A Estagiária escrita por Shelly Stewart


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!Aqui estamos nós no início de tudo. Vou me apresentar primeiro, sou escritora e meu pseudônimo é Shelly Stewart e esta é minha primeira fanfic Beward.Espero que gostem e me digam o que acharam, assim poderei desenvolver melhor cada capítulo. Espero ter vocês até o final!Bem, chega de enrolação, não é? Divirtam-se e boa leitura a todos.Beijos.Shelly Stewart.



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Prólogo.

– Tínhamos um acordo.

A voz dele era um pouco desesperada, abaixei o olhar para o seu rosto sujo, ele era apenas mais um que caía na armadilha, gente como ele são tão burros!

– Não prometi nada a você. - respondo calmamente.

Ele estava morrendo de vontade de me matar, mas não podia, todos que ficavam em frente a mim ficavam incapacitados e isso era ótimo, ninguém podia comigo.

– Edward, por favor, não faça isso. Eu fiz o que você pediu!

A respiração dele era alta e estava totalmente patético, um sorriso estava em meus lábios, mas me limitei a isso, eu não ia rir da situação.

– Agora será dispensado. - somente digo. Enquanto ele implora, um único barulho o silencia e o último grito dele não tira o sorriso do meu rosto, não sinto pena dele.

Não sinto pena de ninguém.






CAPÍTULO 1.

Primeiro dia.

Ontem programei tudo para nada sair errado hoje, acabei de me levantar da cama e vou me preparar para meu primeiro dia como estagiária da BNW. Estou bem nervosa, esse estágio é o que eu mais esperei em todos os anos de faculdade e agora que consegui quero fazer tudo certo. Depois de um banho, me vesti com as roupas que ganhei de minha mãe, ela estava mais empolgada que eu para esse emprego. Uma saia cáqui e uma blusa azul, era minha cor favorita e ela dizia que combinava com a minha pele clara. Eu não ligava muito pra isso, mas ela insistia para eu parecer uma mulher decente naquele dia.

Não uso saltos, mas naquele dia eu tinha que usá-los, fazia parte do trabalho. Meu cabelo castanho era levemente ondulado e era fácil de controlá-lo ali, então só os arrumei de um jeito que parecesse apresentável, mas nada me fazia parecer mais apresentável, eu deveria ter alguma cor no rosto, mas minha pele não me permitia tal feito era tão clara que eu parecia pálida e doentia, parecia translúcida. Desisti de tentar algo nela e resolvi apenas escovar os dentes, com um suspiro fui para a cozinha preparar meu café da manhã.

Nem deu tempo de saborear, eu estava ansiosa demais para comer direito, assim que consegui me equilibrar como gente naquelas máquinas mortíferas consegui chegar na minha caminhonete.

Meu pai Charlie havia me dado de presente quando me mudei para morar com ele, agora moro sozinha, tenho meus 18 anos tão sonhados, só odeio a possibilidade de já estar envelhecendo, não quero ficar velha rápido.

A caminhonete era minha, tinha seu próprio estilo e eu gostava disso, ela tinha personalidade, mas não podia passar mais de 90 com ela.
Na minha bolsa estava o gravador, o notebook e meu celular, era tudo o que eu precisava para trabalhar. Sentei em seu banco deixando a bolsa no banco do passageiro, o ronco do motor era estrondoso, mas era um som confortante para mim, assim como o cheiro que ela tinha. Eu já havia me acostumado com a umidade de Forks, com as chuvas constantes que atrapalhavam o meu sono, mas depois quando chegou a faculdade eu tive que ir embora, morar em Seattle onde se concentrava boa parte dos prédios comerciais.

Eu refletia minha vida geralmente ali nas estradas, eu tinha 18 anos, mas nada em minha vida parecia ser de uma garota de 18 anos, era difícil ser sociável assim.
O prédio era um dos novos, espelhado, cinza e glamouroso, só de olhá-lo você já poderia definir como "Centro da mídia". BNW se tornou uma grande revista em poucos anos, começou com um blog na internet e depois dominou as bancas e os canais de televisão.

