==== Carlos Daniel Narrando ====

Agi como se nada estivesse acontecendo, mas estava sendo meio difícil, não conseguia parar de olhá-la, minha admiração cresceu ainda mais ao descobrir que ela era pura, minha vontade de fazer com que nossa primeira noite de amor fosse muito especial para ela só aumentou...

– Porque esta me olhando assim? Ela me perguntou incomodada com meus olhares, seu rosto estava corado e ela mal conseguia sustentar seu olhar no meu depois da conversa que tivemos essa manhã.

– Porque você é maravilhosa! Disse sorrindo enquanto acariciava seu rosto corado. – simplesmente por isso!

Ela sorriu envergonhada enquanto tomava seu suco desviando seu olhar de mim... Poderia passar meu dia assim, apenas a olhando, mas tinha muito que fazer, e minha amiga Jane logo chegaria e Paulina tinha que esta longe daqui...

– Você não esta atrasada? Perguntei enquanto verificava a hora no meu relógio de pulso.

– Não... Ainda tenho tempo! Ela disse me olhando com a testa franzida.

– Venha! Disse me levantando e pegando as chaves do carro em meu bolso. – te levo ate a escola e de lá vou para a fabrica! Disse sorrindo enquanto a esperava se levantar.

Ela me olhou de forma curiosa, mas logo se levantou e foi buscar suas coisas, respirei aliviado, não podia deixar que Paulina se encontrasse com Jane, como explicaria a ela a presença de Jane aqui?

– Estou te sentindo distante! Disse a ela enquanto seguíamos pelas ruas já movimentadas do México.

– Me desculpe! Ela disse sem desviar o olhar da janela.

– Tudo bem... Deixa isso pra lá! Disse sorrindo. Acho que já a pressionei o bastante por um dia.

Depois da conversa que tivemos e a conhecendo como a conheço não podia esperar outra coisa se não esse afastamento, estava desconfortável, e com razão. fazê-la falar coisas desse tipo foi errado da minha parte, mas queria demonstrar que poderia confia em mim para conversarmos sobre o que quer que fosse.

Estacionei em frente à escola e ela disse apenas um tchau sem me olhar e quando já ia saindo a segurei pelo braço a impedindo e fechei a porta...

–Ei, Calma ai! Disse sorrindo enquanto a olhava. – Porque a pressa? Perguntei divertido, ela me olhava de forma assustada.

– Não quero me atrasar! Ela disse me olhando seriamente.

A olhei em silencio por apenas alguns instantes, sua expressão parecia preocupada... não queria se sentisse com medo, ou apreensiva pela conversa que tivemos...

– Paulina, quero me desculpar por essa manhã! Dizia enquanto segurava sua mão na minha a impedindo de sair como sempre faz.

– Tudo bem! Ela disse forçando um sorriso e desviando seu olhar do meu.

– tem certeza que esta tudo bem? Perguntei me aproximando um pouco mais e com uma das minhas mãos virei seu rosto para que me olhasse. – você esta distante então... Dizia, mas ela me interrompeu.

– Estou distante porque não quero estragas as coisas mais do que já estraguei! Ela rebateu seriamente.

– Você não estragou nada meu amor! Disse sorrindo enquanto meus olhos percorriam por seu rosto delicado.

– Você só diz isso porque não quer que eu fique chateada! Ela disse sorrindo sem graça.

– digo isso porque é a verdade! Disse enquanto me aproximava ainda mais e mesmo desconfortável lhe dei um beijo no pescoço a fazendo virar-se para me olhar e então aproveitei para beijar seus lábios de forma delicada.

Ela levou apenas um momento para me corresponder e tive vontade de dar a partida no carro e voltar imediatamente para casa com ela e mostrar a ela como não tinha estragado nada, em como só me deixava ainda mais apaixonado...

– é melhor você ir! Disse ao encerrarmos o beijo. – não quero que se atrase por minha culpa! Disse sorrindo enquanto acariciava seu rosto com as pontas dos dedos.

Ela sorriu timidamente e se afastou e saiu... Fiquei sentado a observando entrar na escola e assim que não podia mais vê-la dei a partida no carro e segui direto para casa...

– Jane! Cumprimentei ao encontrá-la me esperando na porta. Senti-me mal por fazê-la esperar, mas expliquei tudo a ela.

– então esta fazendo tudo isso por uma mulher? Ela me perguntou enquanto me olhava de forma surpresa, não podia culpá-la por isso.

