==== Manhã seguinte === Carlos Daniel Narrando ====

Acordei muito cedo como de costume, e não podia me sentir melhor do que já me sentia tendo minha linda Paulina deitada em meus braços, seu rosto angelical com uma expressão tão serena e relaxada.

Podia sentir o Calor de seu corpo contra o meu, e não pude afastar as lembranças da noite passada, a forma apaixonada com que estávamos nos beijando, o suave toque de Paulina, um simples toque, mas que me levou aos céus, sua pele macia e cheirosa, seus beijos tão desejosos quanto os meus. E com essas lembranças a sensação de frustração veio junto.

E mais uma vez não consegui afastar minhas suspeitas... Não sei por quanto tempo fiquei observando Paulina dormir, se pudesse passaria a eternidade nessa tarefa.

– Bom Dia Minha vida! Disse a ela quando despertou.

– B-bom Dia! Ela disse enquanto se afastava puxando os lençóis e se cobrindo.

Eu fiquei a observando se cobrir, seu rosto corado, seus olhos sempre fugindo dos meus e sorri a vendo daquele jeito, era encantador. Me perdi a observando, mas logo me forcei a me levantar e segui ate o chão onde minha calça de pijama tinha ido parar na noite passada e apanhei o Robe de ceda de Paulina que estava junto e sorrindo entreguei a ela que me agradeceu me olhando rapidamente.

– Vou tomar um banho rápido! Disse a ela enquanto seguia ate o Banheiro.

Demorei um pouco embaixo do chuveiro e quando sai não encontrei Paulina no quarto, desci ate a cozinha e enquanto descia fui invadido pelo cheiro do café e sorri ao vê-la procurando pelos armários.

– O que esta procurando? Perguntei a abraçando por trás, ela não notou minha entrada e se assustou com minha aproximação.

– C-copos! Disse me olhando.

Me afastei apenas o suficiente para pegar os copos e então ela encheu nosso copos com um Café preto fumegante, eu a ajudei a arrumar a mesa para o café e em seguida nos sentamos para tomar café, a notei muito retraída.

– O que você tem? Perguntei a olhando seriamente.

– Não é nada! Ela desconversou.

– é pelo que ouve ontem à noite? Perguntei insistindo, ela tinha que aprender que eu estava ali para ouvi-la, e ajudá-la no que precisasse isso era como um relacionamento deveria funcionar.

– Por Favor, Carlos Daniel! Ela disse se levantando e saindo antes mesmo que pudesse impedi-la.

Essa sua atitude já falava por si só... Terminei meu café dando a ela um tempo sozinha e logo fui procurá-la no quarto.

Quando entrei já estava pronta para sair, mas eu a impedi a segurando pelo braço de forma delicada, mas a impedindo de fugir novamente...

– Porque não me diz o que você tem? Perguntei seriamente a olhando. Ela mantinha seu olhar afastado do meu. – Temos que nos comunicar, lembra? Perguntei a observando.

Paulina finalmente me olhou nos olhos e pude perceber as lágrimas se acumulando em seus lindos olhos verdes que tanto amava e senti meu coração apertar em vê-la assim e então apenas a puxei para meus braços e a abracei.

– eu sinto muito! Ela disse com a voz abafada em meu peito. – não queria ter te decepcionado ontem à noite! Completou e então soltou-se de meus braços e saiu feito um furação pela porta me deixando sem reação.

Agora conseguia entender, ela se sentia insegura pelo que ouve, estava com medo de ter me decepcionado por não ter permitido que nos amassemos e fiquei surpreso com essa descoberta, em tão poucos tempo começava a ver um lado dela que ela não tinha deixado transparecer antes quando tivemos aquele namoro relâmpago.

Fui para o trabalho pensativo e passei uma manhã inquieta, tentei falar com Paulina pelo celular, mas ela me atendeu e simplesmente me disse que não podia falar naquele momento e que em casa nos falaríamos, tive vontade de ir ate a escola de dança para conversarmos, mas me segurei, ela precisava de seu espaço.