Após a maratona de provas eu consegui o estágio ali, assim que eu acabasse isso meu diploma estaria finalmente nas mãos. Eu estava me formando em jornalismo, apesar de não aceitar geralmente o que mostram na tela de LCD em muitas casas, eu gostava da comunicação e de ir atrás de notícias. Notícias boas e não coisas desnecessárias.

Entrei na recepção ás 7:57AM, meu horário era as oito, assim que consegui segurar no balcão uma moça loira de olhos claros e de uma beleza realmente extravagante me atendeu.

– Olá! Posso ajudar? pergunta calmamente com um sorriso educado no rosto.

A bancada era baixa então ela tinha que olhar para cima para conseguir falar comigo.

Deveriam ter planejado isso direito, penso, mas não falo.

– Olá, meu nome é Isabella Swan, sou a nova estagiária da BNW, poderia me informar em que andar está o escritório de Jane Volturi?

A moça abaixou o olhar diretamente para a tela do fino computador, digitou rapidamente no teclado e voltou a olhar para mim.

– Andar 17, ela já está aguardando você, Srta. Swan. - a recepcionista estica o braço para apontar para os belos elevadores atrás do balcão.

Assenti com a cabeça agradecendo e fui rapidamente até eles, eu não era habilidosa como outras garotas, geralmente era conhecida pela minha falta de jeito e esses saltos definitivamente não foram feitos para mim, pois quase tropeço em meus próprios pés ao correr para alcançar o elevador que mantinha a porta aberta.

Agradeci as pessoas que tiveram paciência para me esperar entrar no elevador e me encolhi no canto, eu estava um pouco nervosa, confesso.

Assim que a porta do elevador se abriu no andar 17, parecia que eu havia entrado na Times Square, havia grandes painéis brilhantes no canto com o nome da empresa e pessoas, muitas pessoas, andando de um lado a outro.

Fiquei paralisada ali olhando para o que estava a minha frente era tudo bem confuso, bem... Animado.

– Isabella Swan?

Ouvi meu nome de algum lugar, olhei para todos os lados até me focar em uma mulher baixinha de cabelo castanho meio louro, ela tinha uma voz infantil, mas seu rosto era sério e de dar medo. Assim que ela conseguiu minha atenção, fez um sinal com o dedo para eu acompanhá-la, ao vê-la entrar em uma sala percebi quem era.

Jane Volturi. A editora-chefe da BNW.

Minhas pernas tremeram ao perceber isso, fechei a porta atrás de mim com as mãos tremulas, eu estava bem nervosa agora.

– Está atrasada. - ela disse com naturalidade antes de se sentar em sua cadeira que parecia grande demais para seu corpo minúsculo. - São 8:05, espero que tenha algum bom argumento para eu relevar seu atraso.

Olhei para todo canto e respirei fundo diversas vezes tentando me acalmar, mordi meu lábio para ver se passava meu nervosismo, mas ele ainda estava ali.

– Desculpe. - sussurrei e pigarreei. - Me atrapalhei com os sapatos e com o elevador.

Jane deu um sorriso afetado, mas pensei que naquele momento em que ela estava olhando para o meu rosto ela estava desejando que de alguma forma meu cérebro explodisse.

– Pode fazer mais que isso, Isabella. Da próxima vez que vier me ver, esteja na minha porta no horário exato que estipulei.
Ela estava querendo ser ameaçadora e aquilo de certa forma me abalou, levar bronca logo no primeiro dia de trabalho, ótima forma de começar, Bella!

– Sim, senhora. - respondi no ato.

Jane assentiu e me indicou a cadeira para eu me sentar.

– Isabella, você está iniciando o estágio e terminando a faculdade, todos que já passaram por esta sala sabem que eu lanço um desafio logo de início. - Jane começa esticando os braços e colocando os cotovelos em cima da mesa apoiando seu belo queixo entre os dedos.

Fiquei apenas ouvindo com atenção e cuidado o que ela dizia.

– Você não irá começar com algo que está familiarizada e sim pelo que mais odeia, eu soube por meio de uma fonte que você não gosta de certos assuntos, ou como você chama... Notícias desnecessárias.

