A Estagiária escrita por Shelly Stewart


Capítulo 3
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!

Demorei um pouco para postar por causa de problemas pessoais, mas estou de volta aqui. Hoje posto o capitulo 3 e logo amanhã a noite estarei postando o 4.
Então fiquem ligados para acompanhar mais um capitulo dessa jornada da Bella para saber quem Edward realmente é.

Bem, divirtam-se e boa leitura!


XOXO

Shelly Stewart.



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Eu não estava acreditando que ele estava aqui de novo. Eu estava abalada, mas não queria mostrar isso a ele de jeito algum, então ativei minha parte teimosa e juntei toda a minha coragem.

– Edward, você sabe que eu não vou parar por aqui, não sabe? Pergunto encarando aqueles olhos dourados sem desviar um segundo.

Ele pegou a garrafa e levou o canudo aos lábios antes de responder.

– Acho que você também sabe que eu vou tentar impedi-la a todo custo. - diz e suga o líquido do copo. - Não quero você envolvida com a minha família e muito menos comigo.

Cruzei os braços sobre o corpo e o encarei analisando seu rosto, tentando desvendar o que ele estava escondendo.

– Por que? Vou descobrir algo grave sobre você? Sou uma repórter e quero saber o que você esconde, que tal cooperar e acabarmos logo com isso?

Edward suspirou profundamente, ele olhou para um lado e depois para o outro.

– Você realmente não tem noção do perigo... - comenta. - Por que simplesmente não se contenta com o que tem?

Sua voz era baixa e fria novamente, ele estava bravo. Mas eu não entendia o porque que ele me queria tanto longe... O que esse homem tem que não quer que ninguém saiba?

– Por que não é o bastante. Você começou com tudo isso, não eu. Quero respostas e você as tem, me diga é simples.

Edward riu.

– Ingênua. - suas sobrancelhas se erguem em um arco perfeito.

Faço cara feia.

– Não comece com as ofensas não vou poupá-lo nem sendo um Cullen. - digo erguendo o punho. Edward estica a mão sem nenhuma hesitação e embrulha minha mão fechada com a sua, estremeço em choque... Ele estava me tocando no meio da discussão!

– Tem belas mãos, Isabella. - sussurra acariciando meus dedos, estou ofegante perdendo o fio da meada, acho que ele fazia isso de propósito. Meu Deus como ele me afetava, sabem quando você está tão surpresa que não consegue controlar nem sua respiração? Aliás... Como é que se respira? Porque eu já me esqueci.

Edward...

Ele sorri e retira a mão.

– Se quer saber de algo terá que dar um jeito de arrancar de mim. - ele se levanta e pega o refresco quase intocável. Edward abaixou os olhos para o refresco e os subiu lentamente para o meu rosto.

– Acho que será bem divertido ver você tentar, Isabella. - ele cita meu nome puxando-o em um sotaque italiano perfeito.

Ele deu uma piscadela antes de se virar e andar para fora da lanchonete. Suspirei perdida em tanto poder masculino que esse homem emanava eu não havia percebido que meus olhos não se afastavam de suas costas enquanto ele saia, eu estava cada vez mais imersa nisso. Cada vez mais imersa nele.



Quando cheguei em casa recebi uma chamada de vídeo de Jacob, ele estava no Hawaii junto com a família, ele estava enorme e mais lindo do que era quando o deixei em Forks.

– Fala garota!

Sorri largando a bolsa no chão e tirando os sapatos aos chutes.

– Oi Jacob. - ver aquele sorrisão novamente, mesmo que por vídeo era confortante para mim. - Como está ai?

Jake revirou os olhos.

– Como acha? Sinto sua falta.

Eu ri, era tão fácil estar com Jacob eu não precisava de esforços para ficar ao seu lado e nem para puxar conversa. Naturalmente a coisa fluía entre nós, ele se tornou família assim que começamos a nos ver muito. Ele foi meu primeiro amigo de verdade em Forks.

– Também sinto sua falta, mas não me respondeu.- resmunguei. - Espero que não esteja muito tedioso a ponto de ter que recorrer a falar comigo.

Jake riu, uma simples risada que me acalmava.