– sim, o nome dela é Paulina! Disse sorrindo feito um bobo.

– Hum, você terá de me apresentar a essa mulher que conseguiu colocar um pouco de juízo na cabeça desse meu amigo! Ela disse brincando enquanto andávamos pelos cômodos da mansão.

Jane fez algumas anotações enquanto tirava da bolsa o celular e depois de falar com alguém por um tempo, passando uma lista de tudo que precisariam voltou me olhando seriamente.

– O reforço esta a caminho! Ela disse me dando um sorriso enquanto eu a olhava sem entender.

– Não faço mágica meu querido! Ela disse rindo.

Em pouco minutos dois carros com uns 15 homens uniformizados chegaram à mansão em suas camisas a logomarca da empresa de arquitetura de Jane.

Fiquei observando de longe enquanto ela dava ordens aos homens que começavam a trabalhar...

– Jane! A chamei enquanto a olhava com um pouco de receio. – Quero te pedir mais um favor! Disse a olhando com cautela.

– Hum... É qual seria? Ela me perguntou com um enorme sorriso no rosto.

– Venha vou lhe mostrar! Disse enquanto me encaminhava ate as escadas e seguíamos pelos corredores do segundo andar aonde o vai e vem dos funcionários de Jane era constante.

– O que tem aqui? Ele perguntou enquanto abria a porta para ela ver. – Uau! Ela disse ao entrar no cômodo.

– Não sabia que dançava! Ela disse sorrindo.

– A Paulina é dançarina! Expliquei sorrindo de volta.

– Hum... Imaginei, e qual seria o favor? Perguntou me olhando, acho que ela já imaginava o que pretendia então passei cerca de 40 minutos explicando a ela o que queria que fosse feito naquele cômodo em especial.

Enquanto isso eu sairia para comprar algumas coisa que precisaria para aquela noite, mas tinha mais um problemas e foi com muito desconforto que pedi a Jane que me ajudasse a descobrir o numero do vestido que compraria para Paulina.

– espero que sua Namorada não se importe de eu estar mexendo nas coisas dela! Dizia enquanto olhava nas malas de Paulina.

– Pode colocar a culpa em mim! Disse enquanto a observava com curiosidade.

Passai a tarde inteira no shopping tentando escolher um vestido para a Paulina, a vendedora bem que tentou me ajudar, mas nada me agradava e quando eu já estava desistindo um em especial chamou minha atenção e então pedi a vendedora para ver o modelo... perfeito. Depois de ter escolhido o vestido segui para mais algumas lojas, comprar coisas para mulheres não era uma tarefa fácil, estava me sentindo um pouco apreensivo, vai que Paulina não goste do que eu escolhi para ela.

Depois de horas andando de um lado a outro segui direto para o estacionamento onde tive que fazer alguns telefonemas...

– vovó, sou eu, Carlos Daniel! Disse a ela assim que atendeu a minha ligação. – Preciso que mantenha a Paulina ocupada! Disse sorrindo enquanto seguia ate meu carro no estacionamento.

– O que esta aprontando meu neto? Ela me perguntou, podia sentir o divertimento em sua voz.

– Uma surpresa para a mulher que amo! Disse sorrindo de volta. – apenas isso, e preciso da sua ajuda! Completei esperando por sua resposta.

– certo, te ajudarei meu filho! Essa disse rindo.

– Bom dentro de algumas horas chegara uma entrega para a Paulina na mansão Bracho e peço que avise a ela que hoje sairemos para jantar... Diga que será um jantar de ultima hora com alguns fornecedores da fabrica! Expliquei a vovó piedade enquanto dava partida no carro rumo a um restaurante.

Tentei deixar tudo muito bem explicado para que nada desse errado e segui para o restaurante onde comprei nosso jantar, as bebidas e tudo mais e marquei a hora exata em que teriam de entregar a comida para que não chegasse fria.

Voltei correndo para casa, dona Filó provavelmente já estaria me esperando para nossa entrevista...

– desculpe a demora senhora, tive que resolver alguns probleminhas! Disse sorrindo ao encontrá-la no escritório já quase arrumado.

Era impressionante como os funcionários de Jane estavam conseguindo dar um jeito naquela Mansão com tanta rapidez e me surpreendia com cada detalhe...

– Não tem problemas senhor! Ela disse sorrindo amigavelmente.

Passei alguns longos minutos conversando com ela e claro a pedi que começasse imediatamente a trabalhar, precisaria dela para cuidar do nosso jantar e ela aceitou as condições sem problemas algum... Menos um problemas para me preocupar...

