Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 32
O Fim do Tempo - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Ficou grande o suficiente? Hahaha
Aqui vai o desfecho da batalha contra o Mestre. Espero que fiquem satisfeitos...
P.S.: Como sempre, eu adorei os comentários que recebi. Espero por mais.



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Anteriormente

“Deixe eles em paz, seu monstro!” Praguejou Wilfred.

“Oh, o papai de vocês ainda consegue falar.”

“Doutor, o que aconteceu?” Wilfred questionou.

“Donna está bem, eu prometo. Ela está só dormindo.”

“Este corpo nasceu da morte. Tudo o que sabe é morrer.” Ele se levantou. “O que você disse para mim lá no terreno baldio? Você disse: O fim do tempo!”

“Eu disse que algo voltaria. Nós vimos uma profecia.” O Doutor respondeu.

Com um movimento súbito, o guarda atingiu o Mestre na cabeça fazendo-o desmaiar. Ele tirou o capacete revelando ser um dos Vinvocci.

Eles passaram por corredores, portas e escadas, ouvindo os resmungos do Doutor sobre esse ser o pior resgate de todos.

Os dois Vinvocci reclamaram que agora estavam presos no espaço sem sinal.

“O que é aquilo? É muito pequeno para ser um meteoro.”

“O diamante mais impossível. Não vai acreditar nisso. É a Estrela da Ponta Branca!”

Ouvindo isso pelo comunicador, o Mestre original entendeu o significado e riu em vitória. Mais uma vez, se sentiu conquistando a glória.

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Wilfred se encontrava perdido. Ele gritava pelo Doutor ou por qualquer um que aparecesse. Ele andou por um corredor, voltou, foi por outro até desistir.

“Oh, eu acho que me perdi.” Ele resmungou.

“E mesmo assim você encontrou o caminho.” Wilfred reconheceu a voz e se virou para olhar nos olhos da mulher desconhecida. “Os eventos estão se fechando. O dia está quase sobre nossas cabeças.” Ela continuou. “Mas diga-me, velho soldado. Você se armou?”

Wilfred enfiou a mão na jaqueta e retirou sua pistola. “Eu trouxe isto... Mas o que devo fazer?” Ele perguntou.

“Esta é batalha final do Doutor. E no final de sua vida... Ele precisará de ajuda.”

“Ele nunca carrega armas... Isso quer dizer que eu terei que usá-la?” Wilfred perguntou, mas desconfiou logo que ela não responderia. “Quem é você?”

“Eu estava perdida há muito tempo atrás.” Foi tudo o que ela respondeu.

Wilfred abaixou a cabeça para dar uma boa olhada na arma e, confuso, olhou para a mulher de novo. Só que ela não estava mais lá. Ela desapareceu de vista.

Wilfred finalmente achou o caminho. Ele encontrou o Doutor e Rose e, é claro, o Doutor estava consertando algum equipamento e usando seus óculos.

“Conseguiu soldar este velho tubo?” Wilf perguntou.

Os dois olharam para cima e o cumprimentaram com um aceno. O Doutor falou primeiro. “Só estou tentando consertar o aquecimento.” Sua voz soou baixa, mas audível.

“Wilf, você gostaria de ver o amanhecer na Inglaterra?” Rose falou com ele, apontando para janela de vidro.

“Já sonhei em ser um astronauta quando eu era criança. Parece que agora eu estou realizando esse sonho.”

“Veja! É um novo dia por lá.” A Europa estava bem iluminada pelo Sol.

“É sim... Minha esposa está enterrada lá embaixo. Posso nunca mais visitá-la de novo agora.”

O Doutor levantou a cabeça. “Eu sinto muito.”

“Não é sua culpa.” Wilfred respondeu.

“Será que não?” Ele abaixou a cabeça novamente.

Wilfred mudou de assunto e decidiu contar sobre sua época como soldado. Foi uma boa ideia que serviu para distraí-los do tédio e do clima triste. Até chegarem na parte em que Wilfred duvidava da idade do Doutor.

