O Mistério da Deusa do Destino - Hiatus escrita por Vicky Black


Capítulo 16
Capítulo 16




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“- Simples, há anos criei a cura para a licantropia, mas ninguém jamais a testou por ser criado por uma garota de 08 anos. - ela cruzou os dedos e apoiou a cabeça sobre os mesmo, tendo os cotovelos sobre a mesa. - Então repito minha pergunta: Confia em mim o suficiente para ser minha cobaia, Sr. Lupin?”

–---

– Você não está brincando comigo, está? - questionou Lupin.

– Não. Eu tenho a cura, apenas não tenho em quem testá-la. - ela suspirou. - Todas as minhas pesquisas apontam que ao final do processo, das duas uma, ou a Lua não influenciará na transformação ou se tornará um animago.

– Quando podemos testar? - Remo nem pensou em mais nada.

– A reunião no Instituto será dois dias depois da primeira lua cheia do mês, iremos mais cedo e, então, você estará curado. - ela sorriu feliz.

– Remo, tem certeza? - questionou Dumbledore, ele não gostava dela.

– É um risco que quero correr.

– Ótimo, vou acertar já os detalhes com Elizabeth. - ela virou-se e deu um selinho em Carlinhos. - Volto para o café da manhã.

E sumiu. Simples e fácil assim, como se não estivesse numa casa fortemente protegida.

– Eu já disse que adoro essa garota? - brincou Sirius, recebendo um olhar feio de Carlinhos.

– Lupin, você realmente confia nela? - perguntou um dos membros da Ordem.

– A cura não é humanamente possível. - disse outro, bem descrente.

– Se Vic disse que tem a cura, é porque ela a possui. - Carlinhos defendeu a namorada.

– Olhem, eu sei que estão descrentes com tudo isso. - começou Remo. - Mas se existe alguém capaz de me curar, esse alguém é essa menina. Impossível ou não, eu correrei o risco.

–---

– Estão todos prontos? - perguntou Vic.

Depois da reunião, o assunto preferido de todos era o fato da brasileira ter ou não a cura para a licantropia. Remo, Tonks e Sirius estavam eufóricos, apreensivos, nervosos. Carlinhos também se encontrava assim, afinal seria apresentado para a família da loira, ou pelo menos, para aqueles que lhe acolheram.

– Tudo certo. - disse Molly verificando as malas.

– Ótimo. - a loira estralou os dedos e as bagagens sumiram.

– Como iremos? - perguntou Sirius curioso.

– Serei mais prática, poderia fazer uma chave de portal para o Brasil e de lá, abria a passagem para Guaramirim, mas to com preguiça. - disse Vic dando os ombros. - Então, daremos as mãos e nos mandarei para lá. Mas já aviso, como passaremos por muitas proteções, a sensação da minha aparatação pode ser um tanto incômoda.

– O quão incômoda? – perguntou Mione.

– Vocês verão. – disse a loira.

Logo todos formaram um grande circulo, todos de mãos dadas, com Ju e Carlinhos de cada lado de Victória. Ela sussurrou algumas palavras que nem mesmo aqueles próximos a ela puderam distinguir o que era e logo todos sentiram como se estivessem caindo de um grande e estreito túnel, além de um esmagamento. Antes que pudessem contabilizar cinco segundos, tudo sumiu, deixando apenas um enjoo para trás. Ao abrirem os olhos, se surpreenderam.

O local aonde se encontravam era... Mágico, não tinha melhor palavra para descrevê-lo. A floresta, o rio, as cabanas, tudo ali, cada pedacinho daquele lugar emanava magia. Era como se a própria natureza estivesse a favor daquele lugar.

– Por Apolo, isso aqui é... – Ju encarava tudo sem palavras.

– Perfeito demais. – completou Joe abismado com tamanha beleza.

– Obrigado, levou um bom tempo para manter tudo em perfeito equilíbrio. – disse um ser surgindo.

Elizabeth, como sempre, trajava um vestido estilo medieval, hoje, na cor verde. Apesar de flutuar e ter uma leve transparência, era quase impossível dizer que ela não era, bem, sólida. Mas Victória já lhes informara que ela estava ali apenas em essência.

– Olá Elizabeth. – Vic sorriu para sua mestra antes de lhe fazer uma leve reverência.

– Pensei ter dito que agora já não há mais necessidade dessas formalidades, minha querida. – Elizabeth sorriu antes de caminhar, seguida do grande grupo.

Mal saíram da área destinada a aquele tipo de viagem e Victória foi atacada. Atacada por uma ruiva, que eles reconheceram sendo Anne, e por crianças. De todos os tamanhos, idades e origens. Até mesmo as pequenas trigêmeas pularam na loira, derrubando-a no gramado fofo.

– Muito bem, saindo todos de cima dela, agora. – pediu Elizabeth em um tom que não aceitava contestação.

– Estraga prazeres. – resmungou Anne.

Vic continuou no chão, rindo, até que Carlinhos a ajudou a se levantar. Logo depois, abraçou seus pequenos magos e a amiga, sorrindo ainda. Com as apresentações feitas, as crianças voltaram para o treinamento.

– Pensei que estivessem de férias. – comentou Harry.

– E estamos, mas como 99% de nossos magos moram aqui, as férias acabam sendo relativas.

– Eles moram aqui? – perguntou um Artur curioso.

