Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 9
Recuperando o Tempo




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Anteriormente

“Você precisa vir comigo...”

“Bem, o cabelo loiro pode funcionar com homens, mas não tem poder sobre mim, senhora!”

“É sempre assim!”

“Tem sempre mais!” Donna se virou para ir embora.

“Você virá comigo, mas só quando quiser! E não vai demorar muito, só três semanas. Me diz uma coisa, seu avô ainda tem o telescópio?”

Ao ouvir falar de seu avô, Donna a encarou de novo. “Ele nunca o deixou de lado!”

“Daqui a três semanas, você virá comigo... mas só quando tiver certeza. Porque quando vier comigo, Donna... Sinto muito! Sinto muito mesmo, mas... você vai morrer!”

Donna se assustou com as palavras da loira e a viu desaparecer feito um fantasma.

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Uma série de acontecimentos ruins fez parte da vida de Donna e de todos ao seu redor, mas a saída de seus novos amigos, os outros moradores da residência, fez Donna achar que era a gota d’água. Por que ela tinha que sofrer tanto? Seria uma onda de azar e tristeza?

Donna e seu avô estavam sentados, em uma noite qualquer, observando as estrelas. Donna dizia-lhe que não devia vender o telescópio. Mas Wilfred estava mais preocupado com o céu que observava.

“Donna, o que você vê?”

Donna olhou pelo telescópio. “Bem, não vejo nada! Só... escuridão!”

“Mas o telescópio está funcionando! E estava lá! Constelações inteiras estavam lá! Donna, as estrelas estão sumindo!”

Donna ouviu o pavor na voz de seu avô e imediatamente lembrou das palavras da loira: ‘Está vindo pelas estrelas e nada pode pará-lo! A escuridão!’. Ela se virou e viu que ela estava lhe esperando. “Estou pronta!” A loira assentiu.

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Estavam agora em um carro militar, acompanhadas por alguns soldados. Chegaram a um galpão enorme e uma mulher fardada de soldado saudou a loira.

“Senhora!”

“Pedi para não me saudar!”

“Bem, se não vai nos contar o seu nome...” Donna não se surpreendeu que eles também não soubessem o nome da estranha loira.

“Eu cruzei muitas realidades diferentes. Acredite, a palavra errada no lugar errado podem mudar o nexus casual inteiro.” A loira tentou explicar.

“Ela sempre fala assim! E muito! E você deve ser... Srta Noble!”

“Donna.”

“Eu sou a Capitã Erisa Magambo. Obrigada por isso!”

“Eu não sei o que estou fazendo!” Donna respondeu.

“Está acordada?” A loira perguntou à capitã.

“Parece bem quieta, hoje. Só fazendo tic-tac. Como se estivesse esperando.”

Donna percebeu que estavam olhando para uma velha caixa de polícia azul. Ela fez o mesmo.

“Quer vê-la?” Donna surpreendeu-se com a pergunta da loira.

“É uma cabine policial?”

“Resgataram lá no Tâmisa. Entre nela!”

Donna hesitou um pouco, mas decidiu entrar na estranha cabine. Ao entrar, foi logo surpreendida pela dimensão da caixa. “Não mesmo!” Exclamou da surpresa, afinal, era maior por dentro do que por fora. Ela examinou por fora da cabine como todos fazem. A loira sorria em alegria ao ver este gesto.

Elas agora estavam dentro da nave. A loira explicou para Donna o que aquela nave era e de quem pertencia. Falou sobre o Senhor do Tempo e de como ele faziam as pessoas se sentirem importantes. Até que Donna resolveu perguntar:

“Você e ele eram...?” Ela não terminou a pergunta e imaginou que a loira não fosse responder.

Em vez disso, a loira olhou para as costas de Donna e perguntou. “Você quer ver?”

Era isso que Donna esperava esse tempo todo. “Vá em frente!”

Donna foi guiada até um enorme espaço, onde placas de metal e espelhos estavam postos em círculo e a TARDIS estava conectada a eles.

“Não sabemos como a TARDIS funciona, mas entender um pouco de sua tecnologia. O bastante para mostrar a criatura.”