Meu corpo gela... Como ela soube disso? Sei que meus olhos estão denunciando toda a minha apreensão pelo que ela disse, eu não sabia que os editores chefes de jornais sabiam da vida dos seus estagiários...

– Tenho uma missão para você, Isabella. - ela inicia. - Os Cullen voltaram para Seattle, quero que saiba algo novo sobre eles e traga para mim. Te dou um mês para trazer algo surpreendente para a nossa revista, fazendo isso, sei que estará pronta para qualquer coisa.

Se eu já era pálida, acabei de ficar mais ainda.



Deixa eu contar uma coisa para vocês... Eu não gosto dos Cullen, nem um pouco, nem os considero. Podem me julgar, mas não suporto as influências deles, como se quisessem dominar tudo, estão por toda parte! E é patético o modo como algumas pessoas os idolatram, eles eram seres comuns incomumente ricos, ou melhor, bilionários!

– Isabella? Jane teve que chamar a minha atenção. - Tem alguma objeção quanto a isso?

Sua sobrancelha se ergue, ela está querendo que eu descorde e eu quero muito jogar para ela todos os argumentos que me levariam a não fazer isso, mas era meu primeiro dia e eu tinha que pegar meu diploma.

Então sussurrei aquelas duas palavrinhas que eu não queria dizer...

– Não, senhora.

Jane sorriu e se levantou.

– Então pode ir a sua mesa e começar sua investigação, qualquer ajuda que precisar peça a Jessica ou ao Eric.

Eu vi que ela já estava concluindo o assunto e essa era a hora de eu ir, me levantei e caminhei para fora da sala, droga seria a coisa mais difícil que eu fiz na vida, depois da mudança de Phoenix para Forks.

Comecei a procurar sozinha a minha mesa, era tudo dividido. Cada um tinha seu espaço para trabalhar, computador, telefone, várias agendas... Eles não paravam nenhum segundo.

Vi uma divisória com o meu nome e coloquei minha bolsa em cima da mesa, era pouco espaço para trabalhar, eu tive que me virar para colocar tudo o que eu precisava.

– Isabella Swan?

Virei instantaneamente a cabeça procurando quem disse meu nome, um garoto de estatura média, oriental e extremamente alegre estava vindo em minha direção.

– Bella. - disse a ele que sorriu com a minha iniciativa.

– Eu sou Eric, Jane já me disse que iria precisar de mim então já me adiantei.

Eric jogou um pen drive na minha mesa.

– Tudo o que eu tenho sobre os Cullen está ai, as empresas que eles tem ações, as instituições de caridade que apoiam, as campanhas políticas que fazem parte, detalhes da fortuna bilionária, a ficha pessoal e profissional de cada um... - ele ditava enquanto fazia gestos. - Está realmente tudo ai.

Eu estava surpresa, aqui o pessoal era bem rápido e eu não estava acostumada com isso.

– Ham... Obrigada, Eric. - sorri envergonhada.

Ele deu dois tapinhas no meu ombro.

– Jessica tem mais para você, não ligue se ela for um pouco rápida e direta ela só está querendo pressionar você. É o que ela faz com todos os novatos, mas sei que pode brilhar mais que qualquer um aqui. Nos vemos depois, Bella.
Ele acenou e antes que eu soubesse o que aconteceu aqui ele já tinha voltado para sua mesa.

Uau, pelo visto eu teria muito trabalho.

– Comece estudando-os, depois ligue para a assessoria de imprensa deles e agende uma entrevista com a família inteira. Estão todos na cidade.

Levei mais um susto, cara quando é que eles iriam parar de fazer isso?

A garota loura estava ao meu lado com um tablet nas mãos.

– Jessica? perguntei e ela sorriu.

Acertei.

– Exatamente. Jane me pediu para separar o material dos Cullen para você, espero que seja rápida e muito boa no que faz porque eles não são exatamente fáceis de se contatar e Jane não tolera falhas.

Bem que Eric disse que ela iria pressionar.

– Sei o que tenho que fazer, Jessica, obrigada. - respondo.

