Comentários me fazem feliz, ok? E me fazem escrever e postar beeeeeem mais rápido. E tenho uns sete ou oito capítulos prontos para vocês, é só comentarem.

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Três pequenas e delicadas garotas estavam enroscadas em seus braços, chorando, desesperadas pela perda que tiveram. Angel e a loira trocaram um olhar, aquela cena era muito similar à outra, anos atrás.

“Angel, verifique se há mais alguém pelos arredores.”, Vic pediu para a loba em sua mente.

Assim que sua companheira saiu de cena, a professora passou a cuidar das pequenas, verificar e curar ferimentos. Exceto pelo psicológico, as três estavam perfeitamente bem.

Entre sussurros calmos, a loira descobriu que as três eram trigêmeas. A mais velha era Daniela, uma menina corajosa e consciente de seus atos, pensava bem antes de agir. A do meio, Alanis, era mais independente, era mais marrentinha e curiosa. Já a mais nova, Laura, era manhosinha, delicada e birrentinha.

Vic, em pouco tempo, já sabia exatamente como lidar com cada uma. Já sabia que elas chamavam-se entre si por apelidos fofos e não gostavam muito que as chamassem pelo nome completo.

Quando Angel retornou e afirmou que não havia nada que necessitasse de sua atenção no momento, colocando no bolso da professora duas coisas tão importantes, Vic dirigiu-se para Hogwarts com as três meninas. Dani preferiu ir montada na loba negra, Allie ia entre a loira e a irmã, já Lah preferiu ficar no colo de sua salvadora.

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Após a saída quase que estratégica da garota, muitos ficaram meio que em choque com o ocorrido.

Saber que a prof. Couto tinha todo aquele poder, como também era uma bruxa totalmente diferente do que eles conheciam, fora o curioso caso dela com Lucas... Era tudo muito recente, muito confuso.

Aos poucos, os alunos, feridos e todos que em Hogsmeade viviam foram escoltados pelos aurores para o castelo. Após uma vistoria inicial feita pela enfermeira de Hogwarts, Papoula Pomfrey, os casos mais graves foram levados para o hospital bruxo, St. Mungus. Outros foram liberados. O restante permaneceu na enfermaria.

Entre aqueles que se encontravam na aconchegante ala hospitalar, estava um grupo, digamos, peculiar.

Antes de Victória agir, Ronald Weasley e Joseph Armstrong foram atingidos por algum feitiço que Anne ainda não conseguira descobrir qual fora. Obra especial de Lucas.

Rodeando a cama dos dois garotos estavam as demais cabeças ruivas, Harry, Hermione, Julia e Lily. James e Anne seguiam ajudando Mad. Pomfrey, para aqueles dois casos em especial, apenas a loira poderia resolver.

Carlinhos circulava ao redor do irmão mais novo. Sua cabeça estava em chamas. O ferimento misterioso em Ron, o que ouvira a respeito de Vic, os poderes que ela tinha, sua relação com Lucas... Isso era o que mais lhe afligia, na realidade. Isso e não saber onde ela estava.

Ao concluir mais uma volta ao redor dos colegas, as portas da grande enfermaria se abriram num estrondo, chamando atenção de todos.

A professora de DCAT caminhava tranquilamente pelo local em busca de uma cama vazia, em seu colo, uma garotinha loira de vestido lilás e roxo dormia. Ao seu lado, uma garotinha idêntica à primeira, mas com vestido em tons de azul, segurava em sua mão livre. Fechando o trio, uma loba negra carregava outra garotinha, idêntica as outras duas, de vestido verde com detalhes em preto.

Vic depositou a garota adormecida na cama, ignorando a atenção de todos sobre si. Ajeitou Allie aos pés da irmã e deixou Dani com Angel ao lado da cama.

Ainda em silêncio, dirigiu-se a amiga, Anne. Após algumas palavras, palavras em sussurros que despertaram os demais, a loira voltou-se aos dois amigos inconscientes.

– Vic... – Começou Carlinhos, mas a mesmas apenas balançou a cabeça em negação.

– Não quero e não vou falar sobre isso agora, por favor. – foi o que disse ao ver que Julia e Lily também iam questionar.

Como se combinassem, o estranho grupo deu um suspiro coletivo, arrancando um fraco sorriso de canto de lábio da menina.

Sem mais, a loira furou seu dedo indicador e, com seu próprio sangue, desenhou uma estela de seis pontas na testa do ruivo e, ao tocar o centro da imagem, uma aura azul-esverdeada circulou o garoto. Por fim, a mesma sumiu de Ronald, levando consigo uma fumaça negra.

– Ele acordará em alguns minutos, não precisam se preocupar mais. – disse ela ao dirigir-se para Joseph.

– Mas... O que foi isso? - perguntou Hermione ao voltar a sua posição inicial, sentada ao lado da cama dele, segurando a mão de seu amado.

– Outra hora explico, Hermione, outra hora. – a garota repetiu o mesmo processo com o semideus.

Após liberar o espaço para Julia voltar a acariciar o rosto do namorado, a professora dirigiu-se as três pequenas garotas quando uma mão em seu ombro a interrompeu. Carlinhos Weasley a abraçou. Simples assim.

Mesmo querendo permanecer para sempre nos braços do ruivo, Vic se soltou dele delicadamente e voltou sua atenção para as mais novas órfãs.

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Já era de madrugada quando Victória voltou a seus aposentos. Demorou, mas conseguiu fazer as três pequenas dormirem na ala hospitalar mesmo, apenas teve que juntar as camas das três e deixar Angel dormir aos pés delas.

Ainda teve que passar pelo interrogatório de Dumbledore, de porque as meninas estarem lá com ela e não foram levadas para o Hospital e, depois, para um orfanato.

Dizer que queria levar as meninas para um orfanato para Victória, foi o pior erro de Dumbledore. O bruxo voou para o outro lado de sua sala sobre os olhares assombrosos de todos do corpo docente, mais alguns membros seletos da Ordem e do Ministério.

Nunca que ela, Victória Couto, maga do Instituto Guaramirim, permitiria que levassem suas meninas de si. Nunca!

Quando finalmente Alvo aceitara isso, ela deu um ultimato. Com o ano letivo quase acabando, ela não voltaria no seguinte como professora de Defesa Contra Artes das Trevas.

Uma nova discussão se seguiu após essa confissão, aumentando ainda mais a dor de cabeça da loira. Quando eles, enfim, decidiram deixar de lado esse problema por enquanto, ela pode finalmente chegar ao seu quarto.

Angel havia colocado dois mini baús em seu bolso, baús esses que a loba carregava sempre em sua “coleira” para quando achasse pessoas... Hum... Que pudesse ter algo interessante para a maga.

Na hora, cuidando das trigêmeas, Vic não pode conferir o que era. Mas agora, na tranquilidade de seu quarto, era o momento de desvendar o mistério.

Ao reverter o feitiço de encolhimento dos baús e ver quem estavam dentro deles, a loira sorriu marota.