Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 22
Vanessa


Notas iniciais do capítulo

Hello everybody!!

Sim, eu voltei rápido, contra a vontade do meu lado que deveria estar estudando, mas enfim...
Mais um capítulo para vocês, espero que vocês gostem. Ele é meio chatinho, (pelo menos pra mim) porque é parado, mas é pra compensar o que virá nos próximos.

Até lá em baixo.



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– Como você está? – Perguntei tentando quebrar o silêncio.

– Bem, e você?

– Estou tranquila.

– Ana! Você está com uma cara péssima. Você tá bem mesmo? Você não precisa de nada? Você pode ficar lá em casa se estiver se sentindo sozinha. – Vanessa falava muito rápido e eu via a preocupação nos olhos dela.

– Calma, eu estou bem, acho que o pior já passou e não se preocupe estou bem em casa. – Na verdade eu não sabia se ia conseguir dormir sozinha em casa, mas o orgulho falou mais alto.

Conversamos mais algumas besteiras, Vanessa era rápida para trocar de assunto, aquilo me deixava mais confortável, mesmo assim ela mostrava alguns sinais de estar nervosa. Saímos da lanchonete e começamos a dar uma volta, sem uma direção certa, parando em algumas vitrines para ver algumas roupas, ou algo semelhante, mas Vanessa não parava de olhar o celular.

– Olha, eu sei que você se importa comigo, mas se precisa ir pode ir. – Eu disse quando sentamos um pouco, já que eu não aguentava mais andar de salto.

– Desculpa, eu não estou sendo uma boa companhia, não é mesmo? – Ela olhou para o chão e pude ver algumas lágrimas caindo.

– Vanessa, o que foi? – Eu peguei sua mão, mas ela não me olhou.

– Sabe o dia em que eu ti liguei, no dia que a sua avó morreu, que eu estava indo para uma festa?

– Sei, eu falei que não poderia ir, mas o que tem, você está se sentindo culpada?

– Não. É que depois que eu desliguei, uma das meninas que estava comigo fez um comentário maldoso sobre você e eu fechei a cara, então nós discutimos e eu decidi que não ia mais – Ela levantou a cabeça e fez uma pausa para enxugar as lágrimas – Mas quando eu cheguei no ponto de ônibus um garoto que eu gosto desceu de um ônibus e perguntou se eu não iria à festa. Eu fiquei paralisada, acabei concordando e seguindo ele, ainda estava de tarde, e ele disse que precisava pegar umas coisas com uns amigos, disse que haveria tipo um esquenta e que eu poderia ir se quisesse. E eu fui... Tonta e ingênua. Nós não fomos muito longe, era um sobrado. Entramos, mas o que eu vi não parecia muito uma festa. Não havia música só algumas pessoas bebendo e algumas fumando. O cara, Ian, esse é o nome dele, me puxou até um canto aonde estavam algumas garrafas de bebida e me serviu algo que eu não sei o que era, mas estava bom. – Ela suspirou e lágrimas voltaram a seus olhos – Bom depois nós ficamos em um canto e ele me beijou e a coisa esquentou, fomos para um quarto e rolou... Ana eu... eu me sinto tão mal, eu fui tão irresponsável, mas eu amo ele, pelo menos eu acho que amo, e no dia seguinte ele me ligou e nos vimos de novo e transamos de novo, e eu sei que é errado eu me entregar tão fácil assim para alguém, mas ele é tão fofo, sempre tão gentil, ele me liga todas as manhãs e todas as noites. Eu sei que estou parecendo a maior idiota te falando isso, além de muito fútil, mas olha o que ele me deu. – Ela tirou do bolso uma pulseira linda, era de ouro, não uma bijuteria, mas uma verdadeira. – Não é linda? Ele disse que é banhada em ouro, e esse é o outro problema Ana, ele não é rico, como será que conseguiu isso? Será que ele é problema?