Outra coisa sobre mim, odeio que me digam o que fazer, a não ser que você seja meu professor ou minha chefe.

Jessica sorriu fraco, mas continuou com a postura.

– Bom trabalho. - disse e foi para sua mesa.
Peguei as anotações dela e juntei com o pen drive do Eric, seria muita coisa para estudar, mas antes eu teria que contatar a assessoria de imprensa dos Cullen. Peguei o telefone e fui a luta.





Já haviam se passado horas e eu ainda estava insistindo para conseguir a entrevista, na minha vigésima tentativa, recebi um e-mail de confirmação. A entrevista estava marcada para sexta-feira nas primeiras horas da tarde, daqui há três dias.
Suspirei de alívio e marquei na agenda a data e o horário para eu não esquecer.

Entrevista.
Sexta.

A primeira etapa já estava quase concluída a entrevista eu havia conseguido, agora eu teria que aprender mais sobre eles para saber o que fazer na entrevista.
Abri a pasta dos Cullen no pen drive do Eric e realmente tinha tudo o que podia se imaginar, cliquei na área financeira e comecei as anotações.

Algumas horas depois fiz minha pausa, perto da empresa havia uma lanchonete onde eu poderia almoçar em paz, comprei um sanduíche natural e um suco de laranja batido com leite. Enquanto como eu presto atenção ao redor, e meus olhos caem exatamente sobre a minúscula televisão da lanchonete, você não conseguia ouvir muito porque havia muita gente falando, mas pela legenda era mais uma das maravilhosas façanhas da Família Cullen que foi vista em um instituto que ajudava crianças vítimas da violência doméstica e sexual. Era interessante, mas tinha necessidade tudo que eles fazem estar passando na TV vinte quatro horas por dia?

Suspirei e assisti a matéria mesmo revirando os olhos a maior parte dela principalmente quando a repórter dizia "Dr. Cullen não quis gravar entrevista".
Era sempre assim, eles eram reservados demais, mas estavam sempre ali e era isso que me incomodava. Dr. Cullen era um bom médico, estava sempre tentando ajudar todo mundo uma vez eles foram para Las Vegas e ele transformou a medicina lá de modo impressionante, como sempre.

Ele era perfeito, digo, literalmente. Sua beleza era incomum, tinha cabelos louros e um sorriso gentil nos lábios sempre, ele era uma homem de muita compaixão, acho que por isso que ele decidiu prezar pela vida das pessoas salvando-as. Era um gesto bonito.

Apesar de não gostar deles, tenho que admitir que eles são bons.
Assim que a minha pausa acabou voltei ao trabalho decidida a saber mais sobre eles.



O som da minha caminhonete assustava muita gente, ela era barulhenta, mas deem créditos, era um senhor de idade já. Estacionei em frente a minha casa que não era muito grande. Decidi comprar uma casa assim que consegui juntar dinheiro o suficiente, fui capaz de pagar a faculdade e ainda sobrou um pouco para a casa, Renée e Charlie queriam ajudar, mas recusei a ajuda, era minha casa e seria paga pelos meus esforços.

Eu ainda não me acostumara com a casa ou eu simplesmente não estava acostumada em estar sem a presença de Charlie, apesar de que, a maior parte do tempo em que morei com ele Charlie passava trabalhando. De certa forma, algumas vezes eu sentia falta de vê-lo no sofá da sala. Suspirei em meio a melancolia, eu gostava de estar sozinha acho que herdei isso dele, a solidão era nossa aliada e não inimiga.

Larguei minha bolsa no balcão e subi para tomar um longo banho, isso sempre me salvava das crises existenciais.

Senti os músculos se desmanchando sobre a água quente, me deixando mais tranquila, assim que terminei de me lavar desliguei a água e me sequei, vestindo a camiseta furada e o moletom cinza que usava para dormir, passei a toalha entre os fios e penteei meus cabelos com os dedos, os deixando soltos e sem secá-los com o secador. Desci novamente para a cozinha a fim de fazer um chá para mim, eu passaria o resto das horas sentada lendo, verificando e-mails da empresa e estudando um pouco dos Cullen.