“Não tem como você ser mais velho do que eu! Basta olhar para seu rosto de jovem.” Wilf falou pro Doutor.

“Eu tenho 906 anos.”

O velho soldado faz uma expressão de confusão que fez Rose rir. “É verdade! Eu o conheci quando ele tinha 900 anos. Também foi um choque para mim, mas, sinceramente, nada mais me surpreendia.”

“900 anos...” Wilfred decidiu acreditar no fato e olhou pro Doutor. “Devemos parecer insetos pra você.”

“Eu acho que se parecem com gigantes.”

Wilfred se sentiu feliz com essa revelação e, repentinamente, se lembrou da arma. Ele a retirou da jaqueta. “Queria que ficasse com isso. Guardei esse tempo todo e pensei...”

“Não.”

O Doutor negou. Wilfred insistiu, mas não conseguiu mudar sua mente. Rose sabia que o Doutor negaria. Ela se lembrou de quando estava na outra dimensão e que trabalhou em Torchwood. Ela aprendeu a usar armas e não hesitou em pegar uma para lutar contra os Daleks. Rose não era assassina, mas usaria uma arma se fosse necessário. Naquele momento, ela confiou no julgamento do Doutor, afinal, o Mestre era um Senhor do Tempo e atirar nele só faria ele se regenerar.

Wilfred desistiu de oferecer a arma e recordou do momento em que estavam na mansão, que ele poderia tê-la utilizado, mas estava assustado demais para isso.

“Eu ficaria orgulhoso.” O Doutor falou.

A voz do Doutor cortou os pensamentos de Wilfred e ele se perguntou se o Senhor do Tempo poderia ter lido seus pensamentos. “Do quê?”

“Se você fosse mesmo o meu pai.” Disse o Doutor emocionado.

“E eu também, Wilf. Você é um grande homem.” Disse Rose.

“Claro que você seria o sogro de Rose ao invés de pai... Porque seria estranho se... você sabe, fosse nosso pai, porque implicaria que seríamos irmãos, e aí seria estranho...”

“Está bem! Eu entendi!” Wilfred cortou a fala do Doutor. “Não precisa ter ciúmes. Eu gosto dos dois.” Os três riram. Era um momento de descontração que Wilfred desejou que tivesse durado mais tempo. “Doutor, você disse que... que foi avisado que ele irá bater quatro vezes e então você irá morrer. É ele, não é? O Mestre? Ele vai matar você.”

“Sim.”

Wilfred estendeu a arma, oferecendo-o. “Então, mate-o primeiro.”

“Wilfred, ele não é assim.” Rose respondeu. “É dessa forma que os vilões começam a agir.”

O Doutor olhou orgulhosamente para Rose. “Ela está certa! Apesar de eu não ser tão inocente... Eu fiz pior. Eu manipulei pessoas. Mas eu não posso aceitar isso.” O Senhor do Tempo rejeitou mais uma vez. De repente, uma voz conhecida soou pela espaçonave.

“Uma estrela caiu dos céus. Não quer saber de onde ela é? Porque agora faz sentido, Doutor.”

“É uma transmissão aberta! Não respondam!” Alertou o Doutor.

“Toda minha vida! Meu destino! A estrela era um diamante! E o diamante é uma Estrela de Ponta Branca!” Ouvindo isso, o Doutor ficou assustado. “Eu trabalhei a noite toda para santificar esse presente! Agora que a Estrela é minha eu posso aumentar o sinal e usá-la como uma linha segura. Continuem assistindo, Doutor e Rose! Isso será espetacular! Câmbio e desligo!”

“Pela sua reação, eu acho que não é uma coisa boa.” Disse Rose para o Doutor.

“Não, não é!”

“Alguém pode me dizer o que é essa Estrela de Ponta Branca?” Wilfred perguntou.

“Eu sonhei com um diamante quando estava no Mundo Paralelo... Um diamante impossível!” Disse Rose.

“Esse diamante só é achado em um único planeta!”