– Luciano! Disse ao entrar em sua sala já com uma decisão em mente. – Ficarei o resto da semana sem vir a fabrica, você pode segurar as coisas aqui? Perguntei o olhando seriamente.

– aconteceu alguma coisa? Ele me perguntou me olhando com preocupação.

– não, só preciso resolver alguns assuntos importantes! Disse sorrindo enquanto me sentava a sua frente. – prometo recompensar todos esses dias! Completei esperando por sua resposta.

– Tudo bem! Ele disse finalmente. – então nos vemos na semana que vem! Ele me disse sorrindo.

O agradeci e sai de sua sala seguindo ate a minha com pressa ao passar por minha secretaria avisei de minha ausência no resto da semana e segui direto para casa...

A primeira coisa que fiz foi ligar para a Senhora Filó... A empregada que Luciano me indicou e pedi que viesse ate a mansão... Depois desse problema esta quase resolvido, segui ate as enormes portas Trancadas e as destranquei e entrei pelo enorme estúdio, o barulhos dos meus passos no piso de madeira ecoando pelo enorme cômodo, meu reflexo nos enormes espelhos na parede e então abri as enormes janelas para que entrasse um ar no cômodo e em seguida sai trancando as portas novamente.

– Jane? Disse ao telefone enquanto seguia ate meu quarto. – sou eu o Carlos Daniel! Disse rapidamente.

– Carlos Daniel meu amigo! Ela me disse animada. – a que devo a honra de sua ligação? Me perguntou curiosa e com razão, há quase um ano não nos falamos.

– Preciso da sua ajuda! Disse sentando-me na cama ainda desfeita.

– Em que exatamente? Ela me perguntou com desconfiança.

– Preciso que decore uma mansão em apenas um Dia! Disse rapidamente, esperançoso que fosse possível.

– NOSSA! Disse rindo. – Para que tanta pressa? Me perguntou curiosa.

– Acha que pode fazer isso? Perguntei ignorando sua pergunta.

– Claro! Ela disse com ar convencido, mas em tom brincalhão.

Passei horas conversando com ela pelo telefone e marcamos de nos encontrar na manhã seguinte bem cedo para começarmos a trabalhar, liguei para vovó Piedade pedindo sua ajuda, precisaria manter Paulina afastada da mansão por um dia inteirinho e claro dona Piedade desconfiou do meu pedido, mas me prometeu manter Paulina longe o Maximo que pudesse.

===== Paulina Narrando ====

Liguei para o Carlos Daniel avisando que não haveria ensaio hoje, não queria vê-lo, não depois do que ouve entre a gente na noite passada e na forma como sai essa manhã, me sentia tão confusa quanto aos meus sentimento.

A amava com todas minhas forças, mas tinha medo de me jogar de cabeça nessa relação e acabar me machucando novamente... E ele despertava tantos sentimentos em mim, às vezes apenas um olhar dele era o suficiente para me deixar louca. Como poderia continuar dormindo na mesma cama que ele quando não podia sucumbir aos meus próprios desejos? E ele era sempre tão carinhoso e em troca eu apenas o afastava.

Quando finalmente as aulas terminaram eu e Célia fomos a uma lanchonete perto da escola para conversarmos precisava conversar com alguém.

– Não posso dar a ele o tipo de relação que ele deseja! Disse a Célia que me olhava sem entender o que eu dizia, podia ver sua confusão estampada em seu olhar.

– Amiga... Se você não for direto ao assunto vou precisar arrumar uma forma de decifrar esse código! Ela me disse rindo.

Eu apenas sorri sem graça... Porque tinha tanta dificuldades de conversar ate mesmo com uma amiga? Ela poderia me dar algum conselho de como poderia lidar com tudo isso.

– E que... Disse me sentindo envergonhada. – Ontem à noite o clima entre eu e o Carlos Daniel esquentou, mas eu não permiti que rolasse... Entende? Perguntei a olhando.

– Ah... Você quer dizer que o gostosão queria Thucar com você, e você negou fogo? Ela me perguntou rindo.

– Thucar? Perguntei a olhando com uma sobrancelha erguida.