– Não sei porque te chamo nesses troços. - ele ironizou. - Só pra ver essas olheiras gigantes na sua cara, porra isso tá horrível. Sonhos ruins?

Ele notou... Bem, pó e corretivo não servem pra nada, não escondem a minha cara de insônia eterna.

– Alguns. - digo e me jogo no sofá mantendo o tablet sobre minha barriga. Ele já estava em alerta como um macho alfa.

– E o apanhador de sonhos que te dei? Não o trouxe de Forks? sua voz grossa se alterou na hora.

– Claro que eu trouxe, só que as vezes os sonhos o driblam. Sabe a sorte que eu tenho pra essas coisas, não sabe?

Ri e ele também.

– Quando voltará para cá? pergunto.

Jake suspira e pensa olhando para os lados assim como Edward... Ofeguei assim que pensei em seu nome, droga esse cara estava me matando por dentro.

– Acho que posso dar um jeito daqui a algumas semanas. Poderia ir a La Push pra gente se ver. Aviso quando eu tiver um tempo daqui.

Assenti.

– Tudo bem. - suspirei. - Jake, tenho trabalho a fazer agora, mas me liga logo viu?
Ele franziu os lábios cheios e me lançou um sorriso perfeito.

– Pode deixar, bobona, vou ligar. Bom trabalho, Bells. - diz e suspira. - Knop Kilawtley.

Arfei ao ouvi-la, Jake tinha me dito isso uma vez e eu não sabia o que significava até ele me contar, toquei a tela com os dedos sorrindo e ele desligou. Larguei o tablet no sofá e corri pra cozinha, eu estava morrendo de fome. Hoje era ainda final de sábado, eu tive que trabalhar hoje para mostrar o áudio a Jane, mas estaria de folga no domingo e na segunda e isso me animava porque eu poderia ir a Forks e visitar meu pai e a Sue.


Depois de fazer lasanha me sentei em frente a TV sem ter nada o que ver, zapeei os canais e parei no canal da BNW, ignorei a maioria. Noticiário desnecessário, como sempre. Decidi por fim ver um filme, um tal de “O noivo da minha melhor amiga” e dormi ali no sofá mesmo.


Acordei com bipe chato de algo, um bipe muito irritante. Levantei a cabeça, meus cabelos caindo sobre meus olhos, vi a luz piscante de meu celular eu teria que lembrar de tirar essa sirene de ambulância como toque de celular depois. Tateei o quadrado até pegá-lo.

– Alô?

Uma voz nada suave encheu meus ouvidos.

– Bom dia, Bella. Desculpe te acordar, mas é urgente. - Jane Volturi estava na linha e me sentei relutante coçando os olhos para realmente despertar.

– O que é urgente? pergunto com a voz embargada.

Jane está teclando do outro lado furiosamente.

– Os Cullen estão indo acampar, mas Edward não está com eles. Vai ser uma boa oportunidade de saber o que ele faz que é tão segredo, vá logo e me mande relatório quando descobrir algo.

E desligou.

Joguei o celular no chão com raiva, era forrado de tapete então não feriu o celular. Olhei para o relógio, eram cinco da manhã, cinco da manhã!
Jane Volturi era a chefa mais irritante que alguém poderia ter, era domingo e eu tecnicamente estava de folga... Bem tecnicamente só.

Bem lá se vai a minha viagem de visita ao Charlie. Resmungando me levantei com raiva e subi para tomar um banho e me arrumar, hoje eu estava parecendo um vulcão e socaria o nariz daquele...

– Tudo culpa dele!

Tomei um banho super-rápido e vesti um vestido verde escuro com rapidez, calçando os benditos saltos desci rapidamente as escadas enquanto enlaçava meu cabelo para ficar preso no alto da cabeça em um rabo de cavalo desajeitado. Não passei maquiagem alguma, iria dispensar aquelas coisas logo. Peguei a bolsa com fúria e enfiei o tablet e meu celular nela e sai de casa. Esse Cullen ainda iria me pagar.
Assim que sentei no banco da caminhonete que eu me lembrei que eu não fazia a mínima ideia de onde ele estaria... Ah droga, mais essa.


