Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 31
O Fim do Tempo - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Peço mil desculpas pela demora, mas vocês sabem o quanto a vida não é justa e que ela quer me tirar todo o tempo possível. Não vou deixar! Aqui vai outro capítulo que preparei... Pena que não é grande o suficiente... Aproveitem!



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“Os eventos estão em andamento, Wilfred. Mais rápido do que pensamos.”

“Por quê? O que eu fiz?” Wilfred perguntou a ela.

“A hora chegará, quando terá que se armar.”

“O nome dele é Joshua Naismith.” Wilfred mostrou o livro.

“Foi quem os Ood nos mostraram, Doutor! Nas visões...” Rose falou.

“Então, Wilfred, o que você acha? Maior no interior?” Rose falou com ele.

“Belo portal!” O Doutor exclamou. “Desculpe, mas se chamar a segurança eu direi que está usando uma camuflagem. E me lembro bem que se alguém usa uma camuflagem é porque não quer ser notado.”

“Meu Deus, ela é um cacto!” Wilfred se surpreendeu.

O Doutor tentou entender o que estava acontecendo com as pessoas. “O que é isso? Controle de mentes? Está pondo seus pensamentos neles?” Perguntou ao Mestre.

O Mestre original olhou para ele. “Desculpe, você está falando comigo?”

“Ou comigo?”

“Ou comigo?”

“Ou comigo?”

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Estar preso a uma cadeira com amarras era tão Hollywood. A diferença é que não tinha dublês, ou agentes secretos para salvar a pele dos prisioneiros... nem se quer havia mais a humanidade. Ter 6 bilhões, 727 milhões, 949 mil e 338 versões do Mestre pelo mundo já era ruim demais. Estar presa ao lado do marido não era tão reconfortante assim. Com o Wilfred também preso alguns metros à frente, quem salvará quem? Rose também ficou se perguntando se os Mestres não enjoariam ver os mesmos rostos todos os dias.

Os pensamentos de Rose foram interrompidos quando o Mestre original começou a incomodá-los. “Nada a dizer, Doutor? Sobre o que está acontecendo? E você Rose?” Disse o Mestre.

“Mmmff.” Não havia como nenhum dos dois falarem. O Mestre certificou que suas bocas estivessem fechadas.

“Deixe eles em paz, seu monstro!” Praguejou Wilfred.

“Oh, o papai de vocês ainda consegue falar.”

“Ficaria orgulhoso de ser.”

“Silêncio! Escute o seu Mestre!” O Mestre ordenou, mas foi interrompido pelo som de um celular. “Mas como? Todos neste planeta são versões de mim! Não estou ligando pra você! Então, quem está?” Ele começou a vasculhar a jaqueta de Wilfred, apesar dos protestos dele, e encontrou uma arma. “Olhe só pra isso! Que bom homem!” Jogou a arma no chão e encontrou o que estava procurando. Donna ligando, dizia na tela. Ele atendeu.

“Vovô, você tem que me ajudar! Eu fugi, mas todos mudaram!” A voz de Donna soava pelo telefone. O Mestre quis saber quem ela é.

“Bem, o Doutor fez essa coisa com ela. A metacrise.” Wilfred tentou explicar.

“Ah, claro! Ele adora brincar com garotas da Terra. Rastreiem a ligação!” Ele ordenou e levou o celular aos ouvidos de Wilfred. “Diga adeus, vovô!”

“Donna, saia daí! Corra por sua vida! Corra!” Alertou Wilfred.

Tarde demais. O Mestre localizou Donna e versões dele estavam cercando-a. O Doutor, o Mestre, Rose e Wilfred ouviram Donna choramingando coisas sobre estar vendo criaturas na mente e que sua cabeça está ficando quente. Depois, o telefone ficou mudo.

Ao lado de Wilfred, o Mestre podia ver a expressão risonha do Doutor, mesmo por trás do tampão na boca. Ele foi em sua direção e liberou sua boca e ele logo começou a balbuciar. “Ah, assim está melhor. Olá! Realmente você pensou que eu deixaria minha melhor amiga...” Ele olhou para Rose com o cantinho dos olhos. “hããn... segunda melhor amiga sem um mecanismo de defesa?”

“Doutor, o que aconteceu?” Wilfred questionou.

“Ela está bem, eu prometo. Ela está só dormindo.”

“Diga-me...” O Mestre se dirigiu ao Doutor. “O que você faria se eu liberasse o Bad Wolf que ainda resta em Rose? Porque logicamente você não retirou todo o Time Vortex dela, senão ela não seria o que é agora... E se eu pudesse usar esse poder...?”

“Você é um bastardo gênio!” O Doutor disse devagar. “Você poderia fazer e ser muito mais, mas você só pensa em poder.”

O Mestre foi em direção à Rose e liberou sua boca. “O seu marido aqui acha que eu só penso em poder. Mas me diga, Rose, será que o seu poder pode parar? O barulho na minha mente?”

Ela o fitou por alguns segundos. “Eu sinto muito... Eu não sei como usar o Bad Wolf. E eu não sei que batidas são essas que você ouve.”

O Mestre suspirou. “Começou em Gallifrey... Eu tinha oito anos de idade quando eu vi a cisão temporal. E o barulho começou... e nunca parou.” O Mestre caminhava pela sala. “Espere! É isso!”

“O quê? O que é?” O Doutor quis saber.

“O barulho existe na minha mente. E agora em 6 bilhões de mentes! Todos na Terra podem ouvi-lo!” O Mestre se alegrou e riu, mas ele se agachou no chão como se estivesse com dores.