Eu tinha 3 dias para terminar a pesquisa, aprenderia dois a cada noite para estar pronta na sexta-feira. O telefone tocou bem quando me sentei no sofá saboreando o chá.

Ergui a mão até encontrá-lo na parede e o puxei até a orelha.

– Alô?

A voz dela era suave e animada.

– Bella, querida, como está? perguntou.

Reprimi o impulso de revirar os olhos, ela havia me ligado no sábado e hoje era segunda-feira, ela tinha mesmo que me ligar três vezes por semana?

– Oi mãe, estou bem. - murmurei. - Por que me ligou hoje? Pensei que me ligaria na quarta feira...

Ouvi um ruído de descrença do outro lado da linha como se não acreditasse que eu perguntei isso.

– Seu primeiro dia no trabalho, Bella, eu queria saber como foi. - ela parecia ofendida por eu estar falando daquele modo, Renée é um pouco preocupada e sensível demais, mas é coisa de mãe, não é?

Suspirei e tentei falar um pouco animada, na verdade, eu já estava ficando cansada, a animação não estava nos meus planos agora.

– Foi ótimo, mãe, de verdade. O pessoal é atencioso, é tudo bem rápido então não consigo parar um segundo, já tenho minha primeira entrevista na sexta-feira.

Droga, percebi que dei a ela o que ela precisava para tagarelar sem parar. Assim que ouviu sobre a entrevista, iniciou-se rapidamente uma comemoração via telefone, mamãe estava muito animada com isso, era minha primeira entrevista isso a levou ao êxtase.

– Parabéns, querida! Podemos comemorar quando eu for a Seattle com o Phil. - ela fez uma pausa e ouvi uma voz diferente de longe. - Phil está lhe dando os parabéns. Bella, com quem será a entrevista?

Começou a inquisição, mas apenas agradeci a ela sem realmente responder a pergunta.

– Agradeça ao Phil por mim. - sussurrei. - Não pira, tá? É com os Cullen.

Tarde demais, ela pirou, estava surpresa e ela sabia da minha repulsa quanto a eles. Renée pediu detalhes sobre a entrevista, ai é que estava a minha brecha para poder desligar.

– Jane de alguma forma soube disso e resolveu me lançar essa desafio. Falando nisso... Estou um pouco ocupada estudando sobre eles, mãe. Tenho uma pesquisa para fazer agora.

Renée murmurou desculpas.

– Te ligo no sabado, querida. Se cuide, amo você.

Suspirei melancolicamente, era tão bom ouvir a voz dela.

– Também amo você, mãe. Tchau.

Desliguei e peguei meu tablet novamente, abrindo a pasta com informações pessoais dos Cullen.

O primeiro da lista era Emmett Cullen, havia algumas fotos dele. Era lindo óbvio, parecia ser o mais velho ali, tinha o cabelo escuro e crespo, era grande e musculoso, digamos que o cara parecia uma parede de músculos, ele tinha um sorriso sacana nos lábios e um olhar matador nas fotos. Abaixei para ver mais de seu perfil, Emmett era dono de uma rede de academias, era tudo bem avançado pelo visto porque eram as melhores academias do país. Bem típico pela família que ele tinha... Emmett já foi lutador ou ainda é, pois tinha algumas fotos dele lutando em competições, era conhecido por ter uma força incomum, ninguém o vencia.

Ele era casado com a bela Rosalie Hale, eles pareciam ser perfeitos um para o outro, Rosalie tinha um cabelo dourado que se estendia até o meio de suas costas, sua beleza também era incomum, era tão bonita que até penso que as Angels da Victoria Secrets se sentiriam horríveis perto dela.
Suspirei para a foto, isso acabava com a estima de qualquer um. Rosalie era engenheira mecânica, ela realmente gostava de carros e tinha um M3 conversível vermelho, tem uma verdadeira paixão pelas máquinas. Sinto pena de qualquer outro mecânico perto de Rosalie, pelos relatos que eu estava lendo, ela era realmente boa no que fazia.