“Oh! Tinha um planeta no sonho também, mas não consegui identificá-lo!”

“Isso porque você nunca o viu! É Gallifrey!”

“Ainda não sei o que significa.” Interrompeu Wilfred.

“Significa... que os Senhores do Tempo estão voltando!” Respondeu o Doutor alarmado.

“Mas isso é bom! Eles são seu povo!” Rose se alegrou, mas sua alegria sumiu quando viu que o Doutor pensava diferente. “Doutor?!?”

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Na doca de vôo...

“Mas você não disse que seu povo estava morto?” Perguntou Wilfred.

“Dentro da Guerra do Tempo! E toda a Guerra foi lacrada no tempo, como numa bolha. Não é uma bolha, mas pense que é uma bolha. Nada pode entrar ou sair de um lacre temporal. Exceto algo que já estava lá.” Explicou o Doutor mexendo em alguns controles da nave.

“O sinal! O Mestre o tem desde a infância!” Disse Rose ao lado de Wilfred.

“Se eles puderem seguir o sinal, podem escapar antes de morrerem.” Continuou o Doutor.

“É apenas eu ou alguém mais acha que ele não está feliz com essa notícia?” Disse Wilfred.

“É complicado, Wilf. Mas tem algo sobre eles que o Doutor não quer que a gente saiba.” Disse Rose.

“Rose, eles eram maravilhosos. Mas quando a Guerra veio, eles mudaram completamente. Os Senhores do Tempo podem ser piores que os inimigos que enfrentamos.” Ele mexeu em mais alguns fios e a nave acendeu.

O Doutor, agitado, ordenou que um dos Vinvocci controlasse a arma de lasers de um dos lados da nave, enquanto que Wilfred controlava do outro lado, como se estivessem se preparando para a guerra.

“Para sua informação, meu nome é Rossiter!” Disse o Vinvocci.

“Rossiter?? Ok, Rossiter, faça o que eu falei e Wilfred vai pro outro lado.”

Addams até duvidou que a nave fosse funcionar, mas o Doutor a ligou perfeitamente e calou a Srta. Addams, alegando que apenas consertou o aquecimento.

“Mas agora ele pode nos ver!” Alertou Rose.

“Bela observação, meu amor, mas é exatamente isso que eu quero!”

Srta. Addams não estava contente. “Essa é minha nave! Saia dos controles!”

O Doutor permaneceu parado de frente para o visor e para os controles. “Há um velho ditado na Terra, Capitã. Uma frase de grande poder e sabedoria e consolo para a alma em horas de necessidade.”

“E o que é?”

“ALLONS-Y!” Ele agarrou o volante da nave e o puxou com força para si, fazendo a nave acelerar para frente, em direção à Terra. Com a velocidade, todos tiveram que se segurarem em algo. “Vocês dois! O que eu falei dos lasers?”

“Para quê?!?”

“Por causa dos mísseis!”

Rossiter e Wilfred tomaram suas posições, um em cada lado da nave, para usar as armas de lasers. A batalha de lasers VS bombas durou vários minutos, enquanto que o Doutor manobrava a nave. A tensão aumentou quando dezenas de bombas os perseguiam.

“WOOOH! Faça giros de 360º!!!” Gritou Rose.

“Como?!?” Perguntou o Doutor intrigado.

“Giros de 360º. Eu vi em Star Wars.”

“Ok, então.” O Doutor virou o volante para um dos lados fazendo a nave girar junto e os giros confundiram as bombas. As bombas acertaram umas nas outras, o que facilitou a fuga.

Nave voou quilômetros até chegar a Londres. O Doutor finalmente avistou os prédios da cidade e encontrou o local que estava procurando: a mansão Naismith.

“Doutor, ainda está muito rápido! Você vai parar, não vai?” Gritou Addams preocupada com a velocidade em que estavam se aproximando da mansão. “Nós vamos parar?”

