O Mistério da Deusa do Destino - Hiatus escrita por Vicky Black


Capítulo 10
Capítulo 1o




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“Um estrondo seguido de pessoas gritando e por uma grande gritaria.

Isso só significava uma coisa: Problemas, e dos grandes!”.

Victória nem pensou direito, saiu correndo enquanto mandava um patrono para o Brasil. Carlinhos, que a seguia, foi transpassado por uma pantera prateada apressada.

Ao voltarem para Hogsmeade, viram o caos.

Bruxos, monstros e magos estavam espalhados pelo vilarejo.

Feitiços voavam por todo lado.

Crianças corriam e gritavam.

Bem, literalmente o caos.

Sem perder tempo, a loira transformou seu colar, que nunca sumia de seu pescoço, em uma lança. Antes que Carlinhos pudesse sequer dizer algo, o mesmo foi empurrado para o lado e uma harpia foi atingida pela arma de Victória.

– Leve as crianças e indefesos para as lojas e as lacre. – disse Vic e lhe entregou uma adaga. – Se algum monstro aparecer em seu caminho, use a adaga.

– Mas e você? - ele perguntou.

O ruivo, entretanto, ficou sem resposta. A garota já corria entre a multidão, procurava os amigos. Tudo que impedia seu caminho ou virava pó dourado, caso fosse monstro, ou era desacordado.

Assim que ela viu que Julia, Joe, Lily e Lipe estavam com suas armas e dando conta dos monstros junto dos demais, que davam conta dos bruxos, ela se acalmou.

Bom, Victória sabia que havia alguém por detrás do ataque.

Alguém forte o suficiente para controlar os monstros.

Alguém como... Ele.

Ao longo de Hogsmeade, impedindo que os bruxos seguissem para Hogwarts, estava Lucas Joaquim, um mago perito em rituais, magias complexas e barreiras. Há meses ele sumiu do Instituto, sem mais nem menos.

Lucas e Victória eram muito amigos, a ponto de alguns meses atrás, antes da loira ir para o Acampamento Meio Sangue, eles terem tido um “lance”, uma amizade colorida, praticamente. Ambos estavam no mesmo nível de magia quando o mago sumiu.

Victória, agora, seguia até ele. Os olhos castanhos brilhavam de raiva. O corpo emanava poder. Qualquer um em seu caminho era jogado pelos ares ou afastado delicadamente, dependendo da intenção para com a loira.

Ela não conseguia acreditar que aquele em que confiou tanto, que pensou estar apaixonada, que pensou ser aquele que a faria esquecer ele estava do lado deles.

– Olá minha querida Victória. – disse Lucas sorrindo com animação. – Há quanto tempo, meu amor.

Há essa altura, existiam poucas lutas. O momento em que Vic descobrira o mandante do ataque e seguiu até ele fez algumas... Hm... Baixas no lado negro. Motivo pelo qual, agora, todos que estiveram no Natal da Toca, a Ordem, alunos e alguns bruxos de Hogwarts, Ministério e Hogsmeade acompanhavam o “casal”.

– “Meu amor”? Consegue ser tão cínico assim Lucas? – Victória praticamente cuspiu as palavras. – Qualquer coisa que algum dia sequer tivemos ou pensamos em ter deixou de existir no momento em que você mudou de lado. Por que fez isso Lucas?

– Por que eu queria poder! – ele gritou e a loira foi jogada longe pelo poder que o garoto emanava. – Você, toda perfeitinha e poderosa, sempre a queridinha de tudo e todos, eu queria ser bom o bastante para você.

– E por isso fez a única coisa que garantiria que eu nunca mais queira sua amizade, sequer. – a loira, que se encontrava jogada numa árvore, encarou o mago. – O que você se tornou não tem perdão, Lucas. Faz-me ter nojo de você.

O vilarejo inteiro estava em silêncio. Os combates estavam terminados, esperavam apenas aquele acabar para contabilizar os danos.

Victória poderia ter usado seus poderes Elementares ou qualquer outro, mas não. Ela levantou-se com calma e andou até ele.

– PARADA! Não me obrigue a te machucar. – ele disse já pronto para lançar seus feitiços.

