Hanna

Quando assumimos nosso namoro na escola. Fiquei até surpresa pelo fato de que todos aceitaram numa boa que: a pobre e o filho da prefeita da cidade fiquem juntos! Sabe todos nem ligam mais pra mim. Agora sou a invisível na escola.

Com os próximos dias na escola. Tudo ocorre bem, mais na segunda-feira não sei o que me dá.

Quando toca o sinal pra trocar de sala, me levanto e paro, encosto-me à cadeira e ponho as mãos na cabeça tentando amenizar a tontura repentina.

_ Hanna, o que você tem?_Abaixo minhas mãos do rosto e levanto o olhar pra ela. Percebo uma preocupação em seus olhos.

Ela levanta as sobrancelhas me lembrando de que não a respondi.

_Nada não. To bem_ digo desviando o olhar para o chão.

_Hanna eu te conheço. Sei quando você não ta bem!_ela continua me olhando com os olhos curiosos e preocupados comigo. _O que foi? Me diz!

_ Não é nada de mais, só uma tontura. Isso por que eu não tive tempo de tomar café da manha, e ainda levantei, rápido demais agora, por que a gente tem que correr pra aula de história. Lembra?_ desvio do assunto tortura. Não quero assustá-la. Senhor, que não seja essa maldita gripe. De novo não!

_ Lembro sim. A prova. Mais Hanna você ta bem mesmo? Não ta passando mal?

_ Eu to ótima! Olha até já passou a tortura. _dou uma voltinha e a pego pela mão. _ Agora vamos!

A prova foi muito fácil. Eu sempre gostei de História. Quando o sinal do intervalo bateu. Arrumei minhas coisas e fui saindo da sala. Corro pelo corredor da escola até o pátio onde todos ficam durante o recreio. Caramba, que vontade fazer xixi!

Entro correndo no banheiro e tranco a porta. Antes de sair para lavar as mãos, escuto que alguém entra no banheiro. Quando vou abrir a tranca, paro ao escutar meu nome.

_ Sabe Lise a Hanna roubou o seu futuro namorado. Você sabia disso?

_ O que você disse?

_ pois é, terça- feira eles dois resolveram assumir o namoro.

_ Você ta de brincadeira comigo não é? Não pode ser!

Ainda quieta dentro do cubículo do banheiro. Olho pelo buraco da fechadura pra ver quem são essas meninas. Uma é loira e alta, não da muito pra eu vê-la por que ela ta de costas pra mim. A outra é morena com os cabelos ondulados presos em um rabo de cavalo. Denise. E se ela é a Denise a outra só pode ser sua líder a Annelise.

Elas ainda estão do lado de fora retocando a maquiagem e conversando.

_ Mais como aquela pobretona conseguiu conquistar ele? Poxa isso não faz sentido! Ele é tão bonito e rico. Já ela é... Bom... é... Ela! _Annelise diz meu nome como se fosse uma doença contagiosa_ Ei, mais a pobretona não estava doente?

_ tava sim ela ficou um pouco mais que três semanas com atestado. Pelo que sei ela ficou a maioria desse tempo de cama. Bom, foi o que eu ouvi a amiguinha dela, a tal Julia, falando com o Guilherme.

_ e como eles estão namorando tão cedo!

_ é isso que deixou todos surpresos!

_ Humm... Não tem problema, ele deve ter ficado com pena dela. Você lembra como ela o olhava? _ ela da uma risada _ coitada! Ele com certeza teve pena dela. Pronto, vamos indo._ coloca o batom na bolsa e as duas saem.

Abismada com o que eu acabei de escutar saio do cubículo. Lavo minhas mãos e vou pra onde a Julia e os meninos estão.

Depois da aula encontro o Caio do lado de fora do carro dele no estacionamento. Ao me ver ele vem e me da um beijo.

_O que foi meu amor?_ ele me olha com os olhos questionadores. _ A Juh disse que você estava tonta hoje na primeira aula. Você ta melhor?

_ A Juh já abriu a boca é?_ abro a porta e entro no carro.

_ Sim, ela me disse. Mor ela só esta preocupada com você._ olho pra ele e sorrio fracamente.

_ Eu sei. E sim eu to bem melhor.

_verdade? Não esta sentindo mais nada?

_ sim, só estou com um pouco de dor de cabeça, mais isso não é nada._ ele entra no carro. Coloca o sinto de segurança e olha pra mim.

_Mor você não acha melhor ir para o médico? _ posso ver o medo em seus olhos. Sim. Ele também esta com medo de que a gripe possa voltar.

_ Não meu amor, eu estou bem. Vamos para a creche ficar com as crianças.

_ você tem certeza?

_ esta bem então.