– Bem, sim. – disse Vic olhando para longe. – A maior parte dos magos é ou órfãos ou foram, assim como eu, abandonados pelos pais.

– Mas você nunca quis morar aqui, Victória. – comentou Elizabeth.

– Eu já tinha meu cantinho quando vim para cá. – ela deu os ombros.

– Você mora aonde? – perguntou Gui.

– Numa floresta, na orla de uma praia. – a loira sorriu saudosa.

– Anne, querida, porque não leva nossos visitantes para um passeio pela propriedade enquanto converso com Victória? – pediu Elizabeth.

– Claro, venham comigo. – disse a ruiva sorrindo. – Ah, Vic, o Jay vem mais tarde.

– Ok amore, até mais tarde.

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– Muito bem, está pronto Remo? - perguntou Vic para o licantropo.

A brasileira e seus convidados estavam na orla da floresta que circulava todo o Instituto. Elizabeth e alguns magos também estavam junto do grupo. Sirius e Tonks encaravam o frasquinho na mão da loira com desconfiança.

– Se quiser desistir, Remo, a hora é essa. - disse ela. - A Lua sairá em alguns minutos, ainda dá tempo de sairmos daqui caso não queira se arriscar.

– Não, não vou desistir. Não agora. - disse o Lupin se aproximando dela. - O que tenho que fazer?

– Assim que a Lua sair, você vai tomar essa poção e se transformará. - ela disse lhe entregando o fraquinho. - Você ficará transformado por algum tempo, duas horas no máximo, até voltar ao normal. Ai saberemos se em você a poção lhe deixou como animago ou sobre o controle de suas transformações.

– Não é mais seguro sairmos daqui, então?

– É para isso que eu e Angel estamos aqui. - disse Vic sorrindo para ele. - Angel anda insistindo para eu voltar a treinar minha animagia e sou a única aqui que não pode virar lobisomem.

– Mas lobisomens não contaminam animais. – comentou Sirius.

– Dessa vez, contaminam. – disse Vic olhando no relógio. – Pode tomar a poção. Angel, por favor.

A fênix branca, que estava em sua forma original e no ombro de sua humana, pousou ao seu lado, aumentando cada vez mais de tamanho, de modo que, quando Remo terminou a poção, ela estava do tamanho de um grifo.

– Exibida. – sussurrou Vic.

A maga deu as costas para o licantropo, que já iniciava sua transformação, e fez uma barreira dourada surgir entre eles e os espectadores. Quando Lupin uivou e avançou em cima dela, Angel foi mais rápida e o distraiu, levando-o para a floresta.

– Elizabeth, abra uma porta para a minha floresta. – pediu Victória, ao que a maga logo atendeu seu pedido. – Nos vemos logo.

No lugar onde estava Victória, antes, agora se via uma pantera negra. A mesma olhou uma última vez para o grupo e partir atrás de Angel e Lupin.

O grifo e o lobisomem estavam meio que brigando quando ela os achou. Logo, a pantera puxou o lobisomem, junto do grifo, para o portal que abriu ali perto, jogando-o na floresta que rodeava o seu lar.

Nos próximos minutos, o grifo, o lobisomem e a pantera brigaram, brincaram e caçaram. Não mais que uma hora depois da transformação, Lupin sentiu os primeiros sinais de sua consciência voltar e, aos poucos, sua forma humana foi surgindo.

Ao lado do canteiro que ele acordou, Remo achou uma muda de roupas, uma vez que as suas sumiam com a transformação. Olhando para ele de modo avaliadora, estava Angel em sua forma favorita, de loba.

Não mais que uns cinco metros dali, um riacho seguia seu fluxo. Era ali que Victória cuidava de uma mordida que recebera na brincadeira. Seu ombro fora praticamente destruído, mas nada que algumas plantas junto com o sangue divino que possuía não desse conta.

– Isso ai está feio, sinto muito. – disse Remo atrás dela.

– Não sinta, logo já não terá mais nada. – ela respondeu colocando um curativo de plantas.

A loira fez uma careta de dor ao colocar algumas folhas no ferimento antes de fechá-lo com um curativo. O ex-lobisomem acreditou que a cara dela era devido ao machucado.

– Isso deve estar doendo.

– Não está, há poucas coisas que me deixam com dor, atualmente. – Vic tranquilizou-o. – Essa planta que uso para cuidar de ferimentos, é uma delas. Como é tóxica para deuses, ela acaba sendo tóxica para semideuses também. Mas é uma das únicas coisas que me cura.

– Curar através da dor. – ele sussurrou.

– Exatamente. – ela encarou-o. – Como está se sentindo?

– Estranho, livre, mais forte e mais jovem. – ele disse vendo seu reflexo no rio.

Nenhum ferimento em seu corpo, nem mesmo os usuais da transformação. Não estava mais grisalho e nem cansado. Era como se nunca tivesse virado lobisomem.

– Obrigado.

– Não precisa agradecer, você também me ajudou. – ela sorriu. – Vamos? Acredito que seu amigo e sua namorada acreditam que eu te matei ou algo do tipo.

– Eles não pensariam isso de você. – Remo logo tratou de defendê-la, até ver o olhar descrente dela. – Tá, eles devem estar pensando isso mesmo.

– Exato, que tal nós divertirmos com eles um pouco? – perguntou Vic inocentemente marota.

– Qual a ideia? – Remo sorriu marotamente.


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