–É... Thucar, Transar, Fazer amor! Ela disse com ar teatral e eu ri de seu jeito. – essas coisas!

Só mesmo a Célia para me fazer sentir à-vontade falando desse assunto...

– Eu queria... Queria muito, mas não consegui me deixar levar entende? Perguntei a olhando.

– Não... Eu não entendo! Ela disse sorrindo. – Nunca passei por isso, simplesmente deixo as coisas acontecerem e procuro não me preocupar muito... Na verdade estou sempre tão excitada que nem tenho tempo para pensar! Ela disse me olhando divertida.

– Célia! Disse exasperada.

– O que foi? Ela me perguntou divertida. – Tenho que aproveitar a vida! Ela completou rindo. – e você devia fazer o mesmo! Completou.

Passei horas conversando com a Célia, pensei que ela poderia me ajudar, mas estava enganada quanto a isso, Célia não era do tipo romântica como eu, ela era mais curtição, mas mesmo assim foi bom poder conversar com uma amiga.

Quando entrei no quarto encontrei Carlos Daniel deitado sem camisa assistindo TV e não me contive em olhá-lo, mas desviei o olhar rapidamente.

– você demorou! Ele disse sorrindo ao me ver entrar. – senti saudades! Completou levantando-se e se aproximando.

– Estava com a Célia! Disse o olhando Rapidamente. – vou tomar um banho! Disse a ele me afastando.

– Vou pedir nosso jantar! Ele disse rapidamente antes que eu entrasse para o banho.

Demorei, na verdade enrolei o quanto pude ali no banheiro e quando voltei para o quarto ele já me esperava com nosso jantar, estava sem fome, mas mesmo assim me sentei para comer, apenas o som da TV era ouvido naquele quarto... A comida estava ótima, mas descia por minha garganta como pedregulho.

Fomos nos deitar e ele como sempre faz me envolveu em seus braços fortes, seu peito nu emanando seu perfume que me deixava zonza...

– Estou morrendo de saudades! Ele sussurrou em meu ouvido enviando um arrepio por meu corpo.

– C-como foi no trabalho? Perguntei nervosa tentando mudar seu foco.

– Foi tedioso! Ele dizia enquanto passava o nariz por meu pescoço inalando meu perfume e enviando ondas de tremores por meu corpo.

Fiquei tensa em seus braços, fechei os olhos tentando me controlar, tentando não me focar nas sensações que ele despertava em mim.

– Te quero tanto Paulina! Ele voltou a sussurrar em meu ouvido e eu abri os olhos e me virei para olhá-lo.

Ele me olhava de volta com os olhos escuros e um sorriso de canto de boca que o deixava ainda mais irresistível. E então ele se aproximou e me beijou, não entendo porque fiquei surpresa com o que ele disse o que ele tem feito todo esse tempo?

Nossas bocas se moviam com urgência, suas mãos percorriam por meu corpo por cima da camisola e eu bagunçava seu cabelo... Ele rolou comigo me fazendo sentar em cima dele com uma perna de cada lado e me curvei o beijando de volta, suas mãos percorriam minha coxa agora expostas...

==== Carlos Daniel Narrando ====

Eu tinha Paulina sentada em cima de mim me beijando com tanta Paixão, Mal podia acreditar, então estava me contendo muito para não assustá-la e fazer com que se afastasse novamente e sentia tão entregue e a cada Caricia Sua meu desejo crescia... Queria amá-la.

Percorria minhas mãos por sua coxa exposta, sua pele macia e quente, e os beijos ardentes que dávamos estava tornando quase impossível me conter... Em um movimento rápido a fiz deitar e me deitei por cima dela sustentando meu peso nos braços não querendo machucá-la e comecei a beijar seu pescoço, enquanto a apertava contra mim em um gesto de posse.

Podia ouvir seus gemidos bem baixos e isso me incentivava a continuar, a deixá-la tão excitada quanto eu estava. Enquanto a beijava minhas mãos percorriam perdidas por cima de sua camisola, desejosas de sentir sua pele novamente e então não podendo mais me conter abaixei a alça de sua camisola e a desci ate a cintura revelando a delicada peça intima que usava... Percorri minha mão por sua cintura agora sem aquela barreira de antes enquanto descia distribuído beijos ate sua barriga, ela estava ofegante, com os olhos fechados e contorcendo-se em meus braços.