“É uma criatura?”

“Fique aqui!” A loira orientou e saiu do círculo.

“Prontos? Ativar!” Ordenou a capitã.

Luzes se acenderam e Donna fechou os olhos, recusando-se a ver.

“Abra seus olhos, Donna! Faz parte de você, olhe!” Ouviu a loira gritar.

Lentamente ela abriu os olhos e se apavorou com o que viu.

“Tudo bem, Donna! Acalme-se, acalme-se!”

Já calma, ela olhou novamente e a loira pôde lhe explicar o que aquela criatura fazia. Ela contou que a criatura se alimenta de tempo não vivido e que, em algum momento da vida de Donna, ela deveria ter virado à esquerda (e não direita) e encontrado o Doutor.

“Posso me livrar disso?” Donna perguntou.

“Não pode nem mesmo tocar nele! Parece estar em um estado de fluxo.”

“O que isso significa?”

“Eu não sei. É algo que o Doutor diria!”

“Sua mentirosa! Disse que eu era especial! Não sou eu, é a coisa! Sou só a hospedeira!”

“Não! É mais do que isso! As leituras estão estranhas, como se a realidade estivesse dobrando ao seu redor. Achamos que precisávamos somente do Doutor, mas são vocês dois! O Doutor e Donna Noble, juntos. Para impedir que as estrelas sumam.”

“Desligue isso, por favor!” Desligaram as luzes e Donna questionou o que deveria fazer para se livrar da criatura.

A loira deu um meio sorriso. “Você vai viajar pelo tempo!”

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“A TARDIS detectou o momento de intervenção. 25 de maio, um minuto depois das dez.” Enquanto a loira explicava, uma equipe ia preparando Donna para a viagem no tempo. “Seu carro, Donna, estava na Little Sutton Street indo para a Ealing Road, e aí você virou para a direita e foi para a Griffin’s Parade. Precisa virar pra esquerda! Tem que voltar e virar pra esquerda! Entendeu isso, Donna?”

“Use esse sobretudo durante todo tempo. É um isolamento contra o feedback temporal. E use isto que irá dizer o tempo local onde quer que aterrisse.” Disse a capitã entregando-lhe um relógio.

Donna foi levada novamente ao círculo formado pelas placas de metal. “Não quero ver aquela coisa nas minhas costas de novo!”

“Não, os espelhos são só funcionais. Eles refletem a crono-energia de volta para o centro, onde a controlamos e decidimos seu destino.”

“É uma máquina do tempo!”

“É uma máquina do tempo!” A loira concordou com um sorriso.

Donna concentrou-se no centro. As luzes ligaram e ela sentiu vontade de perguntar. “Como sabem que funciona?”

“Humm? Oh, nós... nós não sabemos. Só... só estamos achando.” A loira respondeu.

Donna sorriu um sarcasmo. “Brilhante!”

“Se lembre que quando chegar à junção mude a direção do carro exatamente no horário.”

“E como eu faço isso?”

“Isso é com você!”

“Ativando!”

“Um minuto depois das dez, Donna.”

“Eu entendo agora. Disse que eu iria morrer, mas era esse mundo todo que irá sumir da existência num piscar de olhos. Mas isso não é morrer, porque um mundo melhor virá! O mundo do Doutor! E ainda estarei viva!” A loira apenas a encarava. “É isso mesmo, não é? Eu não vou morrer!” Donna parou de falar.

“Sinto muito!” A loira falou seriamente.

“Mas não posso morrer! Eu tenho um futuro com o Doutor, você mesma disse!”

“ATIVANDO!”

Donna ficou sem resposta. Uma explosão tomou conta do ambiente e Donna foi parar em Londres novamente. Caída no chão, ela olhou em volta, feliz que funcionou.

A comemoração não demorou muito. “Peraí, essa não é... não é... Estou longe do lugar!” Olhou o relógio que marcava 9:57. “Quatro minutos! Oh, meu Deus!” Começou a correr o mais rápido podia.