– Mulheres sempre mandando bem. - sussurrei para mim mesma, orgulhosa por ver que ela era melhor que um homem em um trabalho que pela sociedade era feito para homens.

Segui minha pesquisa até eu não conseguir manter meus olhos abertos o suficiente para engolir informações sobre Emmett e Rosalie.
Subi para o meu quarto e me enrosquei no cobertor adormecendo rapidamente. Esse foi o dia mais pesado que já enfrentei, mas eu estava adorando, esse estágio realmente iria valer a pena.




Os dois dias de pesquisa se passaram em vultos, eu consegui fazer algumas amizades, Angela era redatora e era uma das melhores pessoas que eu já havia conhecido na BNW, Tyler era o ilustrador, o palhaço da turma, a maior parte do tempo estava sempre querendo fazer alguém rir, mas é uma boa pessoa.
Jessica tem me encontrado sempre que pôde, ela adorava ficar me explicando o que fazer e sinceramente isso me deixava com muita vontade de cometer uma grave violência, chegava a ser um pouco irritante.

Eric tem sido um amigo em tanto, ele me lembrava meu amigo de infância, Jacob, que estava cursando a faculdade fora do país. Eric estava sempre me oferecendo ajuda para decifrar algumas informações financeiras dos Cullen, era isso que eu estava fazendo, ele estava sentado na beira da minha mesa apontando para os gráficos.

– A fortuna deles dobrou em menos de cinco anos. No começo os Cullen viviam apenas com o salário do trabalho, mas de algum jeito isso mudou. Eles se tornaram milionários em dois e bilionários em três anos, tudo do nada, não há registros de atividades que lhes tenha dado tanto... Eles mantem sua fortuna separada para cada irmão, Emmett com as academias tem feito bastante dinheiro, Jasper e Edward devem estar ganhando mais do que deveriam também. Tem algo errado com esses números e essa é uma das coisas que você tem que descobrir.

Eric estava totalmente extasiado, não era atoa que as finanças deles foram investigadas, mas logo foram absorvidos das acusações de lavagem de dinheiro e corrupção por falta de provas.

– Não há registro algum do tribunal, está tudo em sigilo absoluto. - anunciei suspirando. - Eu teria que perguntar a ele como conseguiu provar a inocência de sua família.

Eric assentiu.

– Faça isso, a entrevista é amanhã, dê uma revisada nos perfis e elabore as perguntas. Eu soube da mais nova façanha deles, estão ajudando mais um orfanato e é o orfanato em que Dr Cullen adotou seus filhos. - eu assenti, vi algo como isso na minha pausa para o almoço. - O que precisar pode me ligar a qualquer hora.

Sorri em agradecimento, ele tem sido bem atencioso. Essa noite seria minha última revisada nos Cullen antes da entrevista. E eu estava mais que ansiosa para enfrentá-los.



Edward Cullen.

Meu dedo parou exatamente em sua primeira foto, ele era extremamente lindo, era ruivo cabelo bronze meio castanho avermelhado. Seus olhos se revesavam em algumas fotos entre o dourado cor de mel e o escuro. Havia somente uma foto dele, aquela que geralmente estava em todo canto quando queriam falar sobre ele.

Edward não era o mais conhecido da família, na verdade, pouco se sabia sobre... O que sabia era que ele foi adotado pelo Dr Cullen e cuidava das finanças da família junto com o pai. Edward também gostava de carros e de instrumentos. Ajudava de tudo um pouco na família, ajudava Jasper em seu consultório de psicologia, ajudava Rosalie com os carros, ajudava Emmett na academia administrando tudo, ajudava sua irmã Alice na Fairy, uma das marcas de roupa mais famosas dos EUA... Mas ele não era formado em nada, nem sequer tinha entrado em uma universidade.

Fiquei intrigada, como assim um dos Cullen não tem uma profissão concreta e nem era formado?

E ele também não era casado como os irmãos, era o único solteiro da família, mas por quê? Será que ninguém é suficientemente boa para ele?

