O Mistério da Deusa do Destino - Hiatus escrita por Vicky Black


Capítulo 5
Capítulo 05




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Capítulo 05

Na manhã seguinte, todos estavam mais que curiosos com a moça loira, principalmente por não vê-la no café. Lily e Ju trocaram um olhar e saíram rapidamente do grande salão, se dirigindo para os congelados jardins onde, como imaginavam, Viic se encontrava.

– Por que será que não me surpreendo? – perguntou Viic quando as duas afobadas se sentaram, cada uma em um lado seu.

– Por que não contou? – perguntaram juntas.

– Não era a hora meninas. – disse ela sorrindo. – Mas agora, ficarei por um bom tempo na Inglaterra.

– E como vão fazer? Você vai estudar aqui? – perguntou Lily curiosa.

– Não, me formei recentemente na minha escola de magia, por isso só vim ajuda-los agora. – explicou a mais velha.

– Mas era para você estar no sexto ano. Sétimo no máximo! – disse Ju.

– De onde vim, temos regras diferentes anjos. – disse Viic.

– E deixe-me adivinhar, você não vai nos contar. – previu Lily.

– Não é que eu não queira meninas, entendam, mas minha escola tem costumes que são mais antigos que os de Hogwarts, não posso sair falando sobre eles por ai. – explicou a loira.

– Certo. – disse a loirinha mais nova. – Vish! Lily, vamos nos atrasar para o treino de Quadribol, melhor corremos.

– Tchau Viic. – gritaram as duas correndo para o campo.

Depois de conversar com as amigas, Victória decidiu dar uma volta pelo castelo, conhecê-lo um pouco. Estava meio distraída quanto esbarrou em Carlinhos.

– Me desculpe Srta. Couto, não vi por onde andava. – desculpou-se o professor.

– Sem problemas professor, também não vi por onde andava. – sorriu ela. – Mas chame-me apenas por Viic certo?

– Então me chame de Carlinhos. – sorriu o ruivo. – Estava indo aonde? Parecia perdida.

– Estava apenas tentando conhecer um pouco o castelo. – disse ela.

– Gostaria de um guia? – ofereceu o ruivo.

Não sabia por que, mas Carlinhos sentia um forte desespero em ficar próximo a ela.

– Adoraria. – disse ela com um lindo sorriso.

Durante o resto do dia, Carlinhos lhe mostrou boa parte do castelo enquanto conversavam sobre tudo. Era incrível a facilidade que assuntos surgiam, as coisas em comum, a liberdade para confidenciar alguns segredos... No final do dia, enquanto se dirigiam para o jantar, já eram grandes amigos.

Ficara combinado que Viic poderia se sentar com os professores ou na mesa das casas, qualquer uma. Ela então se despediu de Carlinhos e se sentou com Julia e Lily, junto com os amigos das mesmas.

– Hey Viic, - cumprimentou Julia. – Esses são Fred, Jorge, Ron e Gina Weasley, a Gina está no mesmo ano que eu, Ron está no mesmo ano que a Lily e os gêmeos estão no último ano.

– E esses são Hermione Granger e Harry Potter, estão comigo e Ron. – completou Lily.

– Prazer. – sorriu Vic.

– O prazer, - disse Fred.

– É todo nosso. – completou Jorge.

Logo todos conversavam juntos. Eles ouviram a garota falar um pouco do Brasil, sobre ambos os mundos de lá e um pouco sobre ela. Eram de longe o grupo mais animado do salão.

Vez ou outra, Carlinhos se pegava a encarando. Não sabia o que o atraia tanto a essa garota. Depois de tudo que conversaram, ele a admirava ainda mais.

Alguns dias se passaram sem maior problema. Victória geralmente observava as aulas de Herbologia e Trato de Criaturas Mágicas, que eram fora do castelo. Em algumas aulas, ajudava a professora McGonagall e Carlinhos em suas aulas, como cobaia. Para isso, usava uma varinha sem cerne mágico. As piores aulas eram, para a infelicidade dela, Poções e Defesa Contra Artes das Trevas. A primeira por que Severo Snape era um professorzinho desagradável e que sempre protegia a Sonserina, não importa se seus alunos estavam certos ou errados. E DCAT, ensinada por Dolores Umbrigde, era uma piada. Para ela, não existia prática e tudo se resolveria ao falar com o Ministério da Magia.

– Assim não dá. – dizia Julia indignada. – Em tempos de guerra e o Ministério manda uma professora como a sapa velha para nos ensinar.

Era um dia de neve, perto do Natal. O grupo grifinório estava com Victória num canto do salão comunal.

– Sim, mas não há nada que possamos fazer. – disse Hermione.

– Mas não podemos ficar de braços cruzados Mione! – disse Gina.

– Mas o que podemos fazer? Não podemos ir contra o ministério! – disse Lily.

– Mas por que não? – perguntaram os gêmeos.

– Fudge está louco! Voldemort a solte e ele mandando essa professora para ensinar em Hogwarts. Temos que fazer alguma coisa! – Harry estava indignado.

– Harry tem razão, não podemos ficar parados. – disse Ron. - Será que o pessoal da Ordem, Dumbledore, alguém... Não pode nos ajudar?

– Não Ron. Fudge acha que Dumbledore quer formar um exercito e tomar o poder, não podem interferir na permanência dela aqui, mas... - disse Vic dando um sorriso maldoso.