Victória continuou a caminhar. Uma barreira protetora impedia que qualquer um de fora interferisse na luta ou que sons de fora fossem ouvidos.

Como a loira continuava andando, ele foi obrigado a atacar. Sabia que se Victória se aproximasse, o dano seria dele.

Cada feitiço mudo e feito com as mãos de Lucas eram absorvidos pela professora de DCAT. Ela simplesmente pegava-os com as mãos, como se estivesse matando um inseto insignificante.

– Você mudou muito. – ela estava cada vez mais próxima. – Não é mais o Lucas que conheci quando pequena. Que cuidou de mim após os treinos de campo durante esses anos. Não é mais aquele garoto meigo, por quem um dia, pensei estar apaixonada. – alguns metros os separavam. – Você é um monstro. Você está indo contra tudo que aprendemos, que seguimos, está indo contra nossa natureza.

– Eu fiz isso por você! – ele praticamente gritou isso na cara dela.

– Não, você fez por você. – ela disse sem expressão alguma. – Eu sempre fui sincera, lhe disse meus sentimentos. Sempre disse que não merecia o amor, mas você estava me provando o contrário. Mas agora... – ela sorriu irônica e parou em frente dele. – Agora você provou que é igual a todos os outros que estragaram minha vida, você tornou-se mais um monstro em meu passado.

Uma aura poderosa apossou a loira. Uma aura que todos os espectadores ali viram surgir com assombro. Tamanho poder numa garota tão nova era... No mínimo, anormal. A aura circulou todos os comensais e magos ali presentes e os levou aos céus. Circulou Lucas e o jogou longe.

– Isso é o verdadeiro poder Lucas. – ela disse. – Fazer o que é certo. Fazer o que nascemos destinados a fazer. Guiar o bem, a justiça, a honra. Agora, sumam daqui e não voltem mais.

Dito isso, tudo e qualquer restígio dos atacantes sumiram, deixando para trás um vilarejo parcialmente destruído.

A barreira, com um simples toque da loira, foi desfeita. Assim que alguns poucos corajosos se aproximaram dela, ela apenas sacudiu a cabeça em negação.

– Leve os alunos e feridos para o Castelo, Anne, James e Julia podem ser úteis à Madame Pomfrey. – disse Victória para Carlinhos e o grupo de amigos. – Ajudarei na busca de feridos.

Antes que pudessem dizer algo, a loira sumiu. Não, ela não aparatou, não houve o clássico som de “Crac”, por mais baixo que seja, apenas sumiu.

– Vamos Carlinhos, depois falamos com ela. – disse Remo tocando o ombro do ruivo.

– Vamos. – assentiu Carlinhos encarando o local onde Victória Couto sumiu.

–---

Victória sabia que todos estavam atrás dela, tanto por quer informações quanto por preocupação. Mas ver o que Lucas se tonara, trouxe lembranças nada legais a ela.

Respirou fundo e junto de Angel, sua fiel Fênix Branca, voltou a procurar sobreviventes ou mortos.

Foi então que ouviu um choro. Baixinho, delicado, infantil. Um não, três pequenos e delicados choros. Uma lembrança buscou dominar sua mente, mas ela não deixaria, não agora.

Junto de Angel, em forma de loba, apressou-se atrás do som, encontrando uma casa parcialmente destruída por algum monstro ou bruxo, Um casal morto, mas pelo estrago no lugar, houve grande luta.

Victória ouvia os choros cada vez mais altos, mas de onde estariam vindo? Foi então que mais sentiu do que viu as três garotinhas escondidas e protegidas por feitiços, deitadas por cima do casal morto.

Com um suspiro triste, Vic estralou os dedos e revelou três lindas garotinhas de uns seis anos aproximadamente.

– Hey, tá tudo bem. – disse Vic ajoelhada ao lado delas. – E vou cuidar de vocês tá?

– E-Eles m-morreram? – perguntou aquela que parecia a mais velha.

– Infelizmente sim, pequena. Venham cá, sim? – Vic abriu os braços e três pequenas garotinhas se enroscaram nela. – Vai ficar tudo bem, ninguém tocará em vocês, minhas meninas, eu prometo.


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