Eu tentava ir com calma, mas quando se esta louco por uma mulher como eu estava por Paulina, O controle era uma coisa difícil de ter, a ajudei a se livrar da camisola enquanto me livrava rapidamente da calça do pijama que usava e voltei a me juntar a ela, nossas peles se tocando e enviando ondas de desejos por nossos corpos...

Quando a senti totalmente entregue me permitir ousar mais e a demonstrar como a quero...

– Te amo Tanto! Disse a ela com a voz grave, carregada de desejo a olhava com veneração e então Paulina abriu os olhos nublados pelo desejo e enquanto nos olhávamos deixei que minha mão percorresse por seu corpo ate tocar seu seio por cima do delicado sutiã e o massageei com calma, e a vi ofegar com meu toque, sorri satisfeito.

Me aproximei a beijando com calma, mas com intensidade, paixão... Ela gemeu em meus lábios e suas mãos percorreram perdidas por meu pescoço, ombros... Quando soltei o feixe do seu sutiã esperava que ela me detivesse como da primeira vez, e foi com grande surpresa que a vi apenas me olhando em seu olhar a apreensão era visível.

Levei meu tempo admirando seus belos seios e não mais podendo me conter a puxei para mim colando nossos corpos e ela gemeu alto em meus braços quando capturei seus lábios com avidez e a beijei com fúria, paixão, desejo...

Meu controle tinha ido para o espaço, a única coisa que queria naquele momento era poder amar a mulher em meus braços sem preocupações...

– Carlos Daniel! Ouvi sua voz tremula invadir a nevoa de desejo que instalou-se em minha mente.

Mas não dei importância e continuei a distribuir beijos por seu pescoço e ombros e descia cada vez mais para baixo, louco por sentir o doce sabor de seus seios...

– Por favor, Carlos Daniel! A Ouvi novamente, o medo em sua voz, suas mãos tentando me empurrar sem muito sucesso...

A angustia em sua voz invadiram minha mente e aos pouco me dava conta do que estava acontecendo, a olhei, e a vi me olhando com olhos arregalados e cheios de lagrimas que escorriam por seu delicado rosto. Foi como um soco no estomago, eu estava a fazendo mal me impondo dessa forma.

– Me perdoa meu amor! Disse a olhando com preocupação. – me perdoa! Repeti a abraçando forte e a confortando ate que finalmente se acalmasse.

Ficamos assim por alguns minutos ate que ela se afastou se cobrindo com os lençóis, tinha conseguido afastá-la de mim novamente...

Me levantei furioso comigo mesmo pouco me importando com meu estado de excitação evidente e andando de um lado ao outro pelo quarto me martirizando por estar sendo um egoísta e me preocupar apenas com os meus desejos. Em um rápido olhar que lancei a Paulina a vi encolhida na cama enrolada nos lençóis soluçando... Deus, como me odiava naquele momento.

Continuei andando enquanto mil pensamentos passavam por minha mente naquele momento e todos sobre eu ser um egoísta, e não ter a escutado da primeira vez que me pediu que parasse... Mas eu estava pensando só em mim, só em aliviar minhas necessidades de homem...

– Por Favor, meu amor... Me desculpa! Disse me aproximando dela e me sentando na beirada da cama a olhando com preocupação. – juro que nunca faria o que você não quisesse, mas estava tão envolvido que não estava pensando! Tentei explicar sem muito sucesso.

Paulina continuava a soluçar sem me olhar e então me levantei e voltei a andar agitado pelo quarto. Me dói tanto vê-la assim e saber que ela só esta assim por minha culpa.

“Tenho que saber, tenho que entender...” Pensava irritado. “Agora não é o momento... Mas de amanhã não passa, temos que conversar sobre isso, não podemos continuar assim!” pensava a olhando ainda chorando silenciosamente.