O jeito era dirigir que nem uma barata tonta até achar o dito cujo, antes de dar partida na caminhonete peguei o tablet e dei uma olhada na ficha pessoal de Edward, ela tinha o modelo do seu carro e a placa, seria um pouco mais fácil de encontrá-lo assim.
Ele tinha um Volvo C30 de placa número 57F 6D3, pronto, agora é só olhar todos os volvos da cidade até achar esse... Quem disse que a vida era justa?



Estou rodando há mais de 4 horas e nada desse cara aparecer! Decidi por parar para um almoço, mereço um belo hambúrguer com fritas, assim que resolvi parar no restaurante de sempre perto da BNW avistei aquele belo carro. Bem acho que deve ser o destino brincando com a minha cara ou algo do tipo... Da próxima vez eu vou vir direto aqui para me poupar o dinheiro que gastei com a gasolina.

Me mantenho a distância, já que ele estava lá dentro. Eu não queria vê-lo e não queria que ele me visse ali.

Foi ai que notei algo estranho, Edward estava todo de preto e de touca como se estivesse se escondendo e estava conversando com um outro cara e esse cara era intimidador mesmo de longe. Os dois estavam falando baixo e vi Edward passar dinheiro a ele que assentiu para algo.

Ele era enorme, moreno, tinha uma expressão dura no rosto, mas se mantinha paciente e calmo em ouvir o que Edward falava, ele assentiu uma vez só... Postura digna de líder. Ele me lembrava Jacob. Edward apertou a mão do rapaz e se voltou para seu belo Volvo reluzente. Ele olhou na direção da onde eu estava, antes que ele me visse eu me abaixei rapidamente torcendo muito para que ele não me visse.

Contei mentalmente os segundos antes de me erguer, olhei para a direção de onde estava o Volvo, mas não estava mais lá. Já tinha partido rapidamente sobre o asfalto. O rapaz ainda estava ali, olhando de um lado a outro prestes a ir embora. Eu não podia deixá-lo ir embora, precisava falar com ele agora em questão de segundos me vi abrindo rapidamente a porta e andando em sua direção, sabe quando você faz algo por impulso? Bem, acho que impulso deveria ser meu nome do meio, eu estava nervosa enquanto me aproximava, pois ele me notou e seu interesse cresceu assim que eu estava perto o suficiente dele.

– Olá. - digo. - O senhor pode me ajudar com uma coisa? Pergunto sorrindo, tentando aparentar ser amigável o suficiente para ele não desconfiar de mim.
Ele assentiu uma vez com a cabeça novamente sem dizer uma palavra só.

– Sou Bella Swan, da BNW e vi você conversando com Edward Cullen. - murmurei sem querer perder a compostura e a coragem diante daquele gigante moreno.
Sua sobrancelha grossa subiu e o canto dos seus lábios grossos também, percebo o erro. Falei demais... Entreguei que estava observando eles.

– Acho que anda olhando demais, Bella. - diz calmamente, a voz dele era grossa e firme. Pigarreei, droga o nervosismo estava ameaçando me comer viva, a bile subindo em minha garganta.

– É o meu trabalho. - respondo recompondo a postura. - Vi que ele deu dinheiro a você, podemos conversar sobre o que tem com ele?

Sei que minha pergunta foi direta, mas ele sabia de um modo ou outro que eu estava interessada em Edward e queria saber sobre ele. O rapaz se afastou um pouco, endireitando a postura diante a mim me analisou de cima a baixo.

– Podemos conversar sobre o porque está tão interessada? Não gosto que se metam nos meus negócios, Bella.

Estreitei os olhos, dei um passo reflexivo para atrás. Ele não era um homem bom, definitivamente não, ele era como Edward.

– Estou procurando respostas... Estou querendo saber sobre Edward Cullen, poderia me fornecer informações sobre ele?

O cara riu como se eu tivesse feito uma piada. Fiquei bem séria, ele tinha que me levar a sério.

– Por que não pergunta a ele? Se está me espionando é porque não obteve sucesso com ele, mas querida, só um aviso... Fique longe, não vai querer se envolver com ele. É inocente demais para isso.