Suspirei e passei para as últimas fichas, Esme, Jasper e Alice Cullen, eles eram fáceis de estudar, Esme apenas cuidava dos filhos, havia se formado em medicina também, mas depois que adotou seus três filhos abandonou o emprego para se dedicar somente a eles, ela era completamente apaixonada pelos filhos e pela sua família. Havia uma parte em que dizia que ela havia perdido um filho por isso decidiu por adotar.

Jasper era alto, magro e musculoso, mas não tanto quanto Emmett. Se formou em psicologia e resolvia casos emocionais e traumáticos de forma impressionante, era como se ele soubesse como fazer a pessoa se sentir bem e superar seus traumas.

Ele era casado com Alice, Alice era como uma fada, magra, miúda, e graciosa seu cabelo era preto e repicado para todos os lados, Alice era do ramo da moda conquistou em meses o mercado fazendo de sua marca uma das mais famosas do país e deu a ela o nome Fairy.

Assim que terminei meus estudos me preparei para dormir, eu teria um longo dia amanhã e nada poderia sair errado, absolutamente nada. Ao fechar os olhos embarquei em um sono profundo, sonhei com peles pálidas e pessoas perfeitas.





Hoje era o grande dia, procurei minha melhor roupa. Um vestido verde escuro combinava com o quase branco de minha pele, era formal e apresentável para uma entrevista, corri os dedos por ele para evitar amassá-lo e calcei uma bota de salto quadrado, eram ótimas para andar e evitava minhas quedas. Arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo deixando alguns fios soltos para emoldurar meu rosto. Mais uma vez ele não tinha cor alguma, mesmo com o gloss e a base, parecia que eu estava morta, apertei minhas bochechas para ver se ficavam um pouco vermelhas, mas geralmente elas só ficavam vermelhas para denunciar que eu estava envergonhada.
Comi o cereal as pressas, dormi bastante na noite passada mesmo sonhando várias vezes com a entrevista e com os olhos dourados de cada um deles. Eu estava confiante apesar de o nervosismo estar cutucando-me nas beiradas respirando fundo olhei para o relógio peguei meu tablet e o gravador enfiando dentro da bolsa, com a chave da caminhonete em mãos pude sair de casa.

O caminho para a casa dos Cullen era difícil, eles já haviam morado em Forks e lá não era nem um pouco diferente a residência deles também era escondida. Já essa confundia qualquer GPS, eu tinha que usar um mapa, já que minha caminhonete era velha demais para ter um GPS, não é do tempo dela. Eles tinham um condomínio apenas para eles onde fica a enorme e ampla casa, não tinham vizinhos e o caminho até o portão era apenas na companhia das árvores e da estrada.

Parei em frente ao portão e como se sentisse a presença de um carro o portão se abriu fiquei parada olhando o portão aberto até que resolvi acelerar e entrar. A caminhonete parecia uma turbina de avião no meio daquele silêncio todo, subi toda a rua até que avistei a casa, não havia nenhum empregado, absolutamente ninguém ali para me receber, estacionei ali em frente e desci vacilante. Olhei em volta era realmente tudo bonito, a casa parecia antiga vagando no tempo... Era linda, tinha amplas janelas, a estrutura era alta o bastante para parecer um prédio de quatro andares, mas ela tinha apenas três. Havia pouca restauração, ainda se mostrava antiga mas sem nenhum sinal de que iria cair aos pedaços a qualquer momento.

Subi os degraus para chegar a porta e assim que encostei o pé no último degrau a porta se abriu.

Levei a mão ao coração com o susto, Dr Cullen estava na porta sorrindo calorosamente.

– Srta. Swan? Seja bem-vinda. - diz, sua voz é extremamente calma e aveludada.

Ainda olhando em choque para ele, não consegui achar minha voz. Pessoalmente ele era ainda mais lindo e impressionante a beleza parecia ter sido entalhada nele com perfeição, nos mínimos traços.

– Desculpe, eu lhe assustei? perguntou baixo.

Balancei a cabeça para voltar a realidade e respondê-lo como deveria.

– Não, senhor. Desculpe. - pigarreei para recompôr minha voz. - É um prazer conhecê-lo, Dr. Cullen.

