Passos Decisivos escrita por Desy Faraco


Capítulo 9
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oieee meu povo lindo! Então, antes de mais nada quero agradecer ao apoio de todos pelas 1391 visualizações. Estou imensamente feliz e grata. Continuem convidando seus amigos para ler, deixando comentários, sugestões e quando eu demorar pra postar, entendem que é por causa da faculdade, mas não vou deixá-los sem Hayato e Inuyasha, ok?! ;)



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Uma semana havia passado desde que chegaram ao castelo. A construção era imponente e tinha estilo ocidental. Como os grandes castelos medievais da Europa. O chão era todo feito em mármore branco, que espelhava e refletia quem caminhasse sobre ele. O quarto de Kagome e Hayato ficava na torre mais alta do castelo, guardada constantemente por youkais de fogo que sobrevoam o lugar dia e noite, o barulho de asas era ensurdecedor e suas aparências grotescas. Possuíam grandes chifres espiralados, dois de cada lado do crânio alongado como o de uma serpente, seus olhos eram negros e ferozes, dentes imensos e pontiagudos se insinuavam para fora de suas bocarras gigantescas. Eles realmente a assustavam. No quarto amplo e arejado, rodeado por peles de raposa e lobos, as paredes eram altas e feitas de pedras multifacetadas que refletiam as luzes exteriores, era bonito e elegante. Em um canto, um grande baú guardava muitas joias, e um outro quimonos de sedas raríssimas e muito caras, ela tinha de tudo, mas não estava feliz. Seu marido era um homem bom, mas a jovem esposa não conseguia permitir que ele a tocasse. Dormiam juntos, no mesmo quarto, sobre as mesmas peles macias, e todas as noites ele a abraçava como se estivesse abraçando o mundo. Ela se aconchegava em seu peito largo, mas ele não a tocava e ela sabia que era porque Hayato sentia sua rejeição. Ela o magoava todas as noites e ele ainda a amava, como seus olhos de cobra demonstravam todas as manhãs. Quase todas as noites Kagome acordava assustada no meio da madrugada, gritando e chorando, se sentindo desesperada, em seus sonhos ela perdia alguém, tentava segurar a mão dessa pessoa, mas sempre caía em um posso fundo e escuro e ninguém a tirava de lá. Era sempre o mesmo sonho, desde que chegara em casa. Nunca estava em paz, nunca se sentia em seu lar, embora seu marido insistisse para que se lembrasse, fazendo-a agir como rainha do castelo e dizendo que se voltasse a sua antiga rotina com certeza melhoraria rápido. Mas nada daquilo fazia sentido de forma alguma, nenhuma peça se encaixava, ela não se encaixava naquele lugar.

_ Senhor... Senhor!

_ Olha mãe, ele tem orelhas de cachorro!!!

_ Menina, não toque assim nas pessoas! – a mulher deu leves tapinhas na menininha.

_Ka...go...me! - *tossidas*

_ Desculpe senhore, o que disse?

A mulher pôs um pouco de água nos lábios do meio-youkai.
Inuyasha sorveu o líquido tão avidamente que engasgou, a bondosa senhora ajudou-lhe a se recostar bem devagar. Seu corpo tinha machucados horríveis, alguns já estavam cicatrizando, outros ainda estavam abertos e infeccionados.

_ Onde estou? – perguntou num fio de voz.

_ Você está num vilarejo, perto da montanha do Hibi.
_Montanha... Hibi?

–Kagome!!!

_ Quem é essa? Alguma parente sua?

_ Não, ela é minha mulher.

_ Você é casado? Parece tão novo!

Ele não fez questão de replicar o comentário. Ela era sua mulher, mesmo que apenas em seu coração e não desistiria de encontra-la.
_ Como eu vim parar nesse vilarejo? Há quanto tempo estou aqui?

_ Faz mais ou menos cinco dias. Nós estávamos indo em direção a um santuário que fica no pé de um penhansco, para fazermos umas orações para nossa deusa, mas ao chegarmos lá, tudo estava destruído e você estava caído com metade do corpo dentro de um buraco de um youkai fuinha, apenas suas pernas estavam pra fora, tinha muito sangue e você estava muito machucado.

_ Pensamos até que estava morto! – disse a menininha pendurando-se em suas orelhas.

Inuyasha pegou a criança e colocou no chão. Começou então a se levantar.

_ Aonde vai? – perguntou a senhora preocupada.

_ Agradeço por ter cuidado de mim, mas preciso achar minha mulher!

_ Mas o que aconteceu com ela?

_ Ela foi raptada, por um tal de Hayato.

Tanto a criança quanto a mulher congelaram ao ouvir o nome.

_ Esqueça sua mulher, ela não voltará mais.

_ Do que está falando? – Inuyasha sacudiu a senhora desesperado. – Vocês sabem pra onde esse desgraçado levou a Kagome?!

_ Ele deve tê-la levado para o castelo, no topo do monte Hibi. Mas ir pra lá é suicídio! Esqueça! A essas alturas ela já é mulher dele!