O Doutor ignorou a pergunta. Ele fez o que ninguém pensou que ele iria fazer. Ele deixou o volante para os Vinvocci e abriu a porta do alçapão, como se fosse uma porta de saída. De pé e preparando-se para pular, ele hesitou quando Rose se aproximou dele.

“Você vai morrer se pular. Ou eles vão matar você se conseguir chegar lá em baixo.” Disse Rose preocupada.

“Eu sei que disse que iria morrer, mas preciso ter uma conversinha com os Senhores do Tempo.” Ele inclinou para frente e a beijou profundamente. “Eu te amo. Obrigado por estar ao meu lado.”

“Eu te amo também.”

Sem hesitar mais, ele pulou e caiu na mansão com velocidade. Olhando por uma janela, Rose viu o peso do Doutor quebrar o teto de vidro da mansão onde ele caiu no meio do salão.

“Srta Addams, dê a volta e pouse a nave!” Pediu Rose.

“Não vamos voltar para lá!” Respondeu ela.

“Aquele homem é meu marido e eu não vou abandoná-lo!”

Srta Addams hesitou, mas obedeceu e deu a volta. A nave chacoalhou com o movimento repentino.

Em terra firme, Rose e Wilfred se apressaram em entrar na mansão.

“Você tem algum plano, Rose?” Perguntou Wilf já arfando por causa da corrida.

“Não! Eu apenas... não sei o que fazer...” Rose parou de correr quando dobrou a esquina de um dos corredores. “Você sentiu isso?” A chão tremeu e objetos caíram. Pessoas vieram correndo na direção dos dois, mas apenas passaram direto.

“Você viu isso? Eram pessoas! Humanos de verdade!” Exclamou Wilfred.

“Isso significa que o plano do Mestre está se desfazendo. Mas ele ainda vai tentar matar o Doutor.” Rose pensou no que fazer. “Wilfred, me dê sua arma.”

“Mas o Doutor não é contra? Ele recusou todas as vezes que eu...” Wilfred viu o olhar de Rose que dizia que ela não ia voltar atrás. Ele retirou a arma da jaqueta e a entregou. “Você sabe como utilizá-la?”

“Tive treinamento em Torchwood do Mundo Paralelo. Se o Mestre tentar encostar em mim ou no Doutor, eu vou atirar. Isso vale para os outros Senhores do Tempo também.” Ela escondeu a arma por baixo de sua blusa.

“Não preciso perguntar se você teria coragem, pois eu sei que tem e a apoio.”

Rose deu um aceno e voltou a correr. Enfim, chegaram ao salão. A primeira coisa que Rose viu foi o Doutor caído no chão e em seguida Wilfred ocupava o lugar do cientista na máquina de vidro.

“Wilf, não, não!” O Doutor tentou impedi-lo, mas já era tarde demais. Wilf se trancou na cabine. Rose se abaixou para ajudar o Doutor caído.

“Mas isso é fantástico, não é? Os Senhores do Tempo restaurados!” A voz do Mestre ecoou pelo salão.

“Você não estava lá, nos dias finais da Guerra.” O Doutor começou a falar respondendo-o. “Você nunca viu o que nasceu. Se o Lacre Temporal se partiu, tudo virá e não apenas os Daleks... Mas as degradações de Skaro, a Horda das Imitações, a Criança Pesadelo, o Quase-Rei e seu exército de Enquantos e Meio-Tempos! A Guerra que se tornou um inferno! E agora o inferno está descendo acima da Terra.”

“Meu tipo de mundo!”

Rose não podia acreditar no que o Mestre disse. Muito menos quando Rassilon disse “Nós iniciaremos a Sanção Final. O fim do tempo chegará sob meu comando.”

“Isso é loucura e suicídio!” Disse Rose. Não podendo mais agüentar os planos dos Senhores do Tempo, Rose se levantou bruscamente, interrompendo a fala de Rassilon, e apontou a arma para a cabeça dele.

“Você espera derrotar o Lorde Presidente? Escolha melhor seu inimigo.” Disse Rassilon.