Fico em silêncio ponderando o que ele havia dito. Mais um que me avisava que Edward era perigoso, mas isso não me afastava dele isso fazia com que eu me aproximasse mais ainda. Eu queria saber!

– Por que eu teria que ficar longe dele? Quero saber o por que que todos me pedem isso.

O homem pegou um cigarro e levou aos lábios acendendo.

– Se for uma garota esperta vai ouvir o que as pessoas dizem, eu achava que alguém como você teriam um pouco de senso de preservação. - comentou me olhando de cima a baixo novamente.

Olhei ao redor, isso estava muito difícil, claramente eu não iria conseguir fazer ninguém falar, Edward tem mais poder que eu sobre as pessoas. Nessas horas que eu queria ser bonita o suficiente para persuadir alguém, assim como ele.

– Sei como cuidar da minha vida. - falei rispidamente. - Mas se quiser conversar e realmente me ajudar aqui está meu número, me ligue. Posso te pagar pela informação depois.

Sam fumou mais um pouco antes de aceitar o cartão... Bem, falar em dinheiro fazia as pessoas facilitarem as coisas pra você.

– Sim, senhora.

Me virei voltando para o carro, assim que dei ré e acelerei pela rua recebi uma mensagem de um número desconhecido.
Assim que parei no sinal vermelho destravei o celular e li a mensagem e ela dizia:


“Já que é boa nesse joguinho de investigação...Procure Victoria, ela é uma velha amiga de Edward e ela terá algumas respostas para você. Não precisa me pagar nada.
Foi bom conhecer você, Bella.
Uma dica: Olhe sempre para trás.
Tenha cuidado.
Sam.”

Sorri ao abaixar o celular, a chantagem com o dinheiro surgiu efeito. Suspirei quando as buzinadas atrás de mim se tornaram intensas. Pisei fundo no acelerador vagando pela cidade.

Eu ainda tinha que fazer compras, a geladeira não estava muito abastecida e eu estava vivendo somente das sobras. Assim que dobrei a rua para ir em direção ao mercado eu notei um carro atrás, vinha bem lentamente junto com a caminhonete olhei e acelerei devagar para ele não notar que notei ele, mas com a minha sorte era grande... O farol estava fechado.

– Droga, abre, abre, abre logo merda! - bati no volante ainda de olho no carro atrás de mim.

Estava escuro não dava pra ver como ele era. Assim que diminui a velocidade por causa do farol fechado ele milagrosamente abriu, agradeci mentalmente pisando fundo naquele pedal, caminhonete que me perdoe eu teria que judiar dela hoje.

Não me deixe na mão, não me deixe na mão... Eu pedia mentalmente.

Ela já estava roncando algo como um som implorador na casa dos 90, arfei quando notei que ele ainda estava atrás de mim, eu já estava perto do mercado, passando por mais um cruzamento, mas quando passei o farol atrás fechou e ele ficou para trás, o alivio tomou conta do meu corpo e eu gritei um “Yeah”.

Estacionei no mercado e sai correndo para dentro. Quase uma hora depois estou fora novamente, está bem escuro e silencioso, olho para todos os lados e caminho rapidamente, meus pés quase tropeçando pelo caminho as sacolas emaranhadas no meu cotovelo, segurei a chave com a mão trêmula enfiando sobre a fechadura, girei rapidamente e abri sentando no carro e jogando as comprar para trás. Assim que fechei a porta, eu abaixei o pino e coloquei a chave girando para o motor ligar e foi antes do rugido alto que eu ouvi.

– Olá gracinha.

Meu grito foi bem agudo em plenos pulmões, a voz raspando minha garganta como facas. Assim que consegui aplacar o pânico tomei coragem para olhar para trás de onde a voz vinha e aquela voz era inconfundível e ridiculamente familiar para mim.

Era Edward. Edward estava no banco traseiro da minha caminhonete sorrindo de maneira completamente psicopata mas ainda sexy.


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Notas finais do capítulo

Esse Edward é esperto, não é?
Surpreendendo a Bells sempre.
Ela deveria mesmo sempre olhar para trás!
Vamos ver o que ele vai aprontar agora.

Até o próximo capítulo!

XOXO

Shelly Stewart.