– Hm... Gostei desse sorriso, significa confusões. - disse Fred maroto.

– Vocês podem fazer a Sapa Velha mudar de ideia, se é que me entendem... - disse Vic dando uma piscada marota para os gêmeos. - E quanto às aulas, alguém pode ensiná-los na prática, sem ninguém saber. Vou indo, beijos.

Dito isso, a loira saiu do salão comunal deixando ideias milaborantes na mente daqueles jovens. Ideias essas que não prestariam quando se têm os mais encrenqueiros juntos.

– Estava te esperando. - disse Carlinhos quando ela chegou.

– Desculpe, os garotos estão meio apreensivos com a estadia da Umbridge aqui. - disse Vic sorrindo ao se sentar ao lado dele.

Tinha se tornado um hábito eles dois se encontrarem perto do por do sol nos jardins para conversarem. Era um momento gostoso só deles.

– Você já conhecia as Srtas. Jackson e di Ângelo não?

– Sim, passamos o verão juntas. - ela sorriu olhando para o céu. - São uns amores não?

– Muitas palavras vêm a minha mente ao se tratar de Julia di Ângelo e Lily Jackson, mas amores não é uma delas. - resmungou ele, ao que ela ri.

– Sei que elas são... Hm... Marotas, mas elas possuem um bom coração. - ela sorria imensamente. - Passaram por muitas coisas e ainda passarão por mais. Fico tranquila em saber que elas passarão por tudo de cabeça erguida.

– O que você quer dizer com isso? - perguntou ele preocupado.

– Nada, só pensei demais... - Vic desconversou.

– Certo. Err... Vic... - Carlinhos estava corado, ele coçava a nuca nervoso. - V-Você t-tem a-algo p-para f-fazer n-no N-Natal?

– N-Nada a-ainda. - ela conseguia estar ainda mais corada que ele. - P-Porque?

Era inevitável, Vic se sentia imensamente atraída pelo professor de duelos. Apenas não sabia se era uma atração ou algo mais. Na verdade, a loira esperava nesse final de ano conseguir conversar com Anne e James, principalmente com a ruiva, sabia o quão ciumento o amigo era.

Ela o observou respirar fundo e ainda corado, mas menos gaguejante, fazer-lhe um convite.

– Não quer passar n'A Toca? Os meninos têm falado muito de você, Julia e Lily também vão, será divertido. - ele corou ainda mais ao acrescentar. - E-Eu g-gostaria m-muito q-que v-você f-fosse.

– Só tenho que dar uma passadinha em casa e vou para lá sim? - disse a loira com um sorriso envergonhado, beijando-lhe a bochecha. - Nos vemos depois Carlinhos.

Vic saiu dos jardins calmamente, mas assim que saiu da linha de visão dele, correu para seu quarto.

O espaço que reservaram a ela era simples. Um quarto, banheiro e uma sala social, tudo enfeitiçado para se decorar a seu gosto. Para ela, o chão era de areia, em alguns pontos, com o mar batendo em seus pés. As paredes e teto reproduziam sua amada floresta, até mesmo o céu e os barulhos agradáveis. Já dentro do mesmo, ela fez um pequeno arco-íris.

– Oh Iris, deusa do Arco-íris, aceite essa oferenda e mostre-me Anne Selbmann, Instituto Brasileiro de Magia Guaramirim. - ela jogou um dracma nos raios coloridos.

A imagem da ruiva logo apareceu, ela estava jogada em sua cama com pesados livros de rituais de cura a sua volta.

– RUIVA! - ela não mediu esforços a gritar pela amiga.

– Viic? LOIRA! - Anne também não aguentou ao ver a amiga. - Como está ai? Está tudo bem? Estão te tratando bem? E as meninas? Como reagiram? Vem para o Natal?

– Anne, querida, tu tem que respirar entre as perguntas sim? - disse Vic rindo. - Está tudo bem, fui muito bem recebida e as meninas reagiram bem.

– E sobre o Natal? - perguntou Anne se ajeitando na cama.

– Preciso da sua ajuda. - suspirou Vic, olhando para baixo.

Em todos esses anos que se conheciam, o que era quase dez, Anne já identificava poucos gestos da amiga que expressavam seus sentimentos, raramente demonstrados. Olhar qualquer coisa, menos para com quem falava era sinônimo de vergonha, medo, apreensão e nervosismos.

– O que foi Vic? - perguntou docemente.

– Carlinhos Weasley. Não sei se é só uma atração ou algo mais. - ela ainda encarava o chão, agora, super corada. - E-Ele m-me c-chamo p-para p-passar o-o N-Natal n-n'A T-Toca.

– O QUÊ? E TU ACEITOU NÉH? - não, ela não era nem um pouco escandalosa. - Mas pera... Tu disse que está atraída por ele? Conta-me desde início T-U-D-O!

E foi assim que as duas garotas passaram a noite. Depois de ajudar a amiga a entender seus sentimentos, foi a vez de Anne desabafar. James, o idiota, ainda não tinha a pedido em namoro. Na verdade, eles ainda estavam na amizade colorida. Vic fez uma nota mental de puxar as orelhas do amigo assim que o visse.

Já estava quase amanhecendo quando as duas se despediram. E por causa do fuso horário, era a hora de Anne se encontrar com o amigo lá. Sabendo que não voltaria a dormir, a loira pegou o violão que ganhara dos amigos e se pôs a compor algo o restante da madrugada.


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