“Isso! Mate-o e Gallifrey será seu e do Doutor!” Gritou o Mestre.

Ok, isso foi inesperado. Rose não deveria estar do lado do Mestre. Afinal, ele vai matar o Doutor como diz a profecia... Ela tinha que pensar rápido. Em um movimento bem rápido, Rose trocou a arma de mão e a apontou para o Mestre. Agora o Mestre estava com medo.

“Ele é o culpado, não eu!” Ele gritou. Demorou um tempo para todos processarem o que estava acontecendo. “Oh, eu entendi. A conexão está dentro da minha mente.”

Vários segundos se passaram e parecia apenas que Rose estava se decidindo. Matá-lo ou não matá-lo? Acabar logo de vez com isso e ser uma assassina? Ela disse que faria o que for possível para salvar a vida de seu Doutor. Mas parecia certo e errado ao mesmo tempo. Ela trocou a arma de mão de novo e apontou para Rassilon.

“Oh, qual de nós? Faça sua escolha, Coração da TARDIS.” Disse Rassilon.

O Doutor se levantou e se posicionou ao lado de Rose. “Rose, você não é uma assassina. Abaixa a arma.”

Rose notou pela voz dele que ele estava tenso, enquanto que ela estava confusa. Então, Rose olhou para os outros Senhores do Tempo ao lado de Rassilon. Uma mulher estava quase escondida, cobrindo seus olhos (o que a lembrou dos Anjos Lamentadores de uma das histórias do Doutor com a Martha), de cabelos grisalhos. A mulher descobriu os olhos e Rose pôde vê-los. Algo chamou a atenção de Rose naquela mulher, mas não sabia o que era. Sentiu as esperanças voltarem e uma resolução em sua cabeça. Olhou pro Doutor e ele também encarava a mulher. “Farei qualquer coisa para defender a Terra!” Rose anunciou e apontou a arma de volta para o Mestre. “Saia da frente!”

Sem reação, o Mestre encarou Rose sem entender, mas em segundos, um pequeno sorriso se mostrou e ele desviou para o lado.

Sem perder tempo, Rose atirou na máquina onde o Diamante estava conectado, o que causou uma explosão.

“Isso, Rose! Brilhante! O link está quebrado!” Falou o Doutor. Ele se virou para Rassilon. “De volta à Guerra do Tempo, Rassilon! De volta ao inferno!”

“Você morrerá comigo, Doutor! Você e essa aberração do Vórtex!” Ameaçou Rassilon se preparando para usar a mão de Ômega.

“É aqui e agora.” O Doutor abraçou Rose, não querendo deixá-la nesse último minuto.

“Eu sinto muito!” Disse Rose.

“Eu não sinto!” Respondeu o Doutor.

O Mestre voltou ao lugar onde estava antes. “Saiam da frente!” Ele avisou ao casal e atirou um raio em Rassilon. “Você fez isso comigo! Por toda a minha vida! Você me vez!” Gritou. Logo em seguida, ele lançou uma sequência de quatro raios, lembrando a todos das quatro batidas em sua cabeça. Uma forte luz iluminou o salão.

Com o link quebrado e Rassilon derrotado, Gallifrey desapareceu dos céus e Terra voltou ao normal. Após a luz se dissipar, Rose e Doutor se viram sozinhos no meio do salão (Wilfred ainda estava na cabine de vidro).

“Eu estou vivo! Eu estou vivo, Rose!”

“Sim, você está!”

Os dois ficaram felizes que tudo acabou e que estavam bem (o Doutor tinha apenas alguns arranhões no rosto). De pé, o casal se abraçava forte e alegremente, desejando que pudessem ficar se abraçando para sempre.

Toc toc toc toc.

De repente, ficaram tensos. Estavam tão felizes com o desfecho que se esqueceram de Wilfred.

Toc toc toc toc.

Wilfred chamou a atenção deles batendo no vidro. Inocentemente, ele perguntou se tudo realmente havia acabado. “Seria legal se você pudesse me tirar daqui. Essa coisa está fazendo um pouco de barulho.” Disse depois.

