maior parte era feita de vidro.

– Urgh... – disse Bella saindo do carro. Alice escutou, assim como Esme que estava dentro da casa. – Desculpe a sinceridade, mas isso é tão clichê. Pra que tanto vidro? Quer saber? Esquece, não é da minha conta...

– Que ousadia... – Bella e Alice ouviram Esme resmungar lá dentro da casa.

– Vem, quero te apresentar Esme, nossa mãe... – disse Alice pegando Bella pelo braço e a puxando em direção a porta. Logo atrás Edward estacionava o carro.

Ao adentrar na casa, Bella visualizou tudo, desde o piano preto ao quadro feito de chapéus de formatura.

Que vontade de vomitar... pensou Bella.

As duas caminharam ate a sala e foram recebidas por uma mulher linda.

– Bella... – disse Alice. Os outros Cullen estavam logo atrás. – Essa é Esme, nossa mãe...

Bella sorriu sinceramente e abraçou Esme.

– Prazer, Isabella Swan. – disse ela ainda com o sorriso encarando Esme. – Adorei a casa...

O sorriso de Esme vacilou por um milésimo de segundo. Logo atrás de Bella, Alice se virou para os irmãos com os lábios contraídos e acenou para eles negando e em seguida deixou Edward ler seus pensamentos e assim ela mostrou o que aconteceu desde que Bella estacionou a Mercedes em frente a casa, Edward segurou o riso.

– Vem Bella, vou te mostrar a casa... – disse Alice pegando no braço dela.

– Não precisa. – disse Bella casualmente. – Eu já vi.

Todos a olharam sem entender.

– C-Como? – perguntou Alice.

– Visão de raio x... – disse Bella dando de ombros.

– Ok... – disse Alice. – Então vamos escolher as roupas...

– Claro... – disse Bella.

E assim as duas subiram a escada rumo ao quarto de Alice. Os outros Cullen tiveram que se segurar para não fofocarem no andar de baixo pois sabiam que Bella tinha uma super audição.

Por volta da uma hora da tarde, Bella e Alice estavam a caminho de Port Angeles e Bella estava usando uma roupa de Rosalie que não gostou nada. Bella desligou o celular para não ter que atender as ligações de ninguém.

A tarde se passou e as duas nem perceberam, logo o carro estava abarrotado de compras.

Já era por volta das sete da noite quando Bella disse:

– Estou com fome... você não se importa...?

– Tudo bem... – disse Alice na maior casualidade. – Não me importo...

Andando pelo shopping enquanto conversavam banalidades, Bella estava prestes a esbarrar em alguém quando o jovem que aparentava ter a mesma idade dela, de olhos azuis esverdeados, cabelos mesclado em um tom loiro mel e preto e rebeldes, pele clara e um físico atrativo, movimentou os pés e desviou de Bella magistralmente e continuou a andar enquanto Bella parou e se virou olhando ele se afastar.

– Uau... – disse Bella. – Que bunda...

Alice riu.

Bella também ficou impressionada com a habilidade que ele se esquivou dela. ela teve a impressão de ate estar atravessando um fantasma.

Jovem era sexy e muito bonito, mas Bella sentiu que ele simplesmente não a notou. Era como se ele visse as pessoas mas para ele elas simplesmente não existiam. Sua expressão era sem emoção, como nos animes onde sempre tem aquele personagem misterioso e sem expressão e emoção. Normalmente, eles são dotados de uma inteligência enorme.

Logo ele sumiu no meio da multidão que andava de um lado para o outro no shopping. Bella deu de ombros e continuou o caminho junto de Alice ate o McDonald’s.

Depois de comer três x-burguers, dois pacotes de batatas fritas, tomar dois copos com refrigerantes enormes e um com milk shake de chocolate, Bella e Alice voltaram a fazer compras.

Já era por volta das dez da noite quando as duas saíram do shopping já dentro do carro. Ao andar pela cidade, Bella viu que a cidade estava calma. As pessoas aos poucos estavam indo pra suas casas.

Foi andando pela rua da praça que as duas viram um roubo em ação. Uma joelharia.

Um carro potente, um camaro, estacionou em frente a joalheria, quatro homens com mascaras de ski desceram, destruíram o vidro da loja com tiros e entraram rapidamente. O alarme da loja foi ativado.

Bella freou bruscamente o carro.

– Espere no carro, isso vai ser rápido. – disse ela sorrindo mais do que devia.

– Ok... – concordou a baixinha.

Bella passou a mão no colar que estava em volta de seu pescoço e disse:

– Ativar...

Alice abriu a boca em um perfeito O ao testemunhar Bella se transformar em Stellar.

Stellar abriu a porta e saiu em sua super velocidade e voou e em seguida, desceu como uma pluma e com os braços cruzados acima do camaro e ali ficou flutuando no mesmo instante em que os ladrões saiam da loja.

– Então, tem algum diamante aí ou são só bijuterias? – perguntou Stellar.

– Stellar! – exclamou um dos bandidos.

– Em carne e osso... – ela respondeu com um sorriso macabro.

Stellar usou sua visão de calor nas armas dos bandidos os fazendo as jogarem no chão pois estavam ardendo.

Sem mais enrolações, Stellar pegou todos os criminosos e os jogou dentro do camaro, selou as portas com sua visão de calor. Pegou o carro e voou ate a delegacia e praticamente jogou o carro de frente ao prédio.

Mas foi ali, pronta para voar ate o seu carro novamente que ela o viu. Ele usava um capuz negro e em suas costas parecia haver uma espada. Samurai Fantasma.

Ele estava também fazendo uma entrega para os policiais. Um homem de cor negra fi jogado na calçada diante de dois policiais.

– Parado! – ordenou os policiais apontando os revolveres para o vigilante, mas ele já havia sumido.

Mas Stellar conseguiu ver perfeitamente ele apenas movimentar os pés e pular como se voasse dando a impressão para os humanos normais de que ele se tele transportou.

Stellar chacoalhou a cabeça.

– Policiais, esses são os bandidos que roubaram uma joalheria. – disse Stellar e em seguida voou sem dar chance alguma deles falarem.

Bella entrou no carro e enquanto dirigia, comentou o que aconteceu para Alice.

– Droga, eu podia ter usado minha visão de raio x para ver quem era ele. – reclamou Bella enquanto o carro ultrapassava os 180 km por hora na estrada para Forks.

Ainda em Port Angeles, duas horas depois.

Naquela mesma noite, a fiança do criminoso afro-americano levado para a delegacia por Samurai Fantasma, foi paga.

Uma limusine preta o esperava no lado de fora. Apesar de achar aquilo suspeito, o criminoso, Reese Carter, entrou na limusine. Ele se sentou no banco e ficou de frente para outro banco que estava mergulhado na escuridão.

– Boa noite, Sr. Carter, temos um trabalho para você... – disse uma voz saindo da escuridão. Era grossa e meticulosa. Fria e calculista.

A porta da limusine se fechou e segundos depois o carro estava em movimento.