Eu fiquei olhando para Vanessa por alguns instantes, seu rosto mostrava medo, mas acima de tudo paixão, ela queria que ele não fosse problema, mas eu tinha quase certeza que era, mas não queria a deixar mais nervosa. Começar uma relação assim tão intensamente era como pular de paraquedas, uma vez no ar não há mais volta e no ar tudo é lindo, mas você tem dois finais, ou algo dá errado e você não sobrevive ou você tem uma das melhores experiências da sua vida.

– Bom, eu não tenho certeza, pode ser uma lembrança de família, ou ele tem condições de comprar isso, talvez ele tenha um bom emprego. Acho que não vale a pena você esquentar a cabeça por isso, não agora que vocês estão tão felizes. – Eu apertei sua mão que estava debaixo da minha e ela sorriu.

No instante seguinte seu celular vibrou e ela atendeu correndo. Era ele, antes mesmo dela dizer alô eu já sabia, podia ver explícito nela. Eles conversaram um pouco, mas eu não prestei atenção no que, fui checar meu próprio celular, que eu deixara no silencioso. Não havia nada, bufei de tédio. Quando Vanessa desligou, ela levantou e se espreguiçou.

– Ele me chamou para dar uma volta antes de ir trabalhar. Vamos nos encontrar aqui perto, você vem comigo? Quero saber o que você acha dele.

Eu não queria ir, mas não queria magoar ela. Fomos andando por mais três quarteirões, parando somente para comprar um sorvete numa sorveteria bem fofa. Quando chegamos a uma praça, Vanessa acenou e um cara acenou de volta, ele era alto, tinha os cabelos castanhos escuros, não pude ver seus olhos já que ele estava de óculos de sol.

– Amor! – Ele se aproximou rápido e já chegou beijando Vanessa.

Ian! – Vanessa disse assim que ele a soltou. Ela passou a mão pelos cabelos dele e depois o beijou de novo. Eles ficaram abraçados um pouco, e eu comecei a me afastar, não ia ficar de vela, mas Vanessa virou para mim antes que eu me afastasse muito. – Ian, essa é minha amiga Ana Júlia.

Ele se virou para mim sorrindo e tirou os óculos. Um arrepio passou por toda minha coluna, eu conhecia Ian, não lembrava de onde, mas o conhecia. Talvez ele tivesse estudado comigo na outra escola, não conseguia me lembrar, mas a lembrança não era boa, isso eu tinha certeza.

– Olá, prazer em conhece-la Ana Júlia – Ele me cumprimentou com um beijo na bochecha e eu retribui.

– Olá, o prazer é meu Ian, e pode me chamar só de Ana.

– Não gosta do seu nome inteiro? – Ele levantou uma sobrancelha.

– Gosto, é que as pessoas me chamam de Ana o tempo todo então eu acostumei, na verdade quase todos acham meu nome muito comprido.

– É verdade, as pessoas acostumaram a reduzir seus nomes o máximo possível, mas seu nome é bonito.

– Obrigada – Respondi com um sorriso. – Bom acho que vou deixar vocês dois a sós, não quero atrapalhar.

– Que isso, nós, vamos sair com alguns amigos meus, você poderia vir. – Ele me convidou

– Acho que vai ter que ficar para próxima, meus pés estão me matando.

– Vamos Ana!! Por favor! – Vanessa parecia uma criança manhosa. – Eu tenho umas peças de roupa que trouxe para trocar, você pode pegar alguma coisa e pode ficar com meu tênis. – Ela realmente iria insistir. – Você merece um descanso, você não pode ficar sozinha, isso vai piorar tudo.

Olhei para os dois, depois para o céu, fiquei pensando um pouco e aceitei o convite. Vanessa não se conteve, agarrou meu braço e nós três saímos caminhando, para essa “reunião” de amigos.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Gostaram do Ian?

Beijos e até a próxima

Bia >.



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