“O Mestre... deixou o raio nuclear funcionando. Entrou em sobrecarga.” Explicou o Doutor.

“E isso é ruim, não é?” Wilf perguntou.

“Não. Porque todo o excesso de radiação é ventilado para dentro. Vidro Vinvocci, feito para contê-lo. 500000 rads estão para inundar essa máquina.”

“Doutor, se acionar algum controle a cabine vai inundar de radiação com o Wilfred lá dentro. Então, como vamos tirá-lo de lá?” Perguntou Rose.

O Doutor pensou e olhou para Wilfred. Ele não poderia deixar o avô de Donna morrer. Ele tinha que cumprir com a profecia.

“Deixe-me aqui! Sou só um velho soldado.” Pediu Wilf.

“Exatamente! Você é nem remotamente importante. Mas eu... poderia fazer mais! Muito mais! Mas estou aqui e fui derrotado por você!” Disse o Doutor. “Eu vou entrar!”

“Não faça isso! Deve haver outro jeito.” Pediu Rose. “Deixe-me entrar. Eu posso me curar rápido.”

“Isto é radiação... e você jamais aguentaria. Eu nunca vou te deixar entrar lá!” Ele caminhou em direção ao outro lado da cabine de vidro ignorando os pedidos de Wilfred. “Wilfred, a honra é minha.” Abriu a outra porta e entrou.

Rapidamente, ele fez a sequência de apertar o botão vermelho e liberar Wilf. Imediatamente, a radiação cobriu a cabine do Doutor como ele havia explicado.

Wilfred e Rose observavam sem poder fazer nada. Lágrimas foram derramadas dos rostos de ambos. Da posição em pé, o Doutor se sentou e depois se curvou, enquanto a radiação invadia a cabine. Era de partir o coração vê-lo naquele estado.

Após longos minutos, a energia da máquina se desligou e o Doutor surpreendentemente se levantou.

“Acabou? Ainda conosco?” Wilfred perguntou a ele.

“O sistema está desativado. Eu absorvi tudo.” Ele moveu para a porta que abriu sem esforço. “Oh, agora ela abre, claro.”

“Mas ainda está vivo!” Rose foi ao encontro dele e o abraçou.

“Você parece péssimo. Tem algumas cicatrizes de batalha.” Disse Wilf apontando pro rosto do Doutor.

“Não é tão ruim assim. Talvez nem fique cicatriz.” Disse Rose para o Wilfred. Por trás, o Doutor passava as duas mãos pelo rosto.

Wilfred olhou pro Doutor de novo e seus olhos arregalaram. “Seu rosto! Como você fez isso? Oh, deixa pra lá.”

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A TARDIS pousou em frente à casa de Wilfred. O Doutor prometeu levá-lo de volta.

Ao saírem da nave, os três viraram Sylvia Noble na porta da casa muito sorridente.

“Oh-oh, ela está sorrindo. Como se hoje não tivesse sido ruim o suficiente.” Resmungou o Doutor. Rose deu um tapa em seu braço. “De qualquer forma, não pense que isto é um adeus, Wilfred. Nós o veremos de novo.”

“O que quer dizer? Vocês vão voltar?”

“Só... continue procurando. Estaremos lá.” Eles se despediram com abraços.

O casal entrou na TARDIS e logo ela desapareceu da vista de Wilfred.

NA TARDIS...

“Diga-me! Você está ou não se regenerando?” Questionou Rose.

“Sim, eu estou.” Ele mexeu em alguns controles. “Mas eu quero ver algumas pessoas primeiro. Dizer adeus a elas...”

“Isso nunca será um adeus, Doutor.”

“Obrigado, Rose.”

O Doutor, na verdade, estava mais do que grato, ele estava feliz.


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Notas finais do capítulo

Alguém se surpreendeu com alguma cena? Por favor, me avisem. Gosto de saber o que vcs pensam. ;)