Inuyasha pegou a Tetsuaiga, seus olhos estavam flamejantes e determinados. Confiava na Kagome, mas do que tudo, confiava no que ela sentia por ele. Ela nunca cederia, mesmo que pensasse que ele estava morto.

_ Desista dela... Não seja louco! – disse a senhora.

_ Eu nunca desistiria dela, porque ela nunca desistiria de mim!

Inuyasha saiu da pequena vila, não olhou para trás, tão pouco se importou com as dores que sentia, precisava seguir. Ela precisava dele e ela precisava dela. Tinha que encontra-la. Nada superava seu amor por Kagome e nada tão pouco superaria seu ódio crescente por Hayato. Inuyasha não era mal, mas seu sangue de youkai fervia pelo simples prazer de imaginar Hayato sendo destruído pelas suas garras. Ouvir o gorgolejo de seu sangue jorrando seria música para seus ouvidos. Estava talvez, sendo corrompido pelo ódio ou enlouquecendo pelo amor, ainda não sabia, quem sabe fosse ambos, não se importava. A traria de volta e o mataria, isso era fato.

*CASTELO HIBI*

Hayato estava sentado em seu trono de ouro e rubis, majestoso, exatamente como deveria ser o rei dos youkais, mas seu coração estava perturbado. A face do rei serpente estava disforme e com uma sombra de tristeza. Belos traços adornados pelo desespero, que só os que amam sem serem amados podem entender. Uma velha senhora está sentada a sua frente, posição humilde, de cabeça baixa, espera ansiosa que seu rei lhe dirija a palavra, mas como ele não o faz, ela lê sua mente, como sempre fez, desde que Hayato era apenas um menino, que ela embalava e sempre adivinhava as vontades.

_ Com seu coração partido, a menina tornou-se apenas um recipiente vazio meu senhor. – disse a velha feiticeira com tom maternal mas ao mesmo tempo respeitoso e cauteloso, pois se dirigia ao seu rei.

_ O velho que retirou as memórias dela me disse que ela ficaria bem depois de um tempo, mas ela não está melhorando, acorda gritando e chorando todas as noites. Não me reconhece como seu marido! Cada vez que tento tocá-la, sinto o pavor corroer-lhe os ossos.

_ Ora meu senhor, sempre tomou tudo o que queria a força, porque não faz o mesmo com essa mulher?!

_ Não seja tola velha! Não percebe?! Eu jamais tocaria nela se ela não me desejasse e não me amasse também. – Seus olhos de cobra mostravam uma amargura profunda.

_ Essa mulher o está tornando fraco. – disse a feiticeira, agora com um tom mais grave e audacioso. – Não seja um rei tolo que destrói o seu reino por uma mulher Hayato! Não o criei para ser fraco!

Hayato se levantou, sua figura imponente e opressiva muito diferia da pequena e frágil figura da velha encurvada a sua frente.

_ Você pode ter me criado, feiticeira, mas fale mais uma vez comigo neste tom e será a ultima. Kagome é sua rainha e deve respeitá-la e servi-la como tal.

A fúria dele era visível. O salão do trono, que antes resplandecia a brancura do mármore, agora estava negro e repleto de nuvens elétricas que pairavam perigosamente baixo, sob o teto abobadado.

A velha feiticeira abaixou a cabeça e com um olhar de arrependimento se retirou da presença do rei.

Hayato saiu e foi procurar por Kagome, não era difícil encontra-la, estava sempre no mesmo lugar, como um relógio quebrado, parada, olhando fixamente para um imenso carvalho que ficava perto de um antigo poço.

_ Minha querida... O que faz aí neste frio, sentada sozinha?

Ela lhe dirigiu um sorriso triste, que fez com que seu coração se apertasse.

_ Diga Hayato, foi aqui que nós nos conhecemos?

_ Porque a pergunta? – ele abaixou-se perto dela e colocou seu manto sobre os ombros da menina.

_ Acho que me lembro de uma árvore grande. Como se algo muito importante tivesse começado a partir dela.

_ Talvez só goste de plantas meu amor... – tentou mudar de assunto. – Que tal se cultivarmos belas rosas azuis? Talvez a faça se sentir mais animada.

Ela se recostou nele, mas ainda sim sentia-se fria e desprotegida.

*Kagome sua idiota, como ousa me esquecer!* - bradou uma voz em sua cabeça. Tudo começou a girar e a sensação de vazia tornou-se devastadora. Rompeu-se em prantos, agarrada a roupa daquele que dizia ser seu marido, chorou a exaustão, formando uma enorme mancha úmida nas roupas dele. Olhou para cima e viu outro rosto, em vez de cabelos negro, fios prateados e então tudo ficou escuro novamente. Perdeu os sentidos.


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Notas finais do capítulo

Galera, vou tentar postar com mais frequência, tá meio complicado, mas se eu não postar mais vezes seguidas tentarei postar capítulos maiores, ok?! Espero que tenham curtido esse capítulo e que apoiem comentem e divulguem! =*



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