Nico falou para mim o abraçar, enquanto viajávamos pelas sombras, seria coisa de segundos. Eu não queria mesmo ir pelas sombras, mas agora não tinha outra escolha, e seria o jeito mais rápido. Fiquei com... Vergonha?... Acho que é essa a palavra, ou quase. Fiquei com um pouco de vergonha de abraçar Nico, mesmo que seja por instantes.

Fomos parar em uma rua com poucas pessoas, e pelo que parecia, ninguém nos percebeu.

–E agora? – Nico falou.

– Vamos tentar achar um lugar para ficarmos, depois vamos procurar a perola.

– Ok. Onde acha que ela pode estar?

– Em algum lugar conhecido.

– Talvez.

– Sobre o lugar que vamos ficar, seria bom ficar em um hotel, mas só tenho alguns dracmas, eles com certeza não vão aceitar isso.

Nico soltou uma risada.

– Por que riu? – Falei. Eu estava falando sobre uma coisa seria, e ele rindo.

–Vamos, eu cuido disso.

Ele começou a andar.

– Aonde você vai? – Eu disse, também andando.

– Tem um hotel aqui perto, nós podemos ficar lá enquanto estamos aqui.

– Com que dinheiro?

– Acho que você percebeu que íamos precisar. Só não falou porque é orgulhosa. Mas eu tenho dinheiro.

– Hm, ta bom.

O hotel era mesmo perto dali, me fazendo pensar que ele nos trouxe a esse lugar da cidade não por conhecidencia, e logo naquela rua porque não é movimentada. Isso me deu um pouco de raiva do Di Angelo.

Quando entramos lá, me surpreendi ,era lindo, o que me fez pensar em como ele pagaria aquilo, parecia ser bem caro. Nico falou para eu ficar olhando as revistas ou algo do tipo enquanto ele via os quartos.

Ele não precisava pegar nada muito exagerado, não iriamos ficar lá por muito tempo, só ate achar a perola. Por isso também não podíamos demorar ali.

Me lembrei que Annabeth tinha me falado algo sobre algum cassino com um cartão que tinha muito dinheiro ou algo do tipo. Acho que é o mesmo caso que o Nico.

Um homem alto, magro, com os cabelos claros, e olhos castanhos, veio com Nico ate onde eu estava. Esse cara era engraçado ate, o jeito dele.

– Aqui esta a chave do seu quarto senhor, andar , e o numero do apartamento esta na chave, numero 74. – O cara alto disse. Li no seu crachá que seu nome era Willian.

– Obrigado. – Nico falou. Willian fez uma reverencia e saiu.

– Isso foi muito estranho. – eu disse.

– Ele deve achar que somos filhos de uma família rica, ou da realeza. Tanto faz, nem ligo. – Nico falou.

Como ele pode não ligar?

E eu estava certa sobre o cartão. Ele me explicou um pouco sobre ele.

Entramos no elevador, estava tocando uma musica irritante, mas parecia que a mulher que já estava no elevador, uma senhora que já deveria ter uns 80 anos, estava curtindo. O elevador parou em 2 andares antes de chegar no que a gente estava indo.

– Apartamento... ? – Nico falou pegando a chave que tinha colocado no bolso.

– 74. – Eu disse antes que ele conseguisse ver.

– Obrigado. – Ele respondeu ironicamente.

– Anda logo, estamos perdendo tempo aqui!!!

Ele falou alguma coisa baixo demais para que eu entendesse.

Cheguei a porta do apartamento. Era branca com detalhes dourados, peguei a chave de Nico e abri a porta.

E nossa... Era lindo lá dentro, tinha dois quartos, sala, uma pequena cozinha e banheiro. O lugar que mais gostei foi a sala. Era grande, com uma TV enorme, DVD, sofá super confortável.

Deixei minhas coisas no quarto que escolhi ficar.

– A cidade tem vários lugares, aonde vamos primeiro?

– Provavelmente deve estar em French Quarter. Vamos lá.

– Tudo bem.

Pegamos as nossas armas e ele pegou o cartão, que talvez pudesse ser útil e saímos para procurar a primeira perola.