Amor Cumplice escrita por Bia chan


Capítulo 1
Mal começo


Notas iniciais do capítulo

Oi essa é minha primeira fanfic Original espero que gostem

Bjss
Bia-chan



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Ela parecia perdida, mesmo sabendo exatamente onde estava nada parecia ser seu. O mundo ao seu redor era como um daqueles filmes alienígenas que ela não gostava de ver na televisão.

A noite se mostrava bela pela janela de seu quarto, “Que tal um passeio”, pensou ela, mas a ideia se mostrou arriscada demais para alguém que não existia mais. “Não existir” isso ainda soava estranho em sua mente para alguém que há menos de um mês tinha uma “casa”, uma “família” e “amigos”. Agora tudo parecia um quebra-cabeça mal resolvido, as peças não se encaixavam como deviam e ela não conseguia deixar de pensar em como tudo havia dado errado.

Levantou-se e foi até o banheiro, lá se olhou no espelho e notou que seus cabelos negros estavam numa enorme bagunça, eles não eram cacheados, mas não eram lisos, o que fazia com que ficassem mais armados com facilidade. Resolveu tomar um banho para ver se ficava um pouco mais apresentável.

Quando saiu colocou um roupão e foi até o nootbook, o abriu e olhando para a página em branco do Word começou a escrever sobre como tudo havia começado...

*****

Era somente mais uma manhã calma de fevereiro, primeiro dia de aula na Escola Estadual Mário de Andrade, um dia quente na cidade de São Paulo, mas mesmo assim todos os alunos pareciam empolgados para seu primeiro dia de aula, assim quando sinal tocou correram para conseguir bons lugares na sala. Ana Julia, porém não tinha toda essa presa e se sentou mais ao fundo da sala na fileira da janela, a mais longe da mesa do professor. Estava com sono da noite anterior que quase não dormira então pôs seu capuz e deitou sobre a mesa esperando o professor chegar, enquanto tentava dormir ouviu alguém se sentar atrás dela e “sentiu” os olhares vindo para sua direção então discretamente se levantou e olhou em volta como se estivesse acabado de acordar e assim como os outros sua atenção se deteve no rapaz sentado atrás dela.

- Olá – disse ele – Tudo bom?

- Sim – Foi o que ela conseguiu responder com uma voz meio rouca.

- Que bom então, eu sou Tomás e você?

- Ana Julia, você não é filho daquela família super rica de empresários, qual o nome mesmo?

- Andrade Souto. Sim sou eu mesmo. – Ele sorriu, mas deu percebi que ele não parecia confortável falando daquilo, ela via em seus olhos. E ele foi salvo pela entrada do professor na sala.

- Bom dia – disse o professor colocando sua mochila na mesa e indo para a lousa – Eu sou Marcelo e vou dar aula de Física.

- Lá vamos nós – Ana pode ouvir o comentário de Tomás e não deixou de sorrir, ela não gostava da matéria e ficou feliz em saber que não era a única.

O resto da aula foi bem pacata um monte de exercícios para fazer, um monte de gente falando sobre as féria e tentando se conhecer melhor, duas da coisas que eu odeio.

Quando o sinal bateu indicando a próxima aula Tomás se levantou e sentou na minha mesa.

- Posso lhe ajudar? – Perguntei meio assustada e surpresa por vê-lo na minha mesa.

- Na verdade não porque não preciso de nada, mas queria fazer algumas perguntas para você. Do tipo porque você é a única que não socializa ou faz a lição e porque será que é a única que não se esforçou para vir sem olheiras para a sala? Talvez você tenha algo a esconder.

- Você é muito curioso Tomás, e acho que ainda não estamos tão íntimos para que saiba essas respostas.

- Então façamos o seguinte, você me pergunta coisas eu ti respondo ficamos íntimos e você me fala sobre você.

- Não sei se quero ser íntima sua Tomás, você não é do tipo de pessoa que andaria comigo.

- Por quê? Só porque sou rico, saiba que eu não ligo se você é rica ou pobre, eu não sou tão arrogante assim.

- Talvez você não seja arrogante, mas eu sou e não iria suportar um amigo rico indo a lugares que eu não posso ir e falando com gente que não iria gostar de mim, por quê? Ah sim porque sou pobre. Então Tomás, sinto muito acho que poderemos ser íntimos.

- Colocando na minha ficha sobre você – Nome: Ana Julia desconhecida Idade: 16 anos. Cabelos: Castanho escuro. Olhos: Castanho claro. Onde mora: Não sei, mas acho que é perto de algum lugar que está em reforma, pois ela está suja de cimento e sua bolsa suja de areia. Vem para escola: De ônibus, linha 347. Comentários adicionais: Se acha pobre, gosta de animes, escuta 30 seconds to mars e Avenged Sevenfod e não quer ser íntima de mim. – Ele tinha um sorriso estampado no rosto se achava superior sabendo tudo aquilo sobre mim.

- Mas como você...?

- Como sei tudo isso? Algumas coisas você falou, outras eu vi e as demais eu observei enquanto você não prestava atenção.

- Você é humano?

- Sou sim, só presto atenção nos detalhes, meus amigos da antiga escola me chamam de Novo Sherlock Holmes, mas eu acho de mais para mim, só Tomás.

Antes que eu pudesse revidar o que Tomás me disse o próximo professor entrou na sala e começou sua aula, ele mandou que fizéssemos dupla conforme a lista que ele tinha nas mãos, eu me sentei com uma garota chamada Vanessa e ela era até que legal, tinha uma conversa boa para quem não tinha nada em comum comigo, ela era alta, magra de cabelos castanhos bem claros quase loiros os olhos eram da mesma cor e sua banda favorita era One Direction, que eu não gostava, mas ela era divertida, fazia piadas e já tinha me convidado pra sair.

Depois disso não voltei a falar com Tomás até a hora da saída no ponto de ônibus, eu não lembrava, mas o tinha visto em meu ônibus de manhã, e como eu já esperava ele fez questão de se sentar ao meu lado.

- Vi que fez uma amiga isso é bom, ela é pobre rica ou classe média?

- Isso não é da sua conta, e isso só importa também quando falamos de você.

- Então eu sou o problema? Estou até começando a achar que você me ama.

- E é exatamente por isso que eu não quero falar com você, por esse teu jeito...

- Não precisa dizer mais nada – Ele sorriu e eu corei

- Idiota você não entende mesmo, o que quero dizer é que você é metido e irritante, acha que sabe de tudo só porque é observador e ah como eu odeio isso, você me irritou mesmo Tomás – Dizendo isso eu dei sinal e fui para a porta para descer, quando o ônibus parou eu desci correndo sem olhar para trás e quando achei que estaria sozinha lá estava ele, Tomás, andando do outro lado da rua ele assoviava e me olhava de tempos em tempos. Eu fingi não ligar e entrei no meu trabalho.


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Notas finais do capítulo

Comentários?? >.
Próximo capítulo sai dependendo da aceitação de vocês



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