===== Paulina Narrando =====

Fazia meu ensaio solo quando uma secretaria veio me chamar porque dona Piedade queria falar comigo, estranhei esse fato e segui a secretaria um tanto apreensiva. E tentando achar algum erro que eu tenha cometido sem nem ao menos me da conta...

–Pedi que te chamassem porque quero lhe pedir um grande favor minha filha! Disse a senhora me olhando de forma calma.

Pelo menos eu não parecia estar encrencada... Fiquei em silencio esperando que ela continuasse...

– Como sabe a escola tem vários projetos com crianças e pelo que soube você é uma ótima professora! Dizia a senhora enquanto me analisava.

– O-obrigada! Agradeci ao elogio a olhando de forma curiosa.

– Hoje o professor Michel não poderá se encarregar da turma então gostaria de pedir que você o substituísse! Disse sorrindo enquanto esperava por minha resposta.

– M-mas é claro! Disse animada, adorava ensinar balé, ainda mais a crianças... – será um grande prazer! Completei animada.

–bom então depois dos seus ensaios a secretaria te levara ate a sala! Disse sorrindo satisfeita.

Agradeci e me retirei me sentindo aliviada... voltei aos meus ensaios e passai horas trabalhando em minha coreografia. e quando finalmente a secretaria veio me acompanhar ate a sala onde daria aula as crianças... Confesso que me senti um pouco apreensiva, afinal não sabia como seria recebida... Mas as crianças me receberam tão bem... E ver todas aquelas meninas de idade entre 6 a 10 anos todas vestidas de rosa... Lembrei-me de quando comecei no balé...

Enquanto me despedia das meninas a secretaria mais uma vez me pediu que eu fosse a sala da senhora Bracho porque ela me esperava, imaginava que ela queria saber como tinha ido a aula.

– meu neto ligou avisando que logo ira a mansão bracho te buscar porque tem um jantar de negocio e ele quer que você o acompanhe! A senhora dizia enquanto me olhava.

– Mas não tenho como me vesti de forma apropriada! Expliquei não entendendo porque Carlos Daniel iria me buscar na casa da avó dele e não na casa dele.

– ele disse que mandou algo para você lá pra mansão! Dona Piedade disse dando de ombros e mostrando naturalidade.

Resolvi que era melhor não discutir quanto a isso, se era assim que Carlos Daniel queria, assim seria... Esperei por dona Piedade e seguimos juntas para a mansão bracho...

– meu neto esta mesmo muito apaixonado por você! Comentou dona Piedade enquanto me observava sorridente.

O que ela sabia que eu não sabia? Perguntava-me estranhando a forma da senhora me olhar. Eu apenas me limitei a sorrir com seu comentário.

– pedi que colocasse as coisa que meu neto te mandou no antigo quarto dele! Disse a senhora assim que entramos pelas enormes portas da mansão. – fique à-vontade minha filha! Vou trabalhar mais um pouco no escritório se precisar de alguma coisa!

Subi ate o quarto que foi de Carlos Daniel a abri a porta com cautela... Não sei por que, mas estava achando tudo isso muito estranho... Em cima da cama continham 3 caixas, uma grande e duas medias... E uma sacola também e pude perceber o cuidado dos empregados ao deixarem uma toalha para mim ao lado das caixas...

Não agüentando de curiosidade comecei a tirar o enorme laço na caixa maior... E ofeguei com o que vi...

Um vestido de seda vermelho sangue, de alcinha, uma enorme abertura na parte do lado... Era lindo e segui para a caixa menor, encontrei também uma sandália de salto agulha e minhas maquiagens e uma caixinha com um perfume ainda lacrada abrir e inalei a fragrância era maravilhoso...

Minhas desconfianças só cresciam, e começava a me perguntar o porquê de tudo aquilo? Mas de qualquer forma teria de esperar que Carlos Daniel viesse me buscar então afastei meus pensamentos e tratei de continuar a me arrumar, não queria me atrasar apesar de não saber a que horas ele viria me pegar na mansão dos Brachos...

O vestido era realmente lindo e Caiu como uma luva em meu corpo me perguntava como ele descobriu meu tamanho? Fiz uma maquiagem mais elaborada, afinal aquele vestido merecia que me produzisse melhor, prendi meu cabelo em um coque com alguns fios soltos dando um ar mais despojado, calcei minhas sandálias e depois de alguns toques finais estava pronta...