Ele riu levemente.

– Por favor, me chame de Carlisle, só meus pacientes me chamam de doutor e estamos em casa, não é?

Assenti apertando sua mão estendida.

– Carlisle, é um prazer conhecê-lo. Eu sou Bella Swan, repórter da BNW.

Seu sorriso continuou impecável e acolhedor.

– O prazer é todo meu, Bella. Venha, vamos entrar. - ele esticou a mão para me dar entrada, entrei na casa e o vi fechando a porta atrás de mim.

Por dentro era ainda mais clássico, toda a estrutura pintada em tom envelhecido, mas sem perder sua classe. Carlisle me levou até a sala onde havia apenas um sofá e uma televisão, era tudo grande demais. Ele pediu para eu me sentar fiz isso e ele se sentou no outro sofá em frente a mim.

– Podemos começar? pergunto.

Carlisle sorri novamente e ergue uma sobrancelha perfeita.

– Creio que podemos, mas não acha melhor ter meus filhos e minha esposa aqui? pergunta.

Eu quase me bato por isso, era óbvio que a entrevista não era somente com ele, mas eu estava tão hipnotizada pela beleza que isso me desconcertou.

– Exatamente, Sr. Cullen. - uma leve franzida em sua testa me fez corrigir rapidamente. - Carlisle.

Meu coração estava acelerado e a respiração também.

Ele se levantou.

– Emmett, Jasper, Alice, Rosalie, Edward. - sua voz não era alta, ele não gritou como faria qualquer outra pessoa.

Me levantei assim que Esme apareceu, era mais baixa do que nas fotos e tinha cabelos cor de caramelo. Rosalie estava estonteante em um vestido branco tanto que quando entrou parecia a versão perfeita de uma deusa. Emmett estava sorrindo um pouco, claramente empolgado com alguma piada interna entre eles, Jasper apareceu de mãos dadas com Alice que realmente parecia uma fada em um vestido rodado perolado e por último surgiu Edward, em uma camisa branca com mangas enroladas até o cotovelo. Eles estavam todos informais, usavam algo entre branco, perolado e champagne, acho que todos se vestiam geralmente com cores parecidas.

Eles eram ainda mais pálidos pessoalmente, os rostos tinham traços retos, perfeitos e percebi as olheiras fundas em seus olhos.

Assim que meus olhos encontraram os de Edward parecia que meu coração era uma britadeira, nunca pensei que vacilaria tanto perto de algum homem, mas ele me desconcertou por inteira. Estava tão lindo que eu não conseguia desviar totalmente o olhar, seus olhos eram ardentes em mim era um pouco dourado e cor de mel que não me permitia desviar. Algo naqueles olhos me dizia que ele estava curioso ou apenas entediado e um pouco frustrado. Todos eles se sentaram no sofá que era bem grande para acomodar confortavelmente cada um deles.

– Bella, está é minha esposa Esme e meus filhos Emmett, Rosalie, Jasper, Alice e Edward. - meus olhos passaram em cada um deles e parou exatamente no último que ainda me consumia com o olhar. - Agora que estão todos presente, você pode começar.

Não sei se meu cérebro captou o que ele estava dizendo, só sei que meu coração estava querendo parar e acho que por algum instante ele parou.
Estavam todos esperando, me olhavam com curiosidade e eu parecia uma idiota babando pela beleza perfeita deles.

Tremendo peguei meu gravador e as perguntas colocando-as em meu colo, fechei os olhos e respirei fundo diversas vezes. Evitando olhar principalmente para o último Cullen no sofá eu ergui a cabeça e liguei o gravador.

– Então, Sr. Cullen, poderia me dizer como conseguiu tornar a sua família a mais influente e rica do país?


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Notas finais do capítulo

Acham que a Bella vai conseguir fazer uma boa entrevista e respirar ao mesmo tempo?A Família Cullen a deixou de pernas bambas, o que será que irá acontecer nesta entrevista? Curiosos?Acompanhem o próximo capítulo! Até lá, queridos leitores.Beijos.Shelly Stewart.