“Eu pensei que o Portal curasse tudo.” Rose pontuou.

“Parece que não foi o suficiente. Mestre, você ainda está morrendo!”

“Este corpo nasceu da morte. Tudo o que sabe é morrer.” Ele se levantou. “O que você disse para mim lá no terreno baldio? Você disse: O fim do tempo!”

“Eu disse que algo voltaria. Nós vimos uma profecia.” O Doutor respondeu.

Isso foi o suficiente para o Mestre criar ideias na cabeça. E se estivesse chamando por ele? E se ele pudesse descobrir a fonte? E se a profecia se tratasse dele?

O Mestre fez sinal para que o guarda atrás dele apontasse a arma para Wilfred. “Diga-me onde está a TARDIS ou o velho morre!”

“Não conte a ele!” Wilfred protestou.

“Eu posso fazer melhor. Posso mandar apontar para Rose!”

Rose riu. “É impressionante que os vilões sempre deixam passar pequenos detalhes!”

O Doutor riu junto. “Eu sempre achei que o Mestre fosse mais esperto que isso!”

“Do que vocês estão falando?” O Mestre perguntou já sem paciência.

“Que você não enxerga o óbvio. Esse guarda é um pouco mais alto do que você!”

Com um movimento súbito, o guarda atingiu o Mestre na cabeça fazendo-o desmaiar. Ele tirou o capacete revelando ser um dos Vinvocci. “Oh, meu Deus! Eu o acertei! Eu nunca acertei ninguém na minha vida!”

A outra Vinvocci entrou na sala e ajudou a libertar os três prisioneiros. Conseguiram libertar Wilfred e Rose, mas a Vinvocci estava com muita pressa e pediu para que empurrasse o Doutor.

“Não, não, não! Não faça isso!” O Doutor protestou.

“Nós devíamos ir para o outro lado! É onde a TARDIS está!” Avisou Rose.

“Eu sei o que estou fazendo! Vamos por esse caminho!” Srta. Addams falou.

Eles passaram por corredores, portas e escadas, ouvindo os resmungos do Doutor sobre esse ser o pior resgate de todos. Rose apenas sorriu pelo alivio e sensação de estar livre de novo. Chegaram ao porão, mas foram cercados. Para surpresa de todos, Srta. Addams apertou um botão em seu relógio e os cinco foram teletransportados para outro lugar.

Wilfred descobriu que estavam agora em uma nave no espaço, enquanto o Doutor se apressava em se libertar da cadeira. Uma vez solto, ele pegou a chave de fenda sônica e queimou alguns computadores de teletransporte para não serem rastreados.

Vendo isso, Rose sorriu para a Vinvocci. “Ele quis dizer Obrigado primeiro.”

“Cadê sua doca de voo?” O Doutor perguntou.

“Mas estamos seguros. Estamos a milhares de quilômetros acima da Terra!”

“E ele tem cada míssil da Terra pronto para disparar!”

A Vinvocci abriu a boca para dizer algo, mas nada saiu. Ela levantou o dedo indicador. “Bem pensado.”

Os dois Vinvocci começaram a correr. O Doutor e Rose tiraram o Wilfred da janela para acompanhá-los, ele estava admirando o espaço. Chegando lá, o Doutor desligou os motores e pediu para que todos fizessem silêncio.

Os dois Vinvocci reclamaram que agora estavam presos no espaço sem sinal.

“Conhecendo você eu diria que tem um plano. Não é? Sempre tem uma carta na manga...” Wilfred falou para quebrar o gelo que o silêncio formou na doca de voo. Ele se atreveu a pensar que poderia manter as esperanças. Vendo o olhar que o Doutor e Rose lhe deram, ele percebeu que não daria certo. “Oh, maldição!”

Horas se passaram e o Doutor e Rose estavam sentados no chão esperando. Esperando algo acontecer talvez. Droga, nada acontecia e eles estavam presos no espaço. O Doutor mexia em alguns fios para se distrair.

“É a parte onde a gente espera um milagre acontecer?” Disse Rose entediada.

“Eu não sei... não sei o que fazer. Se a gente voltar pra Terra tem mais de 6 bilhões de Mestres para nos pegar.” Ele respondeu.

“Eu percebi... que sua mente fica perturbada quando está perto dele. Você não quer matá-lo, mesmo que essa seja a única opção.”

“Rose, eu não posso. Ele está doente e nega ajuda. A minha ajuda.”

Rose olhou carinhosamente para ele. “Você não está sozinho, Doutor.” O Doutor olhou para ela intrigado. Curiosamente, ela utilizou as mesmas palavras do Face of Boe anos atrás. Mas claro que estava se referindo a ela mesma. O Doutor sorriu para ela quando a viu apontando para a janela. “O que é aquilo? É muito pequeno para ser um meteoro.”

O Doutor se levantou para ver melhor. O objeto estranho fez um arco ao redor da Terra para cair em Londres.

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“É isso! Vem dos céus! O som está vindo dos céus!” O Mestre saiu do grande salão correndo e foi até uma sacada. “Ali! Encontre-o!” Ele apontou para cima onde um objeto caía em algum lugar próximo.

“Sim, senhor!” Guardas saíram em disparada para encontrar o objeto.

Chegando ao local da queda, um dos guardas se abaixou para pegar algo no centro da cratera. “É um diamante, senhor!” Ele segurou o diamante com cuidado e observou. “O diamante mais impossível. Não vai acreditar nisso. É a Estrela da Ponta Branca!”

Ouvindo isso pelo comunicador, o Mestre original entendeu o significado e riu em vitória. Mais uma vez, se sentiu conquistando a glória.

Continua...


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