E Levei meu tempo me admirando no enorme espelho, nunca tinha estado tão linda em minha vida...

– Você esta Magnífica! Ouvi uma voz Grave a minhas costas e me virei com o coração acelerado.

Carlos Daniel estava parado na porta do quarto me olhando de forma intensa e quando me virei ele se aproximou de forma lenta sem desviar o olhar.

– Carlos Daniel! Disse sem fôlego.

Ele estava em um terno Armani feito sob medida acentuando seu porte atlético, cabelos muito bem penteados e extremamente lindo...

– Preparada para nosso jantar? Ele me perguntou enquanto se aproximava e me pegando pela mão me guiou ate a porta.

– Aonde vamos jantar? Perguntei enquanto o seguia.

– é uma surpresa meu amor! Foi a única coisa que me respondeu, estranhei o fato dele nem ao menos ter me dado um beijo quando chegou, ele sempre fazia isso, Estava agindo de forma estranha.

Fomos o Caminho inteiro em silencio, ele sempre me lançando olhares... Só me dei conta do caminho que estávamos tomando quando estávamos chegando a casa e o olhei sem entender nada.

– Porque estamos vindo pra cá? Perguntei o olhando. – Não vamos a um jantar de negócios? Perguntei sem entender.

– é que antes tenho que pegar umas coisas aqui! Ele disse sorrindo enquanto estacionava em frente a Mansão.

– Então vou te esperar aqui! Disse a ele enquanto observava o enorme jardim pela janela.

– Hã... Meu amor... Vou precisar da sua ajuda! Ele disse de forma nervosa, estava gaguejando.

– Para que? Perguntei o olhando de testa franzida, não entendia o que estava acontecendo ali.

– Venha! Ele disse sorrindo enquanto saia do carro e dava a volta abrindo a porta para eu sair. – La dentro te explico! Ele disse enquanto eu saia do carro.

Ficamos muito próximos quando sair do carro e ele me olhava de um jeito que me deixava completamente desconcertada...

– Você esta tão linda nesse vestido! Ele disse enquanto se aproximava me prensando contra o carro e seu corpo que colou no meu.

–O-obrigada! Disse a ele me sentindo inquieta e repentinamente sem ar.

Ele sorriu e se afastou e me pegando pela mão me conduziu ate a porta e então entramos... Perdi o fôlego com o que vi... Como aquilo era possível? Perguntava-me sem acreditar em meus olhos. Tudo estava arrumado, decorado...

– Gostou? Ele me perguntou enquanto me observava.

– Como... Eu dizia, mas ele me impediu de continuar e me levou pelos cômodos da casa todos decorados e muito bem arrumados...

Entramos de cômodo em cômodo e a cada detalhe me encantava ainda mais... Tudo estava tão perfeito, mal conseguia acreditar em tudo que via...

– Deixei o melhor por ultimo! Ele disse em meu ouvido enquanto eu observava as coisas com curiosidade.

Virei-me para poder olhá-lo... Ele tinha um sorriso no rosto e seus olhos castanhos nem prestavam a atenção nas coisas a nossa volta, apenas eu, ele mantinha os olhos em mim e minha pele queimava sob seu olhar.

Ele me conduziu pelas escadas e em seguida pelos corredores e me fez parar em frente as enormes portas duplas que sempre estava trancadas.

– Vamos entrar? Perguntei o olhando sem entender o motivo por ele ter me levado ali.

– Feche os olhos! Ele pediu ignorando minha pergunta e se aproximando de mim, parou em minha frente e roubando todo o ar dos meus pulmões. – é surpresa! Completou se aproximando do meu ouvido, o vento de seu hálito em contato a pele de meu pescoço fez meu corpo se arrepiar e então fechei os olhos...

Tudo ficou em silencio por alguns instantes ate eu sentir o delicado toque dos seus lábios próximo a minha orelha...

– espero que goste da surpresa! Ele sussurrou logo em seguida, sua voz mais grave ainda, suas mãos pousadas firmemente em minha cintura...

E então o senti de afastar, meu coração estava quase explodindo, agora tudo fazia sentindo, não existia jantar de negócios...

E então ouvi o barulho da Chave sendo colocada na fechadura e em seguida o clique do porta sendo destrancada e então fui invadida por um aroma adocicado...

– Pode Abrir os olhos, minha vida! Ele sussurrou colocando-se a minhas costas, sempre muito próximo...