Donna correu, correu e correu. “Dois minutos. Não vou chegar lá!” Mais uma vez, lembrou-se das palavras da loira. ‘Você vai morrer!’ Uma ideia passou pela sua cabeça quando viu um caminhão. Então, ela fez o que tinha que fazer...

Enquanto isso...

“Ouviu isso?” Perguntou Silvia.

“O trânsito está parando!” Respondeu Donna.

“Aconteceu alguma coisa!”

“Bem, isso decide tudo! Não ficar em um engarrafamento. Vou virar à esquerda!” Decidiu Donna.

A Donna do futuro estava deitada no chão. O caminhão a atropelou quando ela correu na frente dele. De olhos semicerrados, ela viu a loira se apoiar na sua frente e dizer algumas palavras.

“Diga isso a ele! Duas palavras!” A loira sussurrou algo em seu ouvido e Donna fechou os olhos.

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“Ahhh!” Donna gritou e todos os acontecimentos passaram na sua cabeça, como se estivesse rebobinando a fita. Olhou para as suas costas e olhou ao redor. Estava de volta, de onde tudo começou. A cartomante na sua frente.

“Você é tão forte! O que é você?” A cartomante perguntou apavorada. “O que você vai ser? O que você vai ser?” Ela se retirou.

Nesse momento, o Doutor chegou. “Está tudo bem?”

“Oh, Deus!” Ela correu para abraçá-lo.

“Para quê isso tudo?!?”

“Eu não sei!”

Depois de um momento, o Doutor pegou a criatura e foi examinar enquanto Donna contava sua história.

“Não consigo me lembrar. Está fugindo. É como se pensa num sonho e ele vai embora.”

“Deu sorte com essa coisa.” O Doutor começou a falar. “É da Brigada dos Trapaceiros. Muda sua vida em pequenos detalhes. Na maioria das vezes, o Universo compensa a mudança. Mas com você... grande mundo paralelo!”

“Espere, disse que os mundos paralelos estavam fechados!” Donna retrucou.

“E estão. Mas você criou um novo em sua volta. O engraçado é que parece estar acontecendo bastante. Com você!”

“O que quer dizer?”

“Bem, na Biblioteca. E agora isso! Tem vezes que eu acho que há muita coincidência à sua volta, Donna. Eu a encontrei uma vez, depois encontrei seu avô. Depois a encontrei de novo. Em todo o Universo, a encontrei pela segunda vez.” O Doutor pensava profundamente. “É como se algo estivesse nos unindo.”

“Não seja tão dramático. Não sou nada especial.”

“Mas você é! Você é brilhante!”

De repente, Donna se lembrou, de novo, de algumas palavras da loira: ‘Ele acha você brilhante!’

“Ela disse isso!” Donna se alertou.

“Quem disse?”

“Aquela mulher. Não consigo me lembrar...”

“Ela nunca existiu, sabia?”

“Não, mas ela disse... As estrelas... Ela disse que as estrelas estavam sumindo.”

“É, mas aquele mundo sumiu!” O Doutor ficou mais curioso.

“Não, ela disse em todos os mundos. Cada mundo... Ela disse que a escuridão estava vindo. Até mesmo aqui!”

“Quem era ela?” O Doutor queria saber.

“Eu não sei!” Donna se esforçou para lembrar.

“Como ela era?”

“Ela era... loira!”

“Como era o nome dela?”

“Eu não sei... Mas ela me disse... para avisá-lo. Ela disse duas palavras.” A lembrança chegava aos poucos na mente de Donna.

“Que duas palavras? Quais eram? O que ela disse?”

Donna pensou antes de dizer. “Ela disse... BAD WOLF!” As feições do Doutor se alteraram e Donna percebeu. “O que isso quer dizer?”

Imediatamente o Doutor correu para fora e olhou em todas as direções. As palavras BAD WOLF estavam em todos os lugares, em cada cartaz de cada muro, e até na TARDIS. Os dois entraram apressadamente na TARDIS. As luzes internas brilhavam em cor vermelha, evidenciando o estado de alerta.

“Doutor, o que é isto? O que é Bad Wolf?”

“É o fim